Estudo relaciona arborização a melhor saúde e bem-estar da população. Foto: Lucas Benevides |
Niterói ocupa o terceiro lugar na Região Metropolitana, atrás de Paracambi, com 81,6%, e de Guapimirim, com 79,5%. Foto: Lucas Benevides |
Vinicius Rodrigues
Cidade é a que tem o maior número de vias arborizadas do Leste Fluminense, aponta estudo do IBGE
Na última segunda-feira foi comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente. Entre tantos desafios enfrentados pelas grandes cidades no controle de poluentes e em ações voltadas para a sustentabilidade, Niterói caminha em direção a uma cidade mais saudável. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Niterói é o município do Leste Fluminense com o maior número de ruas arborizadas, com 78,5% do total dessas vias. A cidade ocupa o terceiro lugar na Região Metropolitana do Rio, atrás de Paracambi, com 81,6% e de Guapimirim, com 79,5%.
Além das ações das secretarias de Urbanismo e Mobilidade, Meio Ambiente e Conservações e Serviços Públicos da Prefeitura de Niterói, que tocam projetos de replantio e conservação em todo o município, como o Niterói Mais Verde e Niterói de Bicicleta, por exemplo, o município vai instalar nesta segunda-feira uma Comissão Municipal de Mudanças Climáticas. O objetivo é reforçar essas iniciativas em consonância com a elaboração de um inventário com o controle das emissões atmosféricas do município.
“Essa medida é pioneira no país. Quando começamos a construir a TransOceânica, nós procuramos causar o menor dano possível ao meio ambiente. Passamos por etapas muito rigorosas dos controladores ambientais e pensamos em fazer um planejamento municipal para observarmos como Niterói controla o seu ar”, contou o prefeito Rodrigo Neves em um vídeo ao vivo de Brasília, reforçando que um grupo de trabalho já atua em prol desse controle.
A preocupação do prefeito com uma cidade sustentável tem razão de ser. Para o biólogo André Marchionni, da Universidade Federal Fluminense (UFF), especialista em botânica, quanto mais ruas arborizadas, maior a possibilidade de desenvolver saúde e bem-estar para a população. De acordo com ele, pesquisas desenvolvidas nos Estados Unidos, Japão e Canadá comprovam inúmeros benefícios.
“Se pegarmos uma floresta, por exemplo, nós teremos cerca de 40 micro-organismos por metro cúbico. Nas cidades são aproximadamente 4 milhões. O que isso significa, o risco de contrairmos doenças são exponencialmente maiores. Sem contar que é comprovado que ruas mais arborizadas têm pessoas com menos índices de diabetes, pressão arterial e outras doenças. É só olhar como a população de Niterói envelhece com mais saúde”, observou o especialista.
O pesquisador Laerte Scanavaca, da Empresa Brasileira de Agropecuária (Embrapa-Meio Ambiente), também fez uma análise sobre a importância da arborização nas ruas, inclusive para os cofres públicos.
“O sistema viário de uma cidade ocupa em média 20% da superfície. Assim, investir em arborização urbana pode representar uma economia considerável em energia. No Golfo Pérsico, por exemplo, economizam-se 65% no consumo de energia com ar condicionado em função da arborização. Nos EUA, na cidade de Chicago, são economizados US90,00/residência/ano também em função da arborização das ruas”, explicou.
Mais de 5 mil árvores plantadas
De 2014 até 2016, cerca de 5 mil árvores foram plantadas em Niterói, segundo a secretária de Conservação e Serviços Públicos, Dayse Monassa. O quantitativo faz parte do projeto Verdes Notáveis, que realiza o plantio de mudas nativas da Mata Atlântica em áreas com pouco mobiliário urbano. Entre as espécies, estão ipê-rosa, pau-brasil e pau-ferro. Os plantios beneficiaram áreas como o canteiro central da Estrada Caetano Monteiro e Itacoatiara, na Região Oceânica, além do Canal de São Francisco, onde foi necessário o replantio de mudas por conta de conflitos com a fiação elétrica. Mais 300 mudas estão sendo desenvolvidas em viveiros para arborizar outras áreas, como Camboinhas e o acesso ao túnel Charitas-Cafubá.
Estudo avalia necessidade de arborização
A Seconser concluiu um levantamento da arborização de três bairros de Niterói: Pé Pequeno, Charitas e São Francisco, todos na Zona Sul da cidade. As informações, como tamanho e espécie, são lançadas no SisGeo (Sistema de Geoprocessamento), uma plataforma que reúne bancos de dados do município, para acesso de todas as secretarias em possíveis intervenções. Cada árvore é identificada com um selo, que aponta sua atual condição e as últimas manutenções. O verde indica que seu estado arbóreo está perfeito; o amarelo indica que a árvore precisa de alguma manutenção específica, e o vermelho alerta para problemas graves, levando até a supressão.
Colaborou Pamella Souza
Fonte: O Fluminense
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