terça-feira, 9 de agosto de 2011

Rio discute como ser uma cidade sustentável para a Olimpíada de 2016


Baía da Guanabara precisa ser despoluída para a Olimpíada.
Até o momento, cidade recebeu investimentos de R$ 2,6 bilhões por conta dos Jogos

Vanessa Cristani - Rio de Janeiro

Debater os preparativos do Rio de Janeiro para os Jogos Olímpicos de 2016 trazendo a sustentabilidade como um dos pontos-chave dos projetos e obras da cidade. Este foi o mote do 4º seminário Rio cidade-sede, realizado pelos jornais "O Globo" e "Extra", nesta segunda-feira (8), na capital fluminense.

Na conferência, o prefeito do Rio Eduardo Paes mostrou os projetos da prefeitura para a cidade e afirmou que as obras para a Olimpíada começarão ainda este ano. Segundo Paes, a preparação para os Jogos irá gerar investimento de R$ 2,6 bilhões somente este ano para a cidade.

Das obras já iniciadas, o prefeito citou que o BRT (Bus Rapid Transit) Transoeste (Barra da Tijuca/Campos Grande/Santa Cruz) ficará pronto em julho de 2012, e que o edital do Transolímpico (Barra/Deodoro) deve sair até o fim do mês. Paes pretende incluir o corredor TransBrasil (faixa que irá percorrer a Av. Brasil) no PAC 2, que reserva R$ 18 bilhões para mobilidade urbana.

Outro palestrante do dia foi o economista e presidente da Câmara de Desenvolvimento Sustentável do Rio, Sérgio Besserman, que afirmou que um dos legados culturais para a cidade será a melhoria nos serviços. “Precisamos melhorar o serviço da cidade ao menor custo. Isso se faz com modificação da cultura do carioca, como ele trata a cidade. Precisamos agregar qualidade e ter consciência, por exemplo, de não jogar lixo no chão. O maior legado que os Jogos deixarão para a cidade é a marca”, concluiu.

O Secretário Estadual do Ambiente, Carlos Minc, falou sobre projetos sustentáveis. Segundo Minc, o governo vetou muitas obras que afetariam pequenos produtores e culturas familiares e afirmou que há exigência do estado para que empresas invistam no meio ambiente.

“As duas empresas que estão no Porto do Açu (no norte do estado, onde fica o empreendimento porto-indústria – que irá receber usinas siderúrgicas, polo metal-mecânico, unidade de armazenamento e tratamento de petróleo) irão investir R$ 60 milhões em saneamento”.

Citando a bacia de Guanabara, o presidente do Projeto Grael, Axel Grael, fez uma constatação preocupante: se os Jogos fossem hoje, a cidade teria a baía mais suja e poluída da história das Olimpíadas. Segundo ele, são recolhidos por dia 300 quilos de lixo no local. “Precisamos acreditar que isso mudará”, disse.

Por causa de problemas com a neblina forte que caiu pela manhã na cidade, o presidente da Autoridade Pública Olímpica (APO), Henrique Meirelles, e o diretor de Sustentabilidade dos Jogos de Londres de 2012, Dan Epstein, não puderam desembarcar na cidade para o evento.

Meirelles, que estava em São Paulo, tentou participar do evento por meio de videoconferência. Mas devido a falhas na conexão de internet a conferência teve que ser encerrada.

Fonte: Copa2014

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