quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Lars Grael e Samuel Gonçalves estão entre as quatro duplas brasileiras que disputam o Mundial de Star, nos EUA


Lars Grael e Samuel Gonçalves velejando em Niterói.

Velejador lamenta saída da classe da Rio2016, mas ressalta: “não depende do status olímpico”.

A dupla formada pelos velejadores brasileiros Lars Grael e Samuel Gonçalves estão em São Diego (EUA), para participar do campeonato mundial da classe Star, que acontece entre os dias 31 de agosto e 8 de setembro, com sede no San Diego Yacht Club. A dupla é uma das quatro equipes brasileiras que tentarão uma vaga no pódio contra os demais 70 barcos competidores.

“Lutaremos para tentarmos estar entre os 10 primeiros colocados. Fomos bronze em 2009 e 4º em 2010. San Diego é um local com muita história na vela mundial, com uma ótima raia para a prática da vela”, comenta Lars.

Embora o Star seja considerada o mais técnico entre todos os barcos monotipos, a classe está fora dos Jogos Olímpicos de 2016. No entanto, para Lars Grael, que começou a velejar de Star após o acidente, em 1998, que lhe custou a amputação da perna direita, o fato de a classe não estar nos Jogos do Rio2016 não esvazia os campeonatos.

“A classe Star não foi olímpica entre 1911 e 1928. Depois, ficou fora dos Jogos entre 1973 e 1976, saiu após Atlanta 1996, mas voltou antes de Sidney 2000. É uma classe mais que centenária, e que já provou que não depende do status olímpico, embora quase todos velejadores sensatos lamentem a saída da única classe de barcos de quilha dos Jogos Olímpicos”, ressalta Lars Grael (medalha de bronze em Seul 1988 e Atlanta 1996, ambas na classe Tornado).

Após o acidente, Lars subiu ao pódio mais de 30 vezes, no Brasil e no exterior, entre campeonatos de Star e barcos de Oceano.

Samuel Gonçalves

Proeiro Samuel Gonçalves é ex-aluno do Projeto Grael

Samuel Gonçalves, proeiro do Lars há pelo menos dois anos, é ex-aluno do Projeto Grael – organização social criada pelos irmãos e velejadores Axel, Torben e Lars Grael e o amigo bicampeão olímpico Marcelo Ferreira. Samuca, como também é conhecido, foi um dos primeiros alunos do Projeto Grael, há cerca de 15 anos, quando as atividades ainda aconteciam na areia da Praia de Charitas, em Niterói/RJ. Ao longo dos anos, o jovem passou por diversas oficinas profissionalizantes do Projeto: mecânica, fibra de vidro, marcenaria, entre outras. Mas foi na vela que Samuel se destacou. Em 2010, ele e outros quatro integrantes do Projeto Grael conquistaram o título inédito para o Brasil da tradicional regata Cape Town-Rio. Foram 17 dias de mar entre a África do Sul até cruzarem a linha de chegada na Baía de Guanabara (RJ).

Após essa conquista, Samuel foi convidado a velejar com o bicampeão olímpico Torben Grael, na classe Soto 40. Dali, Samuca, que já havia se formado na faculdade de Desenho Industrial, recebeu o convite irrecusável de Lars para ser seu proeiro na classe Star. Juntos, Lars e Samuel conquistaram títulos importantes na classe, tanto nacionais quanto internacionais.

Os velejadores Lars Grael e Samuel Gonçalves são patrocinados pela Light e Adidas com apoio da Lei de Incentivo ao Esporte.

Da Velassessoria

Fonte: Murillo Novaes

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Assista à entrevista de Lars Grael narrando a regata e explicando as opção estratégicas que o levaram a vencer a primeira regata:

Entrevista com Lars Grael após vencer a primeira regata do Campeonato Mundial de Star, em San Diego, Califórnia




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