Grande área que fica dentro do terreno da Paróquia São Sebastião de Itaipu está sendo desmatada O Globo / Hudson Pontes |
Vice-prefeito de Niterói diz que ação foi lamentável e nega ter dado autorização
A remoção de 334 árvores da Mata Atlântica causou constrangimento na prefeitura de Niterói e reações indignadas de ambientalistas. Uma denúncia levou fiscais do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) a flagrarem, na última segunda-feira, o desmatamento de um terreno da Paróquia de São Sebastião de Itaipu, na Região Oceânica de Niterói. Ao órgão ambiental, a igreja justificou que precisava limpar a área para celebrar uma missa campal durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ). A paróquia se prepara para receber 800 peregrinos.
O vice-prefeito de Niterói, Axel Grael, disse ontem que o episódio é “lamentável” e negou que a prefeitura tenha dado autorização para o corte num terreno às margens do Parque Estadual da Serra da Tiririca, uma unidade de conservação estadual:
— Um evento destinado à juventude deveria ter caráter educativo e, portanto, compromisso com o meio ambiente e com o futuro. É óbvio que a supressão contraria a legislação.
Ainda ontem, o secretário de Meio Ambiente de Niterói, Daniel Marques, reforçou que não havia autorizado qualquer desmatamento:
— Multamos (os responsáveis), bem como obrigamos que eles façam medidas compensatórias. Agimos.
O GLOBO não conseguiu contato com o padre Casimiro nem com o advogado que representa a paróquia, Rafael Bueno Curi. Eles apresentaram à chefia do Parque da Tiririca, após a inspeção do Inea ao terreno, um termo de compromisso ambiental firmado entre a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Niterói e a paróquia. No documento, a igreja se compromete a replantar a área e recuperar toda a restinga da Praia de Itaipu.
O diretor de Biodiversidade e Áreas Protegidas do Inea, André Ilha, afirmou que o órgão ambiental “jamais daria autorização” para o corte.
— É uma área de amortecimento do Parque da Tiririca. A gente não autorizaria de jeito nenhum. É um fragmento de Mata Atlântica. Vamos autuá-los. Precisamos saber se houve ou não autorização.
Esta não é a primeira polêmica envolvendo meio ambiente e a JMJ. A pedido da Arquidiocese, a Fundação Parques e Jardins chegou a autorizar, no último dia 5, a retirada de 11 coqueiros na Praia do Leme, junto a um dos palcos montados para a Jornada. O prefeito Eduardo Paes acabou vetando a supressão.
Fonte: O Globo
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Igreja Católica é multada em R$ 10 mil por derrubar 334 árvores
Em meio à enxurrada de notícias sobre a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), evento que reúne jovens católicos do mundo inteiro, uma informação negativa chamou atenção dos fiéis. Na última terça-feira (16), a paróquia de São Sebastião de Itaipu, no Rio de Janeiro, foi multada em R$ 10 mil por derrubar 334 árvores em sua propriedade.
A ação teve como objetivo abrir espaço para a realização de uma missa durante a JMJ, período em que o Papa Francisco visitará o Brasil, e foi realizada sem o consentimento dos órgãos municipais. Além da multa aplicada pela Secretaria do Meio Ambiente de Niterói, a instituição terá que replantar a área, em, no máximo, 60 dias.
Segundo informou a Secretaria, a restinga da praia de Itaipu também precisará ser recuperada. O fato de as árvores não fazerem parte da Mata Atlântica e não serem centenárias possibilitaria a derrubada, desde que fossem analisadas as condições. A questão é que tudo foi feito sem a autorização do órgão.
De acordo com o UOL, no início do mês, a organização da JMJ já havia solicitado a retirada de onze coqueiros da praia do Leme, onde ocorrerá uma missa campal. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, até chegou a autorizar a derrubada, porém a pressão de ambientalistas fez com que ele voltasse atrás.
As obrigações da paróquia, que espera receber cerca de 800 peregrinos, foram estabelecidas em um Termo de Compromisso Ambiental.
A JMJ será realizada de 23 a 28 de julho de 2013, na cidade do Rio de Janeiro. O evento será a primeira grande visita internacional do papa Franscisco, que também passará por São Paulo. Com informações do UOL.
Fonte: Redação CicloVivo
Tá na cara que acham que uma missa é muito mais importante que umas meras árvores. Depois, se os fazendeiros podem desmatar e ricos podem construir mansões e pescar em reservas, por que a igreja (ou qualquer outro órgão) respeitaria meio ambiente?
ResponderExcluirLamentável esta atitude!
ResponderExcluirQue os responsáveis sejam punidos! Afinal cuidar da Terra, estamos todos os seres vivos incluídos, sejam vegetais (de qualquer espécie) e animais (o ser humano também); preservar o solo é também nossa responsabilidade através do seu manejo correto, preservando, principalmente, espécies naturais.
Realmente lamentável o fato .... mas aproveito a oportunidade para lembrar as autoridades municipais sobre os critérios de poda das arvores nas ruas das cidade . Tudo parece ser feito sem supervisão técnica e paisagística .... o "mais importante" é a fiação elétrica que em qq cidade desenvolvida é subterrânea . Niterói esta ficando cada vez mais HORRÍVEL !!!!!!!
ResponderExcluirSou estudante do sétimo período do curso de turismo da UFF e venho comentando o que acontece com os poderes públicos, os orgãos fiscalizadores e regulamentadores da paisagem urbana, oq ue estão fazendo permitindo a AMPLA e outras coisas tornarem a cidade esse horror de admirar nas ruas e alguns metros do chão!
ResponderExcluirConforme afirmamos, hoje demos entrada numa Representação no Ministerio Público Estadual; Representação número: 2013.00769371 - Que solicita a presença do INEA, da Secretaria do Meio Ambiente, e da Igreja para esclarecimentos para estabelecer o Inquérito. Solicitamos também a suspenção de qualquer atividade no local, tendo em vista ser uma APP. Solicitamos que sejam apresentados relatórios do INEA e da Secretaria do Meio Ambiente. De acordo com a Lei de Crimes ambientais (Lei 9605/98) Cabe além de multa também a prisão para o infrator.
ResponderExcluirVamos ver se os responsáveis serão punidos !
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