segunda-feira, 24 de julho de 2023

OBRAS DA ILHA DA BOA VIAGEM AVANÇAM PARA A CONCLUSÃO

 



Fotos Leonardo Simplicio


Veja, a seguir, os avanços das obras de restauração da Ilha da Boa Viagem, um dos mais belos e importantes patrimônios naturais, históricos e culturais de Niterói. A Ilha da Boa Viagem é tombada pelo patrimônio nacional (IPHAN), é protegida pela Lei Orgânica de Niterói, foi considerada Monumento Natural pela Lei Urbanística das Praias da Baía (Lei 1967/2002) e foi incluída como parte do Parque Natural Municipal de Niterói - PARNIT (Decreto 11.744/2014). Apesar das iniciativas de proteção, a ilha esteve fechada à visitação regular há muitas décadas e foi se deteriorando, até que um conjunto de obras realizadas pela EMUSA deu início à recuperação. 

Em 2013, o prefeito Rodrigo Neves assumiu o compromisso de recuperação do patrimônio da ilha e a sua disponibilidade para a visitação pública. A liderança dos trabalhos coube ao então Gabinete da Vice Prefeitura que passou a coordenar as ações dos diferentes órgãos municipais, a fazer a relação com demais órgãos relacionados, como IPHAN e SPU, além de manter a interlocução com lideranças escoteiras.

A partir de então, dentre várias ações, foram feitos reparos na ponte que liga a ilha à costa (2015) e obras de melhorias para permitir a abertura provisória durantes os Jogos Olímpicos Rio 2016. Em 2019, através da Emusa, a Prefeitura contratou um projeto executivo para a restauração e uma obra emergencial de contenção de encostas. Somente em 2022, uma intervenção completa de restauração através da empresa LCD Construções e Serviços Ltda. foi contratada pela EMUSA, após a devida aprovação pelo IPHAN e regularização da situação com a Secretaria do Patrimônio da União - SPU, que cedeu a gestão da ilha à Prefeitura de Niterói. Portanto, para se chegar ao momento atual, foram necessários 10 anos de trabalhos intensos para que a Ilha da Boa Viagem seja enfim valorizada e entregue à população.

Saiba mais sobre a obra de restauração e a história da Ilha da Boa Viagem.


As obras de restauração estão previstas para serem concluídas em final de agosto, quando serão iniciadas as atividades de visitas guiadas. O prédio conhecido como Casarão ou Castelo, ainda receberá uma acervo educacional que estará concluído até o final do ano.

Veja as fotos da Ilha da Boa Viagem:

COMO ESTAVA ANTES DA OBRA:




COMO ESTÁ FICANDO:






Fotos Leonardo Simplicio

OBRAS:





Fotos Leonardo Simplício

Falta pouco!

Axel Grael
Prefeito de Niterói


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LEIA TAMBÉM:

VISTORIA DAS OBRAS DE RESTAURAÇÃO DA ILHA DA BOA VIAGEM

quarta-feira, 12 de julho de 2023

12 de julho - Dia do Engenheiro Florestal: uma profissão alinhada ao futuro da humanidade


Doze de julho é sempre uma data muito especial para mim, porque marca o Dia do Engenheiro Florestal, profissão da qual me orgulho muito! Quando garoto, eu costumava dizer que seria advogado. Mais tarde, já próximo à época do vestibular, para surpresa da família, me encantei com a engenharia florestal e escolhi seguir na profissão. Me formei em 1983, há exatos 40 anos, no Instituto de Florestas (IF), da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - UFRuRJ.

No Viveiro da Clin, antes de subir o Morro do Boa Vista.
Foto: Alex Ramos

A engenharia florestal faz parte de quem sou, porque além do caminho profissional, ela conduziu minha trajetória na militância ambientalista e segue pautando até hoje meu trabalho como gestor público. Lembro com carinho da articulação que liderei, por exemplo, no movimento social pela criação do Parque Estadual da Serra da Tiririca (PESET), em 1991. Quando a lei que viabilizou o parque foi aprovada, eu já era o presidente da Fundação Instituto Estadual de Florestas - IEF-RJ e pude coordenar ações efetivas na sua implementação. Em 2013, quando fui eleito Vice-Prefeito de Niterói, na chapa com o prefeito Rodrigo Neves, abracei a missão de colocar a cidade como uma referência nacional de sustentabilidade urbana. Estava - e sigo! - determinado a aliar minha experiência como engenheiro florestal, minha luta como ambientalista e meu trabalho na gestão pública para fazer avançar a agenda ambiental em nossa cidade.

No Morro do Boa Vista, vistoriando ação de reflorestamento.
Foto: Alex Ramos

Uma década depois, me orgulho de morar e ser prefeito da cidade com um dos maiores índices de áreas verdes por habitante da América Latina! Mais de 56% do nosso território é composto por áreas protegidas (são mais de 22 milhões de metros quadrados protegidos pelo Decreto 11.744/2014) e o município executa o Niterói Mais Verde, um dos melhores programas de gestão de áreas verdes do País. No Morro Boa Vista, que fica na região central da cidade, por exemplo, a Prefeitura desenvolveu um belíssimo trabalho reflorestando mais de 10 hectares degradados. Financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Projeto de Restauração Ecológica e Inclusão Social, por sua vez, está reflorestando 203,1 hectares da Mata Atlântica nas praias de Camboinhas, Itacoatiara, Itaipu e Charitas, além do entorno da Lagoa de Itaipu e do Parque Natural Municipal de Niterói (Parnit).

No Horto do Fonseca, com uma muda que plantei com a turma do Niterói Jovem EcoSocial.
Foto: Flavia Abranches

Contabilizamos mais de 70 mil mudas plantadas na cidade desde 2013 e seguimos avançando. Até 2024, devem ser mais 8 mil. Não à toa, este ano nos tornamos o segundo município brasileiro a receber o selo “Cidade Amiga das Árvores”, oferecido pela Sociedade Brasileira de Arborização (SBAU).

O fundamental é que Niterói, além de plantar árvores, se encarrega de cuidar das áreas verdes. A cidade conta, atualmente, com oito unidades de conservação municipais e duas estaduais, que passam por ações constantes de manejo, sinalização e reflorestamento. Nos últimos três anos, criamos três novas unidades de conservação de proteção integral: o Parque Natural Municipal da Água Escondida, Parque Natural Municipal Floresta do Baldeador e o Parque Natural Municipal do Morro do Morcego Dora Hees de Negreiro, em 2020, 2021 e 2022, respectivamente.

Com Alexandre Hees, filho de Dora Hees de Negreiros, no 
Parque Natural Municipal do Morro do Morcego Dora Hees de Negreiro


Tudo isso é muito importante também quando pensamos em emergência climática e a urgente necessidade de iniciativas para frear o aquecimento global. Estudos apontam que o planeta precisaria de mais de 1 trilhão de árvores para “reduzir drasticamente o excesso de dióxido de carbono na atmosfera”. O Brasil tem enorme potencial de ajudar nesta missão! O País se comprometeu, no Acordo de Paris, a restaurar 12 milhões de hectares até 2030. Os números recentes não são favoráveis, mas ainda há tempo de mudar o rumo que estamos tomando.

Defendo firmemente que as florestas são o caminho para o futuro da humanidade! E nesse futuro, os engenheiros florestais são fundamentais na missão de restaurar os ecossistemas. Como prefeito de Niterói e como engenheiro florestal, sigo em minha missão de promover sustentabilidade com justiça social.

Axel Grael
Prefeito de Niterói


segunda-feira, 3 de julho de 2023

Placa, CNH e tráfego: novas regras para scooters e bicicletas elétricas entram em vigor; saiba o que muda

 

Novas regras para scooters e bicicletas elétricas entram em vigor Domingos Peixoto/Agência O Globo


Detran vai começar registro dos ciclomotores a partir de novembro deste ano; fiscalização fica a cargo das prefeituras

Por Luiz Ernesto Magalhães e Maira Rubim — Rio de Janeiro

A resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) que estabelece as diferenças entre ciclomotores (scooters), bicicletas elétricas e autopropelidos (skates e patinetes elétricos) entra em vigor nesta segunda-feira, mas ainda sem que a prefeitura do Rio tenha batido o martelo sobre como será a fiscalização para coibir os abusos. As medidas do órgão federal reforçam que o condutor de scooter — febre que tomou conta da orla da cidade — precisa ter carteira de habilitação categoria A, para motocicletas, ou uma autorização ACC, específica para este tipo de veículo. Essa regra já está valendo.

Outra exigência é que as scooters devem ser emplacadas, mas os proprietários têm até o fim de 2025 para resolver isso. O Detran já vai começar a fazer o registro desses ciclomotores a partir de novembro deste ano. O que ficou nas mãos das prefeituras é decidir se esses veículos poderão trafegar nas ciclovias, por exemplo. Isso não está na resolução.

— Na prática, em lugar de limitar, essa resolução facilita a presença de ciclomotores nas ciclovias. As dificuldades vão começar no seguinte ponto: como um fiscal vai identificar visualmente a velocidade de um veículo? — questiona Raphael Pazos, fundador e membro da Comissão de Ciclismo do Rio.

Pazos sugere que, enquanto a regulamentação não esclarece todas as dúvidas, os agentes abordem ciclistas que usem os modelos sem pedal.

— Geralmente, os que não têm pedal são ciclomotores e de maior potência. A prefeitura ainda não vai conseguir coibir todas as irregularidades, mas ao menos restringiria a farra dos ciclomotores, que causam o caos e expõem outros usuários a acidentes — acrescentou.

Enquanto isso, na orla do Rio é cada um por si. Condutora de bicicleta elétrica há quatro anos, a empresária Michelle Touceira diz que a presença de ciclomotores na ciclovia a incomoda:

— Eles circulam em alta velocidade e são grandes, atrapalham muito o fluxo.
Novas regras para scooters e bicicletas elétricas.

O professor de Educação Física Marcello Carrapito, que também usa uma bicicleta elétrica, é outro que critica a circulação das scooters nas ciclovias.

— A minha bicicleta não passa de 30km/h e está dentro da legalidade. Fico feliz de saber que os ciclomotores serão fiscalizados. Os condutores abusam na velocidade na ciclovia, saem cortando todo mundo. É um absurdo.

A proprietária de três ciclomotores que são alugados no calçadão de Copacabana não vê com bons olhos a resolução do Contran:

— Tem muita gente se sustentando com o aluguel de ciclomotores e muitas pessoas usam esses veículos para trabalhar. Acho um absurdo essa regulamentação — diz a mulher, que pediu para não ser identificada.

O Contran esclarece que a exigência de habilitação e emplacamento para ciclomotores já existia. O objetivo da resolução é deixar clara a definição de cada tipo de veículo e estabelecer algumas regras, que poderão se tornar mais restritivas na regulamentação da prefeitura. Um projeto de lei sobre o assunto está em tramitação na Câmara Municipal do Rio.

O que são ciclomotores para o Contran?

Aqueles veículos com velocidade máxima entre 32km/h e 50km/h. Devem ter registro no Detran e placa. Além disso, o condutor precisa ter carteira de habilitação. Têm acelerador e não têm pedal. O uso de capacete é obrigatório.

E as bicicletas elétricas?

A velocidade máxima é de 32km/h. Há exceção para aquelas usadas em competições esportivas: nesse caso, o limite sobe para 45km/h. Não podem ter acelerador, mas podem contar com um modo de assistência a pé, que permite ao condutor ativar o motor elétrico sem pedalar, como que dando "corda em um relógio antigo". Não precisa de placa. Os condutores não necessitam ter habilitação para trafegar com o veículo e o uso de capacete não é exigido.

Onde as elétricas podem circular?

Está na norma federal que “a circulação de bicicletas elétricas em ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas deve respeitar a velocidade máxima regulamentada pelo órgão com circunscrição sobre a via”. No Rio, o limite estabelecido pela prefeitura nessas vias é de 20km/h.

E nas ruas?

Nas vias de circulação de automóveis, as bicicletas elétricas devem seguir as mesmas regras para a circulação de bicicletas já previstas no Código de Trânsito Brasileiro (CBT).

Fonte: O Globo