domingo, 1 de julho de 2012
Ilhas do Pai, Mãe e Filha (Niterói) serão anexadas ao Parque da Tiririca
Secretário do Ambiente, Carlos Minc, planeja ações para recuperar litoral oceânico de Niterói
RIO — Um dos cenários mais bonitos do litoral de Niterói será transformado em área de proteção ambiental. As ilhas do Pai, Mãe e Filho, que ficam próximas da orla de Itaipu, serão anexadas ao Parque Estadual da Serra da Tiririca. A ampliação da unidade ambiental, que acontecerá por meio de decreto previsto para ser publicado no próximo semestre, foi anunciada pelo secretário de Estado do Ambiente, Carlos Minc, que também planeja implantar uma reserva extrativista marinha na região. As medidas são uma esperança para a recuperação de ecossistemas da região e para a revitalização da atividade pesqueira. Nas últimas quatro semanas, O GLOBO-Niterói mostrou na série de reportgens “Pesca — Atividade em extinção” que o setor sofre com a degradação ambiental e a falta de infraestrutura.
Segundo Minc, o processo de ampliação do Parque Estadual da Serra da Tiririca está adiantado. Além da anexação das ilhas Pai, Mãe e Filho, serão integrados à unidade de preservação 80% da Reserva Municipal Darcy Ribeiro.
— Vamos realizar audiência pública sobre o tema, ouvir moradores e pescadores. Mas o processo está em fase adiantada. A anexação será da parte terrestre das ilhas. Queremos preservá-la e também estimular o turismo ecológico nas ilhas — afirma Minc.
O secretário explica que com a ampliação do parque e a criação da reserva extrativista marinha de Itaipu, a tendência é que os estoques pesqueiros sejam recompostos.
— A reserva extrativista será a segunda do estado. Estamos estudando a demarcação, mas acredito que seja algo em torno de quatro mil hectares, na área compreendida entre as ilhas e o continente. Com a reserva, ficam proibidas atividades econômicas que possam levar algum tipo de prejuízo ao ambiente. A pesca artesanal será permitida, e acredito que seja beneficiada com a criação de reservas, pois os estoques de peixe aumentam.
Novo ponto de descartes em operação
O novo ponto para descartes de sedimentos dragados da Baía de Guanabara no oceano já está operando. Fixado há três semanas, fica a cerca de 15 quilômetros da orla da Região Oceânica — 7,5 quilômetros e meio mais distante do que os anteriores — com profundidade de 50 metros. Minc explica que o novo ponto não oferece riscos para a atividade pesqueira.
— Os estudos realizados indicavam que a distância de dez quilômetros era segura, mas, atendendo ao pedido de pescadores e do Ministério Público, optamos por adotar um ponto mais distante. Nesse local, a 15 quilômetros, não existem pesqueiros ou parcel. Também está sendo feita uma avaliação ambiental integrada sobre as dragagens. Dependendo do que for concluído, o ponto pode ser novamente alterado.
Fonte: O Globo Niterói
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