segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Pesquisa global aponta queda brasileira no ranking dos doadores

Em sua segunda edição, levantamento criado pela Charities Aid Foundation, o World Giving Index, apontou que o Brasil passou da 76º posição para o 85º lugar, no ranking dos países que cujos habitantes doam, seja dinheiro ou tempo. O estudo é um retrato do comportamento de indivíduos (150 mil) em relação a doações em 153 países, cobrindo 95% da população global.

Com base em uma pesquisa feita pela Gallup ele medir três diferentes tipos de comportamento – doações em dinheiro para organizações sociais, tempo utilizado para trabalho voluntário e ajuda a estranhos. Segundo Márcia Woods, diretora executiva do IDIS, organização que representa a rede CAF no Brasil, apesar da aparente queda, os brasileiros apresentaram m basicamente os mesmos níveis, onde um quarto da população doa dinheiro e quase a metade ofereceu ajuda a estranhos no último mês.

“O que aconteceu é que outras nações avançaram em seus comportamentos. Como no ano passado, temos a mesma visão que o Brasil precisa avançar no assunto. Disposição para contribuir, o brasileiro já demonstrou que não falta. Se nossa legislação se tornar mais favorável, teremos um incentivo a mais para a participação voluntária e doação de recursos”, afirma a diretora executiva.

No 85º lugar, o Brasil ficou com a média de 29% de respondentes solidários: percentual de contribuição financeira (26%); percentual de tempo dedicado ao voluntariado (14%) e percentual de tempo usado para ajudar desconhecidos (48%). Para efeito de comparação, os Estados Unidos ocupam o 1º lugar, com a média de 60% de pessoas solidárias – com percentuais de 65%, 43%e 73%, respectivamente.

No Mundo

Esta edição do World Giving Index mostrou também que a crise econômico-financeira global iniciada em 2008 provocou a diminuição número de pessoas que doaram a causas e, consequentemente, do volume de recursos doados por indivíduos, mas não afetou a disposição de solidariedade para com terceiros. No último ano, cresceu a quantidade de voluntários que doaram tempo para ajudar a quem precisa.

A CAF lembra que o noticiário geralmente foca os aspectos econômicos e políticos das crises, deixando em segundo plano os impactos sobre a solidariedade e a filantropia. “O World Giving Index 2011 visa preencher essa lacuna e revelar até que ponto a turbulência financeira afetou a sociedade civil”, escreveu John Low, diretor-executivo da Charities Aid Foundation, no texto de apresentação do estudo.

Entre os respondentes, 47% disseram que ajudaram desconhecidos, 29% que fizeram doações e 21% que realizaram atividades como voluntários. Na comparação com o ano de 2010, o número de pessoas que apoiaram desconhecidos aumentou 2% (45%-47%) e dos que doaram tempo voluntariamente, 1% (20%-21%). Enquanto isso, caiu 1% o total de doadores de recursos (30%-29%).

Elas responderam a uma única pergunta, que continha três alternativas:
Quais dessas ações você realizou no último mês?
  • Contribuição financeira para instituições filantrópicas;
  • Doou tempo de voluntariado para uma organização;
  • Ajudou um desconhecido (ou alguém que você não sabia precisar de ajuda).
De acordo com o estudo, “apesar de ser impossível estimar ao certo o número de pessoas que essas pontuações representam, podemos assumir que essa mudança significa um aumento de milhões na quantidade de indivíduos envolvidos em atitudes filantrópicas do que há apenas um ano”.

Leia o relatório.

Fonte: GIFE

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