A vistoria abrangeu 7 km de trilhas na região da Morumbeca dos Marreiros. Foto INEA |
Os agentes flagraram um girau, estrutura utilizada por caçadores. Foto INEA. |
Mais de 100 espécies endêmicas de aves da Mata Atlântica foram observadas por guarda-parques do Parque Estadual do Desengano, administrado pelo Inea, entre os dias 7 e 9 de março, em sete quilômetros de trilhas percorridas na região. A ação de monitoramento realizada na área conhecida como Morumbeca dos Marreiros, no município de Santa Maria Madalena, região Norte Fluminense, teve como objetivo a proteção da biodiversidade local.
O secretário estadual do Ambiente, André Corrêa, destacou o trabalho realizado pelos guarda-parques na área de conservação estadual:
“O monitoramento de trilhas é fundamental para estarmos atentos a preservação da fauna e flora local, inibindo atividades ilegais, como a caça, e estimulando o ecoturismo na região”, disse o secretário.
Ponto culminante do parque estadual, com 1761 metros de altitude, a Pedra do Desengano foi um dos locais estratégicos para a observação de exemplares da fauna e flora. Os agentes percorreram quase quatro quilômetros de trilhas até alcançar o cume da Pedra, de onde puderam constatar a permanência de plantas endêmicas e observar a presença de espécies típicas da fauna local.
Um dos exemplares de destaque observado durante a atividade foi o cateto (Tayassu tajacu), espécie de porco-do-mato, ameaçado de extinção no Estado do Rio. As aves foram o principal foco do monitoramento devido à facilidade de se adequarem às mudanças de ambiente.
“Essa atividade de monitoramento é importante por diferentes aspectos: observamos que a fauna e flora permanecem intactas, temos a possibilidade de coibir atos ilícitos, como a atividade de caça, e os visitantes, por sua vez, se sentem seguros ao avistar a equipe do parque percorrendo as trilhas”, explicou o chefe do PED, Carlos Dário.
Durante o trajeto percorrido na mata, os agentes ambientais ainda flagraram um girau, artifício utilizado por caçadores para prática ilícita de abate de animais com armas de fogo.
Com 22.400 mil hectares, o Parque do Desengano é a mais antiga unidade de conservação estadual, cobrindo áreas de Mata Atlântica dos municípios de Santa Maria Madalena, São Fidélis e Campos dos Goytacazes, na região Norte Fluminense.
A trilha para a Pedra do Desengano é um dos atrativos indicados pelo "Guia de trilhas para a Pedra do Desengano", disponível no link:
http://www.inea.rj.gov.br/cs/groups/public/documents/document/zwff/mde0/~edisp/inea_014692.pdf.
Esta trilha é indicada, devido ao seu nível de dificuldade, a ser feita conjuntamente com um condutor de visitantes do PED.
Fonte: INEA
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