Alunos do Projeto Grael. Foto Fred Hoffman. |
O Diário Catarinense, jornal de Santa Catarina, anunciou que a prefeita da cidade de Bombinhas, Ana Paula da Silva, esteve com Torben Grael em Alicante, Espanha, para acompanhar a largada da regata Volvo Ocean Race. Na ocasião, a prefeita e Torben conversaram sobre a possibilidade de implantar uma unidade do Projeto Grael em Bombinhas.
Desde a fundação do Projeto Grael, que em 2018 completa 20 anos, temos recebido convites para implantar unidades em outros partes do país e até do exterior. Atualmente, o Projeto Grael opera apenas na sua sede, em Jurujuba, Niterói, mas já mantivemos unidades em Vitória (ES), em Três Marias (MG) e em Maricá (RJ).
Além desses locais, nossa equipe já estudou a implantação do Projeto Grael em Salvador (Bahia), na Baía de Camamu (Baixo Sul da Bahia), Icapui e Mundaú (CE), Brasília (DF), Porto Alegre e Rio Grande (RS), Alfenas (MG), São Simão (GO), Delta do Parnaíba (PI e MA), Guarujá e Iguape (SP), Lago de Itaipu (PR).
No estado do Rio de Janeiro, foram avaliadas possibilidades nas seguintes localidades: em Angra dos Reis, Araruama, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Rio de Janeiro (Ilha do Governador e Paquetá), Itaguaí, Piraí, Macaé, Parati e São Gonçalo.
Escola náutica em Bombinhas
O Instituto Rumo Náutico, de Torben Grael, lenda da vela brasileira, tem planos para Bombinhas. Em Alicante, na Espanha, onde acompanhou a largada da Volvo Ocean Race, a prefeita Ana Paula da Silva (PDT), que preside a Associação dos Municípios da Foz do Itajaí-Açu (Amfri), tratou com Grael sobre a possibilidade do Rumo Náutico trazer à cidade um projeto de iniciação a esportes náuticos como vela, remo e canoagem, além de educação ambiental. A expectativa é que a parceria seja firmada até o ano que vem. (Dagmara Spautz, Diário Catarinense, 24 de outubro de 2017).
O Projeto Grael sempre sonhou em implantar uma Rede Náutica Educativa, formada por um conjunto de iniciativas de vela educativa e social. Para isso, já capacitamos e demos apoio para iniciativas locais e chegamos a modelar o Projeto Grael como uma franquia social, de forma a estimular a replicação de nossa experiência em parceria com organizações atuantes nas outras cidades.
O grande obstáculo para a expansão do Projeto Grael tem sido o desafio da sustentação financeira, o que tem afastado principalmente as parcerias na modalidade franquia social. Outra dificuldade tem sido manter as unidades criadas, que apesar dos excelentes resultados alcançados, não resistiram no tempo.
No caso de Três Marias (MG), onde atuamos com o patrocínio da CEMIG, o problema foi a dificuldade causada pela Crise Hídrica, que reduziu a cota do Reservatório de Três Marias, no Rio São Francisco. Nossa atuação foi inviabilizada pela falta de água.
Em Vitória (ES) e Maricá (RJ), onde o Projeto Grael era mantido através de recursos exclusivamente públicos, repassados pelas respectivas prefeituras. No caso, a dificuldade foi política. A falta de continuidade das políticas públicas nas transições entre governantes, inviabilizaram a permanência do programa.
Agora, a perspectiva de uma unidade em Bombinhas, como anuncia a matéria do Diário Catarinense, nos anima muito em virtude do contexto em que surge: a prioridade que Santa Catarina tem dado para a náutica. Em função de políticas públicas adotadas, o estado conseguiu atrair um grande número de empresas nacionais dedicadas à construção de barcos, marinas etc., e toda a cadeia produtiva associada ao setor.
Como exemplo, vemos que a cidade de Itajaí conquistou o direito de sediar a parada (Stop Over) da regata Volvo Ocean Race, superando o Rio de Janeiro e Salvador na disputa.
Neste contexto, de valorização do setor náutico, o Projeto Grael poderá exercer um importante papel de formar velejadores e praticantes de esportes náuticos, prestadores de serviços e demais profissionais para atender a expansão do setor.
É sempre bom lembrar que barcos, apesar de serem vistos frequentemente com uma conotação elitista, são na verdade um grande impulso para a economia e para a geração de empregos. Estimativas indicam que cada barco gera 7,4 empregos, sendo 5 diretos e 2,4 indiretos.
Assim como Niterói, que através do programa Niterói Cidade Campeã da Vela, está investindo na náutica como uma vocação e uma oportunidade da cidade, Bombinhas também segue o mesmo caminho.
Que os entendimentos com a cidade de Bombinhas viabilizem o Projeto Grael no local. E que gerações de esportistas náuticos e profissionais para o setor possam surgir.
Axel Grael
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Notícias divulgadas pelo Diário Catarinense
Itajaí na Volvo
O secretário de Estado de Turismo, Cultura e Esporte, Leonel Pavan, propôs um protocolo de intenções para manter Itajaí como o destino da Volvo Ocean Race na América do Sul. A organização internacional da regata parece inclinada ao retorno _ a infraestrutura logística e portuária, e o interesse do público que lota a Vila da Regata a cada edição, são pontos de vantagem para a cidade.
O problema é o interesse de outros municípios (e por isso o protocolo de intenções vem a calhar). Para esta edição, Itajaí teve concorrentes fortes como Salvador (BA) e o Rio de Janeiro. Pavan diz que Santa Catarina não pode correr o risco de perder o evento.
Relíquia
Os projetos da prefeitura de Itajaí para trazer à cidade como relíquia o barco Brasil 1, que correu a Volvo Ocean Race em 2008-2009, esbarraram na decisão da organização da prova de deixá-lo em exposição em Alicante, no museu da volta ao mundo. A ideia de ter um marco da regata, no entanto, não foi esquecida: a Secretaria de Turismo estuda a possibilidade de um monumento que marque a história de Itajaí com a Fórmula 1 dos Mares.
Escola náutica em Bombinhas
O Instituto Rumo Náutico, de Torben Grael, lenda da vela brasileira, tem planos para Bombinhas. Em Alicante, na Espanha, onde acompanhou a largada da Volvo Ocean Race, a prefeita Ana Paula da Silva (PDT), que preside a Associação dos Municípios da Foz do Itajaí-Açu (Amfri), tratou com Grael sobre a possibilidade do Rumo Náutico trazer à cidade um projeto de iniciação a esportes náuticos como vela, remo e canoagem, além de educação ambiental. A expectativa é que a parceria seja firmada até o ano que vem.
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