Gilson Chagas: “A gente imagina que com essa ferramenta iremos diminuir bastante o número de veículos roubados”. Foto: Evelen Gouvêa |
Pamella Souza
Previsão é do secretário Gilson Chagas, que pretende blindar Niterói contra a entrada e saída de carros roubados
Niterói mais vigiada. Essa é a estratégia que está sendo adotada pela Prefeitura de Niterói para “blindar” a cidade contra roubo de veículos. Na última semana, começaram a ser instaladas as 12 câmeras do Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp), que irão monitorar a travessia de carros na Ponte Rio-Niterói, identificando as placas. De acordo com o secretário de Ordem Pública (Seop), Gilson Chagas, o Portal de Segurança, como foi denominado, começará a funcionar ainda neste mês.
Serão oito câmeras no sentido Niterói e quatro no sentido Rio de Janeiro, totalizando 12 dispositivos somente na Ponte. Na última terça-feira, funcionários já começaram o treinamento para operar na via e iniciar toda a parte de infraestrutura para instalação das câmeras.
“Essas câmeras são capazes de identificar as placas do carros que passam pela Ponte. Quando o carro estiver com algum agravante de roubo ou furto, os alarmes do Cisp serão acionados. A gente imagina que com essa ferramenta iremos diminuir bastante o número de veículos roubados em Niterói e São Gonçalo também”.
Todas as quatro já foram instaladas em diferentes pontos do sentido Rio. Na pista sentido Niterói, a instalação foi iniciada na sexta-feira, com a passagem de fios nos pórticos que irão receber os equipamentos de monitoramento. Toda a instalação tem previsão de término entre 10 e 15 dias.
“Esperamos que durante as Olimpíadas as câmeras já estejam funcionando. Ainda dependemos de questões técnicas, da instalação e testes do sistema. A Ponte é um local de grande risco e não podemos operar a todo momento porque precisamos da autorização da Ecoponte. Mas o trabalho está andando muito rápido”, explicou Chagas.
O esquema de segurança conta com acesso ao banco de dados da Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA), através de um convênio assinado entre a prefeitura e a Polícia Civil. As câmeras irão identificar todas as placas dos veículos que passarem pela Ponte Rio-Niterói. Em tempo real, as informações do banco de dados serão transmitidas e confrontadas com as leituras. Caso algum automóvel esteja registrado no sistema como roubado, as polícias Militar e Rodoviária Federal serão acionadas imediatamente.
Este é o primeiro dos sete portais que serão instalados no município. De acordo com a Prefeitura de Niterói, as câmeras serão posicionadas estrategicamente nos principais acessos à cidade, como Barreto, Alameda São Boaventura, no Fonseca, e na Estrada Caetano Monteiro, em Pendotiba. O investimento aplicado é de R$ 4 milhões.
Radares na Ponte – Dois meses após sua instalação, o impasse dos radares fixos da Ponte Rio-Niterói continua. Os dispositivos ainda não começaram a multar motoristas que trafegam acima da velocidade máxima permitida, 80 km/h. Com início da cobrança previsto para a segunda quinzena de julho, a aplicação efetiva das multas ainda continua indefinida e sem previsão.
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) afirmou que encaminhou a complementação dos estudos dos radares ao Departamento da Polícia Rodoviária Federal no dia 12 de julho. A área técnica da agência acrescentou que ainda não recebeu nenhuma resposta do departamento.
No entanto, a assessoria de imprensa da PRF do Rio de Janeiro alega que o processo está com a ANTT para ajustes no estudo técnico. Já a assessoria de Brasília disse que a homologação já foi enviada para a agência para avaliação.
A PRF informou que todos os motoristas serão avisados previamente sobre o funcionamento efetivo dos radares fixos, através de mensagens nos painéis eletrônicos espalhados ao longo da Ponte Rio-Niterói e seus acessos.
Quando à fiscalização da Polícia Rodoviária Federal através dos radares fixos começar a valer, os motoristas que não respeitarem o limite de 80 Km/h poderão receber multas entre R$ 85,13 e R$574,62. Todos os valores são definidos de acordo com o percentual de ultrapassagem da velocidade máxima permitida.
Com os aparelhos espalhados em quatro pontos diferentes, em cada sentido, os condutores podem ser multados quatro vezes, caso atravessem toda a Ponte em alta velocidade. Além dessa penalidade, o condutor ainda pode acumular pontos na carteira e ter o direito de dirigir suspenso.
Fonte: O Fluminense
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