segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Velejadores do RYC, de Niterói, conquistam o Campeonato Sul-americano


Cacau e Clínio Freitas são campeões sul-americanos de Nacra


por MariPeccicacco em 11/11/2013

Com um beijo na linha de chegada na última regata, Clínio de Freitas e Cláudia Swan comemoraram a conquista do título do primeiro Campeonato Sul-Americano da classe Nacra17 que encerrou neste domingo no Veleiros do Sul, em Porto Alegre. Eles haviam perdido a liderança da competição no sábado, mas se recuperaram ao vencerem as duas regatas de hoje e deixaram os argentinos Esteban Blando e Eugenia Bosco na segunda colocação.

“Estou muito feliz por termos conseguido vencer o campeonato, só lamentei o desfecho”, disse Clínio, se referindo à última regata que foi atingida por um forte vento, seguido de temporal, que causou algumas viradas de barcos na raia do Guaíba. A dupla do Rio de Janeiro velejou a última perna da regata sem a vela balão, que sempre é usada com vento a favor. “Não quis me arriscar, quando vi o pessoal capotando na raia e deu certo”, comentou o timoneiro.

Clínio de Freitas e Cláudia Swam foram também os campeões do primeiro campeonato brasileiro, realizado em julho no Rio de Janeiro, e únicos representantes do país no Mundial da Holanda, também em julho.

“Gostei do que vi aqui, a flotilha brasileira está evoluindo nesta classe que é nova para quase todo mundo. O parâmetro foi o argentino Esteban que possui um pouco mais de experiência por ter feito a temporada européia”, disse Clínio 49 anos, medalha de bronze com Lars Grael, na classe Tornado na Olimpíada de Seul, em 1988.

Os argentinos Esteban Blando, 38 anos, e Eugenia Bosco,16, terminaram em segundo lugar, mas saíram satisfeitos com o desempenho no campeonato, apesar do malogro no último dia. “Foi uma competição dura e hoje começamos bem, com um segundo lugar, mas na regata seguinte íamos na frente e depois viramos o barco, conseguimos voltar para a regata, porém chegamos em quinto lugar. Nossa meta é continuarmos com a campanha olímpica na Argentina, falou Esteban, que veleja na cidade de Rosário.

Os gaúchos melhores posicionados foram Marcos Pinto Ribeiro, 46 anos, e Valéria Fabiano, 26, do Veleiros do Sul, que terminaram em quinto lugar. Para quem não conta com patrocinador nem apoio técnico, o resultado foi muito bom.

“Nós mostramos que temos técnica e potencial, nem tivemos oportunidade de treinar fomos direto para o campeonato. Até cinco dias atrás era um sonho estarmos velejando neste barco. Foi um esforço grande, pois não somos profissionais da vela, avaliou Marcos Ribeiro. “Nosso objetivo era não ficar em último e não virar e conseguimos mais do que isso. Um confia no trabalho do outro e isto nós dá segurança na hora de velejar”, disse a proeira Valéria.

O Sul-americano começou tranqüilo neste domingo com vento fraco pelo meio-dia. O céu estava encoberto com nuvens que trouxeram uma chuva fraca. Após a disputa da primeira regata do dia os barcos voltaram para o Clube. Por volta das 15 horas retornaram para a raia. O início da última regata foi com vento fraco, mas uma formação de nuvens de sudoeste veio com força total e fez soprar um vento de 30 nós de intensidade que fez virar alguns barcos exigiu muita prudência das tripulações por se tratar de um catamarã extremado e muito veloz.

O Sul-americano contou com a participação de nove tripulações do Brasil, Argentina e Uruguai.

1º Clínio de Freitas e Claudia Swan (BRA/RJ) 19 (pontos perdidos)
2º Esteban Blando e Eugenia Bosco (ARG) 22
3º Pablo Defazio e Mariana Foglia (URU) 27
4º Bruno de Bernardi e Juliana Mota (BRA/SC) 29
5º Marcos Pinto Ribeiro e Valéria Fabiano (BRA/RS) 42
6º João Bulhões e Tatiana Ribeiro (BRA/RJ) 43
7º Samuel Albrecht e Caroline Boening (BRA/RS) 60
8º Adriana Kostiw e Jucyan Okretic (BRA/SP) 69
9º Patricia Gatti e Rodrigo Fernandes (BRA/DF) 73


Fonte: Coluna do Murillo Novaes


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