Com menos de 200 sócios, o clube segue seu tamanho físico e atende a todas as gerações que dividem o espaço diariamente. Foto: Lucas Benevides |
O casal Sheila e Djalma Ferreira entre o funcionário do clube Walmir das Neves. Foto: Lucas Benevides |
Em um século, clube niteroiense conquistou muitas honrarias na vela e segue cultivando valores humanos
Uma verdadeira joia do esporte de vela no Brasil. Marcado por abrigar gerações vitoriosas, o Rio Yacht Club, localizado em São Francisco, na Zona Sul de Niterói, vai completar o seu primeiro centenário no próximo dia 14 de abril. Conhecido como “Sailing”, é um dos mais antigos e tradicionais iate clubes do País. Apesar de pequeno, provavelmente seus menos de 200 sócios concentram o maior número de títulos mundiais e medalhas olímpicas, das 14 conquistadas na vela brasileira, o Rio Yacht Club é detentor da oito honrarias.
É o clube de Axel e Erik Schmidt (tricampeões mundiais da classe Snipe), Torben Grael (5 medalhas olímpicas), Lars Grael (2 medalhas olímpicas), Marcelo Ferreira (3 medalhas olímpicas), Clínio de Freitas (medalha olímpica em Seul) e, Isabel Swan (medalha olímpica em Pequim). Além destes velejadores, vários outros ostentam títulos mundiais, pan-americanos e brasileiros.
Fazendo do Rio Yacht Club o quintal de sua casa, o multicampeão Lars Grael cresceu respirando conquistas. Segundo o iatista, medalhista olímpico, decacampeão brasileiro e pentacampeão sul-americano, o Sailing é reconhecido não só por abrigar tantos talentos ao longo de sua existência, mas também pela importância do trabalho de pessoas que, indiretamente, escreveram a história do clube.
“Quando você imagina um clube formado por europeus, a primeira coisa que passa na sua cabeça é que os competidores ou diretores são ‘narizes em pé’, o que não é verdade. Esse clube não seria nada sem nossos funcionários”, disse Lars. Ainda de acordo com ele, Niterói continua figurando no cenário esportivo do iatismo e ele comemora a deselitização do esporte.
“Niterói, em toda a sua história, pode se orgulhar do iatismo. Há anos o Rio Yatch Club vem mostrando que os seus campeões enobrecem o nome da cidade”, comemora o iatista brasileiro.
Niterói receberá, até 2016, a Copa Brasil de Vela, ano em que também acontecerá os Jogos Olímpicos. Lars adiantou que o Rio Yacht Club abrigará as delegações de vela da Nova Zelândia, Irlanda e Dinamarca, para treinamento e aclimatação dos atletas.
“Já está tudo certo para recebermos esses países. Será um tempo bem legal, além disso, o contato com os velejadores desses países possibilitará a troca de experiências”, disse.
Perguntado sobre as gerações que passaram pelo clube, Lars Grael destaca que a transmissão de conhecimento tem sido o segredo para que o Sailing pudesse conquistar tantos títulos.
E um desses talentos se chama Martine Grael, que atualmente está disputando – e liderando – na classe 49erFX, o 45º Trofeo Princesa Sofia em Palma de Mallorca, na Espanha.
Para a atleta, o Rio Yacht Club é um dos locais mais importantes da sua vida, sobretudo da sua infância, onde segundo ela, conheceu os melhores amigos e onde aprendeu a velejar.
“Como conhecemos praticamente todos os sócios e os considero parte da família. Esse clube é uma bolha de tranquilidade no meio da selva de pedra, além de base de treinamento, que serve como um retiro”, disse a atleta.
Respeito – O auxiliar de serviços gerais, Walmir das Neves, 72 anos, é o funcionário mais antigo do clube, tendo dedicado 52 anos da sua vida ao Sailing. Homenageado recentemente em uma rede social pelo vice-prefeito de Niterói, Axel Grael, por todos os serviços prestados ao clube, o simpático funcionário, nascido e criado no Morro do Cavalão, em São Francisco, Zona Sul da cidade, resume em poucas palavras o seu amor pelo Rio Yacht Club.
“É a minha segunda casa. Passei mais da metade da minha vida aqui, me dedicando, me esforçando e cada dia valeu a pena. Sou muito grato por me acolherem quando eu ainda era jovem”, se emociona o funcionário.
A dedicação ao clube lhe rendeu mais do que homenagens. Walmir acabou recebendo um barco de presente do também sócio mais antigo do Sailing. Djalma Ferreira, 86 anos de idade e 66 anos como sócio, presenteou o amigo há dois anos. “Eu dei esse barco de presente e ele o trata com muito carinho. Ele é um funcionário exemplar”, conta Djalma, que é casado com a sócia mais antiga do Sailing, Sheila Ferreira, 83 anos de idade e também 66 como sócia.
A curiosidade da união é revelada em fotos do casal, que mostram, pelo menos, 40 anos do clube: “Foi onde nos conhecemos, durante uma regata. Resumindo em uma palavra, o Sailing é uma família”, comentou Sheila.
Segundo Brian Higgin, diretor da Comissão de Comemorações dos 100 anos do Rio Yacht Club, no dia 12 de Abril haverá uma regata em comemoração ao dia do estatuto da fundação. No próximo dia 31 de maio, haverá um baile e o lançamento de um livro com as histórias do clube. Já em dezembro, haverá outra homenagem, fechando o ciclo de comemorações do centenário do Rio Yacht Club.
É o clube de Axel e Erik Schmidt (tricampeões mundiais da classe Snipe), Torben Grael (5 medalhas olímpicas), Lars Grael (2 medalhas olímpicas), Marcelo Ferreira (3 medalhas olímpicas), Clínio de Freitas (medalha olímpica em Seul) e, Isabel Swan (medalha olímpica em Pequim). Além destes velejadores, vários outros ostentam títulos mundiais, pan-americanos e brasileiros.
Fazendo do Rio Yacht Club o quintal de sua casa, o multicampeão Lars Grael cresceu respirando conquistas. Segundo o iatista, medalhista olímpico, decacampeão brasileiro e pentacampeão sul-americano, o Sailing é reconhecido não só por abrigar tantos talentos ao longo de sua existência, mas também pela importância do trabalho de pessoas que, indiretamente, escreveram a história do clube.
“Quando você imagina um clube formado por europeus, a primeira coisa que passa na sua cabeça é que os competidores ou diretores são ‘narizes em pé’, o que não é verdade. Esse clube não seria nada sem nossos funcionários”, disse Lars. Ainda de acordo com ele, Niterói continua figurando no cenário esportivo do iatismo e ele comemora a deselitização do esporte.
“Niterói, em toda a sua história, pode se orgulhar do iatismo. Há anos o Rio Yatch Club vem mostrando que os seus campeões enobrecem o nome da cidade”, comemora o iatista brasileiro.
Niterói receberá, até 2016, a Copa Brasil de Vela, ano em que também acontecerá os Jogos Olímpicos. Lars adiantou que o Rio Yacht Club abrigará as delegações de vela da Nova Zelândia, Irlanda e Dinamarca, para treinamento e aclimatação dos atletas.
“Já está tudo certo para recebermos esses países. Será um tempo bem legal, além disso, o contato com os velejadores desses países possibilitará a troca de experiências”, disse.
Perguntado sobre as gerações que passaram pelo clube, Lars Grael destaca que a transmissão de conhecimento tem sido o segredo para que o Sailing pudesse conquistar tantos títulos.
E um desses talentos se chama Martine Grael, que atualmente está disputando – e liderando – na classe 49erFX, o 45º Trofeo Princesa Sofia em Palma de Mallorca, na Espanha.
Para a atleta, o Rio Yacht Club é um dos locais mais importantes da sua vida, sobretudo da sua infância, onde segundo ela, conheceu os melhores amigos e onde aprendeu a velejar.
“Como conhecemos praticamente todos os sócios e os considero parte da família. Esse clube é uma bolha de tranquilidade no meio da selva de pedra, além de base de treinamento, que serve como um retiro”, disse a atleta.
Respeito – O auxiliar de serviços gerais, Walmir das Neves, 72 anos, é o funcionário mais antigo do clube, tendo dedicado 52 anos da sua vida ao Sailing. Homenageado recentemente em uma rede social pelo vice-prefeito de Niterói, Axel Grael, por todos os serviços prestados ao clube, o simpático funcionário, nascido e criado no Morro do Cavalão, em São Francisco, Zona Sul da cidade, resume em poucas palavras o seu amor pelo Rio Yacht Club.
“É a minha segunda casa. Passei mais da metade da minha vida aqui, me dedicando, me esforçando e cada dia valeu a pena. Sou muito grato por me acolherem quando eu ainda era jovem”, se emociona o funcionário.
A dedicação ao clube lhe rendeu mais do que homenagens. Walmir acabou recebendo um barco de presente do também sócio mais antigo do Sailing. Djalma Ferreira, 86 anos de idade e 66 anos como sócio, presenteou o amigo há dois anos. “Eu dei esse barco de presente e ele o trata com muito carinho. Ele é um funcionário exemplar”, conta Djalma, que é casado com a sócia mais antiga do Sailing, Sheila Ferreira, 83 anos de idade e também 66 como sócia.
A curiosidade da união é revelada em fotos do casal, que mostram, pelo menos, 40 anos do clube: “Foi onde nos conhecemos, durante uma regata. Resumindo em uma palavra, o Sailing é uma família”, comentou Sheila.
Segundo Brian Higgin, diretor da Comissão de Comemorações dos 100 anos do Rio Yacht Club, no dia 12 de Abril haverá uma regata em comemoração ao dia do estatuto da fundação. No próximo dia 31 de maio, haverá um baile e o lançamento de um livro com as histórias do clube. Já em dezembro, haverá outra homenagem, fechando o ciclo de comemorações do centenário do Rio Yacht Club.
Fonte: O Fluminense
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