segunda-feira, 16 de julho de 2018

Em Itacoatiara, ruas sem asfalto ganham paralelepípedos




A Rua das Camélias é cortada pela Avenida Mathias Sandri: de um lado, paralelepípedos; do outro, terra - Márcio Alves / Agência O Globo



Falta de adesão de moradores à PPP deixa bairro com cenários diferentes

NITERÓI — Ruas paralelas à orla de Itacoatiara, mantidas até então sem pavimentação para conservar a característica rústica do bairro, começam a ganhar paralelepípedos. Já receberam o novo calçamento a ruas dos Ipês, das Camélias e Magnólias. Na última semana, as obras começaram na Rua das Violetas e, depois, serão iniciadas na Margaridas e na Gerânios. A previsão da Sociedade dos Amigos e Moradores de Itacoatiara (Soami) é que todas as ruas do quarteirão que vai da Avenida Mathias Sandri até o Costão sejam pavimentadas até o fim do ano.

Segundo Érico Lemos, presidente da Soami, a opção pelo paralelepípedo foi feita para manter o clima bucólico do bairro e permitir melhor escoamento das águas em dias de chuva.

— É mais adequado porque, bem nivelado, o paralelepípedo facilita o trânsito dos veículos e permite a infiltração da água no solo. Nessa região que está quase concluída, por exemplo, quando chove desce muita água que vem das montanhas — explica Lemos.

A pavimentação é feita através de uma Parceria Público-Privada (PPP) firmada entre a associação e a Secretaria municipal de Conservação e Serviços Públicos (Seconser). Lemos explica que o morador que aceita participar da PPP paga R$ 3 mil pelo serviço no lote em que está localizada a sua casa (são cerca de 20 lotes em cada quadra). A quantia arrecadada é usada para a compra do material, e a obra fica a cargo da prefeitura. O dinheiro que sobra — restaram R$ 8 mil após a intervenção na Rua dos Ipês — é dividido entre os moradores que contribuíram.

— Para que haja a pavimentação, é preciso que um morador de uma respectiva quadra incentive os vizinhos a fazerem parte da parceria, explicando como funciona a PPP — conta o presidente da Soami. — Mas nem todos têm essa disponibilidade. Por isso, há ruas em que apenas uma parte está pavimentada.

A falta de adesão deixou o cenário diferente nas ruas dos Ipês, das Camélias e das Magnólias: os trechos que vão da Mathias Sandri até o Costão receberam paralelepípedo; e os da avenida em direção ao Pampo Clube, não.

— A Gerânio é um exemplo de rua que não estava contemplada no projeto inicial, mas com a conclusão de outras ruas, os moradores se animaram e entraram na parceria. Se algum morador voltar atrás, podemos firmar uma nova parceria — diz Lemos.


Fonte: O Globo Niterói

















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