Com o Dr Olympio Faissol e Anita Tibau, recebendo a placa. |
Recebi no meu gabinete, na Prefeitura de Niterói, o Dr. Olympio Faissol Pinto - um dos mais renomados profissionais da área da odontologia e Dra. Anita Vazques Tibau, diretora executiva da organização Californians for Green Dentistry e coordenadora do Programa de Assistência Técnica da International Academy of Oral Medicine and Toxicology - IAOMT.
O Dr. Olympio Faissol é reconhecido pelo seu engajamento ambiental e por sua luta de décadas para banir o uso do mercúrio na odontologia. O Dr. Faissol e a Dra. Anita Tibau estiveram participando da Conferência de Minamata, que aprovou a Convenção de Minamata.
O mercúrio é um metal pesado e a sua presença no meio ambiente é um grande risco. A cidade de Minamata foi homenageada pela convenção – e a vizinha Kunamoto foi sede da conferência diplomática – por conta de um grave episódio de contaminação por mercúrio na década de 1950. Na época houve um grande número de crianças nascendo com deformações congênitas. Após pesquisa, descobriu-se que o problema era causado pela presença de contaminação de mercúrio no peixe consumido por aquela comunidade de pescadores. O mercúrio era lançado no mar por uma indústria localizada na Baía de Minamata.
A Convenção tem o apoio do governo Brasileiro e nossos representantes destacaram-se nas negociações. A ministra do Meio Ambiente do Brasil, Izabella Teixeira, foi eleita durante o encontro para o Secretariado da conferência diplomática, juntamente com representantes de Tanzânia, Iraque, Comores, Moldávia, Romênia, Jamaica, Irlanda e Suíça.
A IAOMT é uma das organizações internacionais que desenvolve uma campanha contra o uso de mercúrio na prática da odontologia e foram um dos importantes grupos de pressão pelo banimento do mercúrio.
Em agosto, o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, assinou o compromisso de alinhar-se com os objetivos da Conferência e contribuir para que o Rio de Janeiro seja uma região livre do mercúrio. É importante lembrar que o mercúrio tem sido uma preocupação ao ser encontrado em algumas amostras de sedimentos da Baía de Guanabara. A origem é de indústrias que no passado lançavam mercúrio através de seus efluentes. Compostos com mercúrio também chegaram a ser utilizados em pinturas anti-incrustrantes em navios e outras embarcações. A utilização destes produtos na indústria e em tintas é proibido no Brasil há algumas décadas.
Como reconhecimento pelo esforço de engajamento de Niterói, o Dr. Olympio Faissol e a Dra. Anita Tibau foram portadores de uma homenagem da IAOMT, que me ofereceu uma placa de reconhecimento.
Registro aqui o nosso agradecimento aos dirigentes a IAOMT pela homenagem e reitero o compromisso de seguir promovendo as mudanças necessárias para livrar o mundo do mercúrio, hoje já possível de ser substituído por outras tecnologias e procedimentos.
Axel Grael
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