O "Decoupling", ou a desvinculação entre o crescimento econômico e as emissões de Gases do Efeito Estufa - GEE, não é mais uma possibilidade teórica, mas está acontecendo em grande escala. Ou seja, muitos países não dependem mais de emissões para crescer economicamente.
O artigo Dozens of Countries See Their Economy Grow as Emissions Fall), publicado pela Yale Environment 360, da Universidade de Yale, traz a análise de especialistas da Energy and Climate Inteligence Unit, uma think tank sediada em Londres, que demonstram que a economia mundial já vive uma transição em direção à sustentabilidade, havendo uma tendência mundial de desvinculação do crescimento econômico das emissões de Gases do Efeito Estufa - GEE, desmistificando a percepção que a poluição é uma consequência inexorável do "desenvolvimento". Para desenvolver as suas análises, os autores utilizaram dados do Global Carbon Budget e outras fontes. Analisaram dados de 113 países, que representam 97% do PIB Global e 93% das emissões. Compararam dados referentes a uma década anterior ao Acordo de Paris (celebrado em 2015) e a década posterior, que se concluiu em 2025.
Segundo o estudo, na década anterior ao Acordo de Paris, 32 países haviam desvinculado as suas economias das emissões, enquanto 35 tinham alcançado uma desvinculação relativa. Hoje, passados 10 anos do Acordo de Paris, o número já é de 43 e 40.
Passado uma década do Acordo de Paris, os países responsáveis por 46,3% do PIB Global e 36,1% das emissões globais já praticam economias desvinculadas da necessidade de emissões.
Alcançar a Neutralidade Líquida (Net Zero) depende da reversão das curvas de emissão de forma sustentável e estruturalmente declinante. O estudo conclui que muitas economias já estão vergando as suas curvas e que as bases para uma redução absoluta de emissões estão dadas.
Saiba mais em 10 Years Post-Paris: How emissions decoupling has progressed
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Dozens of Countries See Their Economy Grow as Emissions Fall
| Solar arrays in Slovakia, where the economy is growing while emissions are falling. Pexels |
A growing number of countries are showing that it is possible to achieve growth while also cutting emissions.
Historically, more industry meant burning more fossil fuels. But renewable energy has made it possible to generate more wealth without producing more emissions. In the decade since the Paris Agreement, a growing number of countries have “decoupled” growth from emissions, according to a new analysis from the Energy & Climate Intelligence Unit, a think tank based in London.
“We’re sometimes told the world can’t cut emissions without cutting growth. The opposite is happening,” said coauthor John Lang. “Decoupling is now the norm, not the exception.”
The analysis finds that 43 countries, including the U.S. and most of Europe, have completely decoupled growth from emissions over the last decade. Fortunes rose, while emissions fell. Together, these countries account for 46 percent of the global economy.
For another 40 countries, including China and India, emissions are still on the upswing, but the economy is growing faster. These countries account for another 46 percent of the world economy.
In the remaining 30 countries studied, emissions outpaced growth, but these countries amount to a tiny share of the global economy, the analysis showed.
Overall, the shift is toward decoupling, authors said. So while global emissions are continuing to rise, they are growing more slowly than they were a decade ago. “Under the hood, the structural shift is unmistakable,” Lang said. “More countries are bending their curves.”
Fonte: Yale Environment 360

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