terça-feira, 16 de agosto de 2011

Acordo para a sustentabilidade urbana une Brasil e EUA e pode beneficiar Gramacho


Vista aérea do Aterro de Gramacho (2007). Foto de Axel Grael.

Os governos do Brasil e dos Estados Unidos firmaram um acordo de cooperação ambiental para promover a sustentabilidade urbana, nesta terça-feira, 16 de agosto. Os países visam trocar experiências e implementar ações conjuntas em áreas como mobilidade, qualidade do ar, gestão de resíduos, aproveitamento de recursos hídricos, geração de energia e reciclagem.

Segundo a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, o acordo criou grupos de trabalhos para estabelecer uma agenda comum entre as duas nações. O Brasil tem larga experiência em iniciativas sustentáveis, que podem se tornar exemplos para outras nações.

“Já temos uma grande capacidade desenvolvida no Brasil, com soluções próprias. São maneiras inovadoras de se lidar com a erradicação da pobreza, a geração de renda e o meio ambiente limpo. A iniciativa traz soluções e experiências americanas, mas eles também estão interessados nas brasileiras. O desafio é pensar junto com o setor privado e com a sociedade uma nova agenda de sustentabilidade urbana, a partir de problemas críticos já identificados, como a questão do lixo e a qualidade do ar”, destacou a ministra à Agência Brasil.

O acordo é resultado do encontro entre o presidente norte-americano, Barack Obama, e a presidente Dilma Rousseff, em março de 2011, recordou a administradora da Agência de Proteção Ambiental dos EUA, Lisa Jackson.

Na ocasião foram discutidas várias atividades para ampliar os mercados para as empresas das duas nações e promover o financiamento a inovações que demonstrem os benefícios que cidades mais verdes e mais limpas trazem para a economia, o meio ambiente e a saúde.

A administradora ressaltou que, há cerca de dois anos a maior parte da população mundial vive em cidades necessitadas de soluções para garantir o desenvolvimento sustentável. “No ano que vem, teremos a Conferência Rio+20 e nós poderemos desenvolver um mapa de ações e uma espécie de receita sobre sustentabilidade urbana e desenvolvimento econômico, que pode servir de exemplo para comunidades não apenas da América Latina, mas de todo o mundo”, acrescentou.

Plano de Urbanização

Um plano de urbanização e recuperação para o Aterro de Gramacho foi apresentado às autoridades pelo secretário estadual do Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc, durante a solenidade.

O Aterro é o maior da América Latina, localizado em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Segundo o secretário, o local, onde milhares de catadores trabalham em condições insalubres, poderá receber praças, jardins e projetos de defesa dos manguezais.

“Apresentamos esse projeto que pode fazer parte das ações dessa cooperação, já que entre seus objetivos está a promoção da justiça ambiental. Aquela área hoje é totalmente degradada”, destacou Minc.

A previsão é que o Aterro de Jardim Gramacho deixe de operar até o início do ano que vem.

Fonte: Ecodesenvolvimento





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