domingo, 9 de fevereiro de 2025

Estudo aponta Niterói como a melhor cidade para se viver no RJ

 


Mais uma vez, Niterói é bem reconhecida num ranking comparativo de qualidade de vida e gestão da cidade. O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia - IMAZON anunciou o resultado do Índice de Progresso Social - IPS 2024 que posicionou a Niterói como a melhor cidade para se viver no estado do Rio de Janeiro e a 133° lugar dentre todos os 5.570 municípios brasileiros. 

Como explica o site do IPS Brasil, a metodologia avalia "53 indicadores secundários de fontes públicas que são exclusivamente sociais, ambientais e que medem resultados, não investimentos. Essas variáveis foram agregadas em um índice geral, com nota de 0 a 100, e índices para 3 dimensões (Necessidades Humanas Básicas, Fundamentos do Bem-estar e Oportunidades) e 12 componentes (Nutrição e Cuidados Médicos Básicos, Água e Saneamento, Moradia, Segurança Pessoal, Acesso ao Conhecimento Básico, Acesso à Informação e Comunicação, Saúde e Bem-estar, Qualidade do Meio Ambiente, Direitos Individuais, Liberdades Individuais e de Escolha, Inclusão Social e Acesso à Educação Superior)".

Os indicadores que deram a melhor avaliação a Niterói foram aqueles contidos nos temas "Água e saneamento", onde Niterói alcançou a excelente nota 91,09 e "Qualidade do meio ambiente", onde Niterói atingiu a nota 77,11.

A boa matéria do Correio Braziliense dá destaque à nossa gestão e às políticas de sustentabilidade que implementamos, resultado este que é expresso no scorecard de Niterói.

O IPS espelha a força e o desenvolvimento das cidades da Região Sul e Sudeste, com especial destaque para o interior de São Paulo, como mostra o mapa nacional. As regiões Norte e Nordeste mostram uma grande assimetria, com muitos municípios avaliados entre os piores do país.

Mapa do IPS Brasil 2024 e a escala das notas à esquerda. Fonte: IPS Brasil 2024


Veja as notas dos municípios da Região Metropolitana do Rio de Janeiro e outros que selecionamos no site do IPS Brasil:
Niterói: 67,31
Rio de Janeiro: 66,41
São Gonçalo: 57,92
Maricá: 57,6
Itaboraí: 53,00
Guapimirim: 55,63
Caxias: 56,68
Rio Bonito: 55,68
Cachoeiras de Macacu: 57,84
Saquarema: 55,17
Magé: 53,00
Mesquita: 60,06
Japeri: 53,19
Queimados: 55,51
São João de Meriti: 57,88
Paracambi: 56,58
Nova Iguaçu: 58,63
Tanguá: 53,04
Mangaratiba: 56,45
Itaguaí: 58,17
Petrópolis: 60,37
Seropédica: 61,57
Belford Roxo: 57,78
Macaé: 61,00
Campos dos Goitacazes: 62,37
Quissamã: 56,30
Armação de Búzios: 57,90
Angra dos Reis: 56,8
Teresópolis: 61,21
Nova Friburgo: 64,74

Conforme o critério do IPS 2024, com a nota 67,31, Niterói está na categoria mais elevada das cidades, que vai de 65,86 até 74,50, a maior nota atribuída (as notas são atribuídas entre 0 e 100), no caso ao município paulista de Gavião Peixoto. Apesar de não ser uma má posição no ranking nacional, o resultado de Niterói causa estranheza com relação a alguns dos indicadores considerados. Mas, a metodologia parece ser interessante e estes rankings, que estão bem "na moda", sempre são interessantes para avaliar a performance da nossa cidade com relação a outras no nosso país.

IPS GLOBAL

Desde 2013, o Social Progress Imperative, em colaboração entre a Fundación Avina, o Massachusetts Institute of Technology (MIT) e a Harvard Business School, divulga o IPS Global, que analisa o desempenho dos países em termos de progresso social. O cálculo desse índice, na versão de 2024, é obtido a partir de 57 indicadores provenientes de pesquisas globais conduzidas por instituições como Health Metrics and Evaluation, UN Departament of Economics and Social Affairs, Gallup Poll. O IPS Global oferece dados para 170 países, oferecendo insights cruciais sobre o progresso social em escala internacional.

No ano de 2024, o Brasil apresentou a pontuação 68,90 no IPS Global, ocupando a 67ª posição no ranking entre 170 países. Na América do Sul, Chile (78,43), Argentina (77,19) e Equador (69,56) foram os países com as melhores pontuações. Em termos globais, Dinamarca (90,30), Noruega (90,32) e Finlândia (89,96) apresentaram o melhor desempenho no progresso social (Social Progress Imperative, 2024).

Axel Grael
Ex-prefeito de Niterói (2021-2024)


------------------------------------------------------------



Conheça a melhor cidade para se viver no estado do Rio de Janeiro

Niterói alcançou uma posição de destaque no Índice de Progresso Social Brasil 2024 (IPS Brasil), liderando o estado do Rio de Janeiro. Este índice avalia a qualidade de vida e o desempenho social e ambiental dos municípios brasileiros, utilizando uma abordagem abrangente para medir o bem-estar das populações locais.

O IPS Brasil é uma ferramenta desenvolvida para identificar se as pessoas têm acesso às condições necessárias para prosperar, desde necessidades básicas até oportunidades de desenvolvimento pessoal e social. O índice foi criado pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) em colaboração com outros centros de pesquisa.

Como funciona o Índice de Progresso Social Brasil?

O Índice de Progresso Social Brasil utiliza uma metodologia global para avaliar o progresso social e ambiental dos municípios. Ele é dividido em três dimensões principais: “Necessidades Humanas Básicas”, “Fundamentos para o Bem-Estar” e “Oportunidades”. Cada uma dessas dimensões é composta por componentes que incluem diversos indicadores.

Os indicadores são obtidos de fontes confiáveis e públicas, como DataSUS e Anatel, e são escolhidos com base em critérios rigorosos. O índice varia de zero a 100, representando a média dos índices das três dimensões principais.

Qual a melhor cidade do Rio de Janeiro no IPS

A cidade de Niterói tem se empenhado em políticas públicas que promovem o desenvolvimento sustentável e a justiça social. O prefeito Axel Grael enfatizou que o foco da administração tem sido garantir que o crescimento econômico beneficie toda a população, através de uma distribuição equitativa de recursos e oportunidades.

Desde a implementação do Plano Estratégico Niterói Que Queremos, a cidade tem investido em áreas como saúde, educação e assistência social, visando melhorar a qualidade de vida dos seus habitantes. Este compromisso com o bem-estar social foi um dos fatores que contribuíram para o bom desempenho de Niterói no índice.

Quais foram os resultados gerais do IPS Brasil 2024?

O município de Gavião Peixoto, em São Paulo, foi o que obteve o melhor índice geral no IPS Brasil 2024. O estado de São Paulo também se destacou com o melhor desempenho entre os estados brasileiros. Estes resultados refletem a eficácia das políticas públicas implementadas nessas regiões.

O IPS Brasil será atualizado anualmente, permitindo que os municípios acompanhem seu progresso e ajustem suas estratégias de desenvolvimento conforme necessário. Esta atualização contínua é essencial para garantir que as políticas públicas permaneçam eficazes e relevantes.

O impacto do IPS Brasil no futuro das cidades

O IPS Brasil serve como uma ferramenta crucial para gestores públicos, oferecendo dados que podem orientar políticas e investimentos em prol do desenvolvimento social e ambiental. Através de suas atualizações anuais, o índice ajuda a monitorar o progresso dos municípios e a identificar áreas que necessitam de melhorias.

O sucesso de Niterói no IPS Brasil 2024 demonstra o impacto positivo de políticas públicas bem planejadas e executadas, servindo de exemplo para outras cidades que buscam melhorar a qualidade de vida de seus cidadãos.





quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025

Universidade de Yale: Inteligência Artificial precisa de consumo gigantesco de energia e água

A tecnologia da Inteligência Artificial traz grandes perspectivas para o mundo, para a ciência e revolucionará o cotidiano das pessoas mas, por outro lado, está aumentando a emissão de carbono, reduzindo a disponibilidade de água e, portanto, a IA ameaça a sustentabilidade.

A afirmação é do artigo de autoria de David Berreby, publicado no site da Universidade de Yale, apresenta dados impressionantes sobre o consumo de energia e água para viabilizar a tecnologia da Inteligência Artificial.

O número de data centers que dão suporte aos sistemas de nuvens (clouds) já chegam a uma quantidade entre 9.000 e 11.000 em todo o mundo. A Agência Internacional de Energia (International Energy Agency - IEA) prevê que, em 2026, o consumo de eletricidade dos data centers será o dobro do registrado em 2022, ou seja, 1.000 terawatts: aproximadamente o consumo atual de eletricidade do Japão!

Um pesquisador citado no texto, Shaolei Ren, da Universidade da Califórnia, em Riverside, calculou o consumo anual de água para o sistema de resfriamento da Microsoft. Segundo ele, uma pessoa que se dedicar a responder a um questionário do GPT-3 (10 a 50 respostas), gera um consumo de cerca de meio litro de água. Revela ainda que pouco se sabe sobre os milhões de gallons (1 galão = 3,78 litros) de água de resfriamento nos data centers.

Os data centers da Google consumiram 20% mais água em 2022 do que em 2021, enquanto o crescimento de consumo da Microsoft foi de 34%.

Ainda segundo o texto, o conflito sobre a demanda de água já está gerando protestos no Chile e Uruguai, que se opõem a implantação de data centers da Google.

E estamos falando de uma tecnologia recente, cuja infraestrutura ainda demanda a implantação rápida de uma rede ainda bem maior de data centers. Ninguém pode precisar ainda o quanto essa rede precisara de energia e consumirá de recursos naturais, competindo com outras necessidades humanas.

O fato está mobilizando esforços de regulação para exigir critérios e tecnologias para maior eficiência e sustentabilidade para a infraestrutura de armazenamento de dados para a Inteligência Artificial.

Axel Grael


-----------------------------------------------


Inside the Guian Data Center of China Unicom, which uses artificial intelligence in its operations. Tao Liang / Xinhua via Getty Images


As Use of A.I. Soars, So Does the Energy and Water It Requires

Generative artificial intelligence uses massive amounts of energy for computation and data storage and millions of gallons of water to cool the equipment at data centers. Now, legislators and regulators — in the U.S. and the EU — are starting to demand accountability.

By David Berreby • February 6, 2024


Two months after its release in November 2022, OpenAI’s ChatGPT had 100 million active users, and suddenly tech corporations were racing to offer the public more “generative A.I.” Pundits compared the new technology’s impact to the Internet, or electrification, or the Industrial Revolution — or the discovery of fire.

Time will sort hype from reality, but one consequence of the explosion of artificial intelligence is clear: this technology’s environmental footprint is large and growing.

A.I. use is directly responsible for carbon emissions from non-renewable electricity and for the consumption of millions of gallons of fresh water, and it indirectly boosts impacts from building and maintaining the power-hungry equipment on which A.I. runs. As tech companies seek to embed high-intensity A.I. into everything from resume-writing to kidney transplant medicine and from choosing dog food to climate modeling, they cite many ways A.I. could help reduce humanity’s environmental footprint. But legislators, regulators, activists, and international organizations now want to make sure the benefits aren’t outweighed by A.I.’s mounting hazards.

Right now, it’s not possible to tell how your A.I. request for homework help will affect carbon emissions or freshwater stocks.

“The development of the next generation of A.I. tools cannot come at the expense of the health of our planet,” Massachusetts Senator Edward Markey (D) said last week in Washington, after he and other senators and representatives introduced a bill that would require the federal government to assess A.I.’s current environmental footprint and develop a standardized system for reporting future impacts. Similarly, the European Union’s “A.I. Act,” approved by member states last week, will require “high-risk A.I. systems” (which include the powerful “foundation models” that power ChatGPT and similar A.I.s) to report their energy consumption, resource use, and other impacts throughout their systems’ lifecycle. The EU law takes effect next year.

Meanwhile, the International Organization for Standardization, a global network that develops standards for manufacturers, regulators, and others, says it will issue criteria for “sustainable A.I.” later this year. Those will include standards for measuring energy efficiency, raw material use, transportation, and water consumption, as well as practices for reducing A.I. impacts throughout its life cycle, from the process of mining materials and making computer components to the electricity consumed by its calculations. The ISO wants to enable A.I. users to make informed decisions about their A.I. consumption.

An Amazon data center in a Northern Virginia suburb. Jahi Chikwendiu / The Washington Post via Getty Images

Right now, it’s not possible to tell how your A.I. request for homework help or a picture of an astronaut riding a horse will affect carbon emissions or freshwater stocks. This is why 2024’s crop of “sustainable A.I.” proposals describe ways to get more information about A.I. impacts.

In the absence of standards and regulations, tech companies have been reporting whatever they choose, however they choose, about their A.I. impact, says Shaolei Ren, an associate professor of electrical and computer engineering at UC Riverside, who has been studying the water costs of computation for the past decade. Working from calculations of annual use of water for cooling systems by Microsoft, Ren estimates that a person who engages in a session of questions and answers with GPT-3 (roughly 10 t0 50 responses) drives the consumption of a half-liter of fresh water. “It will vary by region, and with a bigger A.I., it could be more.” But a great deal remains unrevealed about the millions of gallons of water used to cool computers running A.I., he says.

The same is true of carbon.

“Data scientists today do not have easy or reliable access to measurements of [greenhouse gas impacts from A.I.], which precludes development of actionable tactics,” a group of 10 prominent researchers on A.I. impacts wrote in a 2022 conference paper. Since they presented their article, A.I. applications and users have proliferated, but the public is still in the dark about those data, says Jesse Dodge, a research scientist at the Allen Institute for Artificial Intelligence in Seattle, who was one of the paper’s coauthors.

Data centers’ electricity consumption in 2026 is projected to reach 1,000 terawatts, roughly Japan’s total consumption.

A.I. can run on many devices — the simple A.I. that autocorrects text messages will run on a smartphone. But the kind of A.I. people most want to use is too big for most personal devices, Dodge says. “The models that are able to write a poem for you, or draft an email, those are very large,” he says. “Size is vital for them to have those capabilities.”

Big A.I.s need to run immense numbers of calculations very quickly, usually on specialized Graphical Processing Units — processors originally designed for intense computation to render graphics on computer screens. Compared to other chips, GPUs are more energy-efficient for A.I., and they’re most efficient when they’re run in large “cloud data centers” — specialized buildings full of computers equipped with those chips. The larger the data center, the more energy efficient it can be. Improvements in A.I.’s energy efficiency in recent years are partly due to the construction of more “hyperscale data centers,” which contain many more computers and can quickly scale up. Where a typical cloud data center occupies about 100,000 square feet, a hyperscale center can be 1 or even 2 million square feet.

Estimates of the number of cloud data centers worldwide range from around 9,000 to nearly 11,000. More are under construction. The International Energy Agency (IEA) projects that data centers’ electricity consumption in 2026 will be double that of 2022 — 1,000 terawatts, roughly equivalent to Japan’s current total consumption.

However, as an illustration of one problem with the way A.I. impacts are measured, that IEA estimate includes all data center activity, which extends beyond A.I. to many aspects of modern life. Running Amazon’s store interface, serving up Apple TV’s videos, storing millions of people’s emails on Gmail, and “mining” Bitcoin are also performed by data centers. (Other IEA reports exclude crypto operations, but still lump all other data-center activity together.)

Most tech firms that run data centers don’t reveal what percentage of their energy use processes A.I. The exception is Google, which says “machine learning” — the basis for humanlike A.I. — accounts for somewhat less than 15 percent of its data centers’ energy use.

Another complication is the fact that A.I., unlike Bitcoin mining or online shopping, can be used to reduce humanity’s impacts. A.I. can improve climate models, find more efficient ways to make digital tech, reduce waste in transport, and otherwise cut carbon and water use. One estimate, for example, found that A.I. -run smart homes could reduce households’ CO₂ consumption by up to 40 percent. And a recent Google project found that an A.I. fast-crunching atmospheric data can guide airline pilots to flight paths that will leave the fewest contrails.

Google’s data centers used 20 percent more water in 2022 than in 2021, while Microsoft’s water use rose by 34 percent.

Because contrails create more than a third of commercial aviation’s contribution to global warming, “if the whole aviation industry took advantage of this single A.I. breakthrough,” says Dave Patterson, a computer-science professor emeritus at UC Berkeley and a Google researcher, “this single discovery would save more CO₂e (CO₂ and other greenhouse gases) than the CO₂e from all A.I. in 2020.”

Patterson’s analysis predicts that A.I.’s carbon footprint will soon plateau and then begin to shrink, thanks to improvements in the efficiency with which A.I. software and hardware use energy. One reflection of that efficiency improvement: as A.I. usage has increased since 2019, its percentage of Google data-center energy use has held at less than 15 percent. And while global internet traffic has increased more than twentyfold since 2010, the share of the world’s electricity used by data centers and networks increased far less, according to the IEA.

However, data about improving efficiency doesn’t convince some skeptics, who cite a social phenomenon called “Jevons paradox”: Making a resource less costly sometimes increases its consumption in the long run. “It’s a rebound effect,” Ren says. “You make the freeway wider, people use less fuel because traffic moves faster, but then you get more cars coming in. You get more fuel consumption than before.” If home heating is 40 percent more efficient due to A.I., one critic recently wrote, people could end up keeping their homes warmer for more hours of the day.

“A.I. is an accelerant for everything,” Dodge says. “It makes whatever you’re developing go faster.” At the Allen Institute, A.I. has helped develop better programs to model the climate, track endangered species, and curb overfishing, he says. But globally A.I. could also support “a lot of applications that could accelerate climate change. This is where you get into ethical questions about what kind of A.I. you want.”

If global electricity use can feel a bit abstract, data centers’ water use is a more local and tangible issue — particularly in drought-afflicted areas. To cool delicate electronics in the clean interiors of the data centers, water has to be free of bacteria and impurities that could gunk up the works. In other words, data centers often compete “for the same water people drink, cook, and wash with,” says Ren.

In 2022, Ren says, Google’s data centers consumed about 5 billion gallons (nearly 20 billion liters) of fresh water for cooling. (“Consumptive use” does not include water that’s run through a building and then returned to its source.) According to a recent study by Ren, Google’s data centers used 20 percent more water in 2022 than they did in 2021, and Microsoft’s water use rose by 34 percent in the same period. (Google data centers host its Bard chatbot and other generative A.I.s; Microsoft servers host ChatGPT as well as its bigger siblings GPT-3 and GPT-4. All three are produced by OpenAI, in which Microsoft is a large investor.)

In Chile and Uruguay, protests have erupted over planned data centers that would tap drinking water reservoirs.

As more data centers are built or expanded, their neighbors have been troubled to find out how much water they take. For example, in The Dalles, Oregon, where Google runs three data centers and plans two more, the city government filed a lawsuit in 2022 to keep Google’s water use a secret from farmers, environmentalists, and Native American tribes who were concerned about its effects on agriculture and on the region’s animals and plants. The city withdrew its suit early last year. The records it then made public showed that Google’s three extant data centers use more than a quarter of the city’s water supply. And in Chile and Uruguay, protests have erupted over planned Google data centers that would tap into the same reservoirs that supply drinking water.

Most of all, researchers say, what’s needed is a change of culture within the rarefied world of A.I. development. Generative A.I.’s creators need to focus beyond the technical leaps and bounds of their newest creations and be less guarded about the details of the data, software, and hardware they use to create it.

Some day in the future, Dodge says, an A.I. might be able — or be legally obligated — to inform a user about the water and carbon impact of each distinct request she makes. “That would be a fantastic tool that would help the environment,” he says. For now, though, individual users don’t have much information or power to know their A.I. footprint, much less make decisions about it.

“There’s not much individuals can do, unfortunately,” Ren says. Right now, you can “try to use the service judiciously,” he says.

Fonte: Yale Environment360




terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

Restauração florestal de nativas

Floresta Amazônica • 26/10/2022REUTERS/Bruno Kelly

Paulo Hartung

É inegável o impacto do retorno de Donald Trump à Casa Branca. Conforme anunciado na campanha, as medidas tomadas já no dia da posse prenunciam tempos de mudanças em múltiplas áreas, com ampla repercussão, dada a importância dos EUA.

Toldado por essa nova realidade, o fato é que 2025 resulta de nossas próprias decisões – as recentes e também as do passado. Nesse sentido, como bem demonstra o final infeliz da COP29 no Azerbaijão, em novembro último, o fato é que continuamos sem saber como a sociedade irá reverter o cenário de degradação de nosso planeta.

Enquanto isso, a natureza, impacientemente, arde em labaredas na Califórnia, em mais um grave episódio de extrema desordem climática.

Sem esquecermos que o ano passado foi o mais quente da história, o Fórum Econômico Mundial se reuniu na semana que passou no frio de Davos para retomar relevantes discussões sobre os desafios de construir um futuro melhor.

No final deste ano, no calor tropical de Belém, teremos novo teste, para decidirmos que legado haverá de nos deixar a COP30. Bom sinal, embora não sem algum atraso, veio com a anúncio do embaixador André Corrêa do Lago como presidente da conferência, e de Ana Toni como CEO e diretora-executiva.

Em meio a sobressaltos, retrocessos, frustrações e muita retórica, ainda que por tortuosos caminhos, continuarão relevantes os esforços nacionais de redução de emissões, assim como o desenvolvimento de soluções tecnológicas e científicas que contribuam para a descarbonização da economia.

O Brasil pretende reduzir suas emissões líquidas de gases de efeito estufa em até 67% até 2035, tomando como referência os níveis de 2005. Ademais, o país reforçou em sua NDC (compromissos assumidos no Acordo de Paris em 2015) a meta do Planaveg (Plano Nacional de Vegetação Nativa) de restaurar 12 milhões de hectares de terra.

Não há bala de prata para se atingir tais objetivos: a solução é possível apenas via um conjunto de estratégias envolvendo governos, empresas e sociedade civil. Elas passam pela regulação de medidas como o mercado de carbono, o combate a ilegalidades como desmatamento, a grilagem e o garimpo, investimentos para a transição energética e, igualmente, a restauração florestal.

Aqui, nos referimos à recuperação de áreas degradadas a partir do plantio de espécies nativas que possam restabelecer o equilíbrio climático. Por meio da fotossíntese, as árvores representam efetiva solução para o combate às mudanças do clima – removem carbono da atmosfera e o estocam ao longo de seu ciclo de vida, em processos que regularizam os fluxos hídricos e protegem o solo, possibilitando a preservação da biodiversidade, entre outros importantes serviços ecossistêmicos.

Mas a restauração florestal também vai além: é um processo que envolve ciência e tecnologia para recuperar ecossistemas, trazendo reconexão com a natureza e o engajamento das comunidades locais.

A boa notícia é que, nessa seara, testemunhamos movimentos importantes e consequentes no país, em particular na iniciativa privada. São empresas e investidores que, juntos, já movimentaram bilhões de reais com produção de sementes e mudas, preparo de solo, manejo e controle de pragas, bem como o desenvolvimento de mercados. Como premissa, requer-se o estabelecimento adequado de regulações e legislações, tais como, por exemplo, a do mercado de carbono nacional e do Artigo 6 do Acordo de Paris.

O país detém condições únicas para liderar globalmente a restauração florestal. Segundo o Atlas das Pastagens, desenvolvido pelo Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento da Universidade Federal de Goiás, possuímos mais de 100 milhões de hectares de terra com algum nível de degradação. Isso, combinado à biodiversidade incomparável, capacidade técnica e avanço tecnológico, nos coloca em uma posição privilegiada para captar investimentos internacionais.

O mercado global de restauração florestal e créditos de carbono pode movimentar uma grande soma de recursos nas próximas décadas, e o Brasil pode ser um dos maiores protagonistas nessa frente.

Em 2024, a Ibá (Indústria Brasileira de Árvores), que há mais de 10 anos atua em nome de empresas que plantam árvores para fins industriais, passou a representar também companhias voltadas para a restauração de nativas, compartilhando o propósito de construir um futuro mais verde e sustentável.

Elas somam forças a um setor que já possui notável trajetória de preservação, assim como de manejo florestal sustentável, modelo para o mundo quando se pensa em cultivo com responsabilidade ambiental.

Trata-se de uma indústria que planta, colhe e replanta em 10 milhões de hectares, preservando outros 6,9 milhões de hectares de florestas, uma extensão superior à do estado do Rio de Janeiro.

Historicamente, o setor tem-se expandido sobre áreas antropizadas, convertidas para a produção de fibras a partir de um manejo sustentável em mosaicos florestais, intercalando plantações para fins industriais com áreas de conservação. Assim, preserva os serviços ecossistêmicos, a fauna e a flora.

O setor planta 1,8 milhão de árvores por dia e acumulou, ao longo das últimas décadas, pesquisas e muita experiência que podem servir como fonte de inspiração para escalar também o esforço de restauração de nativas.

Entre as novas associadas da Ibá, estão empresas como a Biomas, a Symbiosis e a re.green, cujos objetivos se voltam ao restauro de milhões de hectares em diferentes biomas brasileiros, trabalho viabilizado a partir de modelos de negócio que incluem a comercialização de créditos de carbono e de produtos florestais. Essas empresas já chamam a atenção de grandes investidores e fundos globais, que apostam no potencial para o planeta e também para seus negócios.

Essa é uma articulação entre diferentes atores em uma agenda pré-competitiva, essencial para o amadurecimento da atividade, a partir do compartilhamento de experiências e fortalecimento da pauta institucional fundada em políticas públicas, pesquisa e desenvolvimento.

A restauração florestal, portanto, não é apenas uma necessidade ambiental, mas também uma oportunidade econômica, social e estratégica. O Brasil, com sua riqueza natural e capacidade de inovação, pode liderar uma nova era de desenvolvimento sustentável, transformando soluções climáticas em motores da nossa economia. Para isso, é essencial que todos os setores da sociedade, do público ao privado, estejam atentos aos avisos escancarados da natureza e trabalhem em conjunto para transformar esse potencial em realidade.

Conjunturas políticas são transitórias, os ciclos administrativos se sucedem, mas o que há de permanente requer paciência estratégica e visão de longo prazo. Ao Brasil, como potência agroambiental, importa valorizar seus diferenciais e sua capacidade de transformar desafios em oportunidades.

Com a restauração florestal, tema discutido em Davos, estaremos servindo de inspiração para muitas iniciativas que farão a diferença, não no curtíssimo prazo, sempre fugidio, mas a largo prazo, que é como realmente se constrói o futuro.

Fonte: CNN Brasil



NASA EXPLICA OS INCÊNDIOS DEVASTADORES DE JANEIRO DE 2025, NA CALIFORNIA

 

June 1 - August 31, 2024

Fuel for California Fires


When hurricane-force winds whipped through Los Angeles County in early January 2025, the hills had ample fuels available to feed a wildland fire. Back-to-back wet years in California led to grasses and chaparral accumulating in the mountains and foothills. Then, warm, dry weather in Los Angeles during the last eight months of 2024 left the vegetation primed to burn.

On January 7, blazes spread quickly in the hills of Pacific Palisades and Eaton Canyon. Santa Ana winds pushed the fires down hills and into neighborhoods, and the two fires eventually covered 37,000 acres (150 square kilometers). Most of the fire spread in the first day after ignition, a characteristic of “fast fires.” These destructive events are usually propelled by strong winds and burn in the autumn or winter when fuels are exceptionally dry.

Researchers at the University of California, Los Angeles (UCLA) noted that several factors contributed to the severity of the fires, including a buildup of vegetation between 2022 and into 2024, followed by very warm and dry conditions in summer 2024. The rapid swing from wet to dry—dubbed “hydroclimate whiplash”—can amplify the risk of wildland fires and has become more common in the 21st century.

From 2022 to early 2024, Southern California received above-average precipitation, said Gavin Madakumbura, a postdoctoral researcher at UCLA. The 2022-2023 water year, which runs from October through September, saw unrelenting atmospheric rivers that delivered torrential rain to California. Much of the 2023-2024 water year was also wet, and rainfall totals for both periods, measured in downtown LA, were nearly twice the long-term average (1877-2024).

The ample rain allowed vegetation to build up, which is apparent in the map above. It shows a satellite-based index of plant health, or “greenness,” over the meteorological summer before the fires. This metric, known as the Normalized Difference Vegetation Index (NDVI), is based on data collected by the Landsat satellites.

The map indicates that many parts of Los Angeles County were 30 percent greener than average in summer 2024 (compared to a record from 1991 to 2020). That July, the National Interagency Fire Center warned that “herbaceous fuel loadings” were above normal throughout California, and in some hilly areas, were twice the normal amount.

January 7, 2025

Conditions shifted in the last half of 2024. According to Madakumbura and colleagues, the Los Angeles region received no significant rain between May 2024 and early January 2025, which dried out the accumulated vegetation. On January 4, 2025, the Los Angeles Times reported that the downtown area had only one instance in the previous eight months when rainfall exceeded a tenth of an inch—the threshold considered helpful for reducing wildfire risk by keeping plants from drying out. That made it the second-driest May to January on a record that goes back to 1877.

The landscape’s dryness was made worse by heatwaves that struck the U.S. Southwest in June and July 2024, either breaking or tying temperature records in several cities in California.

The map above shows moisture relative to normal in the top 40 inches (100 centimeters) of soil, in the “root zone,” on January 7, 2025, the day the Palisades and Eaton fires ignited. The data are from NASA’s SPoRT (Short-term Prediction Research and Transition) Center at Marshall Space Flight Center. The soil moisture in much of Southern California was in the bottom 2 percent of historical records (1981-2013) for that day.

“This is historically low soil moisture,” said Jonathan Case, a meteorologist with NASA SPoRT who has studied how moisture conditions can contribute to fire risk.

SPoRT’s Land Information System (SPoRT-LIS) provides 3-kilometer resolution gridded soil moisture products in near real-time to support regional and local modeling and is used by the U.S. Drought Monitor to track drought conditions across the country.

NASA Earth Observatory images by Michala Garrison, using Landsat data from the U.S. Geological Survey and soil moisture data from NASA's Short-term Prediction Research and Transition (SPoRT) Center. Story by Emily Cassidy.


References & Resources

Case, J. L., & B. T. Zavodsky (2018) Evolution of 2016 drought in the Southeastern United States from a land surface modeling perspective. Results in Physics, 8, 654-656.

CBS (2025, January 10) Maps show how dry Southern California is, as L.A. wildfires burn. Accessed January 30, 2025.

Madakumbura, G., et al. (2025, January 13) Climate Change A Factor In Unprecedented LA Fires. Accessed January 30, 2025.

Los Angeles Times (2025, January 4) With negligible rain in 8 months, Southern California swings toward drought. Accessed January 30, 2025.

NASA Earth Observatory (2025, January 9) Fires Tear Through Los Angeles. Accessed January 30, 2025.

NASA Earth Observatory (2024, December 12) The Fast Fire Threat. Accessed January 30, 2025.

NASA SPoRT Near real-time data viewer. Accessed January 30, 2025.

National Interagency Fire Center (2024, July 22) Fuels and Fire Behavior Advisory California Grass and Herbaceous-Dominated Ecosystems. Accessed January 30, 2025.

National Integrated Drought Information System NASA SPoRT-LiS Soil Moisture Products. Accessed January 30, 2025.

Swain, D.L., Prein, A.F., Abatzoglou, J.T., et al. (2025) Hydroclimate volatility on a warming Earth. Nature Reviews Earth & Environment, 6, 35-50.

Yale 360 (2025, January 16) Whiplash: How Big Swings in Precipitation Fueled the L.A. Fires. Accessed January 30, 2025.





Brasil tem o maior potencial de regeneração natural de florestas. Como aproveitá-lo?

Por Lídia Duarte, Vinícius Dias Póvoa e Bruno Calixto

O ano de 2025 marca a metade da Década da Nações Unidas de Restauração dos Ecossistemas. Um de seus motes alerta: “Nunca foi tão urgente reviver os ecossistemas danificados como é agora”. Ele não poderia ser diferente dado a importância da restauração para frear a emergência climática e impedir a extinção de diversas espécies. Ao observar os dados de desmatamento nos trópicos (área em que ocorre 96% da remoção de florestas do mundo), a situação é alarmante. Segundo dados mais recentes do Global Forest Watch, o mundo perdeu em um ano o equivalente a quase 10 campos de futebol por minuto de florestas tropicais primárias, o que emitiu 2,4 gigatons de CO² na atmosfera - quase metade das emissões anuais dos Estados Unidos. Manter florestas de pé é essencial para reduzir emissões de gases de efeitos estufa, na medida em que elas absorvem e armazenam carbono quando preservadas, mas o liberam quando derrubadas.

Florestas abrigam os ecossistemas mais biodiversos do mundo. A ameaça à essa diversidade afeta diretamente populações, a natureza e o clima. Atualmente, 1,6 bilhão de pessoas no mundo dependem diretamente de recursos de florestas para manter seu sustento. Além disso, florestas também fornecem serviços ecossistêmicos fundamentais para a existência humana e de outras espécies. A qualidade da água, do ar e do solo, bem como a regulação do clima, das chuvas e das temperaturas são serviços em risco com a perda da biodiversidade de florestas.

É nesse sentido que plataformas intergovernamentais foram estabelecidas buscando metas de restauração ambiciosas. O Brasil integra grande parte delas. A começar pelo Desafio de Bonn, que tem como objetivo a restauração de 350 milhões de hectares até 2030 no mundo todo. O país também é parte da Iniciativa 20x20 e a Convenção sobre Diversidade Biológica da ONU, que objetivam, respectivamente, iniciar o processo de restauração de 50 milhões de hectares na América Latina até 2030 e restaurar 30% das áreas degradadas do mundo até a mesma data. Ainda recentemente, durante a COP 16 da Biodiversidade na Colômbia, o Brasil lançou a nova versão do Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (Planaveg), o qual reafirma seu compromisso de restaurar 12 milhões de hectares de vegetação nativa até 2030.

Agricultora na capacitação de agricultores e agricultoras familiares realizada no Assentamento Abril Vermelho, no município de Santa Bárbara do Pará/PA, promovida pelo WRI Brasil em parceria com MST e Imazon. As atividades fazem parte do projeto “Promovendo a Regeneração Natural Assistida em larga escala no Mato Grosso e Pará”.


Como restaurar?

A restauração em larga escala como prevista no Planaveg, no Desafio de Bonn e outras plataformas pode trazer avanços importantes na mitigação das mudanças climáticas, impedir a extinção de diversas espécies e evitar catástrofes ambientais. Assim sendo, é importante compreender qual a melhor forma de restaurar e como fazê-lo em escala. Projetos de restauração ainda são majoritariamente focados em técnicas de plantio direto. Porém, esse tipo de técnica é custo intensiva. Seu alto custo traz dificuldades para atingir a grande escala necessária, principalmente em países em desenvolvimento, os quais concentram a maior parte do potencial de regeneração. Reduzir a ação humana e aproveitar da capacidade de regeneração dos próprios ecossistemas é uma forma de reduzir custos e garantir a restauração. Essa prática tem nome: a chamada Regeneração Natural Assistida (RNA) é uma solução baseada na natureza que combina a capacidade de regeneração natural das florestas com a intervenção humana planejada, como o plantio de espécies nativas de interesse e medidas de proteção contra o fogo ou degradação da vegetação em regeneração.

O grande potencial de regeneração das florestas tropicais

Uma das partes importantes da implementação da RNA é identificar as áreas na qual a regeneração natural tem potencial de ocorrer. Um recente estudo publicado na revista Nature aponta que esse potencial é grande na zona dos trópicos. A análise é baseada no uso de sensoriamento remoto e utiliza de variáveis geofísicas, socioeconômicas e biofísicas. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), distância de áreas urbanas, densidade da floresta local, distância da cobertura vegetal mais próxima e outras, são exemplos das variáveis usadas.

Saber quais áreas de florestas tropicais podem se regenerar é particularmente importante dado a enorme biodiversidade contida nelas, suas rápidas taxas de crescimento comparadas a outros tipos de florestas e, especialmente, porque elas já foram extensamente degradadas ou desmatadas.

O resultado do estudo: 215 milhões de hectares de floresta tropical têm potencial de regeneração natural. Em termos práticos, isso significa que o equivalente à área dos estados do Amazonas e Minas Gerais somadas podem ser regenerado e voltar a ser florestas tropicais. Desses milhões de hectares, 52% se concentram em 5 países: Brasil, Indonésia, China, México e Colômbia. Dentre eles, o Brasil possui a maior área com potencial de regeneração nos trópicos: 20,3% dessa área fica em solos brasileiros.

Esses 215 milhões de hectares, se regenerados, podem trazer importantes avanços na mitigação das mudanças climáticas. Estima-se que a regeneração dessas florestas, em um curso de 30 anos, é capaz de sequestrar 23,4 gigatons de carbono (Gt de C) somente em biomassa acima do solo. Esse valor equivale a mais do que a quantidade de carbono sequestrada globalmente por florestas tropicais e subtropicais primárias e secundárias em um período de três anos. Na realidade, esse potencial de sequestro de carbono é ainda maior quando contabilizado o que é sequestrado pela biomassa subterrânea. Ela é de difícil projeção, mas estima-se um aumento de 22 a 28% do número anterior. Ou seja, a regeneração dessas florestas poderia sequestrar até 30 gigatons de carbono em 30 anos.

Imagem de drone de restauração ativa na Caatinga nos estados da Paraíba e Pernambuco.

Incentivando a adoção da RNA no Brasil

Ampliar as iniciativas de restauração é essencial para aproveitar o potencial de regeneração no Brasil e nos trópicos. Com esse objetivo, o WRI Brasil realiza e integra projetos para impulsionar a agenda da restauração e RNA no Brasil.

Para incentivar a restauração no bioma amazônico, o WRI Brasil executa o projeto “Regeneração Natural Assistida em larga escala na Amazônia brasileira”. O projeto atua identificando áreas prioritárias, desenha e testa soluções, e expande a escala das iniciativas bem-sucedidas. Ele visa ao incentivo do uso da RNA por comunidades da região e combina restauração com necessidades locais ao gerar renda e melhoria de vida para as populações. Saiba mais na página do projeto.

O WRI Brasil também desenvolveu, em parceria com a União Internacional para Conservação da Natureza (UICN), a metodologia ROAM. Ela identifica oportunidades, analisa dados e promove a restauração de paisagens. Seu método é participativo e parte dos interesses e desafios dos principais atores das regiões analisadas. O WRI Brasil já apoiou a aplicação da ROAM em 5 estados do Brasil. Entenda mais na página do projeto.

Fonte: WRI Brasil