Geovanne Mendes
O verão tem sido de altas temperaturas e ar seco, uma combinação perfeita para aumentar os focos de incêndios florestais. Em Maricá, por exemplo, são registrados pelo menos 20 solicitações por hora no telefone do Corpo dos Bombeiros da cidade. Números que acabam se repetindo em diversas cidades da nossa região. E um detalhe muito comum nestas ocorrências são os chamados incêndios criminosos.
“A maioria dos nossos chamados são para incêndios criminosos, pessoas que queimam lixo, soltam balões ou até mesmo motoristas que jogam cigarro pela janela dos carros, o que acaba se tornando um perigo, já que a vegetação está completamente seca”, comentou um oficial do Corpo de Bombeiros de Maricá que preferiu não se identificar.
Adriano Felício, presidente da Associação de Moradores da Ponta da Areia, na região central de Niterói, sabe bem o significado da palavra prevenção. Depois que a reserva ambiental do Morro da Penha ter pegado fogo há quase um mês, ele garante que hoje os moradores estão mais conscientes e sabem do perigo de queimar lixo ou soltar balões perto de matas.
“Já não é a primeira vez que sofremos com incêndios no morro. Hoje em dia fazemos palestras, ensinamos alunos e adultos a não queimar lixo no mato e muito menos soltar balões”, comentou.
E os próximos dias serão de temperaturas altas e, segundo o informe do Centro de Monitoramento e Operações da Defesa Civil de Niterói, a umidade relativa do ar poderá apresentar valores ligeiramente baixos. Essas condições elevam o risco de propagação de fogo em vegetação na cidade.
“Não faça fogo em lixo pois, além de ser crime ambiental, você estará expondo a risco a saúde da sua família e dos seus vizinhos, além de ameaçar as áreas verdes de nossa cidade”, alerta o informe.
De acordo com dados do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (Ceptec), que monitora os focos de incêndios florestais no país, houve realmente um aumento de queimadas de quase 100% no Estado do Rio se comparados os meses de janeiro e fevereiro deste ano e o mesmo período de 2016. Em janeiro de 2016, por exemplo, foram registrados nove focos de incêndio e no mesmo mês deste ano, 26 chamados de incêndios foram confirmados. Já em fevereiro de 2016 o instituto registrou 16 focos de incêndio, enquanto este ano o mês de fevereiro, que ainda não encerrou, já registra 22 casos confirmados.
Fonte: A Tribuna
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