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Nanopartículas são responsáveis por diversos problemas respiratórios. Em períodos em que motoristas usam mais gasolina poluição aumenta 30%. Um estudo em São Paulo mostrou que usar etanol nos carros ajuda a proteger a saúde das pessoas.
Na hora de abastecer, o motorista que tem carro flex quase sempre se decide entre etanol e gasolina com base no preço.
“A a gasolina tá R$ 1 mais cara do que o álcool e o carro é flex, então estou indo pelo mais barato”, diz a biomédica Lucia Cabral.
“Eu faço um comparativo e vejo se está dentro da diferença em que compensa colocar álcool ou gasolina e abasteço dessa maneira” conta o empresário Sidney Famelli.
Mas como os dois combustíveis são diferentes, o motorista também está decidindo, mesmo sem perceber, o tipo e a quantidade de poluentes que seu carro irá jogar na atmosfera. São vários poluentes. Um deles, pouco conhecido, invisível e particularmente perigoso é a nanopartícula.
“Essa nanopartícula consegue entrar no aparelho respiratório humano, nos alvéolos, nos bronquíolos e consegue fazer uma troca sanguínea também, entrar na corrente sanguínea por ser extremamente pequena, aumentando a incidência de doenças respiratórias e cardiovasculares”, explica a professora Maria de Fátima Andrade.
Pela primeira vez, cientistas conseguiram relacionar as nanoparticulas com o uso do etanol e da gasolina.
São Paulo foi o laboratório dessa pesquisa por causa da grande quantidade de carros flex na cidade. É que, por causa do preço, em determinados períodos, muitos motoristas preferem o etanol, e em outros períodos a gasolina. Aproveitando essas duas situações, os cientistas puderam medir com precisão a quantidade de nanopartículas produzida pelo etanol e a quantidade produzida pela gasolina. O resultado é impactante.
Os pesquisadores constataram um aumento de 30% de concentração de nanopartículas no ar de São Paulo quando os motoristas usam mais gasolina do que etanol. O estudo revelou também a concentração de nanopartículas na atmosfera da maior cidade do país.
“Se a gente fizer uma comparação com um ambiente limpo, totalmente limpo, como é a Antártica, lá se mede da ordem de cem a 200 partículas por centímetro cúbico. Nós estamos medindo, aqui e agora, 15 mil partículas por centímetro cúbico”, afirma o físico e técnico do Instituto de Física da USP Fernando Morais.
É fundamental reduzir esses números, diz em entrevista via internet, um dos autores do trabalho, que está em Harvard, nos Estados Unidos.
“Esses dados novos mostram que é muito importante que o governo brasileiro dê maior apoio aos biocombustíveis pois a queima de etanol, além de reduzir a emissão de gás de efeito estufa, também reduz a concentração de nanopartículas na atmosfera, que tem um dano muito forte sobre a saúde da população”, diz o professor do Instituto de Física da USP Paulo Artaxo.
O Ministério de Minas e Energia informou que trabalha para expandir a produção de vários tipos de biocombustíveis e diminuir a emissão de gás carbônico de todos os combustíveis vendidos no Brasil.
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Fonte: G1
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