Centro de Acolhimento Lélia Gonzalez funcionará em São Lourenço. Para o mesmo imóvel, foi transferido o abrigo masculino Casa de Cidadania Florestan Fernandes
31/03/2016 - A Prefeitura Municipal de Niterói, através da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (SASDH), inaugurou nesta quinta-feira, dia 31/03, o Centro de Acolhimento Lélia Gonzalez, em São Lourenço, para mulheres e suas famílias. O novo abrigo foi instalado no terreno da antiga ACIAC (Associação dos Centros Integrados de Assistência à Criança). No local, também passa a funcionar o abrigo masculino Florestan Fernandes, que funcionava no Centro e foi transferido para o novo espaço. O evento teve a participação do prefeito e de vários secretários municipais.
“Estamos entregando esta casa de acolhimento hoje, e isso é muito importante, sobretudo neste momento de crise, quando ocorre uma desestruturação em núcleos familiares, em função das dificuldades econômicas. As pessoas perdem seus vínculos e precisam doacolhimento do poder público. Estamos entregando mais uma unidade de acolhimento da prefeitura de Niterói. Este equipamento é muito propício ao trabalho da Secretaria de assistência social, para promover a reinserção social dessas pessoas. Como a Padaria-Escola, um projeto de inserção produtiva. Esse projeto realmente é muito importante e reflete o nosso compromisso de uma Niterói que é solidária, generosa e que promove a dignidade humana”, disse o prefeito.
Os dois abrigos funcionarão 24h e as pessoas serão levadas para o local pelas equipes de acolhimento da SASDH. Com os equipamentos, será disponibilizado um total de 100 vagas de acolhimento para pessoas em situação de vulnerabilidade social, sendo 50 vagas para mulheres e suas famílias (filhos e maridos), e 50 vagas para homens. Os abrigos ficam na Rua Presidente Castelo Branco, 7, em São Lourenço, e contam com alojamentos individuais e quartos para famílias. Homens sozinhos serão instalados no Florestan Fernandes. Mulheres sozinhas ou com suas famílias ficarão no Lélia Gonzalez.
“Não basta ser um Centro de acolhimento, tem que ter algum tipo de iniciativa que consiga garantir o resgate da autoestima e da cidadania e esse equipamento aqui promove isso. Aqui as pessoas terão abrigo e terão perspectiva de qualificação profissional e de renda. Também estamos com uma parceria com a EMUSA, e os funcionário da empresa vão passar a comprar os pães para o seu café da manhã aqui na nossa padaria-escola”, afirmou a secretária municipal de Assistência Social, Verônica Lima.
Ela lembrou ainda de outras importantes campanhas da SASDH, com impacto direto na questão da população de rua na cidade:
“Importante reforçar também que dar esmola não é dar cidadania. Esmola é a manutenção de quem vive nas ruas. Por isso, estamos lançando uma campanha forte para que as pessoas evitem isso. Ninguém deve dar esmola. A resistência das pessoas em ficar nos abrigos muitas vezes é porque nas ruas tem gente dando esmola, por isso as pessoas querem voltar para as ruas. Essa campanha é fundamental. Além disso, nos últimos 3 meses, 119 pessoas que estavam nas ruas foram encaminhadas de volta para suas cidades de origem. Esse é outro trabalho muito importante”, finalizou ela.
As instalações foram totalmente reformadas e contam com um espaço de 9 mil metros quadrados. O local foi adaptado seguindo as normas e padrões estabelecidos pelo Ministério do Desenvolvimento Social de Combate à Fome, com estrutura para o realizar o suporte psicopedagógico dos acolhidos, através do resgate da autoestima e da reinserção social. No local, as pessoas serão atendidas por uma equipe multidisciplinar, com psicólogos e assistentes sociais, e também haverá cursos de capacitação para o mercado de trabalho.
O novo equipamento possui oficinas já equipadas de corte e costura e uma padaria-escola e futuramente, com apoio e recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), serão viabilizados uma cooperativa e um centro de triagem de resíduos e reciclagem junto aos catadores, dando assim uma perspectiva de renda e empregabilidade para essas pessoas acolhidas.
Análise microscópica confirmou que a estrutura circular existente na área de Colônia, zona sul de São Paulo, foi produzida pelo choque de um asteroide ou cometa.
A Agência FAPESP acompanhou o geólogo e pesquisador Victor Velázquez Fernandez, professor da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP), até Vargem Grande, Parelheiros, zona sul de São Paulo, para contar como foi o impacto de um objeto celeste há pelo menos 5 milhões de anos.
A formação geológica, denominada cratera de Colônia, situa-se a 40 km do centro de São Paulo e é descrita pelo professor como uma formação de impacto durante evento que aconteceu em um intervalo entre 5 milhões a 35 milhões de anos.
A cratera foi declarada "Monumento Geológico" pelo Conselho Estadual de Monumentos Geológicos do Estado de São Paulo (CoMGeo-SP), em 2009. A área também foi tombada pelo Condephaat, em 2003 e inventariada na Earth Impact Database (EID), no Canadá, que contém a relação completa das 188 estruturas de impacto confirmadas ao redor do mundo.
Cratera guarda a memória de impacto de corpo celeste na periferia de São Paulo
Análise microscópica confirmou que a estrutura circular existente na área de Colônia, próxima à represa Billings, foi produzida pelo choque de um asteroide ou cometa ( imagem: arquivo de Victor Velázquez Fernandez)
Esquema mostrando, em corte vertical, a composição geológica da cratera (imagem: arquivo de Victor Velázquez Fernandez)
José Tadeu Arantes | Agência FAPESP – Uma grande cratera, produzida pelo impacto de um objeto celeste, estende-se por uma área de 10,2 quilômetros quadrados na periferia do município de São Paulo. A formação geológica, denominada cratera de Colônia, situa-se a menos de 40 quilômetros do marco central da cidade, a Praça da Sé, na orla sudoeste da bacia hidrográfica Billings.
Com o interior atulhado por sedimentos e a borda coberta pela vegetação, a cratera permaneceu ignorada até o início da década de 1960, quando as fotos aéreas e depois as imagens de satélite puseram em evidência sua forma circular característica. A primeira referência na literatura especializada data de 1961, com a publicação, no Boletim da Sociedade Brasileira de Geologia, do artigo “Estudos preliminares de uma depressão circular na região de Colônia: Santo Amaro, São Paulo”, assinado pelos professores Rudolph Kollert, Alfredo Björnberg e André Davino, da Universidade de São Paulo (USP).
Mas, como estruturas circulares podem resultar de outros fatores, como o vulcanismo, por exemplo, persistiu por muito tempo a dúvida sobre se a cratera de Colônia havia sido realmente criada pelo choque de um corpo extraterrestre. Apenas em 2013, graças a uma pesquisa conduzida pelo geólogo Victor Velázquez Fernandez, professor da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP), foram finalmente reunidas as evidências que comprovaram a hipótese do impacto. O estudo, que prosseguiu até 2015, teve o apoio da FAPESP: “Cadastramento dos elementos geológicos e geomorfológicos da cratera de Colônia para estabelecer uma estratégia de gestão e preservação ambiental”.
“O impacto produziu um buraco de 3,6 quilômetros de diâmetro, com cerca de 300 metros de profundidade e uma borda soerguida de 120 metros”, disse Velázquez à Agência FAPESP. “Mas, ao longo do tempo, e devido ao intenso processo de intemperismo característico do território brasileiro, esse buraco foi inteiramente preenchido por sedimentos e coberto pela vegetação, resultando em uma área plana circundada por colinas. Foi uma evolução muito diferente daquela ocorrida, por exemplo, na Cratera Barringer, no Arizona, Estados Unidos, onde a estrutura geológica ficou praticamente intacta devido ao ambiente desértico.”
“No caso de Colônia, a forma circular perfeita, registrada nas fotografias aéreas, constituía forte indício de uma estrutura de impacto, formada pela colisão de um cometa ou asteroide na superfície terrestre. Mas não era, por si só, um dado suficiente para confirmá-la. Por isso, tivemos que partir para o estudo petrográfico, com a análise microscópica dos sedimentos”, prosseguiu o pesquisador.
Segundo Velázquez, a coleta de material tornou-se possível devido a sondagens realizadas na região para fornecimento de água potável. As perfurações, realizadas na área sedimentar, chegaram a 300 metros de profundidade, até encontrar a rocha dura. Devido a uma cooperação então existente entre a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e a EACH-USP, amostras de sedimentos, colhidas metro a metro, foram fornecidas à universidade para estudo.
“Nas amostras coletadas, encontramos várias evidências. Uma delas, bastante forte, foi a evidência de transformação de vários minerais, em particular, quartzo e zircão. Para a transformação desses minerais é necessária uma pressão superior a 40 quilobars [40 mil vezes a pressão atmosférica padrão] e uma temperatura da ordem de 5 mil graus Celsius. Esses patamares de pressão e temperatura são característicos da potente liberação de energia resultante do impacto na superfície terrestre de um objeto proveniente do espaço interplanetário”, informou o pesquisador.
Com esta e outras evidências do mesmo naipe, a hipótese do impacto foi demonstrada. E a cratera de Colônia encontra-se, agora, devidamente inventariada na Earth Impact Database (EID), uma base de dados internacional mantida pelo Planetary and Space Science Centre (PASSC), instalado na University of New Brunswick, Canadá. A EID contém a relação completa das 188 estruturas de impacto confirmadas em todo o mundo.
Monumento Geológico
Os estudiosos ainda não sabem que tipo de objeto provocou o impacto, se um corpo rochoso ou metálico, como o de um asteroide, ou um corpo constituído por gelo, como o de um cometa. “Mas há, atualmente, 50 novas amostras em estudo no Canadá, que poderão fornecer os dados que faltam para a determinação do objeto impactante”, afirmou Velázquez.
Outra expectativa é que a investigação ainda em curso possibilite estabelecer com maior exatidão a data do evento. Por enquanto, a data estimada é bastante imprecisa, situando-se em um intervalo de 5 milhões a 36 milhões de anos no passado. “A importância de melhorarmos substancialmente a datação é que isso criará condições para um estudo paleoclimático com base nos sedimentos encontrados. Analisando, centímetro por centímetro, a composição da coluna de sedimentos, desde a profundidade de 300 metros (correspondente à data do impacto) até o nível da superfície (correspondente à data atual), será possível compor um quadro bastante expressivo da evolução do clima na América do Sul e, por extensão, no mundo”, explicou o pesquisador.
Por isso, a cratera de Colônia possui, do ponto de vista científico, uma importância inestimável. Mas, para que seu potencial se efetive, é preciso que o patrimônio seja preservado e adequadamente manejado. A formação foi declarada “Monumento Geológico” pelo Conselho Estadual de Monumentos Geológicos do Estado de São Paulo (CoMGeo-SP) em 2009. Porém, quando isso ocorreu, parte da área já se achava ocupada.
“Há, na borda norte, uma ocupação menor e bastante antiga, promovida por colonos alemães que chegaram à região por volta de 1840. Devido a ela, a área recebeu inicialmente o nome de ‘Colônia Alemã’, denominação que mudou para apenas ‘Colônia’ durante a Segunda Guerra Mundial. Mas há também uma ocupação mais recente, bem maior e desordenada, ocorrida nas décadas de 1980 e 1990, que deu origem ao bairro de Vargem Grande, atualmente com cerca de 47 mil habitantes”, disse Velázquez.
Com habitações precárias e grande carência de equipamentos urbanos, Vargem Grande [não confundir com Vargem Grande Paulista, que é um município da Região Metropolitana de São Paulo, nem com Vargem Grande do Sul, que é um município da Mesorregião de Campinas, no Estado de São Paulo] possui as mazelas características de vários bairros periféricos das grandes metrópoles brasileiras. Como o lençol freático é muito aflorado, devido à estrutura sedimentar do terreno, os moradores não têm sequer a opção de cavar fossas sépticas, de modo que os esgotos fluem a céu aberto.
“Em contraste com a borda norte, a borda sul é ocupada por sítios cujos proprietários se dedicam à permacultura [agricultura ecológica]. Isso é muito interessante, porque são pessoas engajadas na preservação do meio ambiente. Existem ali matas densas, com trilhas muito aprazíveis”, relatou o pesquisador.
A preocupação em conservar o patrimônio geológico levou Velázquez e seus colaboradores a incorporar ao projeto de pesquisa tópicos relativos à preservação ambiental e à gestão da área.
“Com foco na preservação, estamos atuando em três frentes distintas. Primeiro, na criação de um site, abrigado no portal da USP, que possibilite a visitação virtual da cratera, com acesso diferenciado para pesquisadores, estudantes e público em geral. Segundo, na produção de um gibi em branco e preto, para ser distribuído nas escolas de primeiro grau de Vargem Grande e colorido pelos alunos, de forma que estes se sintam responsáveis pela área e se empenhem em sua conservação. Terceiro, no trabalho de campo em educação ambiental e turismo ecológico”, detalhou.
Velázquez estuda regularmente a região desde 2005. E disse que, ao longo destes 11 anos, testemunhou uma lenta mas consistente tomada de consciência da população local quanto à importância de preservar a formação geológica. “Construímos uma boa interlocução com as associações de moradores, que estão atualmente empenhadas em iniciativas como o Movimento Cratera Limpa”, afirmou.
Das 188 crateras de impacto catalogadas pela EID, existem apenas duas habitadas: Colônia, no Brasil, e Ries, na Alemanha. Diferentemente do que ocorreu aqui, porém, Ries, cujos primeiros vestígios de assentamentos humanos remontam ao período paleolítico, foi objeto de um criterioso manejo. Em torno da cratera, de 24 quilômetros de diâmetro, estende-se o primeiro geoparque da Bavária, com 1.800 quilômetros quadrados de área.
Entre o vice-prefeito e secretários, Rodrigo Neves posa com o troféu Divulgação
Niterói concorrerá, em Brasília, ao prêmio nacional.
Niterói foi a grande vencedora do IX Prêmio Prefeito Empreendedor do Sebrae. O anúncio foi feito no início da tarde desta quarta-feira (30) no salão nobre do Palácio Guanabara, no Rio. O projeto apresentado pelo prefeito Rodrigo Neves venceu a categoria principal, a de Melhor Projeto Estadual. Para conquistar o primeiro posto, a administração municipal mostrou as iniciativas no projeto “Niterói Empreendedora – Construindo a melhor cidade para se viver e ser feliz”, que implementou ações para estimular o empreendedorismo e o crescimento econômico associado ao desenvolvimento social e humano. No próximo dia 10 de maio, Niterói concorrerá, em Brasília, ao prêmio nacional.
O prefeito Rodrigo Neves (PV), ao receber o troféu, observou que o prêmio destaca as qualidades dos municípios e fomenta o crescimento das cidades.
“Ficamos muito felizes, pois sabemos que o prêmio é a consolidação de nossas estratégias. Niterói, apesar da crise, multiplicou o número de empresas. Incentivamos o empreendedorismo e ampliamos a arrecadação sem aumentar alíquotas. O município recuperou indicadores em saúde, educação e saneamento. O prêmio foi a consagração de um conjunto de medidas que coloca a cidade como uma referência positiva para seus cidadãos e para o Estado do Rio”, disse o prefeito.
Niterói apresentou aos juízes medidas implantadas como: Eficiência e Gestão – e-cidades; empreendedorismo; incentivo econômico: hotelaria, Lei do Refis (descontos tributários), isenção de ISS (Naval, Saúde, Seguradoras), desburocratização e criação de leis para estimular novos negócios, criação da Casa do Empreendedor e Lei do Alvará Fácil, que, em 48 horas, permite ao microempreendedor individual (MEI) já emitir nota fiscal.
O vice-prefeito Axel Grael destacou que o prêmio mostra a importância de ações integradas.
“Mostramos o que cada secretaria faz dentro dessa estratégia de desenvolvimento. Mostramos o que são ações integradas e políticas públicas consolidadas. O incentivo ao empreendedorismo e às pequenas empresas é de extrema importância. Gera negócios e dá oportunidades”.
Prefeito Rodrigo Neves discursa após o anúncio do prêmio para Niterói
O prefeito Rodrigo Neves com o Prêmio Prefeito Empreendedor
O vice-prefeito Axel Grael com o prefeito Rodrigo Neves, após a premiação.
Equipe da Vice-Prefeitura, que se empenhou muito para a preparação da condidatura de Niterói, comemorando o prêmio.
Mariane Thamsten, uma das coordenadoras da elaboração do documento da candidatura com o troféu.
O projeto realizado pela Prefeitura de Niterói, reconhecido como o melhor do estado do Rio de Janeiro, abre o livro que comemora a IX Edição do Prêmio Prefeito Empreendedor.
"NITERÓI EMPREENDEDORA"
Prefeito de Niterói é reconhecido como o prefeito mais empreendedor.
Equipe em festa!
Niterói é campeã do Prêmio Sebrae - Prefeito Empreendedor 2016, que visa o reconhecimento das melhores ações das prefeituras que contribuem de forma efetiva para o desenvolvimento econômico e social do município, implantando projetos com resultados comprovados e incentivando melhorias à gestão pública.
Algumas ações que levaram Niterói ao 1º lugar no Estado do RJ:
- Estímulo aos setores tradicionais e promissores da economia local.
- Inserção produtiva da população de baixa renda, incluindo a formalização de microempreendedores individuais (MEI).
-Revitalização de áreas próximas aos polos gastronômicos, como o SkatePark de São Francisco,
-Organização de eventos esportivos.
-Aumento de 15km de malha cicloviária
-Melhoria da balneabilidade da Enseada de Jurujuba, contribuinte à Baía de Guanabara.
O prefeito Rodrigo Neves acompanhado de sua esposa, Fernanda Sixel (esquerda) e o vice-prefeito Axel Grael, (direita)
André Redlich
Beatriz Cruz
Prefeito avalia panorama político nacional, fala sobre suas perspectivas políticas e ressalta ações na área do Meio Ambiente
“Neste ambiente de muita radicalização e desentendimento em Brasília é mais do que necessário proteger este município, os cidadãos niteroienses. Niterói para mim é uma causa, como sempre digo, e por isso eu faço esta opção pelo PV , uma opção coerente com a minha história, com a minha trajetória”, anunciou Rodrigo Neves, que deixou o Partido dos Trabalhadores.
O prefeito, que tentará a reeleição, também elencou seus projetos na área do Meio Ambiente, uma das principais bandeiras do PV.
“Niterói é a cidade que vai chegar a 100% de água tratada e esgoto coletado. Niterói tem o programa Niterói Mais Verde, resultado de um decreto que assinei em 2014 que protege metade da área urbana da cidade como área de proteção ambiental. Niterói é a cidade que realizou o primeiro concurso público na nova gestão para a área ambiental. Fez a lei de proteção animal, a primeira nesta linha. Nós tivemos a melhor performance na área com o ICMS verde. Por isso, é mais que coerente a escolha do PV. Niterói preza e valoriza a agenda ambiental, a qualidade de vida e a sustentabilidade”, disse o prefeito.
A presidente estadual do PV, Carla Piranda; o vereador Daniel Marques (PV) e o vice-prefeito Axel Grael (PV) deram as boas-vindas ao prefeito.
“A Prefeitura de Niterói sempre tratou o ambiente como um assunto periférico e o Rodrigo mudou isso. Os avanços são marcantes e repercutem até fora do Brasil. O Rodrigo já era verde”, brincou o vice-prefeito Axel Grael.
Núcleo funciona de segunda a sexta, das 9h às 18h, na Rua Coronel Gomes Machado
Foto: Divulgação / Prefeitura de Niterói
Núcleo funciona de segunda a sexta, das 9h às 18h, na Rua Coronel Gomes Machado
A Prefeitura de Niterói, através da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, inaugurou nesta terça-feira (29) o Núcleo de Renda e Cidadania, no Centro de Niterói. No local, será disponibilizado aos cidadãos acesso ao Cadastro Único de Programas Sociais do Governo Federal. Esse cadastro permite acesso a diversos programas sociais, como a carteira do idoso, a tarifa social de energia, isenção de inscrições para concursos públicos e provas de vestibulares e inclusão em programas como Bolsa Família, Renda Melhor, Renda Melhor Jovem e Vale Social.
“Os usuários do Bolsa Família eram atendidos em uma tenda. Imaginem 30, 40 pessoas por dia embaixo de uma tenda, debaixo de sol e chuva. Isso não vai mais acontecer. Com esse novo núcleo, as pessoas serão atendidas com dignidade. Aqui vai funcionar o atendimento aos usuários do Bolsa Família, além de cadastro das vagas de Pronatec e o comitê de sub-registro, que foi mais uma realização da nossa gestão e que garante a documentação básica do cidadão. Também estamos realizando uma parceria com a Delegacia Regional do Trabalho e vamos disponibilizar em breve a emissão de carteira de trabalho”, afirmou a secretária municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, Verônica Lima.
O Núcleo de Renda e Cidadania funciona de segunda a sexta, das 9h às 18h, na Rua Coronel Gomes Machado, 259.
Deflagrada neste domingo, a operação da Polícia Militar para coibir a soltura de balões na capital, na Baixada Fluminense e na Região Metropolitana do Rio surtiu efeito preventivo. O Comando de Polícia Ambiental (CPAm) conseguiu evitar a ação clandestina de boa parte dos baloeiros.
No balanço parcial divulgado no início da tarde, os agentes do Grupamento Aeromóvel apreenderam um balão de aproximadamente quatro metros. O artefato foi recolhido das águas da Baía de Guanabara e caiu próximo ao Museu do Amanhã. Até o fechamento desta edição, não houve registro de prisão.
A iniciativa foi anunciada na última quinta-feira e pediu para que a população colaborasse enviando denúncias através dos números 0300-253-1177 ou 2334-7632.
De caráter ostensivo e preventivo, as operações contam com o apoio de nove unidades: Grupamento Aeromóvel, 3º BPM (Méier), 7º BPM (São Gonçalo), 9º BPM (Rocha Miranda), 12º BPM (Niterói), 14º BPM (Bangu), 18º BPM (Jacarepaguá), 20º BPM (Mesquita) e 40º BPM (Campo Grande). As ações serão realizadas de forma contínua até o fim do ano.
A prática da soltura de balão se enquadra nos artigos 250, 261 e 288 do Código penal, no artigo 42 da Lei 9.605 de 12 de fevereiro de 1998 e outros dispositivos legais. Tal prática traz grande prejuízo ao Meio Ambiente provocando morte de animais, queimada em florestas e matas, colocando em risco casas, rede elétrica, depósitos de gás, postos de combustível e aeronaves.
Hoje, participei do Seminário em Comemoração ao Dia Mundial da Água, promovido pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade, realizado no Audiitório da CDL, onde proferi a palestra sobre "Governança municipal e sustentabilidade".
Abordei temas como a Governança Metropolitana do Rio de Janeiro, Baía de Guanabara, projetos ambientais e de saneamento promovidos pela Prefeitura de Niterói e, junto com o vereador Daniel Marques (PV), respondi a muitas perguntas dos presentes.
Cloud streets are long parallel bands of cumulus clouds that form when cold air blows over warmer waters and a warmer air layer (temperature inversion) rests over the top of both. In this case, cool air appears to be moving southward across Arctic sea ice toward northern Scandinavia.
The comparatively warm water gives up heat and moisture to the cold air above, and columns of heated air called thermals naturally rise through the atmosphere. The temperature inversion acts like a lid. When the rising thermals hit it, they roll over and loop back on themselves, creating parallel cylinders of rotating air. On the upper edge of these cylinders of rising air, clouds form. Along the downward side (descending air), skies are clear.
Inpe lança nova versão de software meteorológico capaz de avaliar os impactos das queimadas no balanço de carbono da Amazônia de forma integrada (imagem:Inpe)
Sistema faz previsões simultâneas de tempo e qualidade do ar na América do Sul
Elton Alisson | Agência FAPESP – A comunidade científica brasileira e internacional ganhou um novo sistema capaz de fazer previsões simultâneas de tempo e de qualidade do ar na América do Sul em tempo real.
O Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em Cachoeira Paulista, no interior de São Paulo, lançou uma nova versão do modelo regional de previsão de tempo e estudos climáticos BRAMS.
Desenvolvido com apoio da FAPESP, por meio de projetos coordenados pelo pesquisador Saulo Ribeiro de Freitas, do Inpe, a nova versão do software meteorológico – denominado BRAMS 5.2 – unificou os modelos para previsão de tempo e de qualidade do ar usados atualmente pelo CPTEC.
Além disso, agregou um novo modelo de superfície que permite simular o ciclo de carbono e outros ciclos biogeoquímicos – processos naturais em que ocorre a passagem de elementos, como a água, de um determinado meio para os organismos e vice-versa – e aqueles causados pela ação humana, como queimadas.
Dessa forma, o sistema permite avaliar de forma integrada os impactos da queima da floresta no balanço de carbono (os processos responsáveis pelas fontes e sumidouros do gás de efeito estufa) da Amazônia e dos aerossóis da fumaça das queimadas na fotossíntese das árvores, entre outros aspectos – uma vez que simula de forma conjunta e simultaneamente as interações entre a composição da atmosfera com a qualidade do ar e os ciclos biogeoquímicos.
“A unificação dos modelos de previsão de tempo e de qualidade do ar em um mesmo software possibilita simular de forma mais coerente e realista a interação do ecossistema da Amazônia com processos, como as emissões de aerossóis pelas queimadas, que modificam regimes de chuva, o nível da temperatura da superfície e têm impactos na saúde pública”, disse Freitas, à Agência FAPESP.
“O desenvolvimento dessa nova versão do BRAMS coloca o Brasil no estado da arte em modelagem integrada da atmosfera em escala regional com um sistema genuinamente nacional e com total domínio do software, além da dinâmica e das parametrizações de processos físicos e químicos”, avaliou.
A nova versão do sistema fornece previsões meteorológicas e de qualidade do ar (com base nas concentrações de monóxido de carbono, ozônio e aerossóis atmosféricos) da América do Sul com resolução de 20 quilômetros (km) e com antecedência de 3,5 dias. Já a previsão do tempo “pura” – sem incluir os aspectos químicos – tem resolução de 5 km.
Para isso, o software utiliza 9,6 mil processadores do supercomputador Tupã, instalado no CPTEC, adquirido com apoio da FAPESP e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Por meio dessa estrutura computacional, o BRAMS 5.2 permite a visualização da poluição atmosférica em megacidades da América do Sul, como São Paulo e Rio de Janeiro, e de plumas de monóxido de carbono de queimadas.
“Hoje, poucos centros de previsão de tempo e estudos climáticos no mundo possuem um sistema de previsão integrada como o BRAMS 5.2, que fornece simultaneamente previsão de tempo e de qualidade do ar na escala da América do Sul com resolução de 20 km”, disse Freitas.
Para cobrir toda a extensão da América do Sul, o software divide a região em 1.360 x 1.480 células horizontais e 55 níveis verticais.
As células de grade computacionais, em um total de 110 milhões, aproximadamente, são processadas simultaneamente nos 9,6 mil processadores do supercomputador em 20 minutos para gerar previsões para um dia.
“Em dez anos de operação do BRAMS pelo CPTEC o tempo de execução de previsão para um dia diminuiu quase 100 vez com a aquisição de computadores mais potentes, como o Tupã, com maior número de processadores”, disse Jairo Panetta, consultor do Grupo de Processamento de Alto Desempenho do CPTEC.
“Não há outra forma de tornar o tempo de execução de um modelo climático mais rápido que não seja aumentando cada vez mais o número de núcleos de processamento”, avaliou o pesquisador, que também é colaborador do Departamento de Ciência da Computação do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e consultor do grupo de tecnologia geofísica da Petrobras.
Modelo nacional
O BRAMS foi baseado no Sistema de Modelagem Atmosférica Regional (RAMS, na sigla em inglês), desenvolvido originalmente por pesquisadores da Colorado State University, dos Estados Unidos, no final da década de 1980.
Voltado inicialmente para estudar microfísica e dinâmica de nuvens e modelagem de turbilhões, o modelo foi trazido ao Brasil pelos pesquisadores Pedro Leite da Silva Dias e Maria Assunção Faus da Silva Dias, ambos do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP).
Após ser usado durante anos em estudos voltados a entender a influência da Amazônia no clima regional e global, realizados por pesquisadores de universidades e instituições de pesquisa no país, foi introduzido em 2003 no CPTEC porque, de acordo com Freitas, era o único modelo climático disponível na época capaz de fazer previsões de qualidade do ar.
“O BRAMS começou com o modelo americano. Mas hoje é um software completamente diferente, com diversas finalidades que não existiam no modelo original”, explicou.
O modelo brasileiro é usado hoje por pesquisadores tanto do Brasil como de outros centros de pesquisa de clima na França, Portugal, Estados Unidos, Argentina, Colômbia e Peru, entre outros, em razão do papel desempenhado pela Amazônia no clima global.
A fim de aprimorá-lo, os pesquisadores do CPTEC, em colaboração com colegas da USP de outras universidades e instituições de pesquisa no Brasil e no exterior, vêm se dedicando a melhorar seu desempenho computacional e incorporar novas funcionalidades.
“Para incorporar mais processos e descrevê-los de forma fisicamente mais realística e melhorar a resolução espacial do modelo são necessários cada vez mais recursos computacionais”, afirmou Freitas.
Em razão do trabalho realizado com o BRAMS, o pesquisador recebeu e aceitou um convite da Nasa para trabalhar no grupo de modelagem climática da agência espacial norte-americana.
“A ideia é aumentar a colaboração entre a Nasa e o Inpe em modelagem climática em escala global”, disse.
26/03/2016 - Neste sábado, dia 26 de março, o Horto do Fonseca recebeu a mais nova edição do projeto Ação Cidadã, realizado pela Prefeitura de Niterói. Durante o evento, que está em sua 6ª edição, os moradores da região puderam tirar documentos como segunda via de carteira de identidade e certidão de nascimento, além de serviços gratuitos de manicure, corte de cabelo, distribuição de mudas de plantas e recreação para as crianças. Foram mais de 20 serviços oferecidos e cerca de 3 mil pessoas atendidas.
“A nossa ação começou bem pequenininha. Na primeira edição, oferecemos só 10 serviços e agora nosso evento já se tornou uma referência de acolhimento e de prestação de serviços na cidade. Hoje já temos mais de 20 serviços gratuitos oferecidos à comunidade e grandes parceiros como o DETRAN e o PRONATEC. Fiquei muito feliz em chegar aqui hoje e ver essa fila dobrando o quarteirão”, disse a secretária municipal de Assistência Social, Verônica Lima.
O evento é realizado a cada dois meses e já teve edições no Preventório, no Caramujo, no Morro do Cavalão, em Piratininga e no Cubango. Nessas 5 edições, já foram atendidas cerca de 14 mil pessoas. Entre os principais serviços disponibilizados estão: emissão de documentos, atividades culturais, cuidados com a saúde, palestras, oficinas e oferta de vagas de emprego.
As vizinhas e amigas Marlene e Maria da Conceição moram no Fonseca há mais de 30 anos e foram ao evento para obter documentos e aproveitar o sábado:
"Assim que eu soube do evento, liguei para a Marlene e avisei. Acordamos cedo hoje, às 6h da manhã, e viemos para a fila, para poder aproveitar tudo. Eu vim tirar a segunda via do meu RG, porque eu perdi o meu documento e aqui, bem perto da minha casa, fica bem mais fácil", disse Maria da Conceição Santos, de 59 anos.
"Eu sempre venho aqui no Horto, este lugar aqui é maravilhoso. Hoje eu peguei o encaminhamento para tirar segunda via da minha certidão de nascimento e vou tirar o meu RG, para finalmente poder me aposentar. Só está faltando essa documentação para eu poder me aposentar. Depois quero fazer as unhas e cortar meu cabelo também", explicou Marlene de Oliveira, de 65 anos.
O Ação Cidadã já é um evento conhecido pelos niteroienses, não só pela prestação de serviços a comunidades, mas pelas opções de lazer e cultura que são disponibilizadas. Na edição deste sábado, famílias inteiras foram ao Horto do Fonseca. Entre os diversos serviços oferecidos estavam: orientação nutricional, massoterapia, teste de glicemia, aferição de pressão, orientação bucal, aplicação de flúor, emissão de carteira de identidade e certidão de nascimento, isenção para 1º CNH para pessoas até 27 anos, atendimento para o microempreendedor individual (MEI), balcão de empregos, corte de cabelo, orientação jurídica, oferta de vagas do PRONATEC, regularização do Bolsa Família e do Vale Social, oficina de leitura, exame oftalmológico, oficina de turbantes, fisioterapia, atividades culturais e recreação para crianças.
O Programa "Se Liga" é uma parceria entre a Prefeitura de Niterói, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade (SMARHS) e a Concessionária Águas de Niterói, e o INEA.
Trata-se se uma campanha de comunicação e notificação de imóveis que não estão conectados à rede de esgoto para que os seus proprietários providenciem a ligação dentro do imóvel.
A ação é uma medida complementar ao trabalho da Prefeitura de Niterói de expandir a rede de esgoto para uma cobertura de 100% do território, o que deverá ser alcançado em 2017. Mas, de nada adianta, se os imóveis não forem conectados.
Conforme expresso na matéria, 738 domicílios dos 842 visitados pelo Programa "Se Liga" cumpriram a notificação, evitando que os rios e drenagens da cidade recebessem um despejo de mais de 103 milhões de litros de esgoto anuais, o equivalente à capacidade de 96 piscinas olímpicas.
Os imóveis que descumprem a obrigação de se conectar são multados.
Axel Grael
Vice-Prefeito
Niterói
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Muito menos sujeira nos rios de Niterói
Captação de Tempo Seco no Canal de São Francisco, na Avenida Presidente Roosevelt. Em função do Programa Enseada Limpa, o Canal de São Francisco é uma das prioridades para a redução da carga orgânica, dentre rios de Niterói. Foto Axel Grael.
Beatriz Cruz
Projeto Se Liga já conseguiu impedir o lançamento do equivalente a 96 piscinas olímpicas cheias de esgoto por ano na Baía de Guanabara.
Desde que entrou em vigor em 2013, o Projeto Se Liga, fruto de uma parceria entre a concessionária Águas de Niterói e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) conseguiu fazer com que 738 domicílios dos 842 visitados em diferentes regiões de Niterói se conectassem à rede coletora de esgoto da cidade, evitando assim o lançamento de mais de 288 mil litros por dia de dejetos em rios e lagoas do município. Por ano, o Se Liga evita um despejo de mais de 103 milhões de litros de esgoto, o equivalente à capacidade de 96 piscinas olímpicas.
Por ano, o Se Liga evita um despejo de mais de 103 milhões de litros de esgoto, o equivalente à capacidade de 96 piscinas olímpicas.
Segundo o Inea, a adesão de 87% dos imóveis abordados no Projeto, que tem atuação no entorno da Lagoa de Piratininga, na Estrada Fróes, na Praia de Charitas, próximo ao Canal de São Francisco, na Ilha da Conceição e no Centro de Niterói, evita uma degradação irreversível ao meio ambiente. Para isso, funcionários da Águas de Niterói fazem um trabalho de conscientização na região: entregam folhetos explicativos que ressaltam a importância da adesão à rede de saneamento e apontam os caminhos para que o proprietário regularize a residência. Depois o bastão é passado para o Inea. Funcionários do Instituto vão de porta em porta para notificar o morador que ainda não se regularizou. De acordo com o órgão, a notificação tem caráter meramente educativo. Mas caso o proprietário do imóvel não se conecte no prazo de 60 dias (que pode ser prorrogado por mais 30), ele receberá uma multa no valor de R$ 2.037,00.
“O projeto garantiu a diminuição da emissão de poluentes nas bacias que integram o complexo lagunar de Piratininga e Itaipu, como: bacia do Rio Arrozal, bacia do Rio João Mendes, bacia do Canal de Santo Antônio, bacia do Rio Jacaré e Jardim Imbuí. Outras fases impactaram diretamente na Baía de Guanabara. Desta forma evitamos um prejuízo que é irreversível para o meio ambiente. Com a diminuição do esgoto lançado na natureza, garantimos também mais saúde para a população”, explica o superintendente regional do Inea, Paulo Cunha, acrescentando que os casos dos proprietários notificados que não se regularizam após a aplicação da multa são encaminhados para o Ministério Público.
O superintendente da Águas de Niterói, Nelson Gomes, complementa:
“A interligação ao sistema permite que o efluente seja destinado às Estações de Tratamento de Esgoto e seja tratado de forma adequada. O processo é simples e contribui para a qualidade de vida da população”, afirma Nelson.
Ao longo destes três anos de vigência do projeto, apenas 104 domicílios dos 842 visitados ainda não aderiram à rede coletora de esgoto da cidade. Na próxima semana, segundo informações do Inea, Itacoatiara, na Região Oceânica, atingirá 100% de imóveis conectados. No mês de abril, o projeto deve chegar ao bairro de Maria Paula, em Pendotiba. Entretanto não há uma data fechada para o início.
Já está disponível o Manual de Ecossistemas Costeiros e Marinhos para Educadores, uma ferramenta para ser utilizada por educadores que atuam em ações de conservação marinha no litoral brasileiro. O material apresenta informações sobre ambientes costeiros e marinhos em formato e linguagem simples, um ponto de partida acessível para sensibilizar e informar sobre ecossistemas que necessitam de proteção, mas são pouco conhecidos.
O manual foi concebido pela Rede de Projetos de Biodiversidade Marinha, a Rede Biomar, que reúne projetos patrocinados pela Petrobras que tem por objetivo a conservação da biodiversidade marinha no Brasil, atuando na proteção e pesquisa de espécies e dos habitats relacionados. Atualmente fazem parte desta rede os projetos Tamar, Baleia Jubarte, Coral Vivo, Golfinho Rotador e Albatroz.
Todo o conteúdo do manual é baseado no princípio da transversalidade da educação ambiental. Ícones distribuídos pelas páginas interligam as informações sobre os ambientes costeiros e marinhos ao conteúdo de cada capítulo – Oceanos, Ambientes, Serviços Ecossistêmicos, Desafios para Conservação e Proteção e Gestão. Além disso, os textos são ilustrados com fotos, imagens, infográficos e uma série de outros recursos gráficos para facilitar a compreensão.
O mar não apenas como cenário para práticas esportivas como também para a educação profissionalizante e a criação de uma cultura ambientalmente responsável: isso resume a ideia por trás do Instituto Rumo Náutico, mais conhecido como Projeto Grael, com sede em Niterói, Rio de Janeiro.
A iniciativa foi idealizada em 1996 pelos velejadores medalhistas olímpicos Torben e Lars Grael, Marcelo Ferreira, além de Axel Grael, irmão de Torben e Lars. Em 1998, o projeto tornou-se realidade, e começou a promover entre os jovens a “Cultura da Maritimidade”, ou seja, a interação da sociedade com o mar. Desde então, por lá se passaram nada menos do que 16 mil alunos – todos em caráter gratuito.
Esporte, Educação e Meio Ambiente
Christa Grael, coordenadora geral do projeto, informa que o ensino da vela promovido no Instituto Rumo Náutico está ancorado nos quatro pilares educacionais da Unesco: autoconfiança, disciplina, o desenvolvimento da liderança e o sentido de equipe; mas utilizando o barco como instrumento de educação. “Aprender a velejar desenvolve a percepção de fenômenos e atributos da natureza”, diz ela. “O velejador adquire a sensibilidade para compreender as correntes e as marés, as rajadas de vento e suas variações, conhece outros fenômenos meteorológicos como formação de nuvens. Essa capacidade constitui em um importante passo para uma consistente educação ambiental”, completa.
Um dos melhores exemplos do alcance do projeto Grael é o velejador Samuel Gonçalves. Samuca, como é conhecido, foi aluno de 2001 a 2004 e, na sequência, representou o Instituto em competições de barco à vela, e chegou a ministrar um curso de Marinharia para os pais dos alunos durante um semestre inteiro. Hoje, Samuca é o proeiro de Lars Grael, e foram, juntos, campeões mundiais de Vela na classe star em 2015. Para Lars Grael ser campeão mundial ao lado de um aluno oriundo do projeto Grael é "uma realização, um orgulho", ressaltou. Já Samuel mostra que é além de um grande velejador, um multiplicador dos ideais do projeto: “Nosso país não tem cultura esportiva, principalmente na área náutica. O Projeto Grael está ajudando a propagar conhecimento náutico dentro do nosso país”, diz ele.
Aspecto Social É Chave
A importância do aspecto social do projeto é, para Samuel, outro ponto forte. O atleta vê na cultura da Maritimidade um grande suporte moral e educacional para jovens de origens mais carentes: “Alguns conceitos importantes são transmitido aos alunos, como respeito à natureza, cuidar de algo que não é seu mas você pode usar, tomar decisões sozinho, assumir seu próprio erro e tentar corrigi-lo, saber ganhar, perder e saber apenas competir...”
Christa Grael completa: “A vela impõe senso de oportunidade e risco, de desafio, de limite e de respeito às adversidades. É um esporte que estimula o interesse pela tecnologia, pela física, pela matemática e essa potencialidade auxilia a compreensão e o aprendizado na escola regular”.
O alcance social não seria tão grande se aulas de vela e cursos profissionalizantes não fossem oferecidos gratuitamente. Para que isso seja possível, o Instituto Rumo Náutico recebe recursos de patrocinadores privados (por meio de incentivos fiscais), doações individuais e repasses públicos, por intermédio deconvênios. Entre os principais apoiadores do exercício 2015/ 2016 estão Volvo, CCR, BG Brasil, Instituto Lojas Renner, Akzo Nobel e Aelatory.
Outra aliança que beneficia os alunos é a parceria com instituições públicas e privadas que oferecem outras vivências. É o caso, por exemplo, do curso de Marinheiro Auxiliar de Convés, ministrado pela Marinha do Brasil nas dependências do Instituto Rumo Náutico.
Projeto visa estreitar a relação do brasileiro com o mar
Em 2016 o Projeto Grael abriu inscrições para os cursos de Desenvolvimento Esportivo e de Iniciação Profissionalizante, que inclui mecânica de motor de popa, marcenaria, carpintaria, fibra de vidro, capotaria (costura náutica) e eletroeletrônica para alunos de 9 a 29 anos, desde que estejam matriculados ou tenham concluído o Ensino Médio em escola pública.
Para Samuel, o grande ganho transcende a programação oficial do Projeto: “O principal é o carinho e o respeito que os alunos recebem – e aprendem a dar de volta para as pessoas ao seu redor.”
Para Lars Grael é muito importante que o país melhore sua relação com o mar, tanto na questão ambiental como na questão do acesso a ele: "Temos uma costa enorme mas o brasileiro conhece apenas a praia, não o mar. Perdemos incríveis oportunidades de desenvolver a cultura náutica e ao mesmo tempo acabamos por descuidar ambientalmente do mar - por não haver essa relação mais íntima. O projeto Grael explora essas duas frentes e o desenvolvimento de cidadãos conscientes. Ser um campeão na vela é um detalhe: queremos dar oportunidade as pessoas a desenvolverem boas atitudes na vida e com o mar”, conclui Grael.
SOU, FUI E SEMPRE SEREI MUITAS COISAS: Prefeito de Niterói. Casado; engenheiro florestal; ambientalista; ONGueiro desde a adolescência; descendente de dinamarqueses, alemães, italianos, etc; velejador; paulista; empreendedor social; dirigente de órgãos públicos; consultor ambiental com projetos desenvolvidos na Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica e Caatinga; metido a tenista; niteroiense de raízes (família), de residência e de coração; empresário; dirigente de clube esportivo; fellow do programa LEAD; ex-doutorando em Geografia (UFRJ); ex-colunista de jornal; aficcionado por história e cartografia; servidor público concursado (Prefeitura do Rio de Janeiro); palestrante sobre temas ambientais, políticas públicas, movimento ambientalista e projetos sociais; blogueiro e eventualmente professor.
E ENTÃO, QUEM SOU EU?
Sou um cara que sempre se mete num monte de coisas ao mesmo tempo, mas que de uma forma ou de outra, consegue fazer essas coisas andarem para a frente.