Concurso público promete dar cara nova a comunidades de Niterói

Morro do Estado: uma das comunidades que devem ser reurbanizadas. Gustavo Stephan

Município fará parceria com IAB para realizar projeto de reurbanização dos morros do Estado, Arroz e da Chácara

Luiz Gustavo Schmitt

Em parceria com o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), a prefeitura de Niterói promoverá um concurso público de arquitetura para escolher o melhor projeto de reurbanização dos morros do Estado, do Arroz e da Chácara, no Centro. A previsão é que o acordo seja assinado ainda esta semana pelo prefeito Rodrigo neves e pelo presidente do instituto, Sergio Magalhães.

Os morros do Estado e do Arroz devem receber investimentos de R$ 70 milhões por meio de recursos do Ministério das Cidades e do Fundo de Urbanização e Regularização Fundiária (Fuhab), que pertence ao município.

De acordo com a secretária de Urbanismo e Mobilidade, Verena Andreatta, as comunidades ganharão obras de infraestrutura.

— O objetivo é fazer intervenções como esgotamento sanitário, asfaltamento de vias e melhoria da iluminação pública — explica a secretária, lembrando ainda que as intervenções serão realizadas nos mesmos moldes do programa Favela Bairro, no qual ela trabalhou durante sua implantação no Rio, no governo Cesar Maia.

De acordo com informações do Plano Local de Habitação e Interesse Social (PLHIS), elaborado em outubro de 2011, os morros envolvidos no projeto abrigam cerca de 1.900 famílias e estão entre as comunidades de maior densidade populacional de Niterói.

Mesmo sendo patrulhado por um comando de policiamento comunitário e, anteriormente, por um Grupamento de Policiamento de Áreas Especiais (GPAE), o Morro do Estado é considerado um dos bairros mais violentos da cidade. E há rumores entre os especialistas em segurança de que a comunidade poderia ganhar a primeira Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) fora do Rio.

A Secretaria estadual de Segurança, no entanto, não confirma a informação e explica que não antecipa o cronograma de implantação de UPPs por razões estratégicas.

Fonte: site O Globo Niterói