| Vistoria em obras de Águas de Niterói para a construção da Estação Elevatória de Esgoto Cantagalo. 2023. |
Niterói é destaque em mais um ranking de saneamento, desta vez divulgado pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental - ABES.
Segundo a instituição, Niterói é uma das poucas cidades no Brasil a se aproximar da universalização do saneamento, ou seja, alcançar 100% de esgoto coletado e tratado. Menos de 3% das cidades brasileiras estão nessa situação tão positiva.
Além da coleta e tratamento de esgoto, o índice do Ranking ABES da Universalização do Saneamento também considera a gestão de resíduos sólidos urbanos - RSU. A metodologia da ABES utiliza os dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento - SNIS. Os dados presentemente disponíveis são referentes a 2023 e o SNIS está agora em fase de coleta dos dados para 2024.
Dentre os municípios de "grande porte" (acima de 100.000 habitantes), Niterói figura em 5° lugar e é a única do RJ dentre as 10 mais avançadas e incluídas na categoria "Rumo à Universalização". Apenas 63 municípios estão nesta categoria e o "número representa apenas 2,54% das cidades analisadas e 1,13% dos municípios brasileiros. Destas, apenas 4 não estão no Sudeste e nenhuma está na região Norte".
Em outro ranking, desta vez divulgado pelo Instituto Trata Brasil, mostra Niterói como a terceira melhor cidade do país, também espelhando dados referentes a 2023.
A qualidade do saneamento em Niterói é o resultado do modelo de gestão adotado desde 5 de novembro de 1999, com uma concessão realizada pelo município para a Concessionária Águas de Niterói. Também decorre de um grande volume de investimentos que fez com que saíssemos de uma situação de 72% da população atendida com o abastecimento de água e somente 35% com esgoto coletado. Após um investimento de R$ 1,4 bilhão, em 25 anos, chegamos a uma realidade de 95,6% de esgoto coletado e 100% do que é coletado é tratado. (Fonte: Águas de Niterói). Desde 2003, temos 100% de abastecimento de água em toda cidade, fato que só se verifica em 11 cidades brasileiras.
Conforme vemos nos dados acima (*), os investimentos realizados entre 2021 e 2024 correspondem a 46% dos investimentos de toda a última década e 13,43% de todo investimento desde o início da concessão, ou seja, nos últimos 25 anos.
Veja a performance de Niterói nas últimas edições do Ranking do Instituto Trata Brasil:
2025 (ano base 2023): 03° lugar
2024 (ano base 2022): 06° lugar
2023 (ano base 2021): 04° lugar
2022 (ano base 2020): 23° lugar
2021 (ano base 2019): 24° lugar
2020 (ano base 2017): 18° lugar
E seguiremos avançando. De acordo com repactuação feita pela Prefeitura com a Concessionária Águas de Niterói, a cidade chegará a 100% de esgoto coletado e tratado (universalização), em 2028.
Axel GraelPrefeito de Niterói (2021-2024)
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Por Matheus Meirelles, GloboNews
A universalização do saneamento básico ainda é exceção no Brasil, onde apenas 63 municípios estão "rumo" à meta, segundo o ranking ABES da Universalização do Saneamento 2025, obtido com exclusividade pela Globonews.
O número representa apenas 2,54% das cidades analisadas e 1,13% dos municípios brasileiros. Destas, apenas 4 não estão no Sudeste e nenhuma está na região Norte. Já 270 cidades estão dando os "primeiros passos para a universalização".
A pesquisa, criada pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental, investigou os dados completos sobre saneamento de 2.483 cidades espalhadas por todas as regiões do país. O ranking avalia o avanço das administrações municipais com base em 5 indicadores do SINISA, Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico:
- abastecimento de água;
- coleta de esgoto;
- tratamento de esgoto;
- coleta de resíduos sólidos domiciliares;
- disposição final adequada de resíduos sólidos urbanos.
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| Investimentos em saneamento ajudaram Manaus a reduzir quase 90% dos casos de hepatite A em sete anos. — Foto: Rede Amazônica |
Cada um dos indicadores tem peso igual, somando uma nota final de 0 a 500 pontos. Os municípios são classificados em quatro faixas:
- Rumo ao saneamento - acima dos 489 pontos;
- Compromisso pelo saneamento - entre 450 e 488,99 pontos;
- Empenho pelo saneamento - entre 200 a 449,99 pontos;
- Primeiros passos pelo saneamento - abaixo de 200 pontos.
Ao todo, 1.843 cidades estão na faixa de "empenho para universalização", enquanto 307 aparecem em "compromisso com a universalização".
Entre as capitais, Curitiba (PR) é a única que aparece na categoria máxima, enquanto Porto Velho (RO) aparece na outra ponta do estudo. Salvador (BA), São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF) e João Pessoa (PB) estão na categoria "Compromisso".
Já entre as cidades que têm melhor desempenho, a maior parte está em território paulista. Presidente Prudente teve a pontuação máxima (500) entre os municípios com mais de 100 mil habitantes. Entre os de pequeno e médio porte, Paranapuã e Leme também gabaritaram as categorias.
Municípios no Ranking por região (composição por categoria):
- Sudeste: 1.326 municípios (59 Rumo; 261 Compromisso; 919 Empenho; 87 Primeiros passos).
- Sul: 400 municípios (4 Rumo; 35 Compromisso; 358 Empenho; 3 Primeiros passos).
- Centro-Oeste: 180 municípios (6 Compromisso; 162 Empenho; 12 Primeiros passos).
- Nordeste: 515 municípios (5 Compromisso; 360 Empenho; 150 Primeiros passos).
- Norte: 62 municípios (44 Empenho; 18 Primeiros passos).
Entre as capitais, Curitiba (PR) é a única em “Rumo à universalização”, enquanto a maior parte está em “Empenho”(74,07%).
Top 10 capitais (pontuação total)
- Curitiba (PR) – 496,15
- Salvador (BA) – 486,71
- São Paulo (SP) – 469,77
- Belo Horizonte (MG) – 463,38
- Brasília (DF) – 459,55
- João Pessoa (PB) – 451,51
- Vitória (ES) – 447,22
- Campo Grande (MS) – 444,97
- Aracaju (SE) – 443,98
- Palmas (TO) – 443,02
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| Investimento em saneamento básico amplia saúde pública, valoriza imóveis e protege o meio ambiente. — Foto: Assessoria. |
O presidente Nacional da ABES, Marcel Sanches, destacou as desigualdades regionais evidenciadas pelo avanço do saneamento básico no Brasil.
"A região Norte, por exemplo, tem uma baixíssima representatividade no ranking, reflexo direto das dificuldades históricas de infraestrutura, logística e capacidade institucional daquela região. Nenhum município da região Norte, infelizmente, aparece nas faixas mais elevadas de desempenho do nosso ranking, o que evidencia a urgência de políticas públicas mais diferenciadas e sensíveis às realidades regionais".
O tratamento do esgoto é o principal gargalo para o desempenho das cidades. Entre os que ficaram na faixa de "Empenho", a maior parte enfrenta problemas com o tratamento.
"O Brasil precisa avançar e atingir índices melhores na cobertura e no tratamento do esgoto sanitário e também na destinação adequada do lixo doméstico, não se admitindo lixões, disposição inadequada e contaminação do solo e das águas, com as quais a gente ainda convive, infelizmente", ressaltou Sanches.
Municípios acima de 100 mil habitantes (Grande porte)
Top 10 em “Rumo à universalização”:
- Presidente Prudente (SP) – 500,00
- Santa Bárbara d’Oeste (SP) – 498,01
- Curitiba (PR) – 496,15
- Catanduva (SP) – 495,67
- Niterói (RJ) – 495,60
- Piracicaba (SP) – 495,48
- Assis (SP) – 495,07
- Pinhais (PR) – 494,81
- Araçatuba (SP) – 494,72
- Rio Claro (SP) – 494,37
Top 10 em “Rumo à universalização”:
- Leme (SP) – 500,00
- Paranapuã (SP) – 500,00
- Jales (SP) – 499,80
- Gastão Vidigal (SP) – 499,08
- Embaúba (SP) – 499,02
- Santópolis do Aguapeí (SP) – 499,01
- São Joaquim da Barra (SP) – 498,21
- Cardoso (SP) – 497,70
- Alvinlândia (SP) – 496,74
- Guariba (SP) – 496,66
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