quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Prefeitura inicia operação Calçada Livre no centro de Niterói



A Prefeitura de Niterói iniciou na manhã desta quarta-feira (30.10) a primeira etapa da Operação Calçada Livre no Centro da cidade.

Neste primeiro dia, a ação de reordenamento urbano foi realizada na avenida Ernani do Amaral Peixoto, a principal do município.

A Guarda Municipal emitiu 20 multas por estacionamento irregular e oito veículos foram removidos.

O Departamento de Fiscalização de Posturas da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) notificou nove estabelecimentos comerciais, incluindo bancas de jornais que vendiam cerveja.

A NitTrans rebocou oito carros e 16 motocicletas por estarem estacionados em locais proibidos. Ao menos 49 motoristas foram notificados pelo órgão.

Já a Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos informou que a equipe de abordagem social do Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centropop) fez o acolhimento de 18 usuários. Eles foram encaminhados para acompanhamento da equipe técnica dos serviços ofertados pela Assistência Social e pela Saúde.

A operação foi coordenada pelo secretário de Ordem Pública, Marcus Jardim, e acompanhada pelos secretários de Assistência Social e Direitos Humanos, Bira Marques, Desenvolvimento Econômico, Fabiano Gonçalves, Conservação e Serviços Públicos, Dayse Monassa, e a presidenta da Clin (Companhia de Limpeza de Niterói), Cláudia Neves, além de representantes da NitTrans e da Secretaria de Urbanismo e Mobilidade Urbana. Teve o apoio também da Ampla, Águas de Niterói e da Polícia Militar.



Além do estacionamento irregular e abuso de propaganda, os agentes da Prefeitura coibiram também a atuação dos ambulantes irregulares e instalaram um novo plaqueamento em ambos os lados da via definindo os locais permitidos para o estacionamento. A ação começou no início da Amaral Peixoto, na Praça das Águas, indo até a Praça Arariboia.

Ao todo, 70 funcionários da Secretaria de Ordem Publica (Seop) participaram da operação que contou com 10 viaturas de apoio. A NitTrans atuou com 15 agentes, além de seis reboques.

O secretário Marcus Jardim destacou a importância de realizar a operação no centro da cidade. Segundo ele, a ação no local será permanente.

"O centro da cidade tem uma característica diferenciada. A atuação dos órgãos públicos será permanente como em outros bairros.Essa operação está ligada a obra urbana consorciada para revitalização do centro da cidade de acordo com o projeto da Secretaria de Urbanismo que prevê a total fluidez no trânsito na avenida Amaral Peixoto “ explicou.

Já o secretário Bira Marques destacou a integração entre os órgãos do governo.

"Este trabalho integrado com os diversos setores da política pública é fundamental para requalificarmos o centro de Niterói. No âmbito da assistência social, as equipes realizarão abordagens sistemáticas, a fim de acolhermos a população em situação de rua, com a perspectiva de ofertamos serviços que visem a busca da cidadania", disse.



Diretrizes

De acordo com a Seop, ao longo dos próximos dias, os órgãos públicos estarão realizando campanhas de esclarecimento à população sobre as novas diretrizes para o reordenamento urbano no local.

A NitTrans, por exemplo, ficará responsável por mapear toda a avenida Amaral Peixoto e redefinir, locais de vagas e os plaqueamentos para que motos que hoje estavam nas calçadas sejam realocadas em trechos entre as ruas Visconde de Sepetiba e Visconde de Uruguai. O mesmo será feito na Praça Araribóia, na extensão da estação das barcas. As motos poderão ficar estacionados na Praça Arariboia nos próximos quatro dias. A partir daí, a NitTrans irá notificar e rebocar quem insistir na infração.

Com relação ao comércio ambulante , o mesmo não será permitido no perímetro da Amaral Peixoto. Num primeiro momento, os vendedores continuarão nas ruas Visconde de Uruguai ,Coronel Gomes Machado e São Pedro e a médio prazo serão realocados.

A Secretaria de Desenvolvimento Econômico fará uma campanha junto ao comercio para disciplinar o horário de colocação de papelão. O objetivo, segundo o titular da pasta, Fabiano Gonçalves, é evitar que os próprios moradores de rua utilizem esse material e realizem um comércio paralelo na Amaral Peixoto ou mesmo para dormitório.

Já a Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos, além do acolhimento e das ações de abordagem, está distribuindo folhetos explicativos para a população que, dentre outras coisas, recomenda que a população não dê alimentos aos moradores de rua para que o poder público possa fazer a abordagem adequada e encaminhar essas pessoas aos abrigos ou para tratamento necessários em casos de usuários de droga.

Fonte: Prefeitura de Niterói



Prefeitura de Niterói estrutura-se para receber financiamento do BID

Unidade de gestão é criada

Objetivo é cuidar dos recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento

A Prefeitura de Niterói criou ontem, através de decreto publicado no Diário Oficial do Município, a Unidade de Gestão do Programa de Desenvolvimento Urbano e Inclusão Social (Produis), pacote de obras e melhorias administrativas parcialmente financiado pelo empréstimo obtido junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O órgão ficará diretamente subordinado ao vice-prefeito Axel Grael.

O grupo cuidará da coordenação técnica, administrativa e financeira do projeto e também terá uma comissão para realizar as licitações. Entre as obras originalmente previstas para o Programa, que receberá aporte do BID de aproximadamente R$ 57 milhões, estão a reurbanização das comunidades de São José e Igrejinha, a implantação do Centro de Controle Operacional (CCO), construção de um elevador para facilitar a chegada de visitantes ao Parque das Águas e o fortalecimento institucional. Apesar da Unidade de Gestão do Produis já ter sido criada, a prefeitura não soube confirmar se todos os projetos seguem dentro dos planos.

Funcionários de carreira – O decreto estipula que a estrutura do novo órgão será composta por dez integrantes, todos eles funcionários de carreira da prefeitura de Niterói. O vice-prefeito Axel Grael tem agora 30 dias para nomear os membros da Unidade de Gestão, assim como os da Comissão Especial de Licitação, que terá quatro titulares e dois suplentes.

Fonte: O Fluminense

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ESCLARECIMENTO:

No último parágrafo da matéria acima, afirma-se que a estrutura da UGP será composta necessariamente por "funcionários de carreira" da Prefeitura. A informação não procede. O Decreto 11.507/2013, que instituiu a UGP, permite que servidores extraquadro, nomeados para cargos de confiança, também possam compor a equipe da UGP.

Além do Decreto 11.507/2013, foram publicados ontem (30/10/2013) os seguintes decretos que instrumentalizam a gestão do PRODUIS - Programa de Desenvolvimento Urbano e Inclusão Social de Niterói, que será financiado pelo BID:
  • Decreto 11.508/2013: Aprova o Manual Operacional do PRODUIS
  • Decreto 11.509/2013: Designa a Comissão Especial de Licitação
O PRODUIS é uma grande oportunidade para Niterói, contendo no seu escopo ações estratégicas que representarão ganhos para a população de Niterói.

Serão investimentos de urbanização e contenção de encostas nas comunidades de São José e Igrejinha (Caramujo), a implantação do CCO - Centro de Controle Operacional (sistema de controle e operação dos semáforos de Niterói e sistema de monitoramento de operações da Defesa Civil), criação de um sistema de georreferenciamento para a cidade e infraestrutura para o Parque das Águas, no Centro de Niterói.

Axel Grael


Empresários cariocas adotam a bicicleta como meio de transporte


Augusto Cesar Guimarães Freire vai trabalhar no Centro de bicicleta - Daniela Dacorso / Agência O Globo

Emanuel Alencar

Engenheiros deixam carro na garagem e percorrem sobre duas rodas trecho de 14km entre Ipanema e Centro

RIO — A repaginação do Centro, que vem sendo desenhada pela prefeitura nos últimos anos, tem na restrição dos veículos de passeio um dos capítulos principais. Cariocas que sempre cultivaram o hábito de tirar o carro da garagem para trabalhar na região estão de cabelo em pé com o corte de 1.449 vagas rotativas na região, buscam alternativas aos caros estacionamentos privados e não hesitam em criticar a má qualidade do transporte público. Há um mês, os empresários Augusto César Freire, 55, e Lucas Monteiro, 23, resolveram radicalizar: passaram a ir ao trabalho de bicicleta ao menos três vezes por semana. Os engenheiros moram em Ipanema e percorrem os 14km que separam suas casas do escritório, na Candelária, em 45 minutos.

Empolgado, Augusto construiu um bicicletário no prédio de sua empresa, com capacidade para abrigar cinco “magrelas” e está feliz da vida com o meio de transporte adotado:

— Seria interessante a Associação Comercial e a prefeitura desenvolvessem bicicletários por todo o Centro. Como o escritório é meu, tomei a iniciativa de construir um bicicletário próprio. Outros colegas demonstraram interesse em vir de bike. De carro, eu nunca vou. Só uso mesmo para viajar. Não tem condições de acessar o centro de automóvel, é besteira. Quem mora na Zona Sul tem outras opções melhores.

O empresário destaca que o caminho de sua casa à porta do trabalho é praticamente todo percorrido em ciclovias. Mas ele reconhece que, ao cair à noite, evita retornar ao lar de bicicleta, por falta de segurança no Aterro do Flamengo.

— Se estiver escuro, uso o transporte público, não me arrisco. Tenho ouvido muitos relatos de assaltos na altura do Museu de Arte Moderna (MAM). Essa é uma questão que precisa melhorar.
O alto preço dos estacionamentos ajuda a explicar a aposta em meios de transportes alternativos. O GLOBO percorreu, na quarta-feira, três estacionamentos da região central: Garagem Menezes Côrtes, Santa Luzia e Cinelândia. Juntos, os estabelecimentos têm vagas para 4.800 veículos. Em todos eles, os preços subiram mais do que a inflação de 2012 para este ano. O aumento mais significativo foi registrado no Menezes Côrtes: quem estaciona por até uma hora paga R$ 16, ou 33,3% a mais em relação a julho do ano passado (R$ 12). Neste intervalo de tempo, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador de inflação medido pelo IBGE, avançou em ritmo mais lento: 6,27%.
Há, entretanto, quem não vê outra alternativa senão tirar o carro da garagem. Morador de Nova Iguaçu e empresário do ramo de mineração, Heverton Oliveira, de 29 anos, precisa ir três vezes por semana a um escritório do Centro. Mesmo ciente dos altos preços, ele opta por estacionar na garagem subterrânea da Cinelândia, cujo serviço é operado pela Estapar. Desembolsa R$ 48,50 por deixar o carro estacionado por cinco horas, mas mesmo assim prefere a comodidade de se deslocar 39km em seu veículo. Heverton argumenta que o transporte público ainda deixa muito a desejar.

— Os trens estão um caos e parar o carro na rua é uma loteria. Você ainda corre o risco de ter o veículo rebocado. Não tem muito jeito: a gente é obrigado a pagar esses preços abusivos — afirma.
O secretário municipal de Transportes, Carlos Roberto Osorio afirma que objetivo das restrições das vagas é incentivar o uso do transporte público:

— Uma possibilidade é a ampliação da utilização de bicicletas. O sistema Bike Rio vai ampliar de 70 para 270 vagas no Centro, em breve. Teremos ainda ciclofaixa na Zona Portuária. Os hábitos vão mudar.

Fonte: O Globo

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quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Boa de briga, Ana Moser luta para melhorar o Brasil através do esporte


 



Após aprovação de lei que limita mandato de dirigentes, ex-jogadora trabalha por educação física em todas as escolas públicas: 'Não existe'

A briga mais célebre de Ana Moser em quadra foi contra a cubana Regla Bell, na derrota na semifinal dos Jogos de Atlanta 1996 (confira no vídeo acima clicando aqui). O bronze contra a Rússia no jogo seguinte foi seu ápice olímpico. Se o ouro não veio para uma das maiores jogadoras do vôlei brasileiro, sua luta – desta vez no sentido figurado – passou a ser por algo bem mais amplo: a melhoria do Brasil através do esporte, em diversas frentes. O começo foi por meio do Instituto Esporte & Educação, que comanda desde 2001, aplicando uma metodologia de esporte educacional em periferias do Brasil.

Com o fim dos Jogos Pan-americanos de 2007 e a escolha do Rio como sede das Olimpíadas de 2016, surgiram novas estratégias e a ONG Atletas pelo Brasil, cuja grande conquista até agora foi a aprovação da Medida Provisória 620, no último dia 17. A partir de agora, os mandatos em entidades esportivas que recebem recursos públicos estão limitados, e os atletas ganharam direito ao voto nas eleições dos dirigentes. O objetivo é dar rotatividade e transparência ao comando do esporte brasileiro. Nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo, a missão é garantir até 2016 que todas as escolas públicas ofereçam esporte educacional.

Ana Moser: luta para melhorar o Brasil através do esporte (Foto: Luciano Bergamaschi / Agência Estado)

Nesta entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, Ana Moser contou como será o trabalho após a aprovação da MP 620 e como os movimentos populares de junho e julho motivaram o sucesso da iniciativa. Para esta catarinense de Blumenau, o desenvolvimento do vôlei não está relacionado aos 16 anos de permanência de Ary Graça à frente da confederação brasileira. Ela também apontou o caminho de um sistema nacional de esportes estruturado para que todas as crianças do país pratiquem esporte nas escolas.

- O esporte de base não existe no Brasil. Nem educação física nas escolas. (...) Temos no Brasil um potencial para organizar. (...) Mas não é uma questão prioritária. A resposta para este grande desafio é muito difícil. Por outro lado, fazer uma Copa e uma Olimpíada, que é um desafio tão grande quanto, fica mais fácil de resolver porque se coloca como prioridade.

Ana Moser: proposta para um sistema de esporte
(Foto: Luciano Bergamaschi / Futura Press)

GLOBOESPORTE.COM: Como será o trabalho depois da aprovação da MP 620? Devemos regulamentar como será a participação dos atletas no colégio eleitoral. A gente espera inspirar atletas a se organizarem para participar dessa regulamentação. E fora a MP, estamos pleiteando a formação de um grupo de trabalho, de um comitê interministerial para continuar estruturando todas as outras questões que precisam ser estruturadas no sistema brasileiro de esporte. A resposta dos atletas foi propositiva e a gente elaborou uma pequena lista de propostas no Palácio para avançar. O foco é integrar diferentes setores públicos e da sociedade na discussão da estrutura de um plano nacional integradas no Conselho Nacional do Esporte.

Alguns dirigentes de confederações dizem que não foram ouvidos.

Essa questão da limitação do mandato dos dirigentes está há mais de dez anos dentro do Congresso Nacional, onde o Estatuto do Esporte estava engavetado. Não foi por falta de debate. Não fomos procurados por dirigentes. A Associação Brasileira de Clubes estava com a gente.

À frente da CBV por 16 anos, o agora também presidente da Federação Internacional de Vôlei Ary Graça defende a tese “se está bom, não mexe”. O desenvolvimento do vôlei no país está ligado ao tempo dele no cargo?

Ary Graça, há 16 anos à frente da CBV: adepto do 'se está bom, não mexe' (Foto: VIPCOMM)

Acho que a grande vantagem do vôlei em relação às outras modalidades é a longevidade do patrocínio do Banco do Brasil, desde o começo dos anos 90 e sempre crescente. Com um recurso garantido ano a ano fica muito mais fácil garantir um planejamento e ir avançando. Nunca vi oposição no vôlei. Nem na confederação e nem na federação de São Paulo (onde Renato Pera soma 23 anos no poder). Limitando a reeleição, obriga a ter renovação. Historicamente, o esporte nunca teve muito dinheiro, diferente dos últimos anos. Então, sempre foi uma troca de favores. Viagem pra cá, viagem pra lá... Uma mistura de político e dirigente esportivo. Com mais dinheiro muda um pouco a questão. Quem está na direção tem muito poder sobre esses recursos todos. Seja favor, ou seja recurso mesmo. Então a tendência é não mudar, se tornar uma estrutura viciada de manutenção de poder. Não é uma questão de “se dá certo, não muda”. Como é que você sabe se uma coisa dá certo e se outra dá ainda mais certo?

Dá para sentir uma vaidade dos dirigentes com o poder?
Todo poder leva a isso. Qualquer tipo de poder.

Como foi o trabalho nos bastidores da aprovação da MP? Além dos ex-atletas, vocês tiveram o apoio de empresários ligados ao esporte.

A gente está buscando integrar esses diferentes atores. Isso ganhou força e representatividade. Não são só os ex-atletas. O Sesc, o Conselho Nacional de Educação Física e a CBC (Confederação Brasileira de Clubes) têm participado. Temos buscado a aproximação com o sistema federativo em várias situações.

Ana Moser e ex-atletas comemoram a aprovaçao dos MP no Congresso (Foto: Rafael Carvalho / Divulgação)
O lobby contra foi forte?

Existiu, mas no Senado (a aprovação) foi unânime. Na Câmara dos Deputados, foram 40 votos contra e 300 e tantos a favor. Acho que não é tão forte mais, né?

As manifestações populares aceleraram o processo?

Ajudaram a aumentar a escuta dos políticos. Hoje eles estão mais sensíveis ao que a sociedade tem colocado como reivindicação. Com certeza criou um ambiente bem propício.

O COB e algumas confederações têm equipes que fiscalizam o uso do dinheiro público. Esse trabalho é suficiente?

Não sei como avaliar. Creio que sim. O COB é altamente profissionalizado. Altos executivos em várias áreas, bem remunerados. Não falta recurso no COB para se estruturar.



A CBF está nesse pacote da MP ou não? Porque ela recebe mais dinheiro de fonte privada do que público. Mas ela teria isenção fiscal. Mas parece que abriu mão há um tempo atrás para remunerar seus dirigentes. Quem remunera dirigente perde isenção fiscal e perde recurso público. No caso da nossa proposta, para ter isenção fiscal tem que se adequar às nossas propostas. Mas agora ela recebe dinheiro da Caixa Econômica Federal para o futebol feminino. Mas as federações são regidas por este sistema. Elas com certeza não têm condições de abrir mão da isenção fiscal. As federações teriam que se adequar, aí adequariam o seu colégio eleitoral, e mais cedo ou mais tarde isso chega na CBF, que é eleita pelas federações.

Mas a CBF está ou não incluída na MP 620?

Vocês (jornalistas) é que têm que perguntar se a CBF perdeu a isenção fiscal ou não.

Pelas suas andanças pelo Brasil, como anda o esporte de base no Brasil?

O esporte de base não existe no Brasil. Nem educação física nas escolas. Ela é obrigatória, mas não acontece. Não tem estrutura, espaço físico, nem professor preparado para orientar atividades motoras. Temos diferenças. No Sul do país está melhor, mas sobe mais e você não tem. É exceção escola com duas aulas de educação física por semana, que é a carga curricular. Ainda assim está longe de ser o que estabelece a Organização Mundial de Saúde como ideal de carga de atividade física orientada para crianças e adolescentes, que é de cinco horas por semana. A gente não faz nem duas. E oficialmente não acontece. No fundamental 1 não tem professor de educação física especialista. No fundamental 2 já há, mas em muitos lugares não existe. Daí você falar em esporte de base, não existe. O que existe é um ou outro clube ou algum trabalho de confederação que acaba criando equipes representativas, como no basquete e no voleibol. Em todas as modalidades tem um pouco de esporte de base. Mas é muito pouco, muito eventual. 

NÚMEROS DIVERGENTES: Os números apresentados por Ana Moser divergem dos do Ministério do Esporte. De acordo com a ex-atleta, cerca de 3 milhões de crianças são atendidas pelos programas Segundo Tempo e Mais Educação, este do Ministério da Educação. De acordo com o ME, os números chegam a 8,5 milhões das 50 milhões de crianças nas escolas públicas. De acordo com o IBGE, o número de alunos em escolas públicas é de 31 milhões.


Como você vê a movimentação do governo para melhorar o esporte de base?

O Ministério do Esporte faz muita coisa. O (programa) Segundo Tempo há algum tempo vem se fundindo com o Mais Educação, que é o programa do Ministério da Educação. A cada ano aumenta bastante o número de escolas atendidas, mas ainda está longe de chegar aos 50 milhões de alunos em escolas públicas no país (ver quadro ao lado). O caminho é chegar a estratégias que respondam ao desafio de todas as crianças terem uma carga boa de atividade motora por semana. Tanto Esporte quanto Educação estão buscando responder a este desafio. Mas não é uma questão prioritária. A resposta para este grande desafio é muito difícil. Por outro lado, fazer uma Copa e uma Olimpíada, que é um desafio tão grande quanto, fica mais fácil de resolver porque se coloca como prioridade. De quatro em quatro anos há uma preocupação com eleição e acaba que os programas avançam, mas não resolvem.

Existe algum modelo de outros países mais adequado para o Brasil seguir?
 
Vários. No Brasil temos algumas estruturas com escolas e clubes sociais, comunitários e de várzea. Imagina a estrutura que temos no futebol, que é cultural, e acontece quase que espontaneamente porque há muita demanda. Temos no Brasil um potencial para organizar.  Na Austrália, você cria um clube de bocha no seu bairro, por exemplo, e o inscreve no sistema de esporte do país. Você participa de competições, tem formação, precisa apresentar um time e um profissional com determinada qualificação. O sistema vai organizando e fomentando. Na Inglaterra, fizeram um sistema que integrou as escolas e os clubes locais para ter crianças e jovens praticando esportes na comunidade. É um lugar onde a confederação de voleibol aplica uma formação de professores e monitores que vão trabalhar com a iniciação do esporte na escola. Você cria uma estrutura de uma grande rede que você vai integrando com outros atores, como as escolas, os clubes, as secretarias municipais, estaduais, as federações e confederações. Você combina todos os recursos destes entes para que todas as crianças tenham acesso a uma iniciação motora. Que tenha competições regionais ou de base nos estados e nas cidades, e que isso favoreça o desenvolvimento dos campeonatos nacionais e a formação das equipes olímpicas. O Brasil tem tudo. É só uma questão de organizar e ordenar quem faz o que com qual recurso, quais as responsabilidades de cada ente. No Canadá, estão implantando de 2012 a 2017 o sistema nacional que aproveita as estruturas que existem. Não adianta inventar programa. É só copiar e adequar direitinho. Não tem segredo, nem ovo de Colombo. O ovo de Colombo é encontrar uma solução ou soluções para atender a todas as crianças.

Você aceitaria assumir um cargo político, caso fosse convidada?

Eu sou sociedade civil organizada. Do futuro, ninguém sabe dizer, mas do futuro próximo eu sei onde estou e é onde eu vou continuar a atuar. Falta participação cidadã e política sem ser partidário. É isso que eu faço a partir do Instituto de Esporte & Educação, dos Atletas pela Cidadania. Eu produzo mais assim.

E para o COB? Não (risos).

Fora o seu trabalho, como você está vendo a preparação do Rio para os Jogos, tanto na estrutura quanto nos atletas? Acho que tem muito foco muito forte tanto na preparação do Rio quanto na equipe olímpica brasileira. A menos três anos da Olimpíada, o que é muito pouco tempo, as coisas vão começar a aparecer de maneira mais intensa. Tanto quanto os resultados e a falta de resultados nas modalidades quanto ao andamento das obras. O grande momento é a partir de agora. Estão aparecendo algumas coisas. Não estou muito por dentro desta questão, mas tenho impressão que em pouco tempo teremos muito mais informação para acompanhar.

Fonte: Globo Esporte


Cidade da Califórnia transforma vagas de carros em microparques e espaços para bicicletas


A revolução urbana das bicicletas

A cada dia, a bicicleta assume um papel mais importante como uma alternativa de mobilidade em muitas cidades no mundo. A venda de bicicletas já supera a de automóveis em vários países da Europa.

Mesmo nos EUA, onde a cultura do automóvel é uma das mais cristalizada e, portanto, reativa a mudanças, a bicicleta está ganhando espaço sobre o automóvel.

Um exemplo disso é o que está ocorrendo na Califórnia, o estado mais aberto às ideias de sustentabilidade. A Câmara Municipal da cidade de Sacramento aprovou por unanimidade uma lei que incentiva o uso de bicicletas através da implantação de bicicletários, pontos de aluguel de bicicletas e criação de microparques (vide foto abaixo).

O interessante é que a legislação determina que essas estruturas ocupem efetivamente espaços que antes estavam destinadas ao automóvel, ou seja, que ocupe vagas de estacionamento de carros nas ruas.

Medidas como as aqui apresentadas estão sendo adotadas nas principais cidades do mundo. O objetivo não é extinguir o automóvel, mas diminuir a sua supremacia, abrindo espaços para outras formas de mobilidade.

O importante é implantar a cidade do futuro e o futuro será multimodal. O automóvel terá que partilhar espaço com o transporte coletivo, com a bicicleta, com pedestres e outras formas de deslocamento. Até mesmo o automóvel sairá ganhando, pois, hoje estagnado em constantes engarrafamentos, poderá novamente deslocar-se.

Certamente, as cidades serão muito mais aprazíveis e mais saudáveis.

Axel Grael

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Council votes to launch bike corrals, plan parklets in Sacramento

Dwayne Treleven and Peter Larimer play chess in parking spot converted into a parklet last month in midtown Sacramento.Lezlie Sterling / lsterling@sacbee.com

Read more here: http://www.sacbee.com/2013/10/22/5844018/council-votes-launch-bike-corrals.html#storylink=cpy

By Ryan Lillis
rlillis@sacbee.com

Published: Tuesday, Oct. 22, 2013 - 8:49 pm
The Sacramento City Council envisions a city where you can rent a bicycle from a vast bike-sharing network, park your ride in a bike corral, then settle into a curbside “parklet” for a cup of coffee.
Responding to calls from merchants and pedestrian and bicycle advocates, the City Council voted unanimously Tuesday night to launch a network of bike corrals and begin a pilot program for mini-parks to be built in parking spaces near businesses. Council members also expressed encouragement for a regional bike-sharing program that has been touted by air quality officials.

Councilman Steve Hansen, whose office has helped develop the programs, said it is not often that the council makes a decision that is “so clearly for the public health benefit.”

Parklets were first launched in 2005 in San Francisco, where an art studio fed a meter and placed grass sod and a potted tree in a parking space. San Francisco officials eventually launched a long-term parklet network. There are now more than three dozen of the mini-parks in that city.

“We think parklets are a great idea,” said Teri Duarte, the executive director of WALKSacramento. “They provide additional destinations for people to walk to, they add life to the street and they can slow down traffic.”

At Hansen’s request, city officials will accept between six and 10 requests from businesses to install parklets around Sacramento. The parks will be open to the public, even when attached to a neighboring business.

City officials expect parklets to be built and maintained with funding from private-sector sponsorships.

Bike corrals fitting up to 12 bicycles could replace parking spaces on city streets. The lots were recommended to address a growing demand by bicycle users to have more secure places to leave bikes, city officials said.

The city has already received nine requests to install bike corrals, according to Ed Cox, a program analyst with the city’s Department of Public Works. Those include requests from property owners along K Street and R Street in downtown, on 20th Street in midtown, at 33rd Street and Folsom Boulevard in east Sacramento and at Third Avenue and Franklin Boulevard in Curtis Park.
Bike corrals would be funded through a grant from the Sacramento Metropolitan Air Quality Management District.

Both programs are expected to be concentrated heavily in the central city, although council members asked that neighborhoods in north and south Sacramento be considered as well. So far, “the midtown community is pretty fired up about it,” said Emily Baime Michaels, the executive director of the Midtown Business Association.

“Midtown will support something that’s an innovative use of space,” Michaels said.
City officials said they will seek to balance the aesthetic addition of the parklets and bike corrals with a loss of available parking and the effect on traffic. A loss of parking revenue will also be factored into decisions to permit new mini-parks and bike parking stations.

“In an urban environment, parking management is always going to be an issue,” Michaels said. “I don’t think losing a few spaces to a parklet or a bike corral is going to move the needle one way or another.”

The council also expressed support for a bike-sharing program in the region. According to a staff report provided to the council, a study commissioned by the city and the air quality district recommended a network of 560 bicycles at 80 docking stations. Most of the docks would be in downtown and midtown, with additional sites in Davis and West Sacramento.

The cost for launching a bike share program is estimated at $3.6 million, based on systems of a similar size in other cities, officials said. The network would cost $1.3 million a year; half of that cost could be covered by rental fees and the rest by sponsorships and grants, Cox said.

Fonte: The Sacramento Bee


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Editorial: Miniparks, bike corrals, bicycle sharing are well worth exploring

A temporary bike corral seen last year at the Insight Coffee Roasters on Eighth Street shows how a City Council-approved plan could look at sites around the city. Paul Kitagaki Jr./ The Sacramento Bee

Read more here: http://www.sacbee.com/2013/10/22/5844018_a5844056/council-votes-launch-bike-corrals.html#storylink=cpy

By the Editorial Board
Last modified: 2013-10-19T03:38:23Z
Published: Saturday, Oct. 19, 2013 - 12:00 am

City leaders should jump at every chance to make Sacramento an even more livable place. So there’s every reason to explore promising ideas to encourage bicycling and increase green space.
Even better, City Hall would be a catalyst to efforts that already have public and private support locally and have succeeded elsewhere. These partnerships would be relatively inexpensive and quick.

The City Council will be asked Tuesday to give the go-ahead on three programs using city property:
  
•  Parklets. Introduced in San Francisco in 2010, these miniparks are carved out of on-street parking spaces. Sacramentans got a sneak preview one day last month when temporary parklets opened along 20th Street in midtown. Under the staff proposal, the city would work with business owners and neighborhood groups to find the right spots. If the pilot project is successful, the program could expand.

•  Bike corrals. The city started providing some bicycle parking in its right-of way in 2009, and has tested corrals during recent bicycle months. Following other cities’ lead, the city would design, install and maintain more corrals downtown and along heavily used corridors. Converting an on-street parking space creates room for 12 bicycles.

•  Bike share. In major cities around the country and the world, residents and visitors can rent bicycles for short-term use. Sacramento would be a partner in a regional project led by the Sacramento Metropolitan Air Quality Management District, which expects to hear in December about a request for $3.8 million in start-up money. That would be enough to put 80 rental stations with 560 total bikes in key locations, such as the downtown Sacramento train depot, as well as a few in Davis and West Sacramento.

There are going to be complications. Some businesses might not want to give up nearby parking. Private sponsors are needed. The city is counting on parking revenues to finance most of its share of the proposed downtown arena, so it has to determine how many spaces it can give up.
But none of these concerns should stop the city from at least testing these ideas out.

Fonte: The Sacramento Bee

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Venda de bicicletas já ultrapassa a de automóveis na maioria dos países da Europa




A crise econômica que assola a Europa nos últimos anos, somada a uma maior conscientização quanto aos benefícios proporcionados pelas bicicletas, têm levado muitas pessoas a escolher o transporte de duas rodas, em vez dos que possuem quatro.
Preço mais acessível, consumo praticamente zero, redução do impacto ambiental e o fato de promover uma atividade física podem ser algumas das razões que levaram a população europeia a adquirir mais bicicletas do que carros. Na Alemanha foram 3.966 milhões bicicletas para 3.083 milhões de automóveis, no Reino Unido (3.600 milhões - 2.045 milhões), na França (2.835 milhões - 1.899 milhões), Itália (1.606 milhões - 1.402 milhões), Espanha (708 mil - 700 mil).

De acordo com um relatório realizado da organização NPR, dos 27 estados membros da União Europeia, só Bélgica e Luxemburgo não apresentaram dados em que o consumo de automóveis perde para o de bicicletas. A Espanha, por exemplo, aponta um salto de 4% nas vendas das magrelas, enquanto que há uma queda de 30% na comercialização de carros novos. A Itália também possui um marco curioso: em 2012 foi a primeira vez que as bikes superaram os carros desde a Segunda Guerra Mundial.

Fenômeno europeu

pesquisa da NPR também aponta que os ciclistas têm movimentado a Europa. Ao contrário dos países do norte europeu, como Holanda e Bélgica, a Espanha, por exemplo, carecia de tradição acerca das bicicletas. Com a mudança de hábito, o país já tem uma das mais altas taxas de mortalidade para ciclistas de estrada no continente.

Para mudar este quadro de muitos acidentes na Europa, um grupo conhecido como "Ativistas do Ciclismo" tem se esforçado para ensinar aos motoristas a respeitar os usuários de bicicletas. O movimento Bici Crítica, criado por eles em 2004, tem ocupado a capital espanhola na última quinta-feira de cada mês - interrompendo o trânsito na hora do rush. Eles se reúnem em um palácio construído no século 19 no centro de Madrid, onde traçam um caminho diferente para pedalar ao redor da cidade, mensalmente.

Para Juan Salentas, ciclista do movimento, a crise econômica local tem seu ponto positivo: "Estamos aprendendo a cada dia sobre a crise e talvez ela não esteja mudando as coisas que pensávamos que iria mudar, a exemplo de políticos e bancos. Mas está mudando nossas mentes. Nós gastamos menos. Tentamos viver com o que temos e ser mais felizes. E vamos tentar manter o que temos, porque talvez vamos perdê-lo amanhã", afirmou ao NPR.

Pelo mundo

Em 2013, a China, que possui o título negativo de campeã mundial de poluição, mostrou que também é o país que mais tem investido em sustentabilidade: o gigante asiático é líder global em energia solar, eólica e em bicicletas elétricas. No mês de julho, os chineses já registravam mais vendas de bicicletas elétricas do que de carros. Até o mês citado foram comercializadas, ao todo, 28 milhões de e-bikes, contra 19,3 milhões de veículos de passeio. Nove em cada dez magrelas elétricas vendidas no mundo vão parar no país, que tem a maior população do mundo - cerca de 1 bilhão e 340 milhões de habitantes (censo de 2011).

No Brasil, a produção de bicicletas aumentou em 5,9% em 2012, segundo o levantamento da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo). Indústrias instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM), por exemplo, totalizaram 875.835 unidades - foram 826.903 de 2011. Enquanto isso, as vendas de carros devem ter alta de 1,03% em relação a 2012. Até o início de outubro haviam sido vendidos 2.780.330 de unidades de veículos no país, de acordo com dados da Federação Nacional dos Distribuidores de Veículos Automotores (Fenabrave).

Fonte: EcoDesenvolvimento

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Acesse outras postagens sobre bicicletas em áreas urbanas e sobre o Programa Niterói de Bicicleta em:
Cidade da Califórnia transforma vagas de carros em microparques e espaços para bicicletas


De wingsuit, curitibano voa de Niterói ao Aterro do Flamengo a 200 km/h


Luigi Cani voa de wingsuit de Niterói até o Aterro do Flamengo (Foto: Gabriel Lott)

Prestes a viajar para o espaço em 2014, Luigi Cani faz performance ousada sobre a Baía de Guanabara em pouco mais de quatro minutos

Prestes a se tornar o segundo brasileiro a viajar para o espaço (primeiro por meio de iniciativa privada), o paraquedista e atleta de esportes radicais curitibano Luigi Cani, de 42 anos, colocou em prática um projeto ousado no Rio de Janeiro na última quinta-feira. Com mais de 11 mil saltos e 79 medalhas em competições ao longo de 17 anos de carreira, ele conseguiu um feito inédito ao saltar de um helicóptero e voar de wingsuit de Niterói, na Região Metropolitana, até o final do Aterro do Flamengo.

A velocidade média de Luigi no salto foi de 200 km/h. O percurso foi feito em cerca de 4m15s, sendo 3m45s de wingsuit e mais 30s pousando de paraquedas. Após voar a 15 mil pés de helicóptero, ele pulou usando o uniforme de "homem-pássaro", passou pela Baía de Guanabara, sobrevoou o Centro da cidade do Rio de Janeiro e foi terminar a performance na Zona Sul ao lado do atleta Gabriel Lott, que foi convidado para acompanhá-lo e registrar as imagens do amigo.

"Saí da parte de trás do Museu de Arte Contemporânea (MAC, do arquiteto Oscar Niemeyer), passei pela Baía de Guanabara e cheguei no Santos Dumont. Como estava muito alto, passei também pelo Centro da cidade, virei para a esquerda e peguei uma reta pela Marina da Glória, pela faixa de areia, e pousei bem na ponta do Aterro do Flamengo".


- Primeiro, usei um site para marcar minhas coordenadas de Niterói até o Aeroporto Santos Dumont. Depois, marquei do meio da pista do aeroporto até o final do Aterro do Flamengo. Fiz um vôo de helicóptero no percurso antes de voar de wingsuit e calculei tudo direitinho para ter certeza de que conseguiria fazer a travessia. Tivemos que esperar muito tempo no ar, recebi oxigenação, ficamos meia hora circulando e esperando o espaço aéreo fechar o aeroporto. Pedimos autorização ao aeroporto, à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e ao CGNA (Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea). Saí da parte de trás do Museu de Arte Contemporânea (MAC, do arquiteto Oscar Niemeyer), passei pela Baía de Guanabara e cheguei no Santos Dumont. Como estava muito alto, passei também pelo Centro da cidade, virei para a esquerda e peguei uma reta pela Marina da Glória, pela faixa de areia, e pousei bem na ponta do Aterro do Flamengo - disse ao GLOBOESPORTE.COM

Para se ter uma ideia, sair de Niterói e chegar até o final do Aterro do Flamengo de carro demora cerca de 30 minutos em um dia com boas condições de trânsito. O atleta demorou pouco mais de quatro minutos. Além da travessia Rio-Niterói, Luigi já realizou outras performances na Cidade Maravilhosa. Uma delas foi em 2007, quando fez um voo próximo ao Cristo Redentor, um dos principais cartões postais do Rio de Janeiro.

Fonte: Globo Esporte


terça-feira, 29 de outubro de 2013

Nasa apresenta resultado do monitoramento da camada de ozônio no Hemisfério Sul


Ozone hole 2013



The ozone hole over Antarctica was slightly smaller in 2013 than the average for recent decades, according to data from the Ozone Monitoring Instrument (OMI) on NASA’s Aura satellite and the Ozone Monitoring and Profiler Suite (OMPS) on the NASA-NOAA Suomi NPP satellite. The average size of the hole in September–October 2013 was 21.0 million square kilometers (8.1 million square miles). The average size since the mid 1990s is 22.5 million square kilometers (8.7 million square miles).

The single-day maximum area reached 24.0 million square kilometers (9.3 million square miles) on September 16—an area about the size of North America. The largest single-day ozone hole ever recorded by satellite was 29.9 million square kilometers (11.5 million square miles) on September 9, 2000.

The image above shows ozone concentrations over the South Pole on September 16, 2013, as measured by OMI. The animation below shows the evolution of the ozone hole, including a plot of the area and concentrations, from July 1 to October 15, 2013. To see ozone holes since 1979, visit World of Change: Antarctic Ozone Hole.




The ozone hole is a seasonal phenomenon that starts during the Antarctic spring (August and September) as the sun begins rising after winter darkness. Pole-circling winds keep cold air trapped above the continent, and sunlight catalyzes reactions between ice clouds and chlorine compounds that begin eating away at natural ozone in the stratosphere. In most years, the conditions for ozone depletion ease by early December, when the seasonal hole closes.

“There was a lot of Antarctic ozone depletion in 2013, but because of above average temperatures in the Antarctic lower stratosphere, the hole was a bit below average compared to ozone holes observed since 1990," said Paul Newman, an atmospheric scientist at NASA’s Goddard Space Flight Center.

The size of the hole in any particular year is not enough information for scientists to determine whether the atmospheric conditions that cause the ozone hole have permanently improved. Levels of most ozone-depleting chemicals in the atmosphere have gradually declined as the result of the Montreal Protocol, an international treaty to phase out production of ozone-depleting chemicals. In the decades since the treaty, the hole has stabilized, with some meteorologically driven variations from year to year.

Science teams from NASA, NOAA, and the World Meteorological Organization have been monitoring the ozone layer on the ground and with a variety of instruments on satellites and balloons since the 1970s. Long-term ozone-monitoring instruments have included the Total Ozone Mapping Spectrometer, the second generation Solar Backscatter Ultraviolet Instrument, the Stratospheric Aerosol and Gas Experiment series of instruments, and the Microwave Limb Sounder.
  1. Related Reading

  2. NASA Ozone Hole Watch. Accessed October 25, 2013.
  3. NASA Earth Observatory (2012, September 16) Watching the Ozone Hole Before and After the Montreal Protocol.
  4. NASA Earth Observatory World of Change: Antarctic Ozone Hole.
NASA animation by Robert Simmon, using imagery from Ozone Hole Watch. Caption by Mike Carlowicz.

Fonte: NASA - Earth Observatory




Estado do Rio de Janeiro terá plano de recursos hídricos



 
O Rio de Janeiro vai ganhar até o fim de 2013 uma ferramenta fundamental para o uso sustentável das águas em todo o estado. O Plano Estadual de Recursos Hídricos do Rio de Janeiro (PERHI-RJ) está sendo desenvolvido pelo Laboratório de Hidrologia da Coppe/UFRJ, que venceu licitação pública promovida pelo Governo do Estado para a elaboração do trabalho. O PERHI-RJ é coordenado pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea).

“Com a conclusão do Plano Estadual de Recursos Hídricos o Rio de Janeiro terá um documento muito importante para orientar as políticas públicas destinadas à utilização dos recursos hídricos. Até o momento não havia uma orientação consistente e específica nessa área”, afirma Paulo Carneiro, coordenador técnico do projeto do PERHI-RJ e pesquisador do Laboratório de Hidrologia da Coppe/UFRJ.

Segundo Paulo Carneiro, o horizonte de planejamento do PERHI-RJ é até 2030. O Plano será atualizado a cada cinco anos. A concepção do documento foi estruturada sobre sete temas estratégicos para a gestão das águas do estado de forma a traçar as diretrizes e fundamentar a programação das ações que vão orientar agentes públicos, privados e a sociedade em geral para a sustentabilidade dos recursos hídricos.

O Plano Estadual de Recursos Hídricos servirá de base, por exemplo, para indicar em quanto deverá ser aumentada a cobertura de esgotamento sanitário de uma determinada região. Apontará também quantos metros cúbicos de água serão necessários para o atendimento humano ou para a atividade agrícola em um dado local do estado.


Esse amplo panorama da disponibilidade hídrica do Rio de Janeiro permitirá ainda orientar a tomada de decisões sobre os locais mais apropriados para instalação de empreendimentos industriais no estado, não apenas em função da necessidade de água da atividade, mas também em face ao volume e qualidade dos recursos disponíveis no lugar.

Os sete temas estratégicos sobre os quais o Plano está estruturado são: estudos hidrológicos e de vazões extremas; avaliação da rede quali-quantitativa para gestão e proposta de pontos de controle para bacias estratégicas; vulnerabilidade a eventos críticos; fontes alternativas para o abastecimento do Estado do Rio de Janeiro, com ênfase na Região Metropolitana; aproveitamentos hidrelétricos localizados no estado; e avaliação do potencial hidrogeológico dos aquíferos fluminenses.

Participação da sociedade

No período de 23 a 27 de setembro foram realizadas três consultas públicas destinadas a verificar e validar as informações do PERHI-RJ e obter sugestões para o seu aperfeiçoamento. O objetivo foi permitir uma ampla participação da sociedade na elaboração do documento. Os encontros aconteceram em Resende, em Campos e na sede da Cedae, na cidade do Rio de Janeiro. No mês de novembro serão realizadas outras três consultas públicas para que a sociedade possa avaliar as propostas apresentadas.

Executado pela Coppe e coordenado pelo Inea, o PERHI-RJ é financiado com recursos do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (FUNDRHI) e recebe acompanhamento do Conselho Estadual de Recursos Hídricos do Rio de Janeiro (CERHI-RJ), instância responsável pela sua aprovação. A expectativa é que o Plano seja concluído até dezembro. Ao longo do trabalho serão elaborados produtos que ficarão disponíveis ao público no endereço: www.hidro.ufrj.br/perhi
Fonte: Planeta COPPE


Prefeito anuncia para dezembro início das obras no Hospital Carlos Tortelly




O prefeito de Niterói e o secretário municipal de Saúde, Chico D´Angelo, fizeram uma série de visitas a unidades de saúde da cidade na manhã desta terça-feira (29/10).
 
O chefe do Executivo municipal destacou a vistoria que fez no Hospital Municipal Carlos Tortelly, no Bairro de Fátima. Segundo ele, uma obra orçada em R$ 3 milhões será iniciada em dezembro na unidade, que ganhará 40 novos leitos. De acordo com o prefeito, a situação observada no hospital é preocupante.

"Constatei a situação degradante que as pessoas vêm sofrendo nos últimos cinco anos pela paralisação desta obra. É lamentável e inaceitável o que vimos aqui. A situação é degradante em razão da omissão que tivemos na área de saúde nos últimos anos. Só não foi mais complicado por causa da dedicação e resistência dos servidores que, dedicados, evitaram que essa unidade fechasse. Vamos iniciar uma obra em dezembro, teremos atendimento humanizado e respeitoso com o usuário da saúde pública. Queremos transformar esse hospital em referência. Isso é  muito bom para aqueles que mais precisam. Temos compromisso de devolver a força, prestígio e autoestima de Niterói, mas sempre olhando com atenção especial para os que me mais precisam", disse o prefeito, acrescentando que a primeira etapa da obra deverá ser concluída até abril, a segunda em junho e, depois disso, uma outra intervenção será iniciada.
 
A diretora da unidade, Fátima Loureiro, afirmou que, com a obra, os pacientes serão atendidos com mais dignidade e os profissionais terão condições ideais para prestar um melhor atendimento à população.
O prefeito e o secretário  de Saúde também estiveram na Policlínica do Largo da Batalha. Rodrigo Neves destacou a melhoria no atendimento na unidade e o reconhecimento dos usuários pelo trabalho.
 
"Depois de quatro anos com as pessoas sendo atendidas em um contêiner, em uma situação absolutamente degradante, a população do Largo da Batalha e entorno estão reconhecendo os funcionários, o diretor, o trabalho que está sendo desenvolvido pela Secretaria de Saúde. Eu quero fazer o reconhecimento aos servidores. A Policlínica é um exemplo daquilo que nós queremos para a rede como um tudo. Quintuplicou o número de procedimentos na unidade", declarou.
 
O secretário Chico D´Angelo afirmou que a administração municipal está ampliando e qualificando o atendimento à população na área da saúde.
 
"Estamos caminhando para a frente, melhorando progressivamente as unidades já em 2013. E a perspectiva futura é fantástica, com a ampliação do Médico de Família. E a população reconhece que está melhorando. Tudo isso graças a ação do prefeito e das parcerias com os governos estadual e federal", disse.
 
O prefeito e Chico D´Angelo ainda estiveram na maternidade municipal Alzira Reis, em Charitas, onde conversaram com servidores e pacientes.
 
 
 

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Leia também:
Entrevista do secretário Chico D'Angelo sobre a gestão da Saúde em Niterói


Entrevista do secretário Chico D'Angelo sobre a gestão da Saúde em Niterói


Entrevista. Secretário de Saúde de Niterói, Chico D`Ângelo, em seu gabinete, fala dos problemas e dasafios do município Hudson Pontes


Luiz Gustavo Schmitt
Renato Onofre
 
Chico D'Angelo: ‘Num cenário de crise, não tem como fazer milagre’

Depois de dez meses como secretário municipal de Saúde, ele admite dificuldades na rede, revela seus desafios e propõe mudança no modelo de gestão para reestruturar o atendimento no município

Emergências fechadas. Falta de remédios, leitos e médicos. Hospitais e postos de saúde em estado precário. Nas últimas quatro semanas, O GLOBO-Niterói publicou a série “Cidade pede socorro”, em que mostrou problemas enfrentados pela população de Niterói em busca de atendimento. Na quinta e última reportagem, o secretário de Saúde, Chico D’Angelo, fala sobre investimentos, mudança no modelo de contratação de servidores e pede a reabertura do Hospital Universitário Antonio Pedro. Ele afirma que, a partir de novembro do ano que vem, a área de saúde estará melhor e promete assinar uma carta-compromisso com as principais metas de sua gestão. Garante ainda que um novo panorama no setor será percebido pela população.

O cenário atual

“A gente tem um passivo e uma demanda reprimida muito grande, que herdamos da antiga gestão. Eu sabia que a cidade estava com problemas, mas não tinha a dimensão do tamanho. O que pegamos é bem diferente do que deixei em 2006 (Chico D’Angelo foi secretário de Saúde de 2002 a 2006). A emergência do Antonio Pedro estava aberta. O Getulinho aberto. O Hospital Mário Monteiro, em Piratininga, tinha sido recém-inaugurado e funcionava a todo vapor. Os dois centros de atenção psicossocial (Caps) — o Álcool e Drogas, no Fonseca, e o Infantojuvenil, no Ingá — andando bem. Este ano, um caos. A maioria dos serviços ou não funcionava ou funcionava mal. Ainda encontramos sérios problemas tanto do ponto de vista estrutural quanto de insumos, além de uma séria crise de recursos humanos. Isso sem contar com o imbróglio jurídico da Maternidade Alzira Reis, em Charitas. Até o programa Médico de Família, que sempre foi uma referência, estava com unidades fechadas, como é o caso do posto da Grota, que reabrimos. Já o Hospital Carlos Tortelly (antigo CPN), no Bairro de Fátima, deixamos uma obra encaminhada que até hoje não foi concluída. O quadro era dramático!”

Contratação de médicos

“Esse é um problema que resolvemos enfrentar. Não tinha outro jeito. Na média, cerca de 60% são funcionários com vínculo precário de trabalho (RPAs). Estamos em fase de conclusão do levantamento das necessidades da rede e optamos por três modelos: organizações sociais (OS), fundação estatal e concurso público. A princípio, trabalhamos com a tese de que para as áreas hospitalares e de urgência e emergência, o melhor é a OS. Já para área administrativa, como vigilância sanitária, prefiro concurso público. Defendo ainda que toda a área de saúde mental, assim como o programa Médico de Família e atenção básica, seja trabalhada com a lógica de fundação estatal. Porque tem plano de carreira, crescimento por mérito, funcionários são celetistas. Nós já formatamos o projeto, encaminhamos à Procuradoria. Até novembro, o prefeito encaminhará a proposta à Câmara. Com isso, acabamos com a precarização de mão de obra de maneira global na rede.”

Hospital Getulinho

“Em um ano e oito meses, a obra deve ficar pronta. O hospital estava praticamente fechado. A média cirúrgica do Getulinho era de 20 cirurgias por mês. Fomos a Brasília, conseguimos recursos e abrimos a emergência. Há uma polêmica em torno do custo da utilização da OS que não é verdade. O custo do Getulinho, em maio deste ano, sem OS e com a emergência aberta, foi de R$ 2, 8 milhões. A conta (divulgada) de R$ 1,2 milhão não incluiu o salário dos funcionários. Com a OS, houve uma redução concreta de profissionais RPAs. Eles agora têm vínculo empregatício, têm fundo de garantia e, principalmente, têm um salário muito melhor. Hoje, a OS está custando R$ 2,6 milhões, quando antes gastávamos R$ 2,8 milhões. O custo da OS vai empatar o jogo. Eu sei que há muitas pessoas que criticam OS e que defendem concurso público. Mas, esse é um modelo bem-sucedido que avança no Brasil. Contudo, é verdade que não se chegou a um consenso sobre qual é a melhor solução para os recursos humanos.”

Transparência no contrato

“Nós fomos excessivamente transparentes com a questão da OS e publicamos a íntegra do contrato (os anexos não foram publicados, mas o secretário garantiu sua publicidade ao GLOBO-Niterói). Não há risco de supervalorização dos serviços. A OS tem uma comissão com participação do conselho municipal, que controla o padrão do atendimento e a qualificação da atenção. Vamos criar também um conselho gestor e acompanha tudo da forma mais transparente possível. Ainda tem o controle externo, como MP e TCE.”

Cirurgia infantil no Orêncio de Freitas

“O Hospital Orêncio Freitas está preparado para receber cirurgia infantil. É um hospital cirúrgico. Tem laboratório, raio-X etc. Esta semana já teremos a primeira cirurgia lá. Casos complexos continuarão sendo mandados para os hospitais Azevedo Lima e Antonio Pedro.”

Mario Monteiro virando UPA

“A cidade não perde com esse modelo que adotamos. Pelo contrário. Vamos aumentar a capacidade de atendimento. Lá é uma unidade pré-hospitalar. Será uma unidade de urgência e emergência como é hoje, só que qualificadíssima. Não vai funcionar como UPA. Essa adequação às diretrizes do Ministério da Saúde possibilitou, pela primeira vez, recurso para custeio. Com isso, sobra recursos para o município comprar mais equipamentos. Posso, por exemplo, colocar respirador em maior quantidade nas instalações. Vamos melhorar as enfermarias, trabalhar com a lógica de mão de obra não precarizada, com OS. Vamos abrir o processo licitatório. Ela hoje não tem as benesses de uma unidade de urgência e emergência para custeio e o município tem o ônus de arcar com tudo. Por isso, esse hospital se degradou. Eu posso dizer que aumentará em 30% o número de atendimentos da unidade. Vai voltar a ser uma unidade limpa, arrumada e qualificada, e não aquela coisa que está hoje, degradada. A Região Oceânica terá uma emergência nova.”

Dever de casa

“Temos que fazer a nossa parte e estamos fazendo. No Carlos Tortelly, recuperamos um financiamento que eu consegui em 2006 e que estava sendo contestado pelo Ministério da Saúde. A obra lá estava parada há dois anos. Readequamos o projeto, convencemos o Ministério a liberar mais recursos. Vamos ter no Carlos Tortelly uma emergência qualificada com 24 leitos de observação, além de três de UTI e nove de UI (unidade intermediária) apenas no setor de emergência (hoje são 18 leitos de observação). Isso não é gogó. Foi dinheiro que conseguimos, cerca de R$ 1,6 milhão para essa reforma do Carlos Tortelly, além de mais verbas para equipamentos. Ainda temos na conta verba para a ampliação da UPA do Mário Monteiro e para a construção de novas unidades básicas. Só este ano são mais R$ 40 milhões em novos investimentos. Inauguramos ainda uma central de regulação. Isso permite saber onde é possível encontrar leitos. Eu tinha dois caminhos: ou eu ficava na zona de conforto ou enfrentava os desafios de recursos humanos, qualificava e abria leitos. Com dez meses num cenário de crise, não tem como fazer milagre.”

Antonio Pedro

“Deixar fechar o Antonio Pedro foi um erro. Se eu sou o secretário, não deixava fechar. No limite máximo da negociação, a prefeitura teria que ter pedido dois anos para reorganizar o atendimento na cidade. Mas essa discussão da reabertura da emergência do Hospital Universitário Antonio Pedro não está esgotada. Não joguei a toalha. É claro que é preciso também haver uma decisão da universidade, reconhecendo a necessidade de reabrir a unidade. E acho que eles não estão surdos a isso. Há um sentimento, uma vontade na cidade e uma cobrança para reabrir. Nós temos agora o novo POA (Plano Operativo Anual), em que repactuamos recursos federais para o hospital. Pode ser esse o momento de colocar as cartas na mesa. E vamos colocá-la na pauta de discussão. Lá, teremos a oportunidade de assinar uma pactuação com o MEC e o Ministério da Saúde. Aliás, seria uma boa oportunidade de ele (Tarcísio Rivello, diretor do hospital) assinar, já que é aniversário da cidade.”

Fonte: O Globo Niterói


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Leia também:
Prefeito anuncia para dezembro início das obras no Hospital Carlos Tortelly


domingo, 27 de outubro de 2013

Reabertura do Teatro Popular e as atrações culturais de Niterói, no RJTV



Teatro Popular Oscar Niemeyer, em Niterói, reabre após 4 anos

Os moradores de Niterói ganharam de volta o Teatro Popular Oscar Niemeyer, que estava fechado há quatro anos. No dia da sua reabertura, o espaço recebe o espetáculo "Menino de sua avó", da atriz portuguesa Maria do Céu Guerra.

Assista em http://globotv.globo.com/rede-globo/rjtv-1a-edicao/t/edicoes/v/teatro-popular-oscar-niemeyer-em-niteroi-reabre-apos-4-anos/2914613/

Fonte: RJTV

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Saiba mais em:
Prefeitura de Niterói e Ampla firmam acordo para investimentos no Teatro Popular Oscar Niemeyer
Teatro Popular de Niterói será reaberto no dia 25



Governo estadual anuncia plano para despoluir praias


Intervenções prometem melhorar condições da Praia de Botafogo Ana Branco / Ana Branco/10.04.2012

Novas ações devem beneficiar Flamengo, Botafogo e Copacabana até 2016

O governo do estado anuncia nesta terça-feira o início de obras de infraestrutura para beneficiar seis praias cariocas: Flamengo, Botafogo, Copacabana, Paquetá, Guanabara (Ilha do Governador) e Barra da Tijuca (trecho do Quebra-Mar ao Pepê). A segunda etapa do programa Sena Limpa — desenvolvido por nove órgãos municipais e estaduais — visa a garantir condições de balneabilidade em 90% da série de monitoramento anual feita pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea): são nove análises a cada mês, por praia.

De acordo com o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, os cariocas já colhem os benefícios da primeira etapa do projeto. Minc cita o exemplo da Praia Vermelha, na Urca, que desde 23 de setembro apresenta-se em condições favoráveis aos banhistas. O Sena Limpa 2 deve exigir investimentos públicos de R$ 200 milhões e terminá somente após os Jogos Olímpicos de 2016.

Um dos desafios do governo será dar mais agilidade ao programa, que tem na Secretaria estadual do Ambiente e na Cedae os principais executores. Até agora só foram efetivamente aplicados R$ 40 milhões de um total de R$ 150 milhões do Fundo Estadual de Conservação Ambiental (Fecam) referentes às obras da primeira etapa do Sena Limpa — cujo foco foram as praias de São Conrado, Leblon, Ipanema, Leme, Urca e Bica. Ou seja, apenas 26% do total previsto.

"Inaugurada há 18 anos, a ETE São Gonçalo nunca funcionou adequadamente. A cidade, com 1 milhão de habitantes, só trata 8,4% de seu esgoto gerado diariamente".


— Enfrentamos uma dura batalha para aprovar, licitar e efetivamente começar as obras. Mas o importante é que avanços já podem ser observados. Além da Praia Vermelha (na Urca), que passou a ter condições de banho, a captação do esgoto das favelas Pavão-Pavãozinho e Cantagalo melhorou muito as condições de Ipanema. Também passamos a mandar para o emissário todo o esgoto da Cruzada São Sebastião, que até então caía no Canal de Jardim de Alah — destacou Minc.

Na sexta-feira, o Fecam aprovou o repasse de R$ 4,6 milhões para a reforma da elevatória de esgoto de Parafuso, encravada num cartão-postal carioca: o Posto Seis da Praia de Copacabana. O equipamento bombeia o esgoto de boa parte da Zona Sul para o emissário submarino de Ipanema e precisa de reparos.

De acordo com o presidente da Cedae, Wagner Victer, o programa Sena Limpa está propondo soluções definitivas, e não paliativas, e isso explicaria a morosidade na maioria das intervenções. Segundo Victer, os banhistas da Barra terão uma agradável surpresa a partir de 2016. Está prevista a ampliação do quebra-mar — trazendo melhorias à qualidade das águas do Pepê — e o avanço na coleta de esgoto na região de Jacarepaguá, um dos maires gargalos ambientais da cidade.

De Paquetá a São Gonçalo

Já o esgoto de Paquetá será transportado por uma tubulação até a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de São Gonçalo — o governo promete colocar a unidade em pleno funcionamento em fevereiro. O projeto está pronto e o dinheiro, garantido. Inaugurada há 18 anos, a ETE São Gonçalo nunca funcionou adequadamente. A cidade, com 1 milhão de habitantes, só trata 8,4% de seu esgoto gerado diariamente.

Fonte: O Globo