Lars e Sofia Grael em regata da Semana de Ilhabela. |
Ilhabela (SP) - O clã dos Grael segue revelando campeões na vela brasileira e a próxima tem tudo para ser Sofia, filha de Lars Grael e Renata Pellicano. A caçulinha estreia em oceano na Rolex Ilhabela Sailing Week a bordo do veloz Mitsubishi/Energisa na classe S40. Com apenas 12 anos, a garota pegou gosto pela modalidade e nem quer voltar ao Optmist, que é a categoria introdutória. No barco, Sofia recebe instruções preciosas do pai e dos tios, Torben e Andrea, e aproveita esta semana em Ilhabela para aprender. A função da pequena é caçar a vela balão. "Foi muito legal velejar pela primeira vez. Eu me diverti muito".
Sofia gostou bastante da experiência inicial em oceano e promete disputar mais edições da Rolex Ilhabela Sailing Week, evento que conta com 150 barcos e mais de 1.400 velejadores. "Eu prefiro velejar com mais gente. Não gosto de competir sozinha", define a garota. Na regata de estreia, disputada nesta segunda-feira (9), Sofia e sua equipe terminaram na terceira colocação a prova mais longa do calendário: 30,4 milhas (56 quilômetros) com largada na Praia da Armação e contornando a Ilha de Búzios, um real teste de resistência. Na terça-feira, seu barco ficou em quarto lugar nas duas regatas entre boias disputadas no norte da Ilha.
A atuação da tímida Sofia enchem de orgulho os pais, que evitam fazer cobranças. "Essa é uma oportunidade de velejar com a família. É uma experiência que ela vai carregar por toda a vida. Espero que goste e siga o caminho", conta a mãe de Sofia, Renata Pellicano. "Se quiser escolher outro esporte, ela terá total apoio da família", acrescenta.
O pai Lars apoia: "No barco de oceano ela se sente em casa. Tenho orgulho de passar para os filhos minha paixão pela vela e pelo mar. Ser campeã e se transformar em uma atleta de ponta é consequência, o importante é ter amor pelo que faz". O velejador sempre diz que Sofia é o maior presente que recebeu após o acidente em 1998, quando acabou perdendo a perna direita. O medalhista olímpico tem três filhos: Trine (23), Nicholas (15) e Sofia (12). Nicholas também veleja com a equipe do pai nas principais competições de oceano.
Na Rolex Ilhabela Sailing Week, Nicholas está a bordo do Maestrale, comandado por Adalberto Casaes, que está na classe ORC 650. "É bom para ganhar experiência e viver novas funções dentro de um barco. Depois deste treino nesta semana a gente pega o Nicholas e coloca de volta no S40, " completa Lars.
A família Grael tem, além de Lars e Torben, outros nomes de destaque na vela como Martine Grael, que está em Ilhabela com o Atik da Marinha do Brasil na classe HPE e Marco, que tenta mais um título da Rolex Ilhabela Sailing Week, agora com o Mitsubishi/Energisa. No S40 também está a mãe deles e esposa de Torben, Andrea.
Apoio aos mirins - Além de Sofia, outros tripulantes mirins disputam a Rolex Ilhabela Sailing Week. A estratégia de colocar a garotada para velejar ao lado dos melhores é incentivada pela organização do campeonato. No Yacht Club de Ilhabela (YCI) é possível ver o corre corre dos jovens de até 15 anos devidamente uniformizados. Os mirins passam por várias funções a bordo e podem num futuro próximo competir pra valer.
"A nova geração da vela é formada no clube. Faz parte da nossa missão fomentar a vela de oceano e esse trabalho vem surtindo efeito. As equipes dão oportunidade aos garotos, que aprendem para toda a vida. Nesta edição temos 25 tripulantes mirins", destaca José Manuel Nolasco, diretor de vela do YCI.
Os comandantes apoiam a iniciativa. "É importante introduzir as crianças na vela. É um fomento para a nossa modalidade e oportunidade para ensinar um pouco do que sabemos para alguém", revela Rubens Bueno, do Pirajá, da RGS Cruiser.
Fonte: ZDL
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