sábado, 30 de junho de 2018

Pessoas da Virada: os 40 anos de luta ambiental de Axel Grael





Há quatro décadas, Axel atua na militância e na política em defesa das causas ambientais - sem jamais abrir mão do prazer de velejar.


“A causa ambiental tem uma mensagem negativa que muitas vezes é pessimista e derrotista. Eu sempre defendi que ninguém se mobiliza pelo que não existe mais. Se a natureza acabou, morreu, o que vamos fazer? Isso desmobiliza as pessoas. O que precisamos é de uma mensagem mais otimista e de exemplos que deram certo. A má notícia pode ser útil para abrir os olhos para o problema, mas se as pessoas não sentirem que podem ser úteis, colocam a atenção em outra coisa. Sempre procuro provocar essa questão porque a gente tem que acreditar na força e na capacidade que a gente tem de mudar.”

Axel Schmidt Grael carrega um dos sobrenomes mais nobres do esporte brasileiro. A família Grael contabiliza mais medalhas olímpicas que muitos países: são duas com Lars (bronze em 1988 e 1996) e cinco com Torben (dois bronzes, em 1988 e 2000; uma prata, em 1984; dois ouros, em 1996 e 2004). Também velejador, Axel, irmão dos medalhistas, compartilha da paixão pelo esporte até hoje. Pelo menos duas vezes por mês, coloca seu barco na água. Mas Axel escolheu outro caminho: a luta pela preservação ambiental.

O mais velho dos irmãos Grael nasceu há 60 anos em São Paulo, mas sua cidade do coração é Niterói, onde morou a maior parte de sua vida, foi eleito vice-prefeito em 2012 e atualmente é secretário executivo municipal. Também em Niterói, em um casarão às margens da Baía de Guanabara, está a sede do Projeto Grael, cujo objetivo é “oferecer aos jovens uma oportunidade educacional e de socialização através de uma experiência náutica”, segundo seu estatuto. Criado em 1998, o projeto já integrou mais de 16 mil jovens em seu programa ambiental e náutico.

Esta não é a primeira iniciativa de Axel na busca por um mundo melhor. Aos 20 anos, ele se formou engenheiro florestal atraído pelas questões ambientais. “Isso nos anos 1970, quando ninguém falava muito sobre o tema”, ressalta. Mas sua ação como militante ambientalista se acelerou por um motivo bastante peculiar: óleo de sardinha.

Na época, havia três fábricas de sardinha em lata próximas à Baía de Guanabara, onde Axel tinha o costume de velejar. O problema é que todos os dias, quando recolhia sua embarcação, ele via seu casco lambuzado de óleo, resultado do descarte incorreto dos resíduos das empresas. “Tentei de tudo para resolver o problema: dialogar com as empresas, reclamar no órgão público… Entendi que não poderia delegar a ação aos outros, eu precisava fazer”, recorda. “Organizei uma regata de protesto que teve cobertura até do Fantástico e, a partir disso, uma turma se reuniu para formar um grupo ambiental”, completa.

Assim, nasceu o MORE, Movimento de Resistência Ecológica, associação que chegou a ter mais de 5 mil inscritos. Sua atuação previa a defesa da Baía de Guanabara, mas se tornou maior e passou a incluir esforços pela despoluição de lagoas e pela adoção de ciclovias, entre outras bandeiras. “Na época, vivíamos em regime de exceção no Brasil e a questão ambiental não era entendida: fomos taxados de comunistas e subversivos”, relata Axel.

Proteção ambiental, ontem e hoje

“Hoje, o assunto está mais em pauta, a Virada Sustentável [na qual Axel foi palestrante em painel sobre água] é um exemplo disso. Mas a causa ambiental e de sustentabilidade, à medida que avançam, põem o sarrafo mais acima”, analisa. Para ele, estamos melhores em relação à poluição química, de metais pesados, óleos e graxas, mas ainda temos sérios problemas em relação à carga orgânica e ao esgoto.

Para Axel, o movimento ambientalista de hoje andou para trás em relação à década de 1980. “Hoje, temos mais consciência, mídia e educação, e essa geração tem essa informação já na escola, mas, como movimento, sinto que regrediu. Naquela época, o engajamento comunitário era forte. Hoje ele existe, mas não tem capilaridade, organicidade e alcance de antes”, pontua.

Axel também faz uma análise crítica dos processos de organização social e cita movimentos como a primavera árabe ou o “Ocuppy Wall Street”, nos Estados Unidos. “A organização não vem de estruturas tradicionais, vem de um lugar amorfo, tem lideranças dispersas. O problema: processos tiveram forças para derrubar regimes, mas, e depois? São efêmeros, mobilizam, mas não dão continuidade”, diz Axel. “Agora, como movimento ambientalista, ainda estamos aprendendo com isso”.

Seja como político, seja como militante, sempre em processo de aprendizado, Axel continua com a mesma motivação que o levou para a luta ambiental: propor alternativas às ações nocivas ao meio ambiente. E, enquanto isso, ainda curte os prazeres que a natureza pode dar, como colocar seu barco na água e sentir o vento dar o seu destino.










Bandeira Azul na Praia do Peró, em Cabo Frio, ganha apoio de Lars Grael





Praia do Peró, em Cabo Frio, tem 7,2 quilômetros de extensão - Rodrigo Bittencourt / Divulgação


Certificação internacional tem como objetivo destacar boas práticas na causa ambiental

RIO — Candidata a receber a Bandeira Azul, a Praia do Peró, em Cabo Frio, ganhou mais um apoiador: o velejador e medalhista olímpico Lars Grael. A certificação internacional é uma iniciativa da Fundação para Educação Ambiental e tem como objetivo elevar o grau de conscientização dos cidadãos e dos tomadores de decisão para a necessidade de se proteger o ambiente marinho e costeiro. Uma das praias mais famosas da Região dos Lagos, o Peró tem 7,5 quilômetros de extensão.

Lars estará em Cabo Frio neste sábado, das 9h ao meio-dia, para participar da campanha Mares Limpos, idealizada pela ONU Meio Ambiente. Estudantes, esportistas, moradores, turistas e ambientalistas farão a limpeza de uma faixa de três quilômetros da praia. A ação será feita na areia (microlixo), na restinga e até no mar, onde o lixo será coletado por remadores de canoas havaianas e mergulhadores.

— Estamos aqui para apoiar a campanha Mares Limpos e a candidatura da Praia do Peró à Bandeira Azul. Em breve, o Peró será transformado numa referência de meio ambiente. Não existe oceano maior que a determinação humana — disse o velejador, que é de uma família de ambientalistas e velejadores, entre os quais Axel Grael, secretário-executivo da Prefeitura de Niterói.

Às 9h, chegam as canoas havaianas junto ao Morro do Vigia, onde os mergulhadores também começam a coletar o lixo subaquático. Mais de 200 pessoas vão participar da limpeza das trilhas das pitangueiras, na restinga que liga a zona urbana do Peró à Praia das Conchas. Paralelamente vão acontecer oficinas de educação ambiental e outras atividades voltadas para adultos e crianças.

Os Amigos do Peró (movimento que defende a preservação da praia) vão se concentrar na tenda do quiosque Delícias do Mar. Eles vão reiterar o pedido ao futuro prefeito de Cabo Frio, Adriano Moreno, para continuidade do projeto Bandeira Azul, melhorias e sinalização dos acessos à região, volta do programa “Atletas do Peró” (destinado aos idosos), ordenamento e revitalização da Praça do Moinho e abertura de um canal de comunicação entre os defensores da praia e o prefeito.

— Para Cabo Frio, município que vive do turismo, a Bandeira Azul é o programa mais importante. Se você tem Bandeira Azul, tem uma praia de qualidade, não somente de água limpa, mas de areia limpa, serviços, ordem pública e acessibilidade — explicou o biólogo Mário Flávio Moreira, ex-secretário-executivo do Consórcio Ambiental Lagos-São João.

Dezenas de ciclistas também vão participar do Dia dos Mares. Eles farão um passeio pelas ruas do Peró convidando a população para as atividades na Praia, que vão contar com o apoio do Convention Bureau de Cabo Frio, que ofereceu a estrutura para a realização do evento.

— É uma honra apoiar as causas nobres, como a limpeza dos Mares e a Bandeira Azul, que será a realização de um grande sonho — disse a presidente do Convention, Maria Inês Oliveiros.


Fonte: O Globo










Projeto Grael vai realizar SEMINÁRIO BARCOS COMO INSTRUMENTOS DE EDUCAÇÃO






O evento que marca comemoração histórica de 20 anos do Projeto Grael acontece entre os dias 16 e 27 de julho na instituição e conta com palestras, oficinas e aulas teórico-práticas de vela, canoagem e remo

O Projeto Grael vai realizar o Seminário Barcos como Instrumento de Educação com o objetivo de proporcionar a capacitação focada no esporte para o desenvolvimento humano integral na com ênfase em modalidades náuticas: vela, canoagem e remo.

A programação do Seminário prevê oficinas práticas, palestras e mesas com profissionais renomados, especialistas em pedagogia do esporte, psicologia do esporte, esporte educacional, aulas teórico-práticas de canoagem, remo e vela, além da importante participação dos irmãos Grael, sendo eles, Lars Grael, Torben Grael e Axel Grael.

De acordo com o coordenador de vela do Projeto Grael, André Martins, os esportes náuticos são extremamente ricos em valores para a vida e trazem aprendizados que vão muito além das técnicas esportivas. Saber explorar todo esse potencial é a chave para promover uma educação esportiva saudável focada no desenvolvimento integral de crianças, jovens e adultos e o seminário busca contribuir para a formação e qualificação de profissionais aptos a atender essa importante tarefa.

O evento acontece entre os dias 16 e 27 de julho nos turnos da manhã e da tarde e será voltado para estudantes e professores de educação física, professores de modalidades náuticas, líderes comunitários que desenvolvam trabalhos com esportes náuticos e demais interessados no universo do esporte com foco em desenvolvimento humano integral. O Projeto Grael fica localizado na Av. Carlos Ermelindo Marins, 494- Jurujuba- Niterói. Maiores informações sobre a programação e a ficha de inscrição em nossas redes sociais: facebook /projetograel. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas até o dia do evento. Contamos com a sua presença!

Sobre o Projeto Grael

Localizado atualmente no coração de Jurujuba e há 20 anos formando campeões, o Projeto Grael foi criado pelos irmãos Lars Grael, Axel Grael e Torben Grael com o objetivo de facilitar o acesso de jovens da rede pública de ensino à educação por meio da vela. De 1998 para cá, mais de 16 mil jovens foram beneficiados pelo Projeto Grael.

Com a missão de promover a cultura da maritimidade bem como a ribeirinha e ampliar o acesso aos esportes náuticos como instrumento de educação, de estímulo à profissionalização, de construção da cidade e inclusão social, o Instituto Rumo Náutico- Projeto Grael vai muito além da proposta de formação esportiva básica, pois foi desenvolvido um método educacional apoiado em três pilares: programa esportivo, programa profissionalizante e programas ambientais para formar campeões na vida.

Fonte: Projeto Grael







NITERÓI CIDADE DO AUDIOVISUAL: Niterói sediará festival de cinema dos Brics no ano que vem



Museu do Cinema do Centro Petrobras, anexo ao Reserva Cultural, terá parte concluída ainda esse ano: serão investido R$ 4,2 milhões no local até 2020 - Roberto Moreyra / Agência O Globo


Investimento previsto para setor audiovisual na cidade é de R$ 34 milhões até 2019

NITERÓI - O projeto Niterói: Cidade do Audiovisual, lançado pela prefeitura em setembro em parceria com o Ministério da Cultura e a Ancine e que pretende transformar a cidade num dos principais polos de produção de cinema do país, ganhou um upgrade. A cidade foi a escolhida pelo governo federal para sediar, no segundo semestre do ano que vem, o festival internacional de cinema dos Brics — grupo de países emergentes que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A previsão é que o setor em Niterói receba até 2019 investimentos na ordem de R$ 34 milhões. Além dos recursos destinados ao festival, anunciado terça-feira, outros R$ 26 milhões serão aplicados em editais de fomento ao segmento; R$ 4,8 milhões vão ser usados para concluir o Centro Petrobras de Cinema, anexo ao Reserva Cultural, em São Domingos; e R$ 380 mil financiarão seis mostras.

Para fortalecer ainda mais a imagem da cidade no setor audiovisual internacional, o ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, e o prefeito Rodrigo Neves lançam a Niterói Film Comission, no próximo dia 17, no consulado brasileiro em Los Angeles, nos Estados Unidos. A ida à meca do cinema para promover a cidade foi noticiada ontem com exclusividade pelo colunista Ancelmo Gois em seu blog no site do GLOBO.

OBRAS NO CENTRO PETROBRAS DE CINEMA

A lei municipal que altera e acrescenta dispositivos ao Código Tributário de Niterói, relativos ao Imposto Sobre Serviço (ISS), com o objetivo de promover a desoneração tributária dos setores de produção cinematográfica e audiovisual, foi aprovada há duas semanas, por unanimidade, na Câmara Municipal. No dia seguinte, Rodrigo Neves sancionou a lei e reduziu a alíquota de ISS de 5% para 2%. Na ocasião, Sérgio Sá Leitão esteve na cidade e anunciou o investimento de R$ 2 milhões para a conclusão das obras internas do prédio do Museu do Cinema Brasileiro (instalado dentro do Centro Petrobras de Cinema) e a realização do festival de filmes do Brics em Niterói.

A verba anunciada pelo MinC se soma agora à quantia já destinada à obra, captada através de duas emendas parlamentares — uma do deputado federal Chico D’Angelo (PDT) e outra do deputado federal Roberto Sales (PRB) — já liberadas, via ministério, uma no valor de R$ 1,3 milhão e outra de R$ 1,5 milhão, somando R$ 2,8 milhões.

A previsão é que parte da reforma na sala multiuso do térreo seja concluída até o segundo semestre do ano que vem, quando acontecerá o festival dos Brics; a outra será finalizada em 2020. O pacote completo inclui a instalação de equipamentos e a criação de um centro tecnológico de pós-produção e capacitação, além de um museu interativo (o primeiro do gênero no país), tudo no primeiro piso do prédio projetado por Oscar Niemeyer.

— A licitação do auditório do Centro Petrobras de Cinema termina em julho, e em agosto começamos as obras. No segundo semestre vamos licitar as obras do Museu do Cinema, que queremos inaugurar em 2020 — explica o prefeito Rodrigo Neves.

CIDADE REFERÊNCIA NO AUDIOVISUAL

O festival de filmes do Brics em Niterói será a quarta edição do evento. A cada ano, um país integrante do grupo assume a presidência do festival, e em 2019 o posto será do Brasil, pela primeira vez. Como a escolha da cidade que receberá o festival fica a cargo do país presidente, o governo federal optou por Niterói, segundo o ministro da Cultura, pelos esforços que vêm sendo feitos na cidade para torná-la referência no setor de audiovisual.

— Independentemente de quem seja o presidente do Brasil no ano que vem, o país estará na presidência do Brics. Nós já havíamos discutido a ideia de ter um grande festival de cinema em Niterói, e acredito que esta seja uma excelente oportunidade — diz Sá Leitão.

Ainda para julho, está prevista a licitação para a realização de seis mostras de cinema no valor de R$ 380 mil, fruto de convênio entre o MinC e a prefeitura.

E até o fim deste mês será divulgado o resultado dos pedidos de financiamento do edital de R$ 6 milhões — R$ 3 milhões da prefeitura e R$ 3 milhões da Ancine, via Fundo Setorial do Audiovisual —, lançado em abril, que contempla produção de obras cinematográficas de longa, curta e média metragem; telefilmes e obras seriadas para TV; distribuição de obras de longa-metragem para comercialização; produção e difusão de conteúdos audiovisuais em novas mídias; manutenção de cineclubes; projeções em espaços urbanos; mostras e festivais de cinema; e pesquisas sobre o setor audiovisual.


Fonte: O Globo Niterói











Vídeo apresenta o SIGEO NITERÓI como um CASO DE SUCESSO na gestão da geoinformação





SIGEO - Niterói, uma cidade inteligente - Caso de Sucesso

Você sabe o que é o SIGEO? Trata-se do Sistema de Gestão da Geoinformação de Niterói, cujo portal foi lançado pela Prefeitura de Niterói em maio de 2018. É uma ferramenta muito útil para o morador de Niterói, para a gestão e o planejamento da cidade, para investidores na nossa economia e para pesquisadores interessados em informações geográficas para os seus estudos urbanísticos, ambientais, sobre saúde e outros.

Em 2017, o SIGEO NITERÓI foi premiado como a melhor iniciativa de gestão da geoinformação do Brasil.


ACESSE E CONHEÇA O PORTAL SIGEO NITERÓI: www.sigeo.niteroi.rj.gov.br


O vídeo, a seguir, apresenta o SIGEO NITERÓI como um "Caso de Sucesso" e ajuda a entender os seus recursos e potencialidades.





A prefeitura municipal de Niterói ampliou mais de 2.182 posições na gestão fiscal e está garantindo melhor qualidade de vida para seus cidadãos com o uso do SIGEO, sistema de informação geográfica criado através da Plataforma ArcGIS. 

Assista o caso de sucesso que mostra como o uso de sistemas integrados, monitoramentos em tempo real, e o uso de apps de campo podem tornar sua cidade uma Smart City.

Conheça mais casos de sucesso: http://cases.img.com.br/


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ACESSE TAMBÉM:

VOCÊ JÁ SABE O QUE É O SIGEO NITERÓI?
SIGEO NITERÓI: Prefeitura lançou plataforma de informações georreferenciadas

- SIGEO NITERÓI

SIGEO NITERÓI: Está no ar o Sistema de Gestão da Geoinformação da Prefeitura de Niterói
SiGEO é escolhido o melhor projeto de gestão de geoinformação do Brasil
Empresa líder mundial em tecnologia de geoinformação divulga a experiência de Niterói como exemplo
TECNOLOGIA - NITERÓI CIDADE INTELIGENTE: Plataforma digital promete deixar Niterói mais inteligente
LANÇAMENTO DO SIGEO NITERÓI - Plataforma de Geoinformação da Prefeitura de Niterói
SIGEO NITERÓI: Experiência de gestão da geoinformação de Niterói repercute em evento técnico internacional nos EUA
Empresa líder mundial em tecnologia de geoinformação divulga a experiência de Niterói como exemplo
SEGURANÇA: acordo integra dados das forças que atuam em Niterói
TECNOLOGIA - NITERÓI CIDADE INTELIGENTE: Plataforma digital promete deixar Niterói mais inteligente
NITERÓI CIDADE INTELIGENTE - SiGEO: Apps para conhecer Niterói
SIGEO NITERÓI: Gestão de Niterói como case de sucesso

- CADASTRO TÉCNICO MULTIFINALITÁRIO

CADASTRO TÉCNICO MULTIFINALITÁRIO: Prefeitura terá informações georreferenciadas centralizadas em banco de dados

- NITERÓI CIDADE INTELIGENTE

NITERÓI CIDADE INTELIGENTE: soluções tecnológicas adotadas em Niterói foram debatidas em evento internacional na FGV
NITERÓI CIDADE INTELIGENTE - Colab.re: um ano a serviço de Niterói
NITERÓI CIDADE INTELIGENTE - TECNOLOGIA - Frota de ônibus de Niterói já ‘cabe’ no celular
MAIS SEGURANÇA EM NITERÓI - Segurança integrada no CISP - CENTRO INTEGRADO DE SEGURANÇA PÚBLICA
CCO - Centro de Controle Operacional do trânsito em Niterói
SISTEMA MUNICIPAL DE DEFESA CIVIL - gerenciamento dos dados da rede de pluviômetros, sirenes e estações meteorológicas
Inclusão digital - PLATAFORMAS URBANAS DIGITAIS
ARBORIBUS: controle georeferenciado da arborização urbana de Niterói
SMART CITIES - Cidades inteligentes criam nova economia
NITERÓI CIDADE INTELIGENTE: Sinais inteligentes serão implantados nas dez áreas consideradas as mais congestionadas da cidade
CISP - Prefeito de Niterói anuncia ampliação do sistema de monitoramento do Cisp
SEGURANÇA: Prefeitura de Niterói publica decreto que cria Observatório de Segurança
SEGURANÇA - CISP: Serviço 153 da Guarda Municipal já passa das 1100 chamadas
MAIS SEGURANÇA EM NITERÓI - CISP: Câmeras já registraram 423 crimes
SEGURANÇA EM NITERÓI - Cisp vai receber em tempo real dados da Polícia Civil sobre veículos roubados
GESTÃO E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS AO CIDADÃO - Novo centro para atender demandas dos Niteroienses
SEGURANÇA EM NITERÓI - Prefeitura de Niterói vai integrar câmeras de condomínios do Jardim Icaraí ao Cisp
Com a ajuda do serviço 153 do Cisp, agentes da Seop capturam suspeito de furto a loja no Centro
Niterói lança aplicativo para que cidadãos denunciem focos de dengue
CISP LANÇA NOVO CANAL DE EMERGÊNCIA - Ligue 153

- PRODUIS

Programa de Desenvolvimento Urbano e Inclusão Social de Niterói (PRODUIS): conheça o escopo do projeto financiado pelo BID
PACOTE DE OBRAS PARA A ZONA NORTE DE NITERÓI - PRODUIS

- EGP-NIT

Superintendente da Caixa diz que EGP de Niterói é considerado modelo
ESCRITÓRIO DE GESTÃO DE PROJETOS DE NITERÓI: SEPLAG capacita profissionais da Prefeitura para a utilização do Sistema EGP-NIT
Sistema de última geração vai fazer o mapeamento de Niterói
Aprovada a criação do Escritório de Gestão de Projetos
Lei 3023/2013, que institui o EGP-Nit










sexta-feira, 29 de junho de 2018

Prefeitura apresenta Pacto Niterói pela Paz ao secretário de segurança do estado







28/06/2018 – O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, apresentou, na tarde desta quinta-feira (28.6), ao secretário de Segurança do Rio de Janeiro, general Richard Nunes, o Plano Niterói Pacto pela Paz, elaborado pelo município em parceria com a organização civil Comunitas. O plano, que vem sendo montado há oito meses, prevê ações integradas em diversas áreas que vão desde infraestrutura até a segurança, passando pelos temas relacionados à saúde, educação, cultura e assistência social, entre outros.

“O plano que apresentamos é fruto de um trabalho que reúne a sociedade civil, os especialistas da segurança, estudiosos do tema e a prefeitura. Nosso objetivo é fazer com que essa iniciativa seja um marco divisor na política de segurança pública no estado e no país. Estamos convictos que esse programa pode representar para a cidade algo muito positivo, principalmente na área da segurança pública”, disse Rodrigo Neves, lembrando das ações já implementadas na cidade, como o programa Niterói Presente, construções de unidades e reforma de outras, tanto da Polícia Militar quanto da Polícia Civil, pagamento de bonificações por desempenho, além de suporte às forças de segurança que o município realizou.

As ações previstas no Plano Municipal de Segurança de Niterói, que será agora avaliado pelos especialistas da Secretaria de Segurança antes de ser lançado, incluem pagamento de novas bonificações por desempenho, investimentos em infraestrutura em comunidades, auxílio a jovens em situação de risco, acompanhamento psicossocial de jovens e suas famílias, programas sociais, culturais e de esporte de forma a resgatar jovens que já estejam cooptados pelo crime e evitar o ingresso de outros na criminalidade.

O secretário de segurança elogiou a iniciativa da prefeitura de Niterói e afirmou que a implementação do Plano Municipal de Segurança da cidade pode se tornar uma referência para outras cidades.

“Gostaria de parabenizar a prefeitura de Niterói por esta iniciativa e dizer que estou muito bem impressionado com um trabalho tão bem feito. A possibilidade de transbordamento, replicação dessa ideia para outros municípios, a meu ver, será um processo natural, especialmente para a área do Consórcio Intermunicipal do Leste Fluminense (Conleste) num primeiro momento.”, disse Nunes.

O plano, agora, será submetido à análise da cúpula da segurança, que fará observações e sugestões, se for o caso, para que ajustes sejam feitos antes de seu lançamento, previsto para os próximos meses. Também foram designados representantes da prefeitura e da própria secretaria de segurança para avaliar as iniciativas propostas pela prefeitura de Niterói.

Ao término do encontro, Rodrigo Neves comentou a reunião: “O encontro foi muito positivo, e extremamente importante para convergir as metas do plano às metas da Secretaria estadual de Segurança Pública. Tenho certeza que nosso programa será muito bem-sucedido e de suma importância para o enfrentamento da violência em Niterói e a partir da experiência desse programa a ideia será replicada para outras cidades.

Entre as ações que serão custeadas pela prefeitura estão: bonificações por desempenho na apreensão de armas de fogo; programa de apoio sócio-emocional para crianças e adolescentes em áreas de conflito; programa ecológico com foco na juventude na periferia de Niterói com contratação de jovens para atuar em ações de limpeza de encostas e reflorestamento; poupança escola com foco na conclusão do Ensino Médio.


Fonte: Prefeitura de Niterói












Plano Operacional da TransOceânica começa em novembro



Parte das obras já serão entregues no próximo mês de agosto. Foto: Leonardo Simplício / Ascom Niterói


Obras viárias do corredor serão concluídas já no mês de agosto

A Prefeitura de Niterói entrega, em agosto, as obras da TransOceânica, corredor viário com 9,3 quilômetros de extensão, passando por 12 bairros da Região Oceânica da cidade. Também será concluída a adequação das calçadas, realocação dos postes e a implantação do último trecho da ciclovia. Em seguida, será iniciada a instalação de mais 11 estações do BHS e, a partir de novembro, o sistema do corredor viário da Região Oceânica começa a funcionar, beneficiando 125 mil pessoas.

O plano operacional da TransOceânica terá uma nova frota de 100 ônibus, sendo 40 veículos elétricos, que serão adquiridos pela Prefeitura de Niterói e cedidos por tempo determinado ao consórcio que atua na Região Oceânica. Todos os veículos seguem o conceito BHS, com piso baixo e porta dos dois lados.

Serão cinco linhas de ônibus que sairão de diversos bairros da Região Oceânica. Duas novas linhas passarão pelo túnel Charitas-Cafubá seguindo até o Centro de Niterói. Uma sairá de Piratininga e a outra de Itaipu. Três linhas seguirão pelo Largo da Batalha até o Centro.

“Com o funcionamento da TransOceânica e a implantação desse sistema operacional, teremos um dos mais modernos sistemas de transporte da América do Sul. Todas essas iniciativas criam um grande programa de mobilidade e sustentabilidade na cidade, com investimento no desenvolvimento sustentável da cidade e a implantação da malha cicloviária”, diz o prefeito de Niterói Rodrigo Neves.

O secretário municipal de Urbanismo, Renato Barandier, explica que a implantação das linhas será feita de forma gradual. A primeira linha começa a circular em novembro. “Ao longo de seis meses faremos esta migração, para que a transição ocorra sem causar transtorno para os usuários. O valor da passagem não sofrerá alteração”, afirma Barandier, ressaltando que com os ônibus elétricos será possível reduzir em até 60% a emissão de gases de efeito estufa.

As estações de ônibus seguirão os modelos das estações do VLT implantado no Rio de Janeiro, mas com o piso na altura do passeio público. Todas terão bicicletário, câmeras de segurança, sistema de sonorização que permitirá a comunicação do centro de controle com os passageiros, além de painéis que irão informar o tempo de chegada de cada ônibus na estação, e de uma grande tela na qual os usuários poderão acompanhar a localização dos coletivos no mapa.

“Todas as estações seguem um padrão que visam o conforto e a segurança dos usuários. A estrutura foi idealizada de forma a impactar o menos possível na paisagem. Cada uma terá bicicletário com 10 vagas, inicialmente, mas dependendo da demanda, este número poderá ser ampliado”, enfatiza Barandier.

Ciclovia - As intervenções do último trecho da ciclovia, com aproximadamente 3,2 quilômetros de extensão, estão sendo realizadas entre o Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp), no Trevo de Piratininga, até a altura da rótula da Avenida Central, em Itaipu, passando pelas ruas Manoel Pacheco de Carvalho, Delfina de Jesus e Professora Alice Picanço. Cerca de 50% da obra já foi executada. Uma casa no fim da Rua Manoel Pacheco de Carvalho será desapropriada para a construção da via.

Todas essas ruas receberão nova pavimentação, sistema de drenagem para facilitar o escoamento da água, além do projeto de reurbanização das calçadas. Será proibido estacionar ao longo destas ruas. Nesta área, a ciclovia terá mão dupla e ficará do lado esquerdo da vida (sentido Itaipu). O trânsito será em mão única com sentido para Itaipu.

Já no trecho entre a Avenida Santo Antônio e a Rua Eduardo Lúcio Picanço, a ciclovia seguirá pela Estrada Francisco da Cruz Nunes. Na rua Professora Alice Picanço será construída uma ponte, com a ciclovia suspensa, na altura do cruzamento com Rua Augusto Vieira Jacques.

Só na Região Oceânica serão feitos 61,3 quilômetros de ciclovia. O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, lembra que para a adequação do projeto, foram realizadas reuniões com moradores e comerciantes da região.

TransOceânica – Serão 13 estações de ônibus BHS, duas já entregues: de Charitas e do Engenho do Mato. Parte da TransOceânica, a construção do túnel Charitas-Cafubá era esperada pelos niteroienses há mais de 40 anos. A nova ligação entre a Zona Sul e a Região Oceânica trouxe resultados positivos no trânsito ao desafogar pontos tradicionalmente críticos como o Largo da Batalha e a Avenida Presidente Roosevelt, em São Francisco. Atualmente, 42.500 veículos, em média, atravessam as galerias diariamente.

Túnel Charitas-Cafubá – Cada uma das galerias tem 1,3 km de extensão e três pistas (duas para carros, uma para ônibus do sistema BHS), além de uma ciclovia, proporcionando ainda mais espaço na cidade para a bicicleta como meio de transporte. Referência em sustentabilidade e segurança para os usuários, o túnel conta com um moderno Centro de Controle Operacional (CCO), que utiliza um sistema inteligente de monitoramento com equipamentos que informam, em tempo real, tudo que acontece nas duas galerias. São 40 câmeras, seis painéis de mensagens, 80 interfones de emergência e 200 sinalizadores de evacuação de área. Para a iluminação são usadas 1.100 lâmpadas de LED.

Fonte: O Fluminense









quinta-feira, 28 de junho de 2018

Alunos da rede pública visitam a Plataforma Digital da Engenhoca







26/06/2018 – Alunos das escolas municipais Adelino Magalhaes e Infante Dom Henrique visitaram a Plataforma Digital da Engenhoca nesta terça-feira (26/06). As visitas fazem parte das comemorações da Semana Municipal da Inclusão Digital. Os alunos puderam interagir com os equipamentos e participar de jogos interativos e educacionais, além de conhecerem os cursos que a unidade oferece.

A Plataforma Digital foi inaugurada no dia 11 de abril pelo prefeito Rodrigo Neves e funciona no Largo de São Jorge, na Engenhoca. O local conta com telecentro (espaço de universalização digital e de acesso à internet), midiateca (sala de jogos interativos e educacionais), estúdio de áudio, cinema comunitário para exposição de filmes, shows e outras atividades educacionais e de entretenimento.

Uma das inovações da Plataforma Digital é o uso da realidade virtual como instrumento de apoio didático. Para isso, o local conta com quatro equipamentos URV (Unidade de Realidade Virtual), que são usados pelos alunos durante os cursos e em atividades de lazer.

A Plataforma disponibiliza cursos gratuitos de Informática Básica I, Informática Básica I - Processamento de Textos, Introdução à Programação para Jovens, Introdução à Robótica com Lego, Introdução à Rede de Computadores, Desenvolvimento de Jogos: Módulo I, Fotografia e Inglês Básico.


Fonte: Prefeitura de Niterói











NITERÓI RESILIENTE: Defesa Civil de Niterói passa a gerir toda a rede pluviométrica municipal



Pluviômetros: rede de equipamentos permitem o monitoramento das chuvas e medição do nível de risco para a população.

Sirene para alerta da população em situação de contingência.

27/06/2018 – Niterói vai se tornar, a partir de julho, a primeira cidade da Região Metropolitana do Estado do Rio de Janeiro, além da capital, a possuir rede pluviométrica autônoma, operada 100% pela Defesa Civil Municipal. No novo formato, o órgão vai gerir todos os dados de pluviômetros do município, sem depender do Centro Estadual de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais.

No verão passado, a Defesa Civil operava 10 pluviômetros. No novo sistema, haverá ampliação da rede, com mais 20 equipamentos distribuídos pelo município, visando uma maior cobertura em áreas de vulnerabilidade. A reformulação engloba também equipe técnica especializada para operar o sistema 24h por dia. De acordo com o tenente coronel Walace Medeiros, secretário de Defesa Civil, o município vai se destacar pela eficácia de alertas emitidos.

“Com a nova configuração, a Defesa Civil de Niterói passará a contar com um sistema mais completo e de alta qualidade para obtenção de dados meteorológicos a serviço da antecipação de possíveis ameaças e consequente preservação de vidas. Chegaremos a 30 pluviômetros geridos pelo município, além das 33 sirenes em localidades como Alarico de Souza e Morro do Estado”, afirma.

Niterói também possui sirenes de alerta para desastres naturais, em 25 pontos da cidade. Em setembro de 2016, a Prefeitura de Niterói assumiu a manutenção do sistema após o governo estadual informar que não poderia mais arcar com os custos do serviço. Em cada comunidade onde há sirene, as rotas de fuga foram sinalizadas para facilitar o acesso dos moradores a locais seguros. Em caso de acionamento das sirenes, a Defesa Civil conta com pontos de apoio, onde cada comunidade tem seu local específico - que pode ser uma escola, uma quadra, etc. São acionados também o SAMU e a Assistência Social para integrar a equipe que vai receber os moradores.

Fonte: Prefeitura de Niterói











terça-feira, 26 de junho de 2018

Expedições à Amazônia revelam novas espécies de sapos, lagartos, aves e plantas







Karina Toledo | Agência FAPESP – A ideia de passar um mês rodeado pelos barulhos da floresta tropical, sem sinal de internet ou chuveiro com água quente, dormindo em redes ou em barracas e trabalhando das cinco horas da manhã à meia-noite até mesmo nos fins de semana pode parecer estressante para muitas pessoas. Mas para o zoólogo Miguel Trefaut Rodrigues esse tipo de viagem é “a coisa mais relaxante do mundo”.

Nos últimos meses, o professor do Instituto de Biociências (IB) da Universidade de São Paulo (USP) liderou duas expedições científicas a regiões praticamente inexploradas da Amazônia. São dois os objetivos principais: expandir o conhecimento sobre os padrões evolutivos da biota neotropical e desvendar, por meio dos estudos com esses animais e plantas, as relações que a floresta atlântica e a Amazônia tiveram no passado.

Cada viagem durou cerca de 30 dias e mobilizou ao menos 10 pesquisadores de diferentes especialidades, além da equipe de apoio logístico. O custo foi financiado pela FAPESP, por meio de projetos coordenados por Rodrigues e por sua colega do IB-USP Cristina Miyaki – ambos realizados no âmbito do Programa BIOTA-FAPESP.

“Na primeira expedição, foram coletados mais de 700 exemplares de 104 espécies diferentes, entre répteis, anfíbios, pequenos mamíferos, aves e plantas. O material ainda está sendo analisado, mas acreditamos que será possível descrever várias espécies novas. Na segunda viagem, foram coletados mais de mil espécimes de aproximadamente 110 espécies – a maioria de lagartos”, contou Rodrigues em entrevista à Agência FAPESP.

Realizada entre os meses de outubro e novembro de 2017, a primeira expedição foi concentrada na região do Pico da Neblina – o ponto mais alto do Brasil, situado a 2.995 metros acima do nível do mar em uma unidade de conservação integral da natureza perto da fronteira com a Venezuela.

Como parte do Parque Nacional do Pico da Neblina se sobrepõe ao território pertencente aos índios Yanomami, os pesquisadores necessitaram de autorização da Fundação Nacional do Índio (Funai) e do Exército para conduzir o trabalho de campo.

“Foi uma longa negociação. Estivemos a ponto de desistir, mas conhecer a fauna da região mais alta do Brasil era um desejo de muitos anos”, contou Rodrigues.

Ao final, decidiu-se que a expedição ocorreria sob a tutela e com o apoio logístico do Exército, que mantém um batalhão de apoio aos Yanomamis na comunidade de Maturacá, distante 150 quilômetros do município de São Gabriel da Cachoeira.

O grupo seguiu de Manaus para Maturacá, onde permaneceu durante 15 dias para as primeiras coletas. A segunda metade do trabalho de campo foi conduzida no alto do Pico da Neblina.

“Sabemos que em altitudes superiores a 1.700 metros prevalecem paisagens que não têm absolutamente nada a ver com a Amazônia atual: são campos abertos e com clima muito mais frio que o da floresta, possivelmente parecido com o que imperava na América do Sul durante os períodos mais frios do Quaternário [aproximadamente de 2,6 milhões de anos até cerca de 10 mil anos atrás]”, disse o pesquisador.

Entre os 700 espécimes coletados, o grupo identificou 12 espécies novas só de sapos e lagartos – além de uma pequena coruja nunca antes descrita pela ciência.

“Em relação às plantas, por enquanto, já foi identificada uma espécie nova. Mas acredito que haja pelo menos uma dezena. São grupos complexos e têm de ser avaliados por especialistas. Os pequenos mamíferos também ainda estão sob análise e muito possivelmente teremos boas surpresas”, disse Rodrigues.

Segundo o pesquisador, o material coletado não servirá apenas para a descrição das novas espécies. Também permitirá entender padrões evolutivos e filogeográficos da fauna sul-americana.

“Vários grupos de animais estão sendo estudados sob o ponto de vista genético, morfológico e fisiológico. Alguns desses estudos ajudarão a avaliar o risco de extinção dessas espécies caso a temperatura desses locais se eleve nos próximos anos”, disse.

Já foi possível observar, por exemplo, que as espécies presentes no Pico da Neblina não têm qualquer relação de parentesco com a biota encontrada nas demais regiões amazônicas. Na avaliação de Rodrigues, tal fato indica que a floresta ainda não estava ali quando o complexo maciço que abriga a montanha se formou.

“Isso é importante, pois sugere uma possível relação da biota do Pico da Neblina com a existente nos Andes, na floresta atlântica e outros biomas. Evidências para isso já temos. Uma das espécies de lagartos que encontramos, o papavento Anolis neblininus, faz parte de uma radiação que abrange espécies andinas e das montanhas da floresta atlântica, no Sudeste do Brasil”, disse.







A barreira fluvial

A segunda expedição amazônica foi realizada entre abril e maio de 2018, desta vez sem o apoio do Exército. “Tivemos de alugar um barco – a única maneira de se deslocar pela floresta. Passamos um mês dormindo em redes dentro do barco, onde também fazíamos todas as refeições e montamos nosso laboratório. Em cada ponto diferente do rio era necessário contratar um guia local. O Rio Negro é cheio de pedras e é muito fácil acontecer um acidente”, contou Rodrigues.

O grupo navegou de Manaus até cerca de 80 quilômetros acima do município de Santa Isabel do Rio Negro – passando pela região em que o Rio Branco desemboca suas águas barrentas no Rio Negro. Espécimes foram coletadas em diferentes pontos desse trajeto, em ambas as margens.

“Por sua baixa densidade e alta acidez, o Rio Negro é considerado pobre do ponto de vista faunístico. Queríamos estudar a influência das águas do Rio Branco na diversidade e abundância de espécies. Outro objetivo foi entender o papel do Rio Negro como barreira geográfica para a diferenciação das espécies. Por isso coletamos em ambas as margens”, explicou Rodrigues.

Armadilhas feitas com baldes e lonas de plástico foram instaladas na mata para capturar pequenos animais – sobretudo répteis e anfíbios. A linha de pesquisa coordenada por Rodrigues tem como objetivo entender a evolução de cobras, lagartos, sapos e pererecas da fauna sul-americana.

“São animais extremamente interessantes do ponto de vista ecossistêmico, pois formam a base da cadeia alimentar. E, nesta segunda expedição, conseguimos uma coleta espetacular, mais de mil exemplares”, disse o pesquisador.

O número elevado de espécimes coletado foi necessário para atender a um dos objetivos da segunda expedição: desvendar os mecanismos de origem de um complexo de espécies de lagartos partenogenéticos do gênero Loxopholis, ou seja, espécies formadas apenas por fêmeas que se reproduzem assexuadamente.

Esse projeto, conduzido por dois pós-doutorandos supervisionados por Rodrigues – Sérgio Marques de Souza e Tuliana Oliveira Brunes –, também procura compreender por que essa região da Amazônia concentra um alto número de lagartos partenogenéticos.

“Coletamos lagartos do gênero Loxopholis em muitos pontos diferentes. Em algumas dessas populações conseguimos encontrar machos. Existem populações bissexuais e outras formadas apenas por fêmeas com cariótipos diploides e triploides [formados por dois ou três conjuntos de cromossomos, diferentemente dos gametas sexuais humanos que possuem apenas um conjunto cromossômico].”

Também foram coletados lagartos arborícolas do gênero Anolis com o intuito de investigar a evolução dessas espécies na América do Sul – objetivo do projeto de pós-doutorado de Ivan Prates, que atualmente é bolsista da Smithsonian Institution, nos Estados Unidos.

Durante a viagem, o grupo descobriu em três locais diferentes do Rio Negro espécies partenogenéticas pertencentes a outro gênero de lagartos: Gymnophthalmus .

“Curiosamente, encontramos esses animais em pontos mais estreitos do rio, sobre dunas de areia que testemunham uma época em que o Rio Negro tinha um clima muito mais seco que o atual. Vamos comparar a amostragem feita em cada margem e avaliar se é a mesma espécie partenogenética ou se são clones diferentes e quando se separaram. Isso vai contribuir para compreender a história do Rio Negro”, disse Rodrigues.

Apesar de ainda ter pela frente um vasto material a ser analisado, a equipe da USP já planeja a próxima expedição à Amazônia, que deve contar novamente com apoio do Exército. Desta vez o objetivo é amostrar a fauna dos altos campos do Parque Nacional de Pacaás, em Rondônia, juntamente com o time de parasitologistas do professor Erney Plessman de Camargo, do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP.


Fonte: Agência FAPESP













'Veneno na mesa' ou modernidade? Tire dúvidas sobre impacto na saúde de novo projeto de lei sobre agrotóxicos



Lei pretende mudar nome "agrotóxicos" para "defensores fitossanitários" (Foto: Nathalia Ceccon/Idaf-ES/Arquivo)


Lei elaborado por Blairo Maggi (PP) muda regras de aprovação, avaliação de riscos e rótulo dos produtos. Proposta foi aprovada em comissão na Câmara dos Deputados.

Na contramão das iniciativas que defendem a agricultura orgânica (sem aditivos químicos) ou sintrópica (que respeita os ciclos da natureza), a Câmara dos Deputados avalia projeto de lei elaborado por Blairo Maggi (PP) que muda regras de aprovação, avaliação de riscos e rótulo dos agrotóxicos.

Abaixo, o G1 aponta o que se sabe e o que ainda não foi esclarecido em relação aos impactos da medida:

Teremos mais agrotóxicos nos alimentos que consumimos?

Não é possível afirmar de modo geral. Entretanto, se aprovada, a lei vai facilitar que novos agrotóxicos sejam utilizados e prevê que as autoridades proíbam apenas as que apresentem "risco inaceitável".

Substâncias perigosas à saúde podem ser liberadas?

De acordo com os críticos, sim. Algumas entidades, como MPF, Inca e a Fiocruz, acreditam que não há "risco aceitável" quando se trata de substâncias com características teratogênicas, carcinogênicas ou mutagênicas, ou que provoquem distúrbios hormonais e danos ao sistema reprodutivo.

O Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg) diz que países próximos, como a Argentina, já fazem a avaliação de risco.

O que muda com o novo projeto?

  • APROVAÇÃO - O processo de aprovação de agrotóxicos passará a ser concentrado em só uma entidade ligada ao Ministério da Agricultura. Hoje ele tramita em paraleloem três órgãos: Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Ministério da Saúde e do Ministério da Agricultura.
  • ANÁLISE DE RISCO - Empresa dona do produto deve apresentar estudo. Produtos com "risco aceitável" passam a ser aceitos.
  • LICENÇAS TEMPORÁRIAS - Lei prevê liberar licenças temporárias. Hoje, processo de liberação demora até 8 anos.
  • NOMENCLATURA - Passará a ser usado os termos "defensivos agrícolas" e "produtos fitossanitários" no lugar de "agrotóxico".

Quando as mudanças entram em vigor?

O texto foi aprovado por 18 votos favoráveis e 9 contrários em uma comissão especial na Câmara. Para virar de fato lei, o projeto precisa ser aprovado em votação no plenário da Câmara e ser sancionada pelo presidente da República.

Por que querem mudar as regras?

O setor diz que atualmente a aprovação de um agrotóxico é cara, burocrática e pode levar até 8 anos, quando o prazo deveria ser de 120 dias.

Os deputados favoráveis dizem que o Brasil está “atrasado” no uso do agrotóxico e precisa se modernizar. “Estamos atrasados com relação a outros países com o que tem de novo para ser usado nesse setor. Nós estamos atrelados à burocracia. Se é agrotóxico, pesticida ou veneno, a quem interessa isso? O que interessa é que o produtor receba o produto e possa usar”, afirmou Adilton Sachetti (PRB-PT).

O que está envolvido na avaliação de risco?

A atual legislação considera que a "identificação do perigo" para a saúde e para o meio ambiente já é suficiente para barrar o uso dos produtos. Segundo Inca, a nova medida leva em consideração os "riscos" e não o "perigo".

"O risco é a probabilidade de ocorrência de um efeito tóxico para a saúde humana e o meio ambiente e a 'análise de riscos' proposta é um processo constituído de três etapas que fixa um limite permitido de exposição aos agrotóxicos, que desconsidera as seguintes questões: a periculosidade intrínseca dos agrotóxicos, o fato de não existir limites seguros de exposição a substâncias mutagênicas e carcinogênicas", diz o texto do Inca.

LEI DOS AGROTÓXICOS

Projeto opõe ambientalistas e ruralistas

Comissão especial da Câmara aprova projeto que flexibiliza o uso de agrotóxico


Fonte: G1




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LEIA TAMBÉM:

"A República Agrotóxica do Brasil", artigo de Denis R. Burgierman
O PROBLEMA DO NITROGÊNIO NOS CORPOS D'ÁGUA: como as mudanças climáticas pioram o problema?  Portal reúne dados sobre agrotóxicos no País 

Recessão reduz emissões de gases-estufa no setor de resíduos





Recuo foi de 0,7% em 2016, indica nova análise de dados do SEEG; desde 1970, setor foi o que viu suas emissões crescerem mais rápido no país
SÃO PAULO, 6 DE JUNHO DE 2018 – As emissões de gases de efeito estufa do setor de Resíduos no Brasil sofreram leve queda de 0,7% no ano de 2016, puxado principalmente pela recessão no país e pelo recuo na gestão de resíduos, de acordo com o mais recente estudo do SEEG (Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa), do Observatório do Clima, divulgado nesta quarta-feira (6).

Baixe aqui o relatório.

No ano em que o PIB brasileiro diminuiu 3,6%, as emissões do setor acumularam 91,97 milhões de toneladas (Mt) de CO2 equivalente (CO2e), o que representa cerca de 4% das emissões nacionais. A redução com relação ao ano de 2015 ficou mais evidente no subsetor de disposição final de resíduos, que teve uma redução de 2,2%, acumulando 52,92 milhões de toneladas de CO2e.

De acordo com o relatório do SEEG, também foi identificado um recuo na gestão de resíduos, com maior quantidade tendo destinação ambientalmente inadequada. “O setor é vulnerável em tempos de instabilidade econômica. Os investimentos para manutenção operacional das atividades são relativamente altos para os municípios, e dessa forma vimos no último ano um enxugamento de gastos”, comentou Iris Coluna, assessora técnica do ICLEI América do Sul e uma das co-autoras do estudo.

Enquanto o período de crise provocou queda na produção industrial e no consumo de bens, a redução de emissões no setor de resíduos não é resultado de aplicação de medidas mais contundentes por parte do Poder Executivo. “Em um cenário de retomada econômica, a tendência é que as emissões voltem a crescer a médio prazo, pois não identificamos maior conformidade com leis nacionais, como a PNRS, e nem maior compromisso em nossa NDC”, alertou Iris Coluna.

Dentre os quatro principais subsetores – disposição de resíduos, tratamento de efluentes industriais, tratamento de efluentes domésticos e incineração de resíduos –, a disposição de resíduos sólidos urbanos ainda é o mais expressivo, representando 57,5% das emissões em 2016, fatia ainda pouco maior do que em 2015.

A região Sudeste continua sendo a principal emissora, representando de forma agregada 51% das emissões totais do setor, com as participações mais expressivas dos estados de São Paulo (29%), Minas Gerais (11%), Rio de Janeiro (10%).

Enquanto a contribuição do setor em âmbito nacional é relativamente baixa, no contexto municipal urbano as emissões oriundas da disposição de resíduos sólidos e efluentes domésticos é mais expressiva, podendo representar de 10 a 20% das emissões nas cidades.

Em sua quinta edição, o relatório analítico do SEEG apresenta as estimativas para o ano de 2016, bem como a revisão dos dados da série histórica de 1970 a 2016. Nesse período, o setor de resíduos foi o que teve o maior aumento percentual de emissões em toda a economia brasileira: 607% (de 13,3 milhões para 91,9 milhões de toneladas de CO2 equivalente).


Fonte: Observatório do Clima














segunda-feira, 25 de junho de 2018

Martine Grael conclui a última etapa da Volvo Ocean Race em segundo lugar e fica em 4° lugar geral



Team AkzoNobel, barco de Martine Grael, próximo a cruzar a linha de chegada em Haia, Holanda, acompanhado por centenas de embarcações celebrando a conclusão da Volvo Ocean Race. 

Martine sentada na borda do Team AkzoNobel nas longas noites em competição.

Disputa acirrada até o final. Team AkzoNobel lidera, à frente do Team Brunel e dos espanhóis do Mapfre.

Team AkzoNobel mantém a liderança.

Bela foto do Mapfre velejando a todo pano.

Torben e Andrea avistam lá no horizonte os três barcos disputando a posição em direção à chegada.

Papai e mamãe corujas orgulhosos de mais um grande feito de Martine.




Imagens do helicóptero da chegada dos barcos em Haia.



Imagens impressionantes da regata Volvo Ocean Race










Projeto Escolas Criativas será implantado na rede pública de Niterói






Livia Neder

Centros avançados instalados em três unidades vão estimular a cultura e a criatividade com consciência ambiental

NITERÓI - Integrar cultura, educação, sustentabilidade e inovação é a missão do projeto Escolas Criativas, que começa a ser implantado em três unidades da rede municipal de Niterói: Francisco Portugal Neves, em Piratininga; Santos Dumont, no Bairro de Fátima; e Heitor Villa-Lobos, na Ilha da Conceição.

Com salas interativas, cada unidade ganhará uma cinemateca. Totens digitais oferecerão conteúdos sobre cultura popular, artes cênicas, música, artes visuais, audiovisual, patrimônio material e imaterial e sustentabilidade.

— Uma das metas é a integração da formação artística com uma programação cultural circulando pelo ambiente escolar. Toda semana teremos exibições de grupos artísticos, sempre combinando com debate sobre os conteúdos que serão apresentados — explica Vinícius Wu, diretor executivo do projeto, desenvolvido pela Quitanda das Artes e patrocinado pela Enel, com apoio da prefeitura, através da secretarias de Educação, Cultura e FAN. — Outro eixo é o da formação, com cursos de iniciação de música, fotografia e audiovisual. Para os professores, haverá formação, com foco na história da arte e na cultura brasileira.

Wu ressalta que o projeto tem potencial de refletir sobre a escola necessária para o século XXI.

— Vamos pensar, a partir dele, em modelos de educação e de escola pública que queremos para o Brasil nos próximos anos. O projeto tem tudo para impactar positivamente o rendimento dos alunos, numa escola como espaço de convergência — diz o diretor executivo que, na última quarta-feira, vistoriou as unidades ao lado de Eires Silveira, coordenador de arte da Fundação Municipal de Educação (FME); Paulo Feitosa, diretor e idealizador do projeto; Fernando Cruz, diretor da FME; e do designer de interiores Tiago Mascarenhas.

As salas de aula do projeto, orçado em R$ 1,2 milhão, terão equipamentos abastecidos com energia fotovoltaica e, paralelamente, um programa de eficiência energética, coordenado pela Enel, será adotado com o objetivo de reduzir o consumo nas escolas. Parte dos recursos foi captada através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, cabendo à prefeitura arcar com o restante.

Qualidade e inclusão

A diretora de Sustentabilidade da Enel, Márcia Massotti, explica que o projeto apoia o ODS4, um dos quatro compromissos assumidos pela companhia na Agenda 2030 das Nações Unidas, que assegura a educação inclusiva e de qualidade e pretende dar oportunidades de aprendizagem ao mundo:

— Acreditamos na educação como parte do processo de inclusão e socialização, com um grande potencial para contribuir com o desenvolvimento das crianças.


Polícia Ambiental faz operação para coibir atividade de baloeiros no RJ



PMs apreendem balões em operação para coibir prática de baloeiros (Foto: Divulgação/PM)


Militares apreenderam dez balões e várias ferramentas de confecção nas zonas Norte e Oeste do Rio, e também em Maricá, na Região dos Lagos. PM alerta que soltura de balões pode provocar incêndios. Saiba como denunciar.

Policiais militares do Rio de Janeiro apreenderam dez balões durante uma operação para coibir venda, soltura e transporte dos artefatos durante as comemorações de São João, que acontecem durante todo o mês de junho. A ação começou às 5h deste domingo (24) em diferentes bairros do Município do Rio e também em Maricá, na Região dos Lagos.

Em Campo Grande, na Zona Oeste da cidade, os militares recolheram: dois balões de 10 metros, um balão de 3 metros, uma bandeira de 25 metros de área, um maçarico, uma boca de arama de 52 cm, 112 fogos de artifício, um rojão e 42 varetas para fazer antena.

Já em Turiaçu, na Zona Norte, foi recolhido um balão de 4 metros; e, em Maricá, na Região dos Lagos, os PMs apreenderam um balão de 12 metros e uma armação de 70 centímetros.

A polícia também encontrou, na Baía de Guanabara, um balão de 15 metros, dois balões de 5 metros, além de um balão de 10 metros. Havia, ainda, uma bandeira de 12 metros e outra de 3 metros. Na Quinta da Boa Vista, Zona Norte, os PMs recolheram um balão de 12 metros e uma bandeira de 27 metros.

Num local próximo à Ponte Rio-Niterói e à pista do Aeroporto Santos Dumont, neste sábado (23), foi flagrado um balão. A presença do artefato naquele espaço aéreo poderia representar um risco para aeronaves. No entanto, não houve registro de incidentes.

Além de atrapalhar aviões e helicópteros, a polícia alerta que balões podem provocar incêndios em florestas e outros tipos de vegetação. Os artefatos são também um perigo em áreas urbanas, podendo cair sobre prédios e casas.

A população pode denunciar a atividade de baloeiros através da Linha Verde, canal exclusivo do Disque Denúncia para reportar esse tipo de crime. Os telefones são: 2253-1177 (capital) ou 0300 253 1177 (interior, custo de ligação local). O anonimato é garantido. A PM garantiu que as operações para coibir a ação de baloeiros vão continuar.

Soltar balões é crime previsto na legislação ambiental e a pena para quem for pego confeccionando, comercializando ou soltando balões que possam causar incêndios é de 1 a 3 anos de detenção ou multa. Ou, as duas penas podem ser aplicadas juntas, de forma cumulativa.


PMs apreendem balões durante operação para coibir atividade de baloeiros (Foto: Divulgação/PM)


60 denúncias em 2018

O Linha Verde, canal exclusivo para denunciar crimes ambientais, já recebeu este ano 60 denúncias envolvendo locais de soltura, comercialização e confecção de balões. O sistema informou que para conscientizar a população sobre os riscos da prática mantém a campanha "Disque Balão".

A partir da campanha, o Linha Verde informou que, desde Janeiro, as denúncias recebidas foram importantes para que a polícia apreendesse cerca de 80 balões e de mais de 1,2 mil materiais utilizados na confecção dos artefatos, como lanternas, bandeiras, buchas e fogos de artifício.
Criada em 1999, a campanha "Disque-Balão" manteve o propósito de estimular a população a denunciar locais de comercialização de balões, o que ajuda na prevenção de incêndios e repressão de baloeiros.

Soltar balões, alerta a Linha Verde, é um risco para a conservação e preservação dos recursos ambientais, além, claro, para a segurança da população. Desde o lançamento da campanha, a iniciativa já recebeu mais de 6,8 mil denúncias sobre a atividade criminosa.


Fonte: G1