| Marcos Santos/USP Imagens |
Apesar de avanços tecnológicos em mobilidade, as emissões do transporte rodoviário aumentaram 8% no Brasil na última década.
O governo federal publicou na última 3a feira (2/12) o Inventário Nacional de Emissões Atmosféricas por Veículos Automotores Rodoviários, que atualiza os dados oficiais sobre poluição atmosférica e emissões de gases decorrentes do transporte rodoviário depois de uma década desde o último levantamento. Elaborado pelo Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA), sob coordenação dos Ministérios do Transportes (MT) e do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), o relatório mostra avanços importantes na redução dos poluentes de veículos automotores nos últimos 40 anos, mas também destaca obstáculos para a descarbonização do setor.
Um dos dados que mais chama a atenção é o aumento de 8% das emissões de dióxido de carbono equivalente (CO2e) entre 2012 e 2024, passando de 189 milhões de toneladas de CO2e para 204 milhões. Como a Exame assinalou, o crescimento acontece mesmo com avanços tecnológicos na indústria automotiva, que acabaram tendo seus benefícios “anulados” pelo crescimento da frota, que ultrapassou 71 milhões de veículos em 2024, e pelo uso mais intensivo de veículos nas ruas brasileiras. Segundo o inventário, em 2024, os automóveis responderam por 34% das emissões de CO2e enquanto os caminhões emitiram 40% e ônibus e motos 26%. Entre os gases, o CO2 representou 97% do total das emissões do setor.
Outra mudança importante apontada pelo levantamento é o perfil do material particulado (MP). Embora as emissões de combustão tenham diminuído na última década, as emissões provenientes do desgaste de pneus, freios e pavimentos aumentaram e hoje representam aproximadamente metade do total de MP liberado pelo transporte rodoviário. Assim, as emissões de combustão caíram para menos de 18 mil toneladas em 2024, mas o total agregado com desgaste chegou a 38 mil toneladas.
Pela primeira vez, o inventário considerou as estimativas de carbono negro (black carbon), poluente climático de vida curta e com impactos relevantes à saúde humana. De acordo com a análise, o transporte rodoviário brasileiro emitiu cerca de 8 mil toneladas por combustão em 2024, com crescimento das emissões por desgaste.
O inventário cobre o período de 1980 a 2024 e tem como objetivo oferecer insumos para políticas públicas de descarbonização do transporte rodoviário no Brasil. “O documento oferece dados essenciais para reduzir emissões, qualificar a gestão ambiental e apoiar a transição para um sistema de transporte mais limpo e sustentável”, comentou Adalberto Maluf, secretário nacional de meio ambiente urbano, recursos hídricos e qualidade ambiental do MMA.
Fonte: ClimaInfo
O governo federal publicou na última 3a feira (2/12) o Inventário Nacional de Emissões Atmosféricas por Veículos Automotores Rodoviários, que atualiza os dados oficiais sobre poluição atmosférica e emissões de gases decorrentes do transporte rodoviário depois de uma década desde o último levantamento. Elaborado pelo Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA), sob coordenação dos Ministérios do Transportes (MT) e do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), o relatório mostra avanços importantes na redução dos poluentes de veículos automotores nos últimos 40 anos, mas também destaca obstáculos para a descarbonização do setor.
Um dos dados que mais chama a atenção é o aumento de 8% das emissões de dióxido de carbono equivalente (CO2e) entre 2012 e 2024, passando de 189 milhões de toneladas de CO2e para 204 milhões. Como a Exame assinalou, o crescimento acontece mesmo com avanços tecnológicos na indústria automotiva, que acabaram tendo seus benefícios “anulados” pelo crescimento da frota, que ultrapassou 71 milhões de veículos em 2024, e pelo uso mais intensivo de veículos nas ruas brasileiras. Segundo o inventário, em 2024, os automóveis responderam por 34% das emissões de CO2e enquanto os caminhões emitiram 40% e ônibus e motos 26%. Entre os gases, o CO2 representou 97% do total das emissões do setor.
Outra mudança importante apontada pelo levantamento é o perfil do material particulado (MP). Embora as emissões de combustão tenham diminuído na última década, as emissões provenientes do desgaste de pneus, freios e pavimentos aumentaram e hoje representam aproximadamente metade do total de MP liberado pelo transporte rodoviário. Assim, as emissões de combustão caíram para menos de 18 mil toneladas em 2024, mas o total agregado com desgaste chegou a 38 mil toneladas.
Pela primeira vez, o inventário considerou as estimativas de carbono negro (black carbon), poluente climático de vida curta e com impactos relevantes à saúde humana. De acordo com a análise, o transporte rodoviário brasileiro emitiu cerca de 8 mil toneladas por combustão em 2024, com crescimento das emissões por desgaste.
O inventário cobre o período de 1980 a 2024 e tem como objetivo oferecer insumos para políticas públicas de descarbonização do transporte rodoviário no Brasil. “O documento oferece dados essenciais para reduzir emissões, qualificar a gestão ambiental e apoiar a transição para um sistema de transporte mais limpo e sustentável”, comentou Adalberto Maluf, secretário nacional de meio ambiente urbano, recursos hídricos e qualidade ambiental do MMA.
Fonte: ClimaInfo
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