quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

NITERÓI CIDADE DA VELA - Copa do Brasil de Vela definirá as duas últimas vagas olímpicas


Velejar. Gabriel Borges observa o companheiro Marco Grael de cabeça para baixo durante regata - Custódio Coimbra / Fotos de Custódio Coimbra

Eduardo Zobaran

Decisões serão nas classes 470 masculina e Nacra 17, até domingo, na Baía de Guanabara

Quem observa o relaxamento dos velejadores que disputam a Copa Brasil de Vela desde terça-feira, na praia de São Francisco, na Baía de Guanabara, em Niterói, pode ter a impressão de que o clima do torneio é de amistoso. Na quarta-feira à tarde, no entanto, a ansiedade de velejadores brasileiros para conhecer os resultados de duas classes deixava evidente que há ansiedade no ar. Na 470 masculina e na Nacra 17, única categoria mista da vela olímpica, as vagas serão definidas até domingo.

A classe que indica ter uma final mais disputada é a 470. Geison Mendes e Gustavo Thiesen mantiveram ontem os quatro pontos de vantagem que abriram na estreia sobre Henrique Haddad e Bruno Bethlem. A dupla, que vai se classificando, terminou a primeira regata em 14º e a segunda em 6º, com 42 pontos perdidos e na 12ª posição geral. Henrique e Bruno terminaram em 13º, com um quinto e um 15º lugares nas provas do dia. A liderança é dos franceses Bouvet Sofian e Jeremie Mion, com 12 pontos perdidos.

— Vai ser muito disputado e depender da estratégia de cada um — explicou Geison, que comentou como é disputar um torneio com vários competidores, mas apenas uma dupla adversária. — É muito diferente. Você não pode perdê-los de vista, sempre fica com uma pulga atrás da orelha.

O adversário Henrique lamentou o que classificou de “vacilos pontuais”.

— Tivemos uma regata boa e uma ruim, quando o vento estava fraco. Na segunda, achamos que tínhamos queimado a largada e fizemos a volta — lamentou Henrique. — Os outros velejadores estão em ritmo de treino, sem pressão, mas sabem que estamos competindo e são indiferentes, não influenciam na disputa.

LIXO NA BAÍA DE GUANABARA

Na Nacra 17, a disputa leva em consideração a pontuação do Sul-Americano, em que Isabel Swan e Samuel Albrecht foram os melhores brasileiros, em sexto, com 96 pontos perdidos. A segunda melhor dupla do país, Gabriela Nicolino e João Bulhões, ficou em 13º, com 132 pontos perdidos.

A diferença de 36 pontos faz Isabel e Samuel favoritos à vaga, mas uma avaria no barco impediu que terminassem a última das três regatas ontem. Nas duas primeiras, foram 5º e 1º, e estão em 6º na classificação geral, com 36 pontos perdidos. Gabriela e João, adversários mais próximos, estão em 5º, com 32 pontos perdidos. Os austríacos Thomas Zajal e Tanja Frank lideram, com 20 pontos perdidos.

Ontem, não foram poucos os atletas que reclamaram do lixo na Baía de Guanabara, nas mesmas raias que serão utilizadas nas Olimpíadas. Nas provas de RS:X, pedaços de lixo provocaram quedas. Em outras classes, velejadores foram obrigados a tirar sacos de plástico presos ao barco.

— Com o volume de chuvas, a tendência é aumentar o lixo flutuante. Identificamos isso ontem (terça-feira), em especial na raia da prancha (RS:X), e já entramos em contato com as autoridades — informou Daniel Santiago, diretor executivo da Confederação Brasileira de Vela.
Fonte: O Globo

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