quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Obras da TransOceânica vão começar em 2014


A ministra Miriam Belchior assinou a liberação da verba ao lado de Rodrigo Neves, Axel Grael e Luiz Fernando Pezão. Foto: Marcelo Feitosa

Paula Valviesse

Prefeitura de Niterói e Governo Federal assinam contrato para dar início ao projeto de mobilidade urbana. Serão investidos R$ 315 milhões na obra

Foi assinado ontem o contrato para a construção da TransOceânica – um dos principais projetos de mobilidade urbana da cidade, que vai ligar o bairro de Engenho do Mato, na Região Oceânica, a Charitas. A obra será licitada através de Regime Diferenciado de Contratação (RDC), no início do ano, estando prevista para começar no primeiro trimestre de 2014, com prazo para término estimado entre 18 e 24 meses. A cerimônia aconteceu no Museu de Arte Moderna (MAC) e contou com a presença da ministra de Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, do prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, e do vice-governador, Luiz Fernando Pezão.

O projeto consiste na criação de um corredor expresso de 9,3 quilômetros, que contará com uma faixa exclusiva para a circulação do BHLS (Bus of High Level of Service). Durante o percurso, serão instaladas 13 estações entre o Engenho do Mato e Charitas, onde o sistema se interligará às barcas e ao VLT do Centro através de uma estação intermodal. As intervenções prometem ainda realizar uma transformação urbanística na Região Oceânica, enterrando toda a fiação da área do trajeto, construindo ciclovias e melhorando o acesso à localidade por meio de transporte de massa e coletivos.

Para a obra, serão investidos R$ 315 milhões. Com a assinatura do contrato, o Governo Federal destinou R$ 292,3 milhões para execução do projeto, recursos direcionados pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC Mobilidade), e a Prefeitura entra com a contrapartida de cerca de R$ 23 milhões. Este foi o primeiro contrato assinado do PAC Mobilidade.

Segundo Rodrigo Neves, a construção da TransOceânica irá beneficiar diretamente a mais de 80 mil pessoas por dia e dez bairros. Além de atender cada vez melhor a população com o transporte público, englobando todos os modais e viabilizando opções para melhoria da mobilidade urbana.
“A TransOceânica é a mais importante obra e o maior investimento em infraestrutura urbana da história de Niterói”, afirmou o prefeito.

A ministra Miriam Belchior destacou a evolução do município no quesito mobilidade, lembrando que Niterói conquistou, junto à carteira de obras de mobilidade urbana, recursos para a Linha 3 do Metrô, o BRT Metropolitano, o VLT Praias da Baía e a TransNiterói.

De acordo com a ministra, o município foi o primeiro entre todos os contratos apresentados em março a receber a destinação de recursos e, pensando nos eventos esportivos que acontecerão no país, orientou que a partir desse momento a Prefeitura realize uma licitação rápida, por RDC, para dar início o quanto antes as obras.

“A gente vê a realização de um sonho de tantos anos de uma cidade e esquece as dificuldades enfrentadas para conquistá-lo. Agora cabe à Prefeitura realizar uma licitação rápida e começar a obra. Niterói tem seguido em busca de investimento, tendo esse sentido de urgência que os municípios devem ter como contrapartida para a vinda de recursos”, disse Miriam Belchior.

Para explicar o projeto da TransOceânica, a secretária de Urbanismo e Mobilidade, Verena Andreatta, apresentou as especificações com slides e um vídeo demonstrativo. Segundo ela, a escolha do sistema BHLS foi feita por ser a opção que melhor atende a população da Região Oceânica, com crescimento baseado em loteamentos de baixa densidade.

A secretária ainda destacou três fases da implantação da via, que consistem em alargamento e reconfiguração das avenidas Francisco da Cruz Nunes e Conselheiro Paulo de Melo Kale, passando pela Avenida Cruz Nunes, construção de túnel sob o maciço entre os bairros de Cafubá e Charitas e construção dos terminais e do intermodal da Estação de Charitas, na Avenida Sylvio Picanço.

BHLS – O sistema de transporte de massa BHLS, que será implantado em Niterói, funciona como uma espécie de VLT sobre rodas, ocupando menos espaço urbano e conseguindo circular no interior dos bairros, enquanto o BRT tradicional só pode rodar na via expressa, obrigando o usuário a fazer várias baldeações para chegar ao seu destino final. Os ônibus contam com portas nos dois lados, sendo capaz de realizar embarque e desembarque tanto nas ruas comuns quanto na faixa exclusiva. As estações são mais compactas e no nível do solo. Alemanha, França e Inglaterra já adotam o novo sistema.

Fonte: O Fluminense

 

Um comentário:

  1. que maravilha se sair realmente esse tunel votarEI ate o fim da vida no rodrigo neves ,e olha que nao suporto o PT!

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