Coronel Gilson Chagas coordenou de perto a operação em Várzea das Moças Júlio Silva. |
Marcelo Almeida
De acordo com a Prefeitura de Niterói, cerca de 20 casas foram construídas em terreno não edificável na Serra da Tiririca
Dois imóveis que estavam sendo construídos dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) da Serra da Tiririca, no trecho de Várzea das Moças, em Niterói, tiveram suas obras embargadas na manhã desta sexta-feira (18) durante uma operação desencadeada pelo Grupo Executivo para o Crescimento Ordenado e Preservação das Áreas Verdes, da prefeitura de Niterói, em conjunto com os guardas florestais do parque e agentes da Polícia Ambiental.
De acordo com o coronel Gilson Chagas, coordenador do Grupo Executivo, a ação foi baseada em denúncias que informavam sobre a invasão em áreas onde a vegetação natural deveria ser preservada na Estrada da Serrinha. No local existem cerca de vinte imóveis que estão erguidos dentro da área de proteção do Parque, sendo dois deles em construção.
“Não queremos um novo Bumba. Essas ações são para evitar que novas tragédias ambientais aconteçam em nossa cidade. Além disso, o crescimento desordenado dessas áreas acaba favelizando o local e isso acaba trazendo graves consequências para os próprios moradores, como a dificuldade de acesso a serviços básicos como água encanada e tratamento de esgoto, e até mesmo o tráfico armado”, contou Chagas.
Os dois imóveis com as obras em andamento tiveram a construção interrompida, não podendo ser feita quaisquer modificação ou ampliação nos mesmos. Caso seja desrespeitada a ordem, o responsável pelo imóvel pode ser atuado e o imóvel demolido. Os moradores dos demais imóveis foram notificados, mas continuarão no local até que sejam realocados. Agentes da Secretaria de Assistência Social farão uma visita para cadastrá-los nos programas habitacionais da prefeitura.
“Nosso objetivo aqui não é despejar ninguém, mas evitar novas tragédias com esses desmatamentos descontrolados. Alguns moradores dizem que possuem documentos de posse do terreno, mas ainda assim a área não é edificada, ou seja, não se pode desmatar para construir”, disse Chagas.
Ainda segundo ele, desde o início da gestão de Rodrigo Neves, já foram criadas cinco mil habitações na cidade.
“Em maio vamos entregar mais 600 casas no Morro do Céu, para moradores que vivem ali naquela região e ainda remanescentes de outras áreas do Bumba, onde vamos desmontar outros imóveis irregulares que ainda existem”, completou.
A auxiliar de serviços gerais Maria de Fátima Ramos, de 50 anos, disse que mora há dez anos no local e que comprou o terreno, mas não sabia se tratar de área de proteção ambiental.
“O que é certo é certo. Se estou em local proibido vou ter que sair, não tem jeito. Apesar de estar acostumada com a região. Se vierem aqui e me colocarem em um programa de habitação tudo bem, só não posso morar na rua”, falou.
Fonte: O Fluminense
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