Alunos do Projeto Grael que participaram da reforma do Fuzzarca. |
Equipe do LAMMOC (UFF) e do Projeto Grael. |
Ingrid Grael, mãe de Axel, Torben e Lars, na cerimônia de batismo do Fuzzarca, em 2008. |
Reforma do barco Fuzzarca e preparação para uso em pesquisa
Alunos da Oficina Profissionalizante de Fibra de Vidro do Projeto Grael, sob a orientação da instrutora Jaqueline Santuchi, recuperaram o barco Fuzzarca, que pertence ao Projeto Grael, para ser utilizado no Projeto Barco Escola, uma parceria com o Departamento de Engenharia de Recursos Hídricos e do Meio Ambiente, da Universidade Federal Fluminense - UFF.
O Fuzzarca foi adquirido pelo Projeto Grael em 2008 para treinamento dos seus alunos e, ultimamente, sofria com a falta de manutenção desde que o patrocínio que tínhamos para o barco concluiu-se. Com o apoio da UFF, o barco está ficando lindo e será muito útil para os estudos na Baía de Guanabara.
O barco estava sofrendo por falta de manutenção. Veja como estava:
O Fuzzarca estava em péssimo estado, sem manutenção desde que o contrato de patrocínio que o Projeto Grael contava para o barco expirou. |
Veja como, depois de muito trabalho, o Fuzzarca ficou lindo:
Muito trabalho. |
Após a reforma, o Fuzzarca ficou lindo e está pronto para servir aos alunos do Projeto Grael e aos estudantes e pesquisadores da UFF, para |
O nosso agradecimento à UFF por ajudar a viabilizar a reforma do Fuzzarca, também ao Clube Naval, que cedeu espaço, logística e infraestrutura para que o trabalho fosse viável e a todos os alunos e membros da equipe do Projeto Grael e da UFF que trabalharam para reformar o barco.
Que o barco seja muito bem aproveitado, em benefício da educação, da ciência, da pesquisa e do maior conhecimento do ecossistema da Baía de Guanabara. E, à equipe do Projeto Grael, que fique a promessa de manter o barco e que o mesmo não se deteriore novamente.
Bons ventos ao Fuzzarca e a todos que nele naveguem.
Axel Grael
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Projeto Barco Escola incentiva ingresso de alunos da rede pública nas universidades
Promover educação de qualidade e gerar energia sustentável são tarefas complexas e aparentemente distintas, mas o Projeto Barco Escola, desenvolvido pela Engenharia de Recursos Hídricos e do Meio Ambiente consegue integrá-las com sucesso. Esta é mais uma iniciativa da UFF que foca no ensino e no desenvolvimento tecnológico e científico e reflete a busca por soluções que beneficiem diretamente a sociedade.
Com o objetivo de incentivar o ingresso de estudantes da rede pública nas universidades, o projeto teve início em 2013, com a coordenação do professor Márcio Cataldi. Atualmente, o Barco Escola conta com a participação de cerca de 20 alunos da graduação, além de uma parceria de cooperação técnica com o Projeto Grael.
A ideia surgiu após a realização de aulas práticas em um veleiro com o uso de medição atmosférica e se tornou uma oportunidade de estímulo ao conhecimento dos envolvidos. “O incentivo ocorre a partir do contato destes alunos da rede pública com uma universidade que pode ser dinâmica, divertida, atraente, com laboratórios itinerantes, a céu aberto, e principalmente, formada por professores e estudantes que são pessoas comuns, assim como eles”, enfatiza Cataldi.
A união entre a teoria e a prática permite que os participantes adquiram conhecimento de maneira inovadora e estimulante sobre diversos assuntos. “Entre as temáticas que podem ser desenvolvidas a bordo do veleiro, estão: meio ambiente, instrumentação, energias renováveis, física do ambiente, um pouco de história e matemática, além de tecnologia de baixo custo”, descreve o professor.
O projeto apresenta ainda um viés pedagógico desses conceitos também para os estudantes da graduação, permitindo que desenvolvam pesquisas com instrumentação de baixo custo e energias renováveis. Segundo o coordenador, a iniciativa contribui não só para o treinamento de sua capacidade docente nas aulas ministradas pelos graduandos da Engenharia nas escolas, como também para a compreensão da indissociabilidade entre ensino-pesquisa-extensão.
A união entre a teoria e a prática permite que os participantes adquiram conhecimento de maneira inovadora e estimulante sobre diversos assuntos. “Entre as temáticas que podem ser desenvolvidas a bordo do veleiro, estão: meio ambiente, instrumentação, energias renováveis, física do ambiente, um pouco de história e matemática, além de tecnologia de baixo custo”, descreve o professor.
O projeto apresenta ainda um viés pedagógico desses conceitos também para os estudantes da graduação, permitindo que desenvolvam pesquisas com instrumentação de baixo custo e energias renováveis. Segundo o coordenador, a iniciativa contribui não só para o treinamento de sua capacidade docente nas aulas ministradas pelos graduandos da Engenharia nas escolas, como também para a compreensão da indissociabilidade entre ensino-pesquisa-extensão.
A seguir, Márcio Cataldi explica um pouco mais sobre o trabalho coordenado:
Como tem sido o desenvolvimento do projeto?
No ano de 2016, tivemos a primeira experiência com o Colégio Agrícola da UFF, em Magé, e obtivemos um feedback positivo dos alunos que participaram conosco dessa construção. Além disso, conseguimos publicar um trabalho relatando a vivência no 15° Encontro Nacional dos Estudantes de Engenharia Ambiental (XV ENEEAMB), em Belo Horizonte/MG, no mês de julho de 2017. Hoje, o projeto passa por um momento importante nos sonhos e intenções de seus componentes para com a sociedade fora dos muros da universidade. Estamos com parceria fechada com o Projeto Grael, que compartilha das mesmas visões no que diz respeito às questões educacionais e pedagógicas, e disponibilizou o barco Fuzzaca para ser utilizado por nós como laboratório itinerante.
Como tem sido o desenvolvimento do projeto?
No ano de 2016, tivemos a primeira experiência com o Colégio Agrícola da UFF, em Magé, e obtivemos um feedback positivo dos alunos que participaram conosco dessa construção. Além disso, conseguimos publicar um trabalho relatando a vivência no 15° Encontro Nacional dos Estudantes de Engenharia Ambiental (XV ENEEAMB), em Belo Horizonte/MG, no mês de julho de 2017. Hoje, o projeto passa por um momento importante nos sonhos e intenções de seus componentes para com a sociedade fora dos muros da universidade. Estamos com parceria fechada com o Projeto Grael, que compartilha das mesmas visões no que diz respeito às questões educacionais e pedagógicas, e disponibilizou o barco Fuzzaca para ser utilizado por nós como laboratório itinerante.
Quais atividades são realizadas com os estudantes que participam do Barco Escola?
Antes dos alunos irem para a aula embarcada, são ministradas três aulas na escola, uma sobre instrumentação ambiental, outra sobre energias renováveis e uma terceira sobre conceitos náuticos básicos. Além disso, eles tem uma aula na UFF, no Laboratório de Monitoramento e Modelagem do Sistema Climático (Lammoc), com acesso à confecção de instrumentos de baixo custo, que serão utilizados na embarcação. Para as próximas edições teremos também uma aula de educação ambiental. No barco, eles aprendem a fazer medições atmosféricas e oceânicas, tanto com os equipamentos que eles montam, quanto com os de uma estação automática comercial, visualizam a conversão de energias renováveis e auxiliam, de forma controlada, na condução da embarcação. As medições são feitas em locais diferentes, onde as variáveis possuem grandes alterações e cuja natureza é explicada para eles.
Quais equipamentos são utilizados a bordo?
Na embarcação, utilizamos equipamentos atmosféricos e oceânicos comerciais de uma estação automática da marca La Crosse, instrumentos para a medição de temperatura e umidade relativa do ar, pressão atmosférica, precipitação e temperatura da água, montados pelos próprios alunos, com sensores de baixo custo e prototipagem Arduino.
Qual o impacto do projeto Barco Escola no ensino desses estudantes da rede pública?
O principal impacto que nós já percebemos é mesmo na motivação para que eles se esforcem para entrar na universidade. Na nossa última turma, de quase 50 alunos, somente quatro fizeram inscrição no Enem. O que queremos é que eles se encantem pela universidade, que passem por cima das dificuldades e consigam fazer parte do quadro discente das instituições públicas de ensino superior. Percebemos que, ao final do projeto, eles já estão perguntando sobre o nosso curso e também sobre outros cursos da UFF, com um interesse bem maior.
Quais são as perspectivas para o projeto a longo prazo?
As perspectivas são de aumentar o número de alunos da UFF participantes do projeto e que sejam capacitados para ministrar também as aulas, e com isso atender mais escolas. Pretendemos ainda deixar o veleiro totalmente sustentável, com motor elétrico para quando não tiver vento, alimentado por energia eólica, solar e hidrodinâmica. Isso tudo seria utilizado como material didático.
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