Projeto “Cluster Turístico Baía de Guanabara”
1. INTRODUÇÃO
Os Clusters Turísticos vêm se revelando modelos bem sucedidos de interatividade e sinergia entre atores econômicos que atuam direta ou indiretamente no importante setor do Turismo, com as atividades sendo realizadas em um espaço geográfico previamente delineado, a partir de um conjunto de atrativos com destacado diferencial turístico, dotado de equipamentos e serviços de qualidade, com excelência gerencial.
Com base em excelentes resultados apresentados em destinos consolidados, como Barcelona, pode-se afirmar que não se trata simplesmente da presença de estabelecimentos ou atividades concentradas em um conjunto de localidades, mas de agrupamentos com fortes interações entre agentes públicos, privados, institucionais e diferentes entidades representativas de classes.
O Governo do Estado do Rio de Janeiro, através da Secretaria de Estado de Turismo, tem como meta para sua gestão no período 2015/2019 dar início e sequência à implementação do Plano “Clusters Turísticos Regionais do Rio de Janeiro” no âmbito da Política de Estímulo ao Desenvolvimento do Turismo no Estado.
Dentro deste enfoque, a Região Metropolitana receberá atenção inicial, pela inigualável condição territorial envoltória à Baía de Guanabara, um dos acidentes geográficos mais emblemáticos do Estado, ícone de grande importância, quer pelos valores naturais que apresenta, quer pelo papel histórico-cultural que desempenhou na ocupação da Cidade do Rio de Janeiro, seu principal celeiro turístico.
Faz-se, no entanto, imperativo “abraçá-la” em sua plena extensão, potencializando o uso de sua porção marítima, insular e costeira. Contudo, como amplamente conhecido, apesar dos vários atrativos que detém, apresenta considerável processo de degradação ambiental, gerado pela crescente pressão sobre seus recursos naturais marinhos e continentais e pela capacidade limitada de os ecossistemas absorverem os impactos resultantes. A ocupação se sua faixa costeira lhe “deu as costas”, apesar da beleza de seu espelho d´água. Dos 850 km de extensão litorânea do Estado do Rio de Janeiro, 131 km correspondem ao perímetro da Baía de Guanabara, onde residem mais de 10 milhões de habitantes.
A Baía de Guanabara e seu entorno costeiro se revelam como espaço geográfico propício para a configuração de um Cluster Turístico, cujo desenvolvimento ocorrerá na medida em que os fatores que o condicionam estejam em contínuo crescimento, aperfeiçoamento e inovação.
Detentor de grande força motriz na propulsão do crescimento econômico, com geração de emprego e renda, face ao equilíbrio ecológico, o TURISMO se consolida no século XXI como grande “segmento-fim” das atividades dos setores primário, secundário, terciário e quaternário da economia, apresentando condição ímpar de minimizar, dentro da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, os perversos movimentos pendulares dormitório-trabalho, que refletem os ônus e bônus sociais deixados entre diversos municípios fluminenses e as cidades-polo de Niterói e, principalmente, do Rio de Janeiro. O propósito direciona-se a criar condições de efetivo desenvolvimento sustentável na Região, a partir da implementação de arranjos-produtivos locais na Baía e seu entorno imediato, com base em empreendimentos turístico-temáticos e hoteleiros.
2. OBJETIVOS DO ENCONTRO
Neste contexto a SETUR lança o Projeto “Cluster Turístico da Baía de Guanabara e seu Entorno Costeiro: Mais do que um Projeto, uma Causa”, entendendo que seus gestores devam trabalhar visando a estimular o desenvolvimento das localidades, com base no incentivo para a adoção de processos horizontais e verticais de cooperação e empreendedorismo. As ações estratégicas deverão perpassar pelo envolvimento das estruturas públicas (federal, estadual e dos municípios envolvidos), privadas e sociais, cujos pilares de seu sucesso encontram base na atratividade, no marketing, na produtividade e na gestão, de modo a manter a necessária competitividade em um mundo globalizado.
Comunidades com níveis avançados de estruturação social, empresarial e pública enfrentarão melhor os desafios do desenvolvimento desta grande empreitada, administrando com maior eficácia e democracia os efeitos positivos e negativos que o desenvolvimento do Turismo pode desencadear nas localidades.
Com vistas a dar início aos trabalhos, a SETUR visa neste 1º Seminário de Interfaces:
- Compartilhar estudos realizados e considerados relevantes para dar prosseguimento à identificação dos atrativos que este Cluster oferece em seus espaços aquático, insulares e costeiros;
- Estender experiências e avanços dos municípios metropolitanos;
- Orientar para a formação de uma “Agenda de Trabalho” em 2015;
- Orientar para a constituição dos Grupos de Agentes de interface: Agentes Públicos (representantes das secretarias estaduais do governo RJ, do Ministério do Turismo, dos municípios localizados nos entornos imediato e próximo da BG), Institucionais (culturais, educacionais, e outros), Representativos de Classes (associações diversas), Empresariais (de diferentes ramos associativos ao turismo) e Fornecedores de Insumos e serviços.
3. PROGRAMAÇÃO E DINÂMICA DO EVENTO
Manhã:
- 9h – Abertura
- 10h – Apresentação do “Plano de Desenvolvimento Turismo Náutico BG/2010 e as Próximas Etapas – Denise Vogel
- 11h30 – Interface para perguntas
- 12h – Apresentação NELTUR
- 13h – Intervalo para almoço
Tarde:
- 14h30 – Clusters Turísticos: Benefícios, Vantagens Competitivas e Cases – Denise Vogel
- 15h30 – Apresentação UFF
- 16h30 – Apresentação de proposições para a formação do “Cluster Turístico da Baía de Guanabara e seu Entorno Costeiro Metropolitano: Mais que um Projeto, Uma Causa” e da “Agenda de Trabalho 2015”
- 17h – Encerramento
Olá, tudo bem? Não consigo encontrar o documento "Plano de Desenvolvimento Náutico da Baia de Guanabara". Assisti a uma palestra da Denise Vegel, na Unirio. Agradeço se puderem enviar.
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