quinta-feira, 31 de maio de 2012
Transição para uma economia verde pode criar até 60 milhões de empregos
A transição para uma economia mais verde poderia gerar entre 15 e 60 milhões de novos empregos em nível mundial nas próximas duas décadas e tirar dezenas de milhões de trabalhadores da pobreza, segundo um novo relatório produzido pela Iniciativa Empregos Verdes.
O estudo “Rumo ao Desenvolvimento Sustentável: oportunidades de trabalho decente e inclusão social em uma economia verde” sustenta que o alcance destes objetivos dependerá da adoção de uma correta combinação de políticas.
“O atual modelo de desenvolvimento tem se mostrado ineficiente e insustentável, não só para o ambiente, mas também para as economias e sociedades”, disse o Diretor Geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT) Juan Somavia. “Precisamos urgentemente seguir por um caminho de desenvolvimento sustentável, com um conjunto coerente de políticas em que as pessoas e o planeta desempenhem um papel central”.
“A próxima Conferência Rio+20 das Nações Unidas será um momento decisivo para garantir que o trabalho decente e a inclusão social sejam partes integrantes de qualquer estratégia de desenvolvimento futuro”, acrescentou.
“Este relatório surge às vésperas do Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, cujo lema é: Economia Verde: Isso inclui você?”, lembrou Achim Steiner, Diretor Executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). “As conclusões do relatório mostram que a economia verde pode incluir milhões de pessoas, ajudando-as a superar a pobreza e proporcionando melhores condições de vida para esta e futuras gerações. É uma mensagem positiva, plena de oportunidades frente aos atuais desafios globais que estamos divulgando no mundo inteiro enquanto os líderes se preparam para a Rio+20”, acrescentou Steiner.
O relatório – publicado quase quatro anos após o primeiro estudo da Iniciativa Empregos Verdes – analisa o impacto que a “ecologização” da economia pode ter sobre o emprego, a renda e desenvolvimento sustentável em geral.
Pelo menos metade da força de trabalho mundial – o equivalente a 1,5 bilhão de pessoas – será afetada pela transição para uma economia verde. Embora as mudanças devam ser sentidas por toda a economia, oito setores-chave deverão desempenhar um papel central e ser os mais afetados: agricultura, silvicultura, pesca, energia, indústria manufatureira, reciclagem, construção e transporte.
Dezenas de milhões de empregos já foram criados por esta transformação. Por exemplo, o setor de energia renovável já emprega cerca de 5 milhões de trabalhadores, mais do que o dobro do número de empregos entre 2006 e 2010. A eficiência energética é outra importante fonte de empregos verdes, particularmente na indústria da construção, o setor mais afetado pela crise econômica.
Nos Estados Unidos, três milhões de pessoas têm empregos relacionados com produtos e serviços ambientais. Na Espanha, existem atualmente mais de meio milhão de empregos neste setor.
É possível obter ganhos líquidos na taxa de emprego entre 0,5 e 2 por cento do emprego total. Nas economias emergentes e países em desenvolvimento, os ganhos tendem a ser mais elevados do que nos países industrializados, porque os primeiros podem passar diretamente para a tecnologia verde em vez de substituir a infraestrutura obsoleta. O Brasil já criou cerca de três milhões de empregos, respondendo por cerca de 7% do emprego formal.
A Iniciativa Empregos Verdes é uma parceria entre o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a Organização Internacional de Empregadores (OIE) e a Confederação Sindical Internacional (CSI).
Foi lançada com o objetivo de promover oportunidades e transições equitativas, incentivando os governos, os empregadores e os trabalhadores a participar no diálogo sobre políticas coerentes e programas eficazes, de modo a criar uma economia favorável ao meio ambiente com empregos verdes e trabalho decente para todos.
Mais informações em http://www.oit.org.br/node/844
Acesse a íntegra do estudo clicando aqui.
Acesse o resumo do estudo clicando aqui.
Fonte: Nações Unidas no Brasil
Lars Grael é eleito por unanimidade o novo comodoro da ABVO
O velejador Lars Grael foi eleito comodoro da Associação Brasileira de Vela de Oceano (ABVO) por decisão unânime dos presentes na Assembleia Geral da entidade, reunida no ICRJ no dia 30 de maio de 2012.
A diretoria eleita ficou assim constituída:
Comodoro: Lars Schmidt Grael - RYC/ICRJ
1 Vice-Comodoro: Adalberto Casaes - ICRJ
2 Vice-Comodoro: Torben Schmidt Grael - Veleiro Magia 5 - RYC/CNC
Diretor Secretário: Eduardo Penido - ICRJ
Diretor Tesoureiro: Christina Frediani
Diretor Técnico: Horácio Carabelli - ICSC
Diretor de Eventos: Luis Gustavo Crescenzo - ICS
Chefe da Comissão de Medição ORC: Abraham Lincoln Rosemberg.
Diretor Regional SUL: Francisco Freitas
Diretor Regional NE/N: Ivan Smarcevski (à confirmar)
Diretor Regional CO: Renato (Tinha) Moura (à confirmar)
CONSELHO FISCAL
Titulares:
Paulo Freire
Maurício Santa Cruz
Renato Cruz
Suplentes:
Luis Armando Justo
Nelson Horn Ilha
João Marcos de Almeida
Saiba mais sobre as propostas de Lars Grael e sua equipe para a retomada do crescimento da vela oceânica no Brasil clicando em http://www.axelgrael.blogspot.com.br/2012/05/lars-grael-e-candidato-presidencia-da.html
A diretoria eleita ficou assim constituída:
Comodoro: Lars Schmidt Grael - RYC/ICRJ
1 Vice-Comodoro: Adalberto Casaes - ICRJ
2 Vice-Comodoro: Torben Schmidt Grael - Veleiro Magia 5 - RYC/CNC
Diretor Secretário: Eduardo Penido - ICRJ
Diretor Tesoureiro: Christina Frediani
Diretor Técnico: Horácio Carabelli - ICSC
Diretor de Eventos: Luis Gustavo Crescenzo - ICS
Chefe da Comissão de Medição ORC: Abraham Lincoln Rosemberg.
Diretor Regional SUL: Francisco Freitas
Diretor Regional NE/N: Ivan Smarcevski (à confirmar)
Diretor Regional CO: Renato (Tinha) Moura (à confirmar)
CONSELHO FISCAL
Titulares:
Paulo Freire
Maurício Santa Cruz
Renato Cruz
Suplentes:
Luis Armando Justo
Nelson Horn Ilha
João Marcos de Almeida
Saiba mais sobre as propostas de Lars Grael e sua equipe para a retomada do crescimento da vela oceânica no Brasil clicando em http://www.axelgrael.blogspot.com.br/2012/05/lars-grael-e-candidato-presidencia-da.html
Velejadores reunidos na AGO da ABVO. Foto de Fred Hoffmann. |
Descontração... Foto de Fred Hoffmann. |
Unidos pelo futuro da vela oceânica brasileira. Foto de Fred Hoffmann. |
quarta-feira, 30 de maio de 2012
Agradeço a homenagem e, com orgulho, convido os amigos
Convite produzido pelos gabinete do vereador Edison da Creatinina, a quem sou grato pela homenagem. |
Amigos,
Na próxima terça feira, 5 de junho - Dia Mundial do Meio Ambiente, às 18 horas, receberei a Medalha Pedro Ernesto na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. A iniciativa da homenagem é do vereador Edison da Creatinina, do Partido Verde, a quem eu agradeço muito e incluo na gratidão todos os membros da sua equipe.
Homenagens assim nos envaidecem, nos orgulham, nos fazem lembrar o quanto lutamos ao longo da própria trajetória e o quanto devemos a todas as pessoas que estiveram juntas e permitiram cada conquista.
A homenagem, acima de tudo, reforça a convicção que temos a responsabilidade de seguir perseverando.
Nos vemos lá.
Axel Grael
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Novo diesel com baixo teor de enxofre tem baixa procura
Por: Redação TN / Alana Gandra, Agência Brasil
A demanda pelo diesel S50, com baixo teor de enxofre, é fraca nos cinco primeiros meses de venda do produto, admitiu hoje (29) o presidente da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), Paulo Miranda Soares. O custo do combustível é um dos fatores. O novo diesel é R$ 0,12 mais caro do que o diesel comum (S1800). Além disso, os caminhões novos fabricados pelas montadoras e equipados com motor Euro 7, específico para o óleo S50, têm custo entre 12% e 15% mais alto do que os caminhões com motores antigos, que foram estocados nas concessionárias e são abastecidos com qualquer diesel.
“Nós estamos preparados, mas não tem ainda caminhão para a gente abastecer”, disse Soares. Segundo ele, “são pouquíssimas unidades que tem hoje circulando no Brasil”. Ele disse também que para o caminhoneiro que roda pelo país, R$ 0,12 faz diferença.
De acordo com a Fecombustíveis, o problema é mais grave nas regiões metropolitanas de Fortaleza, Recife e Belém, que só podem vender S50 e perdem em termos de competitividade para as regiões vizinhas.
A Fecombustíveis sugeriu a Petrobras e ao Ministério de Minas e Energia aumentar R$ 0,01 por litro no preço do óleo diesel mais comum para subsidiar o óleo novo S50. “Se ela [Petrobras] aumentar R$ 0,01 lá, compensa os R$ 0,12 mais caros aqui. O preço poderia ficar muito semelhante. Seria um subsídio cruzado”. Soares informou que não há, até o momento, nenhuma resposta do governo ao pleito.
O diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Allan Kardec Duailibe Barros Filho, considerou o impasse natural. “Nós já prevíamos que ia ter alguns meses, ou talvez, até um ano, de consolidação. Era mais ou menos esperado que haja esse debate”. Ele disse que o problema não ocorre somente no Brasil, na Europa também houve problemas.
O balanço da distribuição do novo diesel S50, no entanto, é positiva disse Soares, em evento na Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, no Rio de Janeiro. O novo produto está sendo oferecido em 3 mil postos credenciados em todo o país. “O produto está em todas as regiões brasileiras. Por isso, eu acho que, em matéria de logística, foi cumprida a determinação da ANP”.
Fonte: TN Sustentável
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MINHA OPINIÃO
A oferta do S50 foi uma obrigação imposta à Petrobras pelo CONAMA, pelo Ministério do Meio Ambiente e pelo Ministério Público, que obteve decisão judicial para que a empresa cumprisse a mdida. Apesar de perder os prazos estabelecidos, a Petrobras acabou cumprindo a decisão, embora com contrariedade.
O artigo apresenta uma proposta para o subsídio do combustível mais limpo. É uma boa ideia, mas é fundamental que se invista mais em informação sobre a importância do uso do novo combustível.
As emissões dos motores Diesel, abastecidos com o combustível tradicional, são as principais fontes de gases de enxofre que comprometem a qualidade do ar nos grandes centros metropolitanos. A adoção do combustível S50 teria um efeito decisivo na redução da concentração destes poluentes, que têm efeitos nocivos à saúde humana e ao meio ambiente.
É importante saber que o Diesel S50 possui 50 ppm (partes por milhão) de enxofre, enquanto o combustível S1800 possui 1.800 ppm. Uma diferença enorme.
Sem preços mais atraentes e sem esclarecimento, a oferta do S50 nas bombas de alguns postos de serviços do país não passará de mero formalismo, útil apenas como alegoria para "esverdear" a propaganda da estatal.
Axel Grael
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Saiba mais em:
No programa Roda Viva, Grael questiona o presidente da Petrobrás sobre o S50.
Diesel já soma 53% das emissões de CO2 no Brasil.
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terça-feira, 29 de maio de 2012
Serei palestrante em evento sobre Sustentabilidade na Escola Parque-Barra
Escola Parque promove lançamento da EP+20 para responsáveis, alunos e funcionários
Nos dias 29 e 31 de maio, às 19h30, a EP+20 será lançada oficialmente, nas Unidades Barra e Gávea, respectivamente. O evento é dirigido a pais, alunos e funcionários de todos os segmentos e será aberto pela diretora Patrícia Lins e Silva, que falará sobre a história da sustentabilidade na Escola Parque.
Na Gávea, o evento contará com a palestra “Como o Brasil pode contribuir para uma economia sustentável no século XXI?”, do jornalista César Benjamin, editor e autor do livro “Diálogo sobre Ecologia, Ciência e Política”. Na Barra, o engenheiro florestal e consultor ambiental Axel Schmidt Grael, falará sobre “RIO +20 e o caminho da sustentabilidade”.
A apresentação da EP+20 será realizada pelos alunos do Grupo Ambiental da Escola Parque (GAEP), que vão mostrar as etapas e objetivos do projeto, que está envolvendo os alunos, professores e funcionários da Escola Parque.
Paralelamente, haverá uma exposição do Projeto Pantanal, expedição ocorrida em 2011, que levou alunos do Ensino Médio e do 9º ano do Fundamental 2 para conhecer a biodiversidade da região.
Para mais informações sobre o evento da Unidade Barra, acesse.
Fonte: Escola Parque
Nos dias 29 e 31 de maio, às 19h30, a EP+20 será lançada oficialmente, nas Unidades Barra e Gávea, respectivamente. O evento é dirigido a pais, alunos e funcionários de todos os segmentos e será aberto pela diretora Patrícia Lins e Silva, que falará sobre a história da sustentabilidade na Escola Parque.
Na Gávea, o evento contará com a palestra “Como o Brasil pode contribuir para uma economia sustentável no século XXI?”, do jornalista César Benjamin, editor e autor do livro “Diálogo sobre Ecologia, Ciência e Política”. Na Barra, o engenheiro florestal e consultor ambiental Axel Schmidt Grael, falará sobre “RIO +20 e o caminho da sustentabilidade”.
A apresentação da EP+20 será realizada pelos alunos do Grupo Ambiental da Escola Parque (GAEP), que vão mostrar as etapas e objetivos do projeto, que está envolvendo os alunos, professores e funcionários da Escola Parque.
Paralelamente, haverá uma exposição do Projeto Pantanal, expedição ocorrida em 2011, que levou alunos do Ensino Médio e do 9º ano do Fundamental 2 para conhecer a biodiversidade da região.
Para mais informações sobre o evento da Unidade Barra, acesse.
Fonte: Escola Parque
segunda-feira, 28 de maio de 2012
Diário Oficial publica vetos e MP's referentes ao novo Código Florestal Brasileiro
Mata Atlântica. |
O Diário Oficial da União publica hoje (28) os vetos da presidenta Dilma Rousseff à lei que dispõe sobre o novo Código Florestal Brasileiro. Está publicada também a medida provisória que complementa o projeto. A MP vale por 60 dias, podendo ser prorrogada por mais 60 dias.
O anúncio das novas regras foi feito na sexta-feira (25), pelo advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, e pelos os ministros do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, da Agricultura, Mendes Ribeiro, e do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas.
A lei contém 84 artigos – foram vetados 12 artigos e introduzidas 32 modificações.
Por: Christina Machado
Fonte: Agência Brasil – EBC
Edição: Talita Cavalcante
Lars Grael é candidato à presidência da ABVO
Lars Grael |
Lars Grael ganha apoio para comandar a ABVO
Eleição que definirá a nova gestão da Associação Brasileira de Vela Oceânica será na próxima quinta-feira (31)
São Paulo (SP) - O medalhista olímpico Lars Grael concorre nesta quinta-feira (31) ao cargo de presidente da ABVO (Associação Brasileira de Vela Oceânica). A chapa conta com nomes importantes do esporte brasileiro, como Torben Grael, Eduardo Penido, Horácio Carabelli e Nelson Ilha. Sócio da ABVO e um dos principais organizadores de eventos da modalidade no País, José Manuel Nolasco manifestou publicamente seu apoio às propostas do grupo nesta semana. "Não posso deixar de me solidarizar e apoiar plenamente todas as intenções da plataforma de Lars Grael para a ABVO, com as quais plenamente concordamos e apoiamos. Será a modernização e valorização da vela oceânica".
Entre as propostas apresentadas a Nolasco e ao grupo que organiza os maiores eventos de vela oceânica do País estão transformar a ABVO numa entidade proativa e prestadora de serviços. Outra intenção do grupo de Lars é limitar o mandato em apenas uma gestão. A plataforma de campanha visa também quitar a dívida geral com a ORC, que hoje está em 5.400 euros, e valorizar a categoria, umas das mais ativas de vela oceânica do Brasil. "Sempre assumimos a defesa e o incentivo da regra da classe ORC (a ABVO é a coordenadora master no Brasil). Muitas vezes até assumimos posições firmes. A atitude teve auxilio até do Yacht Club Argentino, com quem reativamos o Campeonato Sul-Americano de Oceano".
Nolasco é diretor de vela do Yacht Club de Ilhabela, que organiza a Rolex Ilhabela Sailing Week e o circuito Copa Suzuki Jimny.
Saiba quais são as propostas:
1) Alteração Estatutária:
* Adequação do Estatuto ao Código Civil.
* Revisão do estatuto para a realidade da NOVA ABVO
* Limitação do mandato dos dirigentes para uma única reeleição.
A alteração estatutária será proposta pelo velejador e renomado advogado Luis Armando Peixoto Garcia Justo (ex-Neptunus Express).
2) Administrativo e Financeiro:
* Quitação da Dívida com a ORC (cerca de EUR 5.400)
* Saneamento financeiro - verificar contratos ativos, pendências, dividas. Análise detalhada para proposta de plano de ação.
* Ver possibilidade de mudança da sede para sede da FEVERJ (custo zero). Objetivo: Reduzir custos e baixar anuidades.
* Anuidades mais baixas para que tenhamos mais filiados.
3) Plano de Comunicação:
* Reformulação, modernização e dinamização do site.
* Site mais atrativo - Agregar serviços: associação via site com pagamento on line - cartão de credito; inscrição on line para cursos e palestras oferecidos pela ABVO para associados; Banco de tripulantes e skippers; Convênios com seguros, marinas, clubes, produtos e serviços náuticos.
* Divulgação da NOVA ABVO.
* Divulgação do Calendário Nacional de Vela de Oceano.
* Resultados de regatas on line. Notícias: avisos de regata, instruções de regatas; fotos e imagens.
* Lista de ratings válidos GPH`s e TMF`s.
* Transparência das ações da ABVO.
* Calendário de reuniões, palestras e cursos técnicos.
* Estruturada ABVO comrespectivos contatos
* Atas de reuniões e acompanhamento do plano de ação
4) ABVO de TODA Vela de Oceano Nacional.
* Tentativa de atração e parceria da BRA/RGS.
* Criação da taxa de anuidade de barcos de cruzeiro/regata. Valor bem baixo.
* Criação das Diretorias Regionais e participação ativa dos capitães de flotilha.
* Inclusão da Associação Brasileira de Veleiros Clássicos - ABVClass na ABVO. Diretor: Eduardo Hamond Regua/SC (veleiro Cairu II).
* Criação da Diretoria de Vela de Multicascos - Adaptar regra de rating para os Multicascos. Aceitamos sugestão de nome.
* Parceria com a Associação Brasileira de Veleiros de Cruzeiro - ABVC. (ações de comum interesse).
* Parceria com a ACOBAR, estaleiros e importadores. Todos barcos de oceano com numeral ABVO.
* Diálogo e tentativa de inserção de flotilhas regionais separadas da ABVO como Associação da Fórmula Brasília - AFB (regra SMP2 - reconhecida pela ABVO); Associação Brasiliense de Veleiros de Oceano - AVOB (regra RGS/DF) e FARVO (regra APS).
* Aproximação e parcerias com as associações nacionais das classes: Soto 40`; C 30`; HPE 25`; J 24`; Ranger 22`e flotilhas como Velamar 22`; Veleiros 23`; Delta 21; Angra 21`; Microtonner 19`e outros.
5) Organização dos NUMERAIS:
* Tentativa de recuperação do arquivo de numerais da ABVO. (busca do livro perdido, registros, pesquisa na Yachting Brasileiro e entrevistas).
* Moralização de numerais. Recadastrar e organizar outras entidades regionais que emitiram numerais em dissonância com a ABVO.
6) ABVO - PRESTADORA DE SERVIÇOS:
* Medição e emissão de certificados.
* Capacitação de novos medidores.
* Apuração de resultados de regatas.
* Parceria com Seguradora - Desconto para afiliados da ABVO.
* Parceria com Velerias - Desconto
* Parceria com Lojas - Desconto nas compras
* Parceria com Marinas - Desconto em vagas e serviços.
* Parceria com Fabricantes de Mastros - Desconto em mastros e serviços.
* Parceria com Revistas - Descontos em assinaturas
* Parceria com Capotarias - Descontos em capas e serviços.
* Parceria com Tintas Náuticas
* Contrapartida no site da ABVO e banners em eventos oficiais da ABVO.
* Apoio no registro de rádio na ANATEL.
* Suporte técnico na organização de eventos.
* Suporte na divulgação de eventos
Fonte: ZDL
Flávio Perez - Mtb.: 45562
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domingo, 27 de maio de 2012
Parque Darcy Ribeiro: símbolo da inércia da Prefeitura de Niterói
Limites do Parque Municipal Darcy Ribeiro (vermelho) e do Parque Estadual da Serra da Tiririca (verde). |
Floresta no Morro da Viração, na vertente do Cafubá. |
Matéria do O Globo Niterói de hoje anuncia que o governo estadual do Rio de Janeiro concorda em fazer a incorporação do Parque Municipal Darcy Ribeiro ao Parque Estadual da Serra da Tiririca. A medida daria uma solução, finalmente, para a maior unidade de conservação da cidade de Niterói, criada quase totalmente sobre terras públicas, mas que encontra-se abandonada desde a sua criação.
O que se verifica com o Parque Darcy Ribeiro é a história de muitas unidades de conservação no Brasil: são criadas em atos solenes pela administração pública, normalmente em datas festivas como o Dia da Árvore ou o Dia Mundial do Meio Ambiente, mas a ação pública acaba por ai. As leis ou decretos não são regulamentadas, o parque não recebe dotação orçamentária e sequer conta com um funcionários para geri-lo. São os chamados "parques de papel".
O Parque Darcy Ribeiro foi criado pela confusa e mal redigida Lei Municipal (Niterói) 1566, de 20 de março de 1997 e depois mais nada de prático foi feito. Não se pode atribuir culpa a um determinado governo, mas a todos, desde a promulgação da Lei.
Enquanto as gestões municipais se omitiam (apesar do esforço de alguns poucos e abnegados técnicos), ambientalistas e a sociedade civil se mobilizava e procurava tirar a administração pública do imobilismo. Dentre as iniciativas comunitárias, destaca-se a criação da AMADARCY - Associação dos Amigos do Parque Natural e ARIE Darcy Ribeiro. Em 2003, o Ministério Público Estadual também passou a atuar de forma a exigir da Prefeitura a implantação do Parque.
Na gestão do prefeito Godofredo Pinto (PT), foi criado um Grupo de Trabalho que trabalhou entre 2005 e 2006. O grupo do qual eu fiz parte como convidado, era composto por técnicos das secretarias de Meio Ambiente, Urbanismo e da Procuradoria da prefeitura, ambientalistas e lideranças comunitárias. O GT procurou sanar conflitos redesenhando os seus limites (excluindo áreas com conflitos fundiários e anexando áreas públicas que estavam fora dos limites originais) e propôs a criação de uma ARIE - Área de Relevante Interesse Ecológico no entorno do Parque, para que servisse como área de transição entre as áreas urbanas e a protegida. Com base nestas ideias, produziu-se uma proposta de projeto de lei para regulamentação da unidade de conservação e para viabilizar a sua efetiva implantação.
Ao final do trabalho, ouvi de um membro da equipe da secretaria de Meio Ambiente que a proposta não tinha chance de ter prosseguimento na Prefeitura e que o melhor a se fazer seria encaminhar a proposta ao Ministério Público para que este buscasse meios de obrigar o encaminhamento. Triste e vergonhoso!
Na atual gestão, em certa ocasião tive um encontro com o prefeito para outro motivo e aproveitei para perguntar-lhe sobre a implantação do Parque. Ouvi que a criação do Parque havia sido uma iniciativa sua e que a implantação tinha o seu apoio e aconteceria em sua gestão. O que se verificou foi que o único ato da atual gestão foi um decreto (10.772/2010) de desapropriação de uma área dentro dos limites do Parque para a implantação de um projeto habitacional do programa "Minha Casa Minha Vida".
Com a incapacidade da administração municipal em implantar um parque, criado por lei de sua própria iniciativa - como me disse o prefeito, surge agora a esperança de fazê-lo através da iniciativa estadual. Mas, o secretário estadual Carlos Minc alerta (veja matéria abaixo) que só poderá tomar a iniciatica caso a prefeitura concorde.
Na matéria abaixo, o secretário da pasta ambiental de Niterói afirma que só o prefeito pode tomar a decisão "por motivos políticos e econômicos" (?). Espero que a resposta enigmática do secretário não se refira à incapacidade da administração municipal contrariar os interesses imobiliários, tão poderosos na cidade, e que sempre foram a grande oposição ao Parque.
A matéria acrescenta também a iniciativa do Grupo de Ação Popular (GAP) que propõe a criação de uma nova unidade de conservação no Morro da Viração. Sou favorável à proposta, que daria a Niterói um invejável instrumento de controle da expansão urbana descontrolada, de proteção aos seus ecossistemas e à sua notável paisagem.
Com estes parques implantados, cumprindo os seus objetivos ecológicos e abertos ao usufruto da população (com trilhas e outros equipamentos para o excursionismo, o ecoturismo e à educação), a tão propalada "alta qualidade de vida" de Niterói poderá ir além do marketing político e ser uma legítima marca da cidade.
Axel Grael
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Governo aprova fusão de 85% da Reserva Darcy Ribeiro à Tiririca
Concretização do projeto depende agora do interesse da prefeitura de Niterói
O governador do estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, aprovou a incorporação de 85% da Reserva Darcy Ribeiro ao Parque Estadual da Serra da Tiririca. A informação foi divulgada pelo secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc. Segundo ele, para a fusão se concretizar, a única pendência, agora, é o aval da prefeitura de Niterói.
— Por parte do estado, está ok, mas não tem como fazer acordo sem o prefeito. Estamos em contato direto com a equipe do Fernando Guida (secretário municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos), e a negociação está avançando — afirma Minc.
Fernando Guida, no entanto, é reticente quanto ao andamento do acordo.
— Houve uma apresentação formal do projeto e, da minha parte, a apreciação foi positiva. O projeto técnico da fusão é realmente muito bom. Mas existem muito mais coisas envolvidas nisso que não estão na minha alçada. É uma decisão também política, econômica, que cabe somente ao prefeito — acrescenta.
Se o projeto avançar, a Reserva Darcy Ribeiro passará a ser uma unidade estadual de preservação ambiental. A reivindicação de ambientalistas de Niterói, já antiga, custará R$ 12 milhões.
Pegando carona no projeto e embalado pelo clima da Rio+20, o Grupo de Ação Popular (GAP) reforçou a luta pela preservação do Morro da Viração. Na semana passada, foi criado um abaixo-assinado na internet pedindo também a incorporação do morro à Serra da Tiririca. A proposta tem o apoio do engenheiro florestal e ambientalista Axel Grael.
— O Morro da Viração é uma importante área verde, de grande relevância paisagística. A área já se mostrou imprópria para a ocupação urbana. Então, sua vocação é mesmo para a preservação. Com a incorporação à Serra da Tiririca e à Darcy Ribeiro, formaríamos um arco verde no entorno da Lagoa de Itaipu, fortalecendo o ecossistema — defende Grael.
O secretário Carlos Minc, no entanto, diz que o morro não tem potencial para um parque estadual:
— O Morro da Viração é uma área muito pequena. Mas afirmamos que o estado apoia a criação de um parque municipal e que garantimos à prefeitura de Niterói fundos para sua implantação.
A prefeitura diz que está estudando os assuntos.
Fonte: O Globo Niterói
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Portal Memória Olímpica dá destaque ao Projeto Grael
São Joaquim (MV25), um dos barcos utilizados para as aulas de vela no Projeto Grael. Foto acervo do Projeto Grael. |
PROJETO GRAEL: ESPORTE E MEIO AMBIENTE DE MÃOS DADAS
Por Patrícia Osandón
Quando, na adolescência, Axel Grael, irmão dos medalhistas olímpicos Lars e Torben Grael, deparou-se com a poluição na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, não encontrou quem pudesse solucionar o problema. Hoje, personalidade de destaque do esporte, engenheiro florestal e ambientalista, Axel preside o Projeto Grael, do Instituto Rumo Náutico, que tem, entre vários objetivos, a finalidade de ensinar crianças e adolescentes sobre a importância de cuidar e preservar o meio ambiente.
“Em Niterói, que é nossa cidade natal e onde eu moro, nós vimos, por exemplo, surgirem as fábricas de sardinha, de conserva de pescada, que causavam uma poluição horrível. Íamos velejar e voltávamos com o barco cheio de óleo e tínhamos que ficar bastante tempo limpando, para não estragar o barco”, conta Axel.
O projeto é baseado em um tripé formado pelos esportes náuticos, programa profissionalizante e programa ambiental. Em 13 anos, mais de 12 mil alunos de escolas públicas, entre crianças, adolescentes e jovens, já passaram por suas atividades. Por semestre, uma média de 350 alunos são beneficiados com ações profissionalizantes, cursos e contato com o meio ambiente. Somente no semestre passado, cerca de 25 jovens conquistaram seu primeiro emprego de carteira assinada.
Com idades que vão dos 9 aos 24 anos, esses alunos recebem um cuidado que vai além do preparo vocacional e do que Axel chama de abrir “janelinhas de interesse”. Segundo ele, “o que a gente percebe desses jovens é que existe uma carência de oportunidades para eles. Eles têm a oportunidade, mas não conseguem enxergar nessa oportunidade um futuro melhor”.
Anos depois de acompanhar a difícil situação da Baía de Guanabara, Axel decidiu arregaçar as mangas e partir para a ação. A ideia surgiu de um grupo de velejadores liderados pelos medalhistas olímpicos Torben e Lars Grael e Marcelo Ferreira. Sediado em Niterói (RJ) e com uma unidade em Três Marias (MG), o projeto se prepara para implantar outras duas unidades, na Bahia e em Goiás.
“Temos uma demanda para levar nossa experiência e tecnologia social para outros lugares. Ao longo desses anos em que atuamos, criamos uma lógica de uso educativo dos barcos para a nossa realidade. A relação que as pessoas têm com a água em outra região, por exemplo, é completamente diferente”, avalia.
Minha entrevista ao Portal Memória Olímpica
Memória Olímpica: Como surgiu a ideia dos programas ambientais dentro do Projeto Grael? Qual a relação da sua história de vida com a criação dos programas?
Axel Grael: Comecei a me envolver com a temática ambiental por uma questão objetiva e bastante pessoal. Velejo na Baía de Guanabara desde os seis anos. Quando era adolescente, vi a Baía de Guanabara passar por um processo bem sério de poluição. Em Niterói, que é nossa cidade natal e onde eu moro, nós vimos, por exemplo, surgirem as fábricas de sardinha, de conserva de pescada, que causavam uma poluição horrível. Íamos velejar e voltávamos com o barco cheio de óleo e tínhamos que ficar bastante tempo limpando, para não estragar o barco. A nossa primeira reação foi: “com quem a gente tem que reclamar para resolver isso?”. Na época, vimos que não havia alguém a quem pudéssemos delegar a solução do problema. Vimos que, ou a gente arregaçava as mangas e tentava mudar essa realidade, ou íamos ter que conviver com a Baía de Guanabara poluída. Esse foi meu envolvimento inicial e isso influenciou a minha profissão e pauta a minha vida até hoje. Quem veleja desenvolve uma sensibilidade para o meio ambiente naturalmente. É fácil, é quase que óbvia a vinculação de uma coisa com a outra porque quem aprende a velejar aprende a olhar para o mar, a identificar rajadas, correntes e nuvens. Essas coisas nada mais são do que interpretar a natureza. Quem desenvolve essa capacidade de interpretação da natureza, naturalmente vai ser uma pessoa muito motivada para as questões ambientais.
MO: Quais as principais finalidades dos programas ambientais dentro do Projeto Grael?
AG: O Projeto Grael está organizado em três pilares principais. Um desses pilares é a prática esportiva; o segundo é a profissionalização e a inclusão social por meio das oportunidades que a vela oferece; e a terceira, que é meio ambiente, o que a gente chama de educação completar. Todos esses desdobramentos educativos são permitidos pela vela e pelos esportes náuticos. O Projeto Grael foi uma iniciativa pioneira, quando nós criamos um programa educativo e social em torno da náutica, fomos até bastante criticados. Diziam que estávamos criando expectativas para meninos da favela em uma atividade elitista. Ouvimos isso tantas vezes... e, hoje, os resultados que temos, mostram que valeu a pena sim, que isso faz sentido sim. Os barcos são instrumentos de educação. Temos a possibilidade de desdobrar o interesse que os garotos têm pelos barcos em interesse pelo meio ambiente. A gente sempre diz que não se pode passar uma tarde na Baía e sequer ter percebido se a água estava limpa ou suja, se tinha lixo boiando. Essa visão critica é que procuramos estimular nos meninos. Não basta apenas você perceber que está ruim se você não faz aquilo que está ao seu alcance para reverter isso. Uma coisa vai levando sempre a outra.
MO: Quais resultados já foram alcançados com as ações ambientais do projeto?
AG: Um dos nossos projetos é uma ação junto a pesquisadores da Baía de Guanabara. A gente ajuda, por exemplo, a entender e a fazer a modelagem matemática das correntes da Baía de Guanabara. Lançamos boias flutuantes que com equipamentos que mandam informações online para pesquisadores da UFRJ [os dados desse trabalho estão no site http://www.projetobaiadeguanabara.com.br/]. Tudo é feito com o trabalho desenvolvido pelos nossos alunos orientados pelos pesquisadores. Temos também ex-alunos do Projeto Grael que operam uma embarcação que tira o lixo flutuante da Baía. Temos outros projetos também. Existe um programa que estamos oferecendo agora para os participantes do Projeto Grael, que se chama “Conhecendo a Baía de Guanabara”, no qual colhemos amostras de água e o pessoal percebe uma série de características, aprendendo a entender um pouco mais o ecossistema da Baía de Guanabara. Estamos nos preparando para implantar um projeto que se chama “Ciência a Bordo”, em parceria com a Rede Pública de Ensino. A ideia é que estudantes tenham algumas experiências no mar com o projeto. Por exemplo, é possível realizar uma aula de física dentro da água e questionar o que faz um barco velejar contra o vento. Para explicar isso, é necessário falar de vetores, de aerodinâmica, de propagação de ondas, de forma lúdica e na prática. Nosso objetivo não é substituir a escola, é motivar para a escola. A ideia é colaborar o processo educativo, tornando o conhecimento mais atraente para o aluno.
MO: Quais os benefícios para as crianças e adolescentes atingidos pelos programas ambientais do projeto?
AG: O nosso objetivo é abrir “janelinhas de interesse” na cabeça das crianças e adolescentes atingidos pelo projeto. Trabalhamos com jovens de Rede Pública de Ensino e de comunidades de baixa renda. Percebemos que falta a eles, muitas vezes, a vontade de sonhar mais longe, de acreditar que eles podem alcançar as coisas. Expô-los a essas informações e experiências estimula muito. A grande marca do nosso projeto são os resultados e as medalhas olímpicas dos meus irmãos. Porém, tomamos o cuidado para que a referência de “campeão” não seja a única referência de sucesso. Procuramos mostrar para eles que existem outras referências de sucesso, como, por exemplo, fazer uma universidade e conquistar um diploma... ou fazer os cursos profissionalizantes que o projeto oferece e que trazem perspectivas profissionais muito boas para eles, oferecendo uma vida melhor, podendo oferecer mais para a família deles.
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Acesse a matéria publicada pelo Portal Memória Olímpica
sábado, 26 de maio de 2012
53% das empresas que registram agrotóxicos no Brasil não possuem fábrica no país.
Senado discute mercado de agrotóxicos
9 de maio de 2012
A regulação do mercado de agrotóxicos foi tema de audiência pública na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado Federal, na manhã desta quarta – feira (9/5), em Brasília (DF). Na ocasião, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) apresentou dados sobre o crescimento do mercado nacional de agrotóxicos e exibiu um panorama a respeito dos produtos registrados que não chegam as mãos do agricultores brasileiros.
O diretor da Agência Agenor Álvares apontou alguns índices que considerou como emblemáticos para a discussão da regulação do mercado de agrotóxicos no Brasil. “Sempre que fazemos este debate, alguns setores argumentam a demora na obtenção de novos registros como maior empecilho para desenvolvimento do setor, entretanto, temos dados que constatam que 50% dos agrotóxicos registrados não são comercializados”, afirmou Álvares.
Além disso, o diretor da Anvisa apontou que 24% das empresas de agrotóxicos instaladas no Brasil não produziram nenhum agrotóxico na última safra. Outro dado que chamou atenção do diretor foi o de que 53% dessas empresas não possuem fábricas instaladas em nosso país.
Nesse sentido, a senadora Ana Amélia (PP/RR) relembrou projeto de lei aprovado pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado Federal que pretende alterar esse cenário. “Esta Comissão aprovou projeto de lei para que a validade do registro seja de dois anos, caso não entre no mercado”, defendeu a senadora.
Já o professor da Universidade Federal do Paraná, Victor Pelaez, defendeu uma correlação entre as políticas relacionadas a agrotóxicos e o setor saúde. “Pensar em políticas regulatórias é ir muito além da questão do registro. Política econômica, de saúde e agronômica devem ser integradas”, disse Pelaez.
Regulação
Outro ponto debatido durante a audiência pública foi a importância do papel da Anvisa na preservação da saúde no que diz respeito ao uso de agrotóxicos. Para a professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Anamaria Tambellini, “o uso de agrotóxicos levam a aumentar a produção, mas também podem causar muitos problemas e a função da vigilância sanitária é a de não registrar produtos que podem fazer mal para a saúde”.
De acordo com Álvares, a Anvisa tem obrigação de debater as ações sobre os impactos que os agrotóxicos podem ter na saúde humana. “Não podemos permitir que agrotóxicos que tem uma ação agressiva na saúde das pessoas entrem na agricultura brasileira”, ponderou o diretor da Agência.
A audiência foi presidida pelo senador Acir Gurgacz (PDT-RO) e faz parte da programação da 1ª Semana de Vigilância Sanitária no Congresso Nacional.
Fonte: ANVISA
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Leia também: Um em cada 5 litros de agrotóxicos produzidos no mundo são comercializados no Brasil
PIB do esporte cresceu mais que o do país
Taxa média de crescimento do Brasil foi de 3,2%, entre 2000 e 2010. O crescimento anual do setor esportivo foi de 6,2%
RIO — Na primeira década do milênio, o setor do esporte “rodou” a uma velocidade superior à da própria economia do país. A taxa média de crescimento do PIB do Brasil foi de 3,2%, entre 2000 e 2010, ao passo que a média de crescimento anual do setor esportivo foi de 6,2%. O setor mostrou fôlego mesmo durante os anos de crise global, ganhou investimento e aumentou a participação nas despesas das famílias brasileiras. Em valores, movimentou, em 2010, R$ 78,6 bilhões e elevou a fatia no PIB de 1,702%, na década anterior, para 1,997%.
A recente radiografia do setor pertence à dupla formada pelo advogado Ary Graça e pelo economista Istvan Kasznar, que há mais de 20 anos se debruça sobre os números que movimentam a economia do esporte. Com dados colhidos em cerca de 1200 empresas e estatísticas oficiais, eles relançam uma análise sobre o crescimento econômico da atividade no livro “A Indústria do Esporte no Brasil, Economia, PIB, Emprego e Evolução Dinâmica" (Editora M Books, R$ 59, 283 páginas). O livro será lançado na Livraria Argumento, na próxima segunda-feira.
— O esporte brasileiro há muito tempo deixou de ser uma atividade lúdica e passou a ser uma indústria. A medicina mostra que com a expectativa de vida em alta, o nível de doenças diminui entre aqueles que praticam esportes. O PIB brasileiro hoje depende do esporte —afirma Kasznar.
O setor que experimentou mais ganhos de participação foi o de Artigos Esportivos, com destaque para roupas, instrumentos e equipamentos esportivos; Alimentos, Bebidas e Vitaminas; além de mochilas, joelheiras e bonés. Com mais dinheiro no bolso, os brasileiros viram a sua economia estabilizar, com inflação baixa e real forte, e consumiram mais. A taxa de participação do setor de Artigos Desportivos, que passou de 53,50% de participação em 2001, para 59,75% em 2010.
Os autores consideram que os impactos de crescimento se refletem ainda em outras atividades.
— Calculamos que cada R$ 1 investido em infraestrutura esportiva mobiliza R$ 6,50 para atividades que não são ligadas ao esporte, como o varejo e o marketing — afirma Graça.
Apesar do impulso desde a escolha do Brasil para sediar grandes eventos esportivos, o crescimento da renda e da continuidade da estabilidade econômica, eles dizem que ainda pesam contra a expansão do setor gargalos de infraestrutura e afalta de profissionalização da gestão esportiva.
— Há dúvidas sobre o grau de aproveitamento da infraestrutura dos eventos e também sobre o acompanhamento da construção. Com Olimpíadas e Copa despertou-se para o esporte, mas ainda não para um ponto de vista financeiro — diz Kasznar.
Fonte: O Globo
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Opinião de Axel Grael:
LEGADO DOS GRANDES EVENTOS
Artigo mostra a importância atual do esporte para a economia do Brasil. E tende a aumentar muito. A preocupação deve ser como consolidar para que o mesmo se verifique após a Copa 2014 e a Rio 2016..!!!
Axel Grael
Em valores, o setor esportivo movimentou, em 2010, R$ 78,6 bilhões MARCOS BRINDICCI / REUTERS |
RIO — Na primeira década do milênio, o setor do esporte “rodou” a uma velocidade superior à da própria economia do país. A taxa média de crescimento do PIB do Brasil foi de 3,2%, entre 2000 e 2010, ao passo que a média de crescimento anual do setor esportivo foi de 6,2%. O setor mostrou fôlego mesmo durante os anos de crise global, ganhou investimento e aumentou a participação nas despesas das famílias brasileiras. Em valores, movimentou, em 2010, R$ 78,6 bilhões e elevou a fatia no PIB de 1,702%, na década anterior, para 1,997%.
A recente radiografia do setor pertence à dupla formada pelo advogado Ary Graça e pelo economista Istvan Kasznar, que há mais de 20 anos se debruça sobre os números que movimentam a economia do esporte. Com dados colhidos em cerca de 1200 empresas e estatísticas oficiais, eles relançam uma análise sobre o crescimento econômico da atividade no livro “A Indústria do Esporte no Brasil, Economia, PIB, Emprego e Evolução Dinâmica" (Editora M Books, R$ 59, 283 páginas). O livro será lançado na Livraria Argumento, na próxima segunda-feira.
— O esporte brasileiro há muito tempo deixou de ser uma atividade lúdica e passou a ser uma indústria. A medicina mostra que com a expectativa de vida em alta, o nível de doenças diminui entre aqueles que praticam esportes. O PIB brasileiro hoje depende do esporte —afirma Kasznar.
O setor que experimentou mais ganhos de participação foi o de Artigos Esportivos, com destaque para roupas, instrumentos e equipamentos esportivos; Alimentos, Bebidas e Vitaminas; além de mochilas, joelheiras e bonés. Com mais dinheiro no bolso, os brasileiros viram a sua economia estabilizar, com inflação baixa e real forte, e consumiram mais. A taxa de participação do setor de Artigos Desportivos, que passou de 53,50% de participação em 2001, para 59,75% em 2010.
Os autores consideram que os impactos de crescimento se refletem ainda em outras atividades.
— Calculamos que cada R$ 1 investido em infraestrutura esportiva mobiliza R$ 6,50 para atividades que não são ligadas ao esporte, como o varejo e o marketing — afirma Graça.
Apesar do impulso desde a escolha do Brasil para sediar grandes eventos esportivos, o crescimento da renda e da continuidade da estabilidade econômica, eles dizem que ainda pesam contra a expansão do setor gargalos de infraestrutura e afalta de profissionalização da gestão esportiva.
— Há dúvidas sobre o grau de aproveitamento da infraestrutura dos eventos e também sobre o acompanhamento da construção. Com Olimpíadas e Copa despertou-se para o esporte, mas ainda não para um ponto de vista financeiro — diz Kasznar.
Fonte: O Globo
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Opinião de Axel Grael:
LEGADO DOS GRANDES EVENTOS
Artigo mostra a importância atual do esporte para a economia do Brasil. E tende a aumentar muito. A preocupação deve ser como consolidar para que o mesmo se verifique após a Copa 2014 e a Rio 2016..!!!
Axel Grael
Fraturas e fortuna, Miriam Leitão
Toda a discussão do Código Florestal mostrou uma fratura no sistema de representação política do Brasil. A bancada ruralista defendeu pontos que são inaceitáveis pelo momento em que o mundo vive, são contraditórios com o que pensa a maioria da sociedade e não refletem a prática de parte importante do agronegócio. Há um lado moderno e dinâmico do setor que pelo silêncio se deixou representar por defensores de teses obsoletas.
A lei vai ser sancionada toda fraturada. O governo pegou a lei aprovada na Câmara, vetou 12 dispositivos e mudou, fez ajustes ou acrescentou outros 32.
— Na segunda-feira, o Código atual não estará em vigor, haverá uma lei sancionada com buracos e uma MP tentando preencher esses buracos — resume Tasso Azevedo, que foi diretor do Serviço Florestal Brasileiro.
A tramitação será difícil porque é uma MP que tenta consertar uma lei com vetos. Se a MP cair, ficará um monstrengo cheio de falhas em vigor. O governo diz que não há anistia, mas as multas estão suspensas. Diz que se o proprietário não fizer o Cadastro Ambiental Rural e o Plano de Recuperação Ambiental em cinco anos não terá direito a financiamento. Mas o prazo era um ano. Os vetos melhoram o que foi aprovado na Câmara, mas não organizam a confusão nem atualizam o debate no país.
Houve, durante todo o processo, uma fratura do governo com ele mesmo. No início da tramitação no Congresso, o governo não quis ver a dimensão do que estava sendo decidido. Omitiu-se. Um deputado da base, hoje ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, comandou de forma equivocada a discussão. Era para encontrar um caminho equilibrado. Ouviu apenas o pior de um dos lados. E defendeu sua proposta com argumentos de deplorável xenofobia. Já o governo ficou na estranha situação de perder de sua própria base nas etapas seguintes. Até chegar na posição de vetar partes do Código aprovado com muitos votos governistas.
Existe uma agricultura moderna que sabe que o desmatamento descontrolado, as práticas agressivas ao solo e a falta de proteção aos rios, morros, nascentes levarão a prejuízos. A terra e a água são os principais insumos da agropecuária. Isso é cristalino. Agora, ficará assim: dependendo do tamanho da propriedade, a mata ciliar a ser respeitada terá uma dimensão. Os rios brasileiros serão protegidos relativamente.
Houve uma fratura no país. O Congresso aprovou um Código que a sociedade não concordou. A mobilização pelas mídias sociais, pelo país afora, unindo pessoas de áreas e pensamentos diferentes, mostrou isso. As questões não respondidas: por que o Congresso não representou a sociedade? Por que a agricultura moderna, dinâmica e atualizada prefere não ter voz?
Ficou de tudo isso um rancor entre as partes. Há bons debates políticos. Esse foi ruim. Os produtores acham que enfrentaram ONGs internacionais e urbanóides sem noção, e se queixam de preconceito contra eles. O outro lado está convencido de que todo produtor é um desmatador em potencial.
O Brasil não pode viver sem o agronegócio. O setor entrega por ano US$ 77 bilhões de saldo comercial. Se, por absurdo, ele não exportasse nenhum dólar durante um ano, o país naufragaria. O Brasil disputa com os EUA a liderança pela exportação de carne bovina, é o segundo maior de soja, o primeiro de açúcar, frango, café. Isso sem falar no alimento nosso de cada dia.
A consciência ambiental se espalha de maneira irreversível no Brasil. As novas gerações não querem viver num país que sacrifica biodiversidade e passa o correntão na mata para ampliar a fronteira agrícola. A tendência vai se intensificar nos anos que virão. Pode-se até contrariar a opinião pública, mas é impossível fazer isso com a natureza. Ela tem suas leis irrevogáveis.
A burocracia dos órgãos públicos é irritante. Um produtor rural que queira fazer tudo direito viverá situações bizarras. O governo é exigente com quem está no caminho da legalidade e é displicente com o infrator. Isso se enfrenta com mais estrutura para o Ibama e o Incra e menor burocracia nos processos do Cadastro Ambiental Rural, do Georreferenciamento e da Licença Ambiental. Para isso não seria necessário mudar o Código Florestal.
O setor rural deixou de lado todos os problemas concretos para tentar desmontar o marco legal. Poderia ter se dedicado a lutar contra a excessiva burocracia da legalização, defender a garantia dos preços mínimos, o aumento da estrutura de estocagem e a eficiência de transporte da produção.
O debate expôs uma fratura de uma parte do país com o tempo presente. As propostas foram feitas com o olho no passado. Os vetos às piores partes não curam essas fraturas. Hoje se tem meio Código e muitos remendos. O governo não liderou o processo, o Congresso não representou o país, os produtores rurais deixaram os mais atrasados falarem pelo setor, não houve conciliação entre meio ambiente protegido e produção eficiente, e ampliou-se a insegurança jurídica. Os vetos apenas evitaram o pior.
Às vésperas da Rio+20, a conferência que ocorre duas décadas depois da histórica Cúpula da Terra, o Brasil informa, com todo esse debate, que ainda não entendeu o tamanho da sua fortuna.
Fonte: O Globo
A lei vai ser sancionada toda fraturada. O governo pegou a lei aprovada na Câmara, vetou 12 dispositivos e mudou, fez ajustes ou acrescentou outros 32.
— Na segunda-feira, o Código atual não estará em vigor, haverá uma lei sancionada com buracos e uma MP tentando preencher esses buracos — resume Tasso Azevedo, que foi diretor do Serviço Florestal Brasileiro.
A tramitação será difícil porque é uma MP que tenta consertar uma lei com vetos. Se a MP cair, ficará um monstrengo cheio de falhas em vigor. O governo diz que não há anistia, mas as multas estão suspensas. Diz que se o proprietário não fizer o Cadastro Ambiental Rural e o Plano de Recuperação Ambiental em cinco anos não terá direito a financiamento. Mas o prazo era um ano. Os vetos melhoram o que foi aprovado na Câmara, mas não organizam a confusão nem atualizam o debate no país.
Houve, durante todo o processo, uma fratura do governo com ele mesmo. No início da tramitação no Congresso, o governo não quis ver a dimensão do que estava sendo decidido. Omitiu-se. Um deputado da base, hoje ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, comandou de forma equivocada a discussão. Era para encontrar um caminho equilibrado. Ouviu apenas o pior de um dos lados. E defendeu sua proposta com argumentos de deplorável xenofobia. Já o governo ficou na estranha situação de perder de sua própria base nas etapas seguintes. Até chegar na posição de vetar partes do Código aprovado com muitos votos governistas.
Existe uma agricultura moderna que sabe que o desmatamento descontrolado, as práticas agressivas ao solo e a falta de proteção aos rios, morros, nascentes levarão a prejuízos. A terra e a água são os principais insumos da agropecuária. Isso é cristalino. Agora, ficará assim: dependendo do tamanho da propriedade, a mata ciliar a ser respeitada terá uma dimensão. Os rios brasileiros serão protegidos relativamente.
Houve uma fratura no país. O Congresso aprovou um Código que a sociedade não concordou. A mobilização pelas mídias sociais, pelo país afora, unindo pessoas de áreas e pensamentos diferentes, mostrou isso. As questões não respondidas: por que o Congresso não representou a sociedade? Por que a agricultura moderna, dinâmica e atualizada prefere não ter voz?
Ficou de tudo isso um rancor entre as partes. Há bons debates políticos. Esse foi ruim. Os produtores acham que enfrentaram ONGs internacionais e urbanóides sem noção, e se queixam de preconceito contra eles. O outro lado está convencido de que todo produtor é um desmatador em potencial.
O Brasil não pode viver sem o agronegócio. O setor entrega por ano US$ 77 bilhões de saldo comercial. Se, por absurdo, ele não exportasse nenhum dólar durante um ano, o país naufragaria. O Brasil disputa com os EUA a liderança pela exportação de carne bovina, é o segundo maior de soja, o primeiro de açúcar, frango, café. Isso sem falar no alimento nosso de cada dia.
A consciência ambiental se espalha de maneira irreversível no Brasil. As novas gerações não querem viver num país que sacrifica biodiversidade e passa o correntão na mata para ampliar a fronteira agrícola. A tendência vai se intensificar nos anos que virão. Pode-se até contrariar a opinião pública, mas é impossível fazer isso com a natureza. Ela tem suas leis irrevogáveis.
A burocracia dos órgãos públicos é irritante. Um produtor rural que queira fazer tudo direito viverá situações bizarras. O governo é exigente com quem está no caminho da legalidade e é displicente com o infrator. Isso se enfrenta com mais estrutura para o Ibama e o Incra e menor burocracia nos processos do Cadastro Ambiental Rural, do Georreferenciamento e da Licença Ambiental. Para isso não seria necessário mudar o Código Florestal.
O setor rural deixou de lado todos os problemas concretos para tentar desmontar o marco legal. Poderia ter se dedicado a lutar contra a excessiva burocracia da legalização, defender a garantia dos preços mínimos, o aumento da estrutura de estocagem e a eficiência de transporte da produção.
O debate expôs uma fratura de uma parte do país com o tempo presente. As propostas foram feitas com o olho no passado. Os vetos às piores partes não curam essas fraturas. Hoje se tem meio Código e muitos remendos. O governo não liderou o processo, o Congresso não representou o país, os produtores rurais deixaram os mais atrasados falarem pelo setor, não houve conciliação entre meio ambiente protegido e produção eficiente, e ampliou-se a insegurança jurídica. Os vetos apenas evitaram o pior.
Às vésperas da Rio+20, a conferência que ocorre duas décadas depois da histórica Cúpula da Terra, o Brasil informa, com todo esse debate, que ainda não entendeu o tamanho da sua fortuna.
Fonte: O Globo
quinta-feira, 24 de maio de 2012
Redução do IPI para carros sem contrapartidas sustentáveis: isso vai funcionar?
Congestionamento em São Paulo, 23 de maio de 2012. |
A poucas semanas do início da Rio+20, esse programa de incentivo do governo dá marcha à ré na posição brasileira sobre mudanças climáticas.
Por Jorge Abrahão, presidente do Instituto Ethos
Com uma anunciada greve de metrô e com linhas de trem também paradas, São Paulo amanheceu congestionada nesta quarta-feira (23/5). Muito mais carros do que as ruas comportam estão circulando, tornando difícil a vida até de quem não tem carro. Com a greve, o sistema de ônibus ficou sobrecarregado, os veículos já deixam os pontos iniciais superlotados e demoram o dobro do tempo para percorrer o mesmo trajeto, revoltando o usuário. Muitos ônibus foram apedrejados, a polícia precisou intervir em alguns terminais da cidade e muita gente não chegou ao trabalho hoje.
Esta é apenas uma breve descrição do trânsito da capital paulista, num dia mais conturbado. Para alguns, pode parecer “natural” que, sem metrô, o número de carros nas ruas aumente. Na verdade, não precisaria ser assim, se fosse dada prioridade ao transporte público. Não é o que ocorre.
Não vamos entrar no mérito do movimento grevista. Mas é certo que a paralisação já vinha sendo anunciada pela própria categoria há vários dias. Depois de oficializada a decisão, a prefeitura anunciou algumas medidas para enfrentar o problema: cancelamento do rodízio de carros nos dias de greve, colocação de mais ônibus e extensão do trajeto de linhas. As medidas mostraram-se insuficientes para dar conta do problema. O número de carros nas ruas promoveu o maior congestionamento da história da cidade e os ônibus não deram conta da demanda dos usuários.
Um dia como o desta quarta-feira poderia ter um efeito transformador entre os tomadores de decisão na iniciativa privada, nos governos e nas entidades da sociedade civil. Poderia fazer com esses três setores se reunissem para encontrar uma saída possível à alternativa caótica de hoje.
A consultoria McKinsey lançou um relatório em abril passado, com o título de Construindo Cidades Globalmente Competitivas: a Chave para o Crescimento Latino-Americano. Nesse estudo, a consultoria mostra que São Paulo pode se tornar a cidade mais rica do continente em 2025 e a sexta do mundo, superando Paris. Mas, para chegar a tanto, precisará equacionar melhor problemas como falta de habitação decente para todos e os incansáveis congestionamentos.
Na mesma pesquisa, a McKinsey revelou que, para o paulistano, a prioridade número um é o transporte coletivo. Ideias não faltam. Mas é preciso começar a pô-las em prática para que seja comprovada sua eficiência.
Marcha à ré
Mudar o modo como as pessoas se movimentam na cidade, transferindo o foco do transporte individual para o transporte público é tarefa complexa. O carro precisaria deixar de ser um ícone de bem-estar e de status, como é hoje. Andar de transporte público, muito diferente e de mais qualidade que o atual, precisaria virar algo “chique”. Valores da nossa civilização também teriam de ser revirados para dar suporte à decisão do cidadão. E a economia, repensada, pois a indústria automotiva teria menos peso na riqueza de um país do que tem hoje.
Um programa do governo federal seria sempre um excelente início. Nos Estados Unidos, por exemplo, como condição para recuperar a GM e outras montadoras, o governo definiu como contrapartidas a mudança dos motores, de petróleo para eletricidade e que os novos modelos fossem “recicláveis”, ou seja, pudessem ser desmontados para que as peças sejam reaproveitadas na linha de produção.
No Brasil, em 2008, também para combater a crise financeira, houve redução do IPI para carros, por um período determinado. Mas sem contrapartidas de nenhum tipo.
Agora, novamente em razão da crise europeia, o governo federal lançou novo programa de incentivo a carros no Brasil, por tempo indeterminado e sem contrapartidas. A poucas semanas do início da Rio+20, este programa de incentivo dá marcha à ré na posição brasileira sobre mudanças climáticas.
O elenco de medidas anunciado pelo governo esta semana beneficia tanto os carros flex como os movidos a gasolina, proporcionalmente. O carro elétrico, que vem sendo desonerado de impostos em todos os países do mundo, aqui no Brasil vai recolher a maior carga de impostos, por ser importado. (Não poderia haver incentivo para sua produção no país?)
O governo também reduziu a taxa de juros para financiamento de carros e caminhões. No caso dos caminhões, os estoques subiram porque entrou em vigor a lei de redução dos poluentes para veículos a diesel. O custo da nova tecnologia elevou o preço do caminhão. Tomara que esse incentivo faça, então, as vendas aumentarem.
No mais, nenhum incentivo à inovação, quer para reduzir emissões de carbono, quer para desenvolver novas soluções de mobilidade que não sejam o automóvel.
Novamente, uma visão de curto prazo que atende interesses específicos conseguiu se sobrepor a uma visão de futuro, na qual a mobilidade dos cidadãos depende de um transporte coletivo que garanta o acesso a todos os lugares e seja a base de uma sociedade mais igualitária, calcada numa economia inclusiva, verde e responsável.
Fonte: Instituto Ethos
Secretário-geral da ONU destaca sete pontos importantes para a sustentabilidade
Ban Ki-Moon comenta sobre assuntos em prol da sustentabilidade/Foto: Eskinder Debebe |
"O ritmo atual das negociações está enviando todos os sinais errados", analisou o Secretrário-Geral da ONU, Ban Ki-Moon. Segundo o líder, as organizações do mundo devem repensar o atual modelo econômico e criar novas estratégias e políticas de economia verde.
A análise foi realizada durante o debate "O Caminho para a Rio+20 e Além", organizado pela Assembleia Geral, na terça-feira, 22 de maio, em Nova York. No discurso de abertura do evento, Ban lembrou que falta um mês para a Rio+20 e que as negociações para o documento final da cúpula não estão ocorrendo na velocidade prevista. Ele solicitou agilidades aos países.
Para o secretário-geral, questões menores estão atrapalhando o avanço. "Não podemos deixar que um exame minucioso do texto nos faça fechar os olhos para uma visão mais ampla da questão", frisou.
Ban Ki-Moon destacou sete pontos fundamentais em que as resoluções devem se concentrar:
- Emprego decente, especialmente para 80 milhões de jovens que ingressam na força de trabalho anualmente;
- Segurança alimentar e agronomia sustentável. O objetivo deve ser "fome zero" e "segurança alimentar para todos";
- Apoio ao acesso universal de fontes limpas e eficientes de energia;
- Acesso universal a água potável e saneamento, que caminham juntos com a redução de pobreza e metas de saúde;
- Guia para as políticas de preservação e uso sustentável dos oceanos;
- Fortalecer instituições que apoiem o desenvolvimento sustentável em todos os níveis (social, econômico e ambiental) e fortalecer o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), além de promover melhor governança interna para o desenvolvimento sustentável;
- Avançar no processo de definição de metas para o desenvolvimento sustentável para o desenvolvimento global pós 2015.
Com informações da Veja.
Fonte: Ecodesenvolvimento
Juízes se dizem preocupados que texto do novo Código Florestal possa provocar avalanche de ações
Desmatamento da Amazônia. |
As duas maiores entidades representativas de juízes do país divulgaram ontem (23) nota em que se dizem “preocupadas” com o texto do novo Código Florestal. Segundo a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), o novo código tem inconsistências legais, que abrem brechas para futuros questionamentos na Justiça.
As associações afirmam que o regramento pode criar “perplexidade” nos juízes encarregados de aplicar a lei se os defeitos e imprecisões não forem corrigidos a tempo. “Uma avalanche de ações judiciais somente contribuirá para intranquilizar os produtores rurais, sobretudo o pequeno, bem como a sociedade”, ressalta trecho da nota.
O texto segue com um apelo aos demais Poderes, pedindo “discernimento” da presidenta Dilma Rousseff e “elevado espírito público” dos membros do Congresso Nacional para resolver as questões ambientais.
A presidenta Dilma Rousseff tem até a próxima sexta-feira (25) para sancionar ou vetar – parcial ou totalmente – o texto do novo Código Florestal, aprovado pela Câmara dos Deputados no último dia 25. O texto do Congresso Nacional chegou à Casa Civil no último dia 7.
Mais cedo, a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, disse a presidenta pode antecipar em um dia sua decisão sobre possíveis vetos e decidir sobre o que pode ou não ser aproveitado até amanhã (24). O texto do Código Florestal aprovado pelos deputados desagradou ambientalistas e não era a versão que o Palácio do Planalto esperava aprovar. Durante a tramitação no Senado, antes da votação final na Câmara, o governo conseguiu chegar a um texto mais equilibrado, mas a bancada ruralista na Câmara alterou o projeto e voltou a incluir pontos controversos.
Entre os pontos polêmicos da nova redação da lei florestal está, por exemplo, a possibilidade de anistia a quem desmatou ilegalmente e a redução dos parâmetros de proteção de áreas de preservação permanente (APPs).
* Colaborou: Yara Aquino
Por: Débora Zampier*
Fonte: Agência Brasil – EBC
Edição: Lana Cristina
Fonte: Portal da Amazônia
Vídeo: Angélica no Projeto Grael ! (2009)
Revendo um vídeo preparado por Fred Hoffmann registrando um "making off" da visita da apresentadora Angélica ao Projeto Grael, em 2009.
Peixe-lua é visto na Praia da Barra da Tijuca
Foto: Carlos Eduardo Cardoso / Agência O Dia |
Rio - Um peixe-lua, o maior peixe ósseo conhecido, foi visto nadando na Praia da Barra da Tijuca, na Zona Oeste, nesta quarta-feira. Esta espécie pode chegar a atingir 3 metros de comprimento.
Nesta terça, uma tartaruga pode ser visualizada na Baía de Guanabara. O animal estava próximo ao campus da Universidade Federal Fluminense, em Niterói.
Fonte: O Dia Online
quarta-feira, 23 de maio de 2012
Lars Grael abre Pajuçara Management com palestra sobre superação
Lars Grael deu palestra motivacional aos participantes. |
Uma palestra do velejador, medalhista olímpico, campeão mundial, decacampeão brasileiro e penta sul-americano Lars Grael abriu na noite desta quarta-feira (23), no Centro de Exposições e Convenções Ruth Cardoso, a décima edição do Pajuçara Management, o maior evento do tipo no Norte e Nordeste.
Em sua palestra, sob o tema “Velejar é como viver: vale vencer”, Grael falou para um público atento e interessado em suas experiências. A quantidade de inscrições e a expectativa positiva dos participantes quanto aos resultados foram mais uma vez comemoradas por líderes do Pajuçara Sistema de Comunicação (PSCOM), organizador do evento.
“O Pajuçara Management está consolidado”, afirmou o diretor-executivo do PSCOM, André Vajas. “É um evento grandioso e importante para Alagoas. Nesses dez anos, são mais de 7 mil participantes, cerca de 90 palestrantes, todos de nível nacional e internacional, e mais de 150 horas de palestras”.
Segundo Vajas, além de ser o maior evento do gênero no Norte-Nordeste, o Pajuçara Management se firmou como um dos maiores do País. “Isso é fruto do reconhecimento da qualidade que melhora a cada ano. Poucos eventos regionais ou nacionais mantém o mesmo padrão de qualidade, e crescendo sempre, ao longo de dez anos”, afirmou.
André Vajas disse que neste ano, há um plus no evento. “Além do conteúdo normal com dez palestras, nós temos a participação importante do Sebrae, que traz para o evento duas oficinas, uma sobre gestão de conflitos, na quinta-feira, e a outra sobre inovação e criatividade, na sexta”.
Marcelo Martins, diretor de marketing do PSCOM, disse que o Pajuçara Management é uma “oportunidade única para o empresariado de Alagoas e do Nordeste participarem de um evento que tem nível nacional, sem precisar enviar seus colaboradores para os maiores centros como Rio e São Paulo. Empreendedores que querem montar negócios, ou melhorar seus resultados, vêm aqui aprender métodos, trocar experiências, e o resultado sempre é o crescimento”.
Grael: “não é heroísmo”
Antes de iniciar sua palestra, Lars Grael falou ao Tudo na Hora sobre sua experiência como palestrante.
“Eu tento fazer nas palestras uma analogia da minha trajetória como cidadão brasileiro, atleta olímpico e velejador, e mostro que a gente deve se inserir num mundo competitivo”.
“Não acho que o encorajamento à superação, m que procuro transmitir, seja encarado como heroísmo”, disse Grael. “Isso é resultado de planejamento, de saber levantar depois de cair, enfrentar insucessos, enfim, perseguir sonhos”.
Grael contou que o público de suas palestras é bastante variado. “Vai desde multinacionais até funcionários do Supremo Tribunal Federal, no próprio campo esportivo ou no chão de fábrica em diversas cidades”. Além das palestras motivacionais sobre superação, Grael também fala sobre prevenção de acidentes de trabalho e da necessidade de empresas contratarem pessoas portadoras de deficiência.
Campeão
Oriundo de família tradicional no iatismo brasileiro, Lars é irmão de Torben Grael. É medalhista olímpico de bronze em dois Jogos Olímpicos: em Seul 1988 tendo como proeiro Clinio Freitas e em Atlanta 1996 com Kiko Pelicano. Também participou dos Jogos de Los Angeles 1984 e Barcelona 1992. Todas elas na classe Tornado.
Antes de ser decacampeão brasileiro e pentacampeão sul-americano da Tornado, foi campeão mundial da classe Snipe em 1983 na cidade do Porto.
Em setembro de 1998, Grael sofreu um grave acidente em Vitória, causado pela imperícia e irresponsabilidade do comandante de um iate, o que causou a mutilação de uma das pernas do atleta. O velejador teve que se afastar da prática esportiva por algum tempo.
Passou a dedicar-se ao fomento do desporto a partir de uma outra perspectiva: a política, exercendo cargos nos governos federal e de seu estado natal. Em 1998 foi convidado pelo então presidente da República Fernando Henrique Cardoso a ocupar o cargo de Secretário Nacional de Esportes no então Ministério do Esporte e do Turismo. Excerceu também o cargo de Secretário Estadual da Juventude, Esporte e Lazer na gestão de Geraldo Alckmin no governo São Paulo, que ocupou até março de 2006.
Depois, Lars Grael voltou a dedicar-se à vela. Velejou na classe Star, classificando-se em terceiro lugar no campeonato brasileiro de 2006.
Fonte: Tudo na Hora
1 em cada 5 litros de agrotóxicos produzidos no mundo é utilizado no Brasil
Brasil usa 19% dos agrotóxicos produzidos no mundo, diz diretor da Anvisa
Um total de 130 empresas produtoras de defensivos agrícolas fabricam 2.400 tipos diferentes de produtos.
O diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), José Agenor Álvares da Silva, afirmou que o País é responsável por 1/5 do consumo mundial de agrotóxicos. O Brasil usa 19% de todos os defensivos agrícolas produzidos no mundo; os Estados Unidos, 17%; e o restante dos países, 64%. Ele citou pesquisa segundo a qual o uso desses produtos cresceu 93% entre 2000 e 2010 em todo o mundo, mas no Brasil o percentual foi muito superior (190%).
Segundo o diretor da Anvisa, existem atualmente no País 130 empresas produtoras de defensivos agrícolas, que fabricam 2.400 tipos diferentes de produtos. Em 2010, foram vendidas 936 mil toneladas de agrotóxicos, negócio que movimenta US$ 7,3 bilhões. Silva participou de debate da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, no Plenário 14.
* Publicado originalmente no site do EcoAgência.
Fonte: Envolverde
Um total de 130 empresas produtoras de defensivos agrícolas fabricam 2.400 tipos diferentes de produtos.
O diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), José Agenor Álvares da Silva, afirmou que o País é responsável por 1/5 do consumo mundial de agrotóxicos. O Brasil usa 19% de todos os defensivos agrícolas produzidos no mundo; os Estados Unidos, 17%; e o restante dos países, 64%. Ele citou pesquisa segundo a qual o uso desses produtos cresceu 93% entre 2000 e 2010 em todo o mundo, mas no Brasil o percentual foi muito superior (190%).
Segundo o diretor da Anvisa, existem atualmente no País 130 empresas produtoras de defensivos agrícolas, que fabricam 2.400 tipos diferentes de produtos. Em 2010, foram vendidas 936 mil toneladas de agrotóxicos, negócio que movimenta US$ 7,3 bilhões. Silva participou de debate da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, no Plenário 14.
* Publicado originalmente no site do EcoAgência.
Fonte: Envolverde
Por Código Florestal, vice-presidente da CNA chama Mauricio de Sousa de “babaca ignorante”
Chico Bento pede: VETA DIRMAAAA!!!!!! |
O cartunista Mauricio de Sousa, criador da Turma da Mônica, usou o perfil dele no Twitter, onde tem quase 200 mil seguidores, para pedir o veto da presidente Dilma Roussef ao projeto de lei que deixa o Código Florestal sob ameaça das motosserras.
Mauricio de Souza publicou duas fotos na noite de terça-feira (23). Na primeira, em que aparece sozinho numa estrada de barro aberta no meio da floresta, escreveu:
- você, um só, pequeno ante a majestade da floresta, pode ajudar a salvá-la.
Mauricio de Sousa: "integre-se ao movimento "veta dilma". Duas espécies ameaçadas pelo novo código (des)florestal" |
Na segunda foto (acima), em que posa no tronco de uma imensa árvore da Amazônia, o cartunista acrescentou:
- integre-se ao movimento “veta dilma”. Duas espécies ameaçadas pelo novo código (des)florestal — veta dilma.
O pecuarista Assuero Veronez, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Acre e vice-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) reagiu enviando mensagem ao cartunista:
- Babaca ignorante.
O autor do Blog da Amazônia entrou na conversa e ponderou ao vice-presidente da CNA:
- Não perca o respeito e a elegância contra Mauricio de Sousa.
Assuero Veronez respondeu:
- Não respeito quem usa sua notoriedade para fazer ativismo político sobre assunto que não conhece.
Fonte: Blog da Amazônia
Joanna Dutra, gerente executiva adjunta do Projeto Grael fala para a CBN sobre unidades no PR
Joanna Dutra, gerente executiva adjunta do Projeto Grael, e Archimedes Delgado, Coordenador de Unidades Descentralizadas, nas Cataratas do Iguaçu. Foto arquivo do Projeto Grael. |
A cientista social Joanna Dutra, gerente executiva adjunta do Projeto Grael fala para a CBN-Foz sobre as perspectivas de implantação de uma rede de unidades de náutica educativa do Projeto Grael no Paraná.
Veja em:
Região do Lago pode ganhar projeto sócio-educativo para a formação de jovens velejadores « CBN Foz – A rádio que toca notícia
Saiba mais sobre o Projeto Grael no Paraná em:
http://www.cbnfoz.com.br/2012/05/23/regiao-do-lago-pode-ganhar-projeto-socio-educativo-para-a-formacao-de-jovens-velejadores/
http://www.axelgrael.blogspot.com.br/2012/05/projeto-grael-mais-perto-de-implantar.html
http://www.axelgrael.blogspot.com.br/2012/05/secretaria-de-esporte-do-parana-anuncia.html
Araucária (PR) irá receber base do Projeto Grael
Patrícia Comunelo
Araucária foi escolhida para receber a base náutica do Projeto Rumo Náutico (Projeto Grael), que será instalada na represa do rio Passaúna em parceria com o Programa Esporte Formador (Secretaria do Esporte do Paraná). A decisão foi anunciada em reunião realizada na última terça-feira (22), na sede da Secretaria do Esporte, com a presença do secretário estadual Evandro Rogério Roman, dos secretários municipais de Araucária, Campo Largo e Curitiba (a represa limita as três cidades) e de representantes da Sanepar (empresa de saneamento que administra a represa) e da Federação de Iatismo à Vela do Paraná.
Reunião definiu área em Araucária como a melhor para receber o projeto (Foto: Marcus Schroeder) |
Araucária foi escolhida para receber a base náutica do Projeto Rumo Náutico (Projeto Grael), que será instalada na represa do rio Passaúna em parceria com o Programa Esporte Formador (Secretaria do Esporte do Paraná). A decisão foi anunciada em reunião realizada na última terça-feira (22), na sede da Secretaria do Esporte, com a presença do secretário estadual Evandro Rogério Roman, dos secretários municipais de Araucária, Campo Largo e Curitiba (a represa limita as três cidades) e de representantes da Sanepar (empresa de saneamento que administra a represa) e da Federação de Iatismo à Vela do Paraná.
Na semana anterior, representantes do Projeto Rumo Náutico e do Programa Esporte Formador estiveram na represa visitando os possíveis locais. “Viemos conhecer os locais que têm potencial para o desenvolvimento dos esportes náuticos e verificar a possibilidade de implantar unidades com a metodologia social do Projeto Grael”, explicou Axel Grael, engenheiro ambiental, velejador e irmão dos esportistas Torben e Lars Grael. O Projeto Grael desenvolve programas educacionais, profissionalizantes e ambientais com crianças, além de oportunidades de desenvolvimento das modalidades náuticas.
Durante a reunião, o coordenador do Programa Esporte Formador, Marco Orasmo, apresentou o croqui da represa e as avaliações técnicas do local, que contará, além da base náutica, com quadras poliesportivas, campos de futebol e espaço de lazer. O secretário de Esporte e Lazer de Araucária, Wanderley Haddad, comemorou a escolha do município. “A implantação do projeto náutico nessa área será importantíssima, pois o local escolhido não vinha sendo usado em razão de impedimentos ambientais. Agora, com a parceria da Secretaria do Esporte do Paraná, teremos condições de usufruir a área e oferecer uma estrutura adequada e segura para a nossa comunidade”, comentou.
De acordo com o secretário estadual Evandro Rogério Roman, a escolha foi técnica e, dos locais vistoriados, a área em Araucária é a que oferece melhores condições, mas há a necessidade do envolvimento dos três municípios para o sucesso do projeto. “Temos que contar com o comprometimento dos municípios para que a comunidade use o espaço, pois além do projeto esportivo, também há possibilidade de implantação de projetos sociais, cursos profissionalizantes, oficinas ligadas à indústria náutica e a realização de eventos”, avaliou.
Roman anunciou ainda que uma parceria do Governo Federal com o Governo do Estado e as Prefeituras dos municípios deve garantir cerca de R$ 500 mil anuais para a manutenção das bases náuticas. Os recursos e o projeto Rumo Náutico irão beneficiar também as bases existentes no lago formado pela usina hidrelétrica de Itaipu, na costa oeste do Paraná, construídas na década de 90 por ocasião dos Jogos Mundiais da Natureza.
O coordenador da Federação de Iatismo à Vela do Paraná, Alexandre Rucker, falou sobre a importância da implantação do Projeto Rumo Náutico no Paraná. “Vai ser fantástico, pois temos uma demanda reprimida para os esportes náuticos em todo o estado. Faz tempo que estamos batalhando para isso tudo acontecer e agora encontramos pessoas interessadas em firmar essa parceria e em trazer um projeto de sucesso, como é o Projeto Grael, para o Paraná”, declarou.
terça-feira, 22 de maio de 2012
Juristas enviam carta à Dilma pelo veto total
Daniele Bragança
O tempo está curto para a decisão mais aguardada pelos ambientalistas e ruralistas desde que o Código Florestal foi aprovado na Câmara no dia 25 de abril: Dilma vetará ou sancionará o novo Código? O prazo para a presidente se posicionar sobre o veto vence nessa sexta, 25 de maio. Para criticar as inconsistências do texto, na semana passada, representantes de quatro grupos de juristas ambientais se reuniram. Eles defendem o veto total. Antidemocrático por se opor a uma decisão do parlamento? Eles explicam que não.
“Esse código agrícola é destituído da discussão com a sociedade brasileira, pois foi feito por um pequeno grupo. Enquanto mecanismo jurídico, ele é destituído de sistematização, não possui princípios nem diretrizes”, afirma Norma Sueli Padilha, advogada e professora da Unisantos. "Ele é fragmentado, desarticulado e, portanto, não é um sistema", completou. Foi esse o cerne do debate que aconteceu em 11 de maio, no auditório do Centro de Estudos da Procuradoria Geral do Estado de São Paulo. Sua sequência foi a carta de repúdio ao Código aprovado, enviada à Dilma Rousseff em 18 de maio.
A iniciativa do encontro partiu de Guilherme José Purvin de Figueiredo, que também é colunista de Oeco. Ele chegou à conclusão que era necessário reunir organizações centrais ao direito ambiental para se posicionarem conjuntamente.
Desfiguração do projeto inicial
A mesa de debates começou com a exposição de Purvin que discorreu sobre o processo de mutação da Medida Provisória que deu origem ao projeto de reforma do Código Florestal, em 1999.
Segundo Purvin, a pressão internacional por conta do desmatamento da Amazônia, na década de 90, justificou a ampliação da reserva legal, de 50% para 80% na Amazônia Legal. A mudança veio por Medida Provisória, que naquela época podia ser reeditada sempre que necessário e, assim sendo, começaram as mutações. Principalmente quando a proposta da medida provisória passou a ser relatada pelo deputado Moacir Michelleto (PMDB-PR), membro do grupo que ficou conhecido como bancada ruralista.
A partir daí, a Medida Provisória não procurou mais aumentar a proteção, mas sim flexibilizar a legislação ambiental: “Por ocasião dessa mudança, entre o primeiro e o segundo governo FHC, houve um rearranjo de forças políticas para a obtenção de maioria do Congresso Nacional para uma emenda constitucional que permitisse a reeleição do então presidente. Até que, num dado momento, o Código Florestal acabou sendo utilizado como moeda de negociação até para aprovação de índices de correção de salário mínimo" conta Purvin.
O debate continuou com a crítica ao processo legislativo viciado, onde a voz mais veemente foi a de Raul do Valle, coordenador adjunto de Política e Direito Socioambiental do ISA (Instituto Socioambiental), que acompanhou todo o processo de tramitação do Código Florestal desde 2009, quando foi formada a comissão especial para discutir a sua mudança.
Para Raul, não houve falha da sociedade civil durante o processo de tramitação do projeto de lei: “O Código Florestal foi uma omissão do começo ao fim do governo federal, desde a formação da comissão especial [de 99]. Durante a vigência desta, o governo federal foi um ilustre ausente". O resultado foi a aprovação com folgada vantagem de 347 votos. "Aos 45 minutos do segundo tempo na Câmara dos Deputados, o executivo foi falar com Aldo Rebelo, que já havia arregimentado o apoio de setores com interesse em detonar o Código", lamentou Raul. "Deu no que deu”.
Licença para desmatar
O ponto considerado mais polêmico sobre o Código Florestal é o de regularização das terras já ocupadas que tenham desmatado até junho de 2008. É a anistia que Guilherme Purvin chamou de uma espécie de licença 007 dos filmes de James Bond. No caso, licença para desmatar. Norma Sueli Padilha, advogada e professora da Unisantos, disse que "a anistia desestimula o povo brasileiro a cumprir leis, traz uma desesperanças para aqueles que a cumprem e isso também é uma crise do Estado do Direito.
Patryck de Araújo Ayalla, procurador do estado do Mato Grosso e coordenador do texto final da carta enviada à Dilma, reforçou o argumento que permeou o debate. “Cabe ao estado brasileiro proteger processos biológicos essenciais”, disse ao afirmar que boa parte no texto do novo Código Florestal pode ser considerado inconstitucional, visto que vai contra o direito ao meio ambiente, garantido pela Constituição.
Segundo Solange Teles, da universidade Mackenzie, o novo Código torna inócuos os acordos internacionais ratificados pelo país. "Quando o Brasil assinou e ratificou a Convenção da Diversidade Biológica, ele o fez e se comprometeu com a conservação no local”, disse. "E os relatórios brasileiros, em relação a implementação da convenção, apontam para o cumprimento do Código Florestal, porque Área de Preservação Permanente e Reserva Legal são partes territoriais especialmente protegidos”.
Assinaram a carta enviada à presidente a Associação do Ministério Público do Meio Ambiente (Abrampa), Associação dos Professores de Direito Ambiental do Brasil (Aprodab), Instituto O Direito por um Planeta Verde e Instituto Brasileiro de Advocacia Pública (Ibap).
A carta pode ser lida e baixada em pdf na íntegra.
Fonte: O Eco
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