Marco Grael, filho de Torben, prepara-se para Londres onde pretende disputar com André Fonseca (Bochecha), na Classe 49er. |
Marco quer manter tradição da família com medalha olímpica no próximo ano
Da Gazeta Press.
Maior medalhista olímpico do Brasil, Torben Grael abdicou de disputar uma vaga nos Jogos Olímpicos de Londres-2012 ao lado de Marcelo Ferreira por conta do alto custo para manter a campanha olímpica, mas a família deve marcar presença no evento. Marco Grael, filho do velejador, acertou um novo patrocínio nesta quarta-feira (18) e sonha, em parceria com André Fonseca, com a classificação nas Olimpíadas na classe 49er.
A parceria, que treina em Porto Alegre, fechou contrato com a Icatu Seguros e receberá apoio até a Olimpíada do Rio de Janeiro em 2016, mas crê que o patrocínio pode influenciar já na corrida por um lugar nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012. A irmã de Marco, Martine Grael também pode se classificar para o evento, na classe 470, com a já medalhista Isabel Swan.
- A gente está com bastante ajuda agora e a vantagem é ter um objetivo mais fixo até 2016. Isso vai nos ajudar a ficar com mais foco na 49er e evitar que a gente faça fugas para participar de regatas em outras classes para financiar nossa campanha olímpica.
Pesou na decisão de Torben e Marcelo Ferreira a exclusão da classe Star das Olimpíadas após os Jogos de Londres. Sem poder traçar objetivos em longo prazo, a parceria, que precisaria disputar com Robert Scheidt e Bruno Prada pela classificação olímpica, resolveu deixar de competir e investirá o tempo e a dedicação em projetos pessoais.
- Eles estavam com dificuldade porque a campanha olímpica para 2016 não ia ter como existir. Ou eles mudavam de classe, ou buscavam outras alternativas. Pesou a Star sair das Olimpíadas. Eles estão mais velhos já e fica um pouco mais difícil, também pelo fato de concorrerem com grandes adversários pela vaga.
Para garantir a família Grael nos Jogos Olímpicos, Marco e André, conhecido como Bochecha, enfrentarão um período duro de treinos nas próximas semanas. Sem competições na Europa, eles devem aproveitar a realização do Sul-Americano da 49er no Brasil para manter as atividades ao lado de chilenos e uruguaios, pensando já no Mundial de Perth, em dezembro, que define a maioria dos classificados para Londres.
Se não conseguirem assegurar a vaga no fim do ano, os brasileiros têm nova chance no Campeonato Mundial do ano que vem, ainda sem data definida, mas na ocasião apenas sete das 27 vagas estarão em disputa. Uma já está assegurada à Grã-Bretanha, por ser o país sede, e as outras 19 duplas serão decididas em Perth.
- Nosso foco primordial é na Austrália, até porque tem muito tempo ainda para o Mundial do ano que vem. O objetivo é tentar nessa primeira etapa, por ela garantir a maioria das vagas e depois a gente também ficar mais tranquilo.
A vela é o esporte que mais deu medalhas ao país nos Jogos Olímpicos: 16, sendo seis de ouro, três de prata e sete de bronze.
- A gente tem um litoral enorme, falta investimento e um pouco de divulgação também. São fatores interligados, que, se a gente conseguisse melhorar, trariam mais apoios, mais velejadores.
Fonte: ZDL, em Esportes R7
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