Os escoteiros do Grupo Imbuí se reúnem todo sábado no Colégio La Place, em Piratininga Foto: Alexandre Vieira / Agência O Dia |
Cidade tem 621 adeptos da atividade divididos em dez grupos
Esqueça aquela imagem de escoteiros ‘fofinhos’ vendendo biscoitos de porta em porta. Na prática, eles são corajosos, aventureiros e bem empenhados em ajudar suas comunidades. O escotismo é um movimento mundial que hoje conta com 40 milhões de adeptos. Em Niterói, o movimento chegou há 88 anos e atualmente tem 621 jovens de 7 a 21 anos divididos em dez.
O número ainda está longe do sonhado pelos líderes, mas vem crescendo nos últimos três anos. De acordo com a Região Escoteira do Rio de Janeiro, em 2013 o movimento cresceu 10% no Brasil e 15% em Niterói.
Desde novinhos, ou melhor, de lobinhos (grupo de crianças de 6 a 10 anos), os escoteiros aprendem a se virar em mata aberta, trabalhar em equipe, realizar os primeiros socorros, ser solidário e sempre respeitar os mais velhos. A maioria das atividades externas acontecem pelo estado do Rio mesmo, mas os membros do Grupo Escoteiro Imbuí, na Região Oceânica, foram para Suíça este ano e irão para o Japão em 2015.
Essa galera voltou a se reunir há quatro anos e todas as 70 vagas estão preenchidas. Segundo a diretora Monica Fiorentino, em 2015 serão abertas mais 30. “Nosso objetivo é conduzir os jovens para o seu próprio desenvolvimento para que eles se tornem cidadãos melhores, mais conscientes e responsáveis”, disse.
O pequeno Bernardo Pinciara, de 8 anos, está na ‘matilha’ há 1 ano e 4 meses e sabe bem que um dos princípios é ouvir os velhos lobos (adultos). “Já fiz meu juramento e quero continuar sendo um escoteiro”, afirmou.
Lívia Lovatte, 17, entrará para a última etapa (Pioneiros) no ano que vem e já está se preparando para ser uma chefe. “O escotismo é um estilo de vida. A gente faz irmãos pra vida toda, entra em contato com a natureza e constrói histórias. Vou entrar para a faculdade de geologia e continuar no movimento”, contou.
Chefe sênior do 15º Grupo Escoteiro Martim Afonso, de Icaraí, Carlos Eduardo Stefano, procura sempre atividades bem radicais. “Estivemos no Pico das Agulhas Negras e na Travessia Lídice-Angra”, se orgulhou.
Para quem quiser participar, as mensalidades custam de R$ 20 a R$ 40 e as reuniões acontecem sempre aos fins de semana. A lista completa com os grupos está no site www.uebrj.org.br.
Estar sempre em contato com a natureza é um dos princípios dos escoteiros. Foto: Marcelo Lavoyer/Divulgação |
Solidariedade
Um point dos escoteiros na cidade é a Ilha da Boa Viagem, muito usada para acampamentos, jogos e até cursos. A administração fica por conta do 4º Gemar Gaviões do Mar, grupo voltado para as atividades náuticas. É um dos mais antigos da cidade e o que não falta é história para contar.
“Em 1957, no incêndio do Gran Circus, os escoteiros ajudaram a cuidar dos queimados e realizaram diversos salvamentos. Também houve um trabalho maciço no deslizamento do Morro do Bumba, em 2010, quando cerca de dez escoteiros estiveram colaborando com o Corpo de Bombeiros”, relembrou o diretor André Torricelli.
E excursões também não faltam para os meninos do mar. “Nos últimos anos fizemos diversos passeios. O maior foi um cruzeiro do Rio de Janeiro à Recife que durou 17 dias, a bordo de um veleiro inglês”, contou Torricelli.
Fonte: O Dia Niterói
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