quarta-feira, 13 de março de 2019

UFF também atua no reflorestamento de encostas em Niterói



COMENTÁRIO:

Niterói realiza um dos maiores programas de reflorestamento na escala municipal no país, com várias frentes de trabalho. A Prefeitura de Niterói vem fazendo a sua parte através do Programa Niterói Mais Verde, com iniciativas no Morro da Boa Vista, no Morro do Peixe Galo e está iniciando novos projetos como o Niterói Jovem EcoSocial, cuja contratação do projeto executivo está em fase de licitação e a iniciativa com o apoio do BNDES denominado de Projeto de Restauração Ecológica de Niterói

As várias frentes de trabalho e os resultados já alcançados renderem a Niterói um reconhecimento internacional através da publicação pela FAO (órgão ligado à ONU) do livro "Forests and Sustainable Cities: inspiring stories from around the world", em que Niterói e Lima são as únicas cidades da América Latina incluídas como referência na recuperação e proteção de florestas urbanas.

Apesar de todo o esforço, ainda há muito o que fazer e a participação da academia e da sociedade civil são fundamentais para que Niterói recupere as suas encostas, tornando-se mais segura quanto aos riscos geotécnicos (deslizamento de encostas), com melhor clima, melhor qualidade paisagística e com as suas bacias hidrográficas mais equilibradas.

O trabalho da UFF já é feito em parceria com a Prefeitura, através da CLIN, e é muito bem-vindo.

Aliás, vale destacar que por iniciativa tanto da UFF como da Prefeitura, será realizado o Diálogo Sobre Sustentabilidade e Resiliência, para a maior aproximação entre as duas instituições, visando promover uma maior integração e sinergias.

As iniciativas de reflorestamento são uma boa inspiração para as demais áreas potenciais de cooperação entre as partes.

Quem ganha é Niterói, a população e o meio ambiente.

Axel Grael
Engenheiro Florestal
Secretário Executivo
Prefeitura de Niterói




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UFF desenvolve projeto pra reflorestamento em Niterói


Ação de reflorestamento é realizada em vários bairros da cidade. Foto: Divulgação / UFF


Projeto abrange bairros de São Lourenço, Fátima, Pé Pequeno, Cubango e Fonseca

Alunos participantes do Programa de Educação Tutorial de Engenharia Agrícola e Ambiental da UFF (PET Agrícola), desenvolveram um projeto de reflorestamento em Niterói. A ação, que abrange os bairros de São Lourenço, Fátima, Pé Pequeno, Cubango e Fonseca, vem mobilizando parte da comunidade acadêmica da universidade.

A iniciativa, que se dá em parceria com a Companhia de Limpeza de Niterói (Clin), partiu de uma das alunas integrantes do PET, Jéssica Rocha, e atualmente envolve 10 graduandos. As atividades desenvolvidas são orientadas pelos professores Departamento de Engenharia Agrícola e Meio Ambiente Carlos Pereira, Marcos Teixeira, Leonardo Hamacher e Dirlane do Carmo.

Segundo Jéssica, a iniciativa se baseia na recuperação de uma área de aproximadamente 4 mil m² do Morro Boa Vista, equivalente ao que seriam cerca de 24 quadras de vôlei, com o uso estimado de mil mudas de espécies nativas da Mata Atlântica.

“Utilizamos técnicas conservacionistas, como plantio em curvas de nível, criação de aceiros e capina e disposição da cobertura morta entre as linhas de plantio. A implantação do reflorestamento utilizará o método de nucleação, com o uso de mudas produzidas pelo viveiro de mudas da Clin”, explica.

O trabalho, que conta com o apoio da Pró-Reitoria de Extensão da UFF, tem como finalidade a regeneração da biodiversidade local, propiciando assim um habitat adequado aos animais, prevenindo também a erosão do solo com o rolamento de pedras. O projeto pretende também recuperar uma área do morro que apresenta histórico recorrente de degradação causado, principalmente, pelas queimadas. A melhoria da qualidade de vida da população que habita próximo a essa localidade e a conscientização dos moradores do entorno sobre a importância da preservação ambiental são outros objetivos da iniciativa.

Segundo o professor Marcos, a ideia principal com relação à educação ambiental está na inclusão de alguma escola próxima ao local de reflorestamento no dia da realização do plantio das mudas.

“Foram elaboradas fichas com informações e curiosidades das espécies que serão plantadas com a finalidade de mostrar a importância da sua inclusão na área e no acréscimo da biodiversidade do local. Criaremos também uma cartilha informativa sobre o reflorestamento e a importância da sua manutenção para que as escolas possam incluir em suas atividades educacionais”, salienta.

O empreendimento foi dividido em 14 etapas. São elas: Reconhecimento do local; Preparação da área com a criação de aceiros; Amostragem de solo; Determinação da declividade média do terreno; Marcação das niveladas básicas; Marcação das linhas de plantio; Correção das linhas de plantio; Determinação das espécies; Criação de cordões de cobertura morta; Construção de paliçadas; Abertura de berços; Calagem; Transporte de mudas; Distribuição de mudas e Plantio.

O cronograma de planejamento sofreu algumas modificações desde o seu lançamento, motivado por razões externas, como as condições climáticas. De acordo com Jéssica, o estágio atual é a fase final da implantação das mudas.

“Todos os berços já foram abertos e as mudas foram escolhidas e determinadas em campo, o que nos falta é plantar. Isso deve acontecer no próximo mês, contando com as águas de março para providenciar as melhores condições possíveis”, conclui.


Fonte: O Fluminense




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