COMENTÁRIO DE AXEL GRAEL:
A matéria aborda o investimento realizado pela Concessionária Águas de Niterói para gerir a rede de distribuição de água na cidade e, com isso reduzir as perdas do sistema. Com a iniciativa, Niterói avança no caminho da Sustentabilidade Urbana pelo uso responsável da água e avança também na construção de uma Cidade Inteligente, com o uso da tecnologia para a sua gestão mais eficiente.
O investimento permitiu que o índice de perda de água em Niterói chegasse a 16%, considerado um dos mais baixos do país. Antes de contar com a concessionária, Niterói tinha uma perda de cerca de 40%.
A matéria aborda também os sistemas de reuso de água que são obrigatórios em Niterói por conta de legislação municipal pioneira. O síndico Clóvis Barreto, de um condomínio em Charitas, afirmou que "a medida sustentável evite um desperdício de até 20% do recurso mensalmente".
O Projeto Grael é citado na matéria como um bom exemplo de gestão da água da chuva. Como afirma a gerente executiva adjunta da organização, Joanna Dutra, a estocagem e a utilização de águas pluviais gera uma economia de quase 50% de água na sede do Projeto Grael, em Jurujuba.
A água das chuvas é aproveitada para lavar os barcos, para regar jardins, para lavar pátios e outros usos em que não seja necessário a água potável. A água é coletada nos telhados e estocada em duas cisternas. O sistema idealizado por um dos fundadores do Projeto Grael, o velejador Torben Grael, aproveita o terreno em declive para que a água da chuva chegue aos pontos de uso por gravidade, evitando assim o bombeamento.
O aproveitamento da água de chuva também tem finalidade educacional, uma vez que a sustentabilidade é uma dos focos do programa do Projeto Grael que, além dos investimentos na sua sede, atua com os seus alunos na retirada do lixo flutuante da Baía de Guanabara e atua em outros temas ambientais.
O aproveitamento da água de chuva também tem finalidade educacional, uma vez que a sustentabilidade é uma dos focos do programa do Projeto Grael que, além dos investimentos na sua sede, atua com os seus alunos na retirada do lixo flutuante da Baía de Guanabara e atua em outros temas ambientais.
Mais uma vez, é Niterói dando bons exemplos de sustentabilidade.
Axel Grael
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Tecnologia a serviço do bem mais precioso
O Centro de Controle Operacional foi uma das medidas que possibilitou alcançar as metas de redução de perdas de água. Foto: Divulgação / Águas de Niterói |
Vanessa Lima
Baixo índice de perdas se reflete nos indicadores sociais do município
Recurso natural indispensável para a sobrevivência do ser humano, a água tornou-se um bem ainda mais valioso desde que o seu uso indiscriminado, antes considerado infinito, passou a apresentar indícios de escassez em todo o mundo. Diante do fato, o consumo sustentável da água transformou-se em um tema de notoriedade no país e diversos setores da iniciativa privada desenvolveram soluções para controlar o uso em empresas, indústrias e residências. Por meio dessas medidas, o índice de perdas de água em Niterói atingiu a marca mínima de 16%, que, antes da chegada da concessionária Águas de Niterói - empresa responsável pelo abastecimento de água na cidade -, era de 40%. Esse resultado permitiu o abastecimento de mais 150 mil pessoas com a mesma quantidade de água. Condomínios da cidade também estão adotando mecanismos de reúso e há quem recorra, inclusive, a sistemas de captação de água das chuvas.
A construção do Centro de Controle Operacional (CCO), no Centro da cidade, foi uma das medidas que possibilitou alcançar as metas de redução de perdas de água. Por intermédio de tecnologias instaladas no local, especialistas controlam a pressão da rede e garantem a melhoria dos processos de distribuição. Assim, é possível verificar problemas no sistema, como rompimentos de adutoras e, neste sentido, a empresa atua interrompendo o fornecimento de água de modo imediato até o reparo do vazamento.
“A universalização da distribuição de água foi possível somente com a ampliação das redes de distribuição e com a redução das perdas. A construção de um moderno CCO para monitoramento e controle automatizado do sistema de distribuição de água do município, com funcionamento 24 horas, também foi crucial para alcançarmos esses resultados positivos. O ‘Geofone’ é outra medida que adotamos para detectar pontos exatos de perdas de água não aparentes nas ruas”, explicou o superintendente da Águas de Niterói, Nelson Gomes.
O baixo índice de perdas vem gerando um impacto positivo nos indicadores sociais do município e, dessa forma, Niterói vem se mantendo com o melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Estado, que inclui o saneamento básico.
Os benefícios dessa iniciativa também despertaram a atenção dos cidadãos para a relevância dos valores sustentáveis e alguns condomínios da cidade já estão investindo em técnicas de filtragem da água para reutilização. No bairro de Charitas, um condomínio residencial utiliza esse procedimento para renovar a água proveniente dos lavatórios, chuveiros e até mesmo da chuva, a fim de reutilizar o recurso nos vasos sanitários. Segundo o síndico do prédio, Clóvis Barreto, estima-se que a medida sustentável evite um desperdício de até 20% do recurso mensalmente.
“O sistema de filtragem coleta a água para a realização do tratamento, através do uso de substâncias químicas e, em seguida, a encaminha para uma cisterna separada, que bombeia o recurso para as descargas. Através dessa iniciativa obtemos um pequeno retorno econômico, mas o maior benefício é de cunho socioambiental. Avaliando o fato, por uma perspectiva sustentável, a longo prazo, estamos colaborando para que as próximas gerações usufruam desse recurso com qualidade. Porque, embora a água doce seja um bem renovável, esse elemento não está em abundância no mundo e é nosso dever controlar seu uso”, disse o síndico.
Recurso natural indispensável para a sobrevivência do ser humano, a água tornou-se um bem ainda mais valioso desde que o seu uso indiscriminado, antes considerado infinito, passou a apresentar indícios de escassez em todo o mundo. Diante do fato, o consumo sustentável da água transformou-se em um tema de notoriedade no país e diversos setores da iniciativa privada desenvolveram soluções para controlar o uso em empresas, indústrias e residências. Por meio dessas medidas, o índice de perdas de água em Niterói atingiu a marca mínima de 16%, que, antes da chegada da concessionária Águas de Niterói - empresa responsável pelo abastecimento de água na cidade -, era de 40%. Esse resultado permitiu o abastecimento de mais 150 mil pessoas com a mesma quantidade de água. Condomínios da cidade também estão adotando mecanismos de reúso e há quem recorra, inclusive, a sistemas de captação de água das chuvas.
"...o índice de perdas de água em Niterói atingiu a marca mínima de 16%, que, antes da chegada da concessionária Águas de Niterói - empresa responsável pelo abastecimento de água na cidade -, era de 40%".
A construção do Centro de Controle Operacional (CCO), no Centro da cidade, foi uma das medidas que possibilitou alcançar as metas de redução de perdas de água. Por intermédio de tecnologias instaladas no local, especialistas controlam a pressão da rede e garantem a melhoria dos processos de distribuição. Assim, é possível verificar problemas no sistema, como rompimentos de adutoras e, neste sentido, a empresa atua interrompendo o fornecimento de água de modo imediato até o reparo do vazamento.
“A universalização da distribuição de água foi possível somente com a ampliação das redes de distribuição e com a redução das perdas. A construção de um moderno CCO para monitoramento e controle automatizado do sistema de distribuição de água do município, com funcionamento 24 horas, também foi crucial para alcançarmos esses resultados positivos. O ‘Geofone’ é outra medida que adotamos para detectar pontos exatos de perdas de água não aparentes nas ruas”, explicou o superintendente da Águas de Niterói, Nelson Gomes.
O baixo índice de perdas vem gerando um impacto positivo nos indicadores sociais do município e, dessa forma, Niterói vem se mantendo com o melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Estado, que inclui o saneamento básico.
Os benefícios dessa iniciativa também despertaram a atenção dos cidadãos para a relevância dos valores sustentáveis e alguns condomínios da cidade já estão investindo em técnicas de filtragem da água para reutilização. No bairro de Charitas, um condomínio residencial utiliza esse procedimento para renovar a água proveniente dos lavatórios, chuveiros e até mesmo da chuva, a fim de reutilizar o recurso nos vasos sanitários. Segundo o síndico do prédio, Clóvis Barreto, estima-se que a medida sustentável evite um desperdício de até 20% do recurso mensalmente.
REUTILIZAÇÃO DE ÁGUA: segundo o síndico Clóvis Barreto, "a medida sustentável evite um desperdício de até 20% do recurso mensalmente".
“O sistema de filtragem coleta a água para a realização do tratamento, através do uso de substâncias químicas e, em seguida, a encaminha para uma cisterna separada, que bombeia o recurso para as descargas. Através dessa iniciativa obtemos um pequeno retorno econômico, mas o maior benefício é de cunho socioambiental. Avaliando o fato, por uma perspectiva sustentável, a longo prazo, estamos colaborando para que as próximas gerações usufruam desse recurso com qualidade. Porque, embora a água doce seja um bem renovável, esse elemento não está em abundância no mundo e é nosso dever controlar seu uso”, disse o síndico.
Projeto Grael dá exemplo
Outra tecnologia criada para conter a perda do recurso é o sistema de captação de água da chuva. A técnica é utilizada no Instituto Rumo Náutico (Projeto Grael), em Jurujuba, com a proposta de reutilizar o recurso na lavagem de barcos, regar jardins e limpar o chão. A gerente do projeto, Joanna Dutra, explica que a água passa por uma calha e é armazenada em duas cisternas, onde passa pelo processo de tratamento.
“Essa água é distribuída para três torneiras, onde é reutilizada todos os dias pelos alunos e funcionários da nossa sede. Atualmente, nossa margem de consumo racional é de 50%, tendo em vista que, pelo menos duas vezes por dia, utilizamos a água captada da chuva para lavagem dos barcos. Sem falar os outros serviços gerais que contam com esse recurso renovado”, ressaltou a profissional, acrescentando que “a medida sustentável praticada pelo Projeto Grael, vem conscientizando os jovens que fazem parte da instituição, por meio da educação ambiental. Agora, eles têm convicção de que não são apenas as águas dos mares que devem ser preservadas, mas também o recurso encanado que chega nas nossas residências todos os dias”, assegurou.
Você sabia?
Uma ducha de 15 minutos consome 135 litros de água. Se desligarmos o chuveiro durante o banho e diminuirmos o tempo para cinco minutos, o consumo reduz para 45 litros.
Mude o sistema de descarga. Quando acionada, a válvula de parede despeja entre 10 e 15 litros de água, já os vasos sanitários com a caixa acoplada consomem entre 3 e 6 litros.
Feche bem a torneira da cozinha. Uma torneira pingando gasta até 46 litros de água, o que representa um gasto de 1.380 litros por mês.
Deixe a roupa suja acumular para lavar de uma vez só. Uma máquina de lavar com capacidade para cinco quilos consome 135 litros de água em um único ciclo de lavagem.
Lavar o carro com a mangueira aberta gasta cerca de 600 litros de água em apenas 30 minutos. Se utilizarmos o balde para realizar a lavagem, o consumo é de apenas 40 litros.
Fonte: O Fluminense
Outra tecnologia criada para conter a perda do recurso é o sistema de captação de água da chuva. A técnica é utilizada no Instituto Rumo Náutico (Projeto Grael), em Jurujuba, com a proposta de reutilizar o recurso na lavagem de barcos, regar jardins e limpar o chão. A gerente do projeto, Joanna Dutra, explica que a água passa por uma calha e é armazenada em duas cisternas, onde passa pelo processo de tratamento.
“Essa água é distribuída para três torneiras, onde é reutilizada todos os dias pelos alunos e funcionários da nossa sede. Atualmente, nossa margem de consumo racional é de 50%, tendo em vista que, pelo menos duas vezes por dia, utilizamos a água captada da chuva para lavagem dos barcos. Sem falar os outros serviços gerais que contam com esse recurso renovado”, ressaltou a profissional, acrescentando que “a medida sustentável praticada pelo Projeto Grael, vem conscientizando os jovens que fazem parte da instituição, por meio da educação ambiental. Agora, eles têm convicção de que não são apenas as águas dos mares que devem ser preservadas, mas também o recurso encanado que chega nas nossas residências todos os dias”, assegurou.
Você sabia?
Uma ducha de 15 minutos consome 135 litros de água. Se desligarmos o chuveiro durante o banho e diminuirmos o tempo para cinco minutos, o consumo reduz para 45 litros.
Mude o sistema de descarga. Quando acionada, a válvula de parede despeja entre 10 e 15 litros de água, já os vasos sanitários com a caixa acoplada consomem entre 3 e 6 litros.
Feche bem a torneira da cozinha. Uma torneira pingando gasta até 46 litros de água, o que representa um gasto de 1.380 litros por mês.
Deixe a roupa suja acumular para lavar de uma vez só. Uma máquina de lavar com capacidade para cinco quilos consome 135 litros de água em um único ciclo de lavagem.
Lavar o carro com a mangueira aberta gasta cerca de 600 litros de água em apenas 30 minutos. Se utilizarmos o balde para realizar a lavagem, o consumo é de apenas 40 litros.
Fonte: O Fluminense
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