Centenas de ciclistas tomam ruas do Centro após conferência - Alexandre Macieira / Riotur |
Natalia Boere
Para participantes da Velo-City, bicicletas são meio de transporte viável na cidade
RIO - Os participantes do Velo-City, maior conferência de mobilidade urbana sobre duas rodas do mundo, que acontece até sexta-feira no Píer Mauá, em sua primeira edição sul-americana, resolveram mostrar, na prática, como é possível fazer da bike um meio de transporte para transitar pela cidade. Nesta quarta, centenas de participantes subiram em seus veículos coloridos e tomaram conta das ruas do Centro do Rio. Eles pedalaram pela Avenida Rio Branco até o Monumento a Estácio de Sá, no Aterro do Flamengo.
— Num momento de crise, como o da greve dos caminhoneiros, muita gente usou a bicicleta para se locomover. Dessas pessoas, com certeza, algumas perceberam que é fácil ir para o trabalho pedalando e resolveram adotar a prática. Mas é preciso que a malha cicloviária da cidade seja eficiente: interligada, munida de bicicletários e com conexão com transportes públicos — disse nesta quarta-feira José Lobo, fundador da ONG Transporte Ativo e um dos organizadores da Velo-City.
Em Copenhagen, onde há 600 mil habitantes e 379 quilômetros de ciclovias, 43% das viagens para o trabalho ou para a escola são feitas por bicicleta.
Segundo Cristophe Najdovski, vice-prefeito de Paris e presidente da ECF, na capital francesa, o número de ciclistas aumentou 13% no ano passado. E o volume de tráfego de veículos (hoje, 600 mil por dia) vem diminuindo 4,5% a cada ano.
EXPANSÃO A PASSOS LENTOS
Apesar de extensa, com 450 quilômetros, a malha cicloviária do Rio deixa a desejar no quesito eficiência. Ela não tem recebido atenção do município desde o início da gestão de Marcelo Crivella, que ainda não expandiu as pistas exclusivas para ciclistas. A previsão é que ele construa 20 quilômetros até 2020. O prefeito atribui o pequeno crescimento à crise financeira, mas, durante o evento, uma promoção da Federação Europeia de Ciclistas (ECF) em parceria com a prefeitura do Rio, representantes de cidades como Paris e Copenhagen mostraram que há soluções de baixo custo.
Em Copenhagen, onde há 600 mil habitantes e 379 quilômetros de ciclovias, 43% das viagens para o trabalho ou para a escola são feitas por bicicleta. Segundo Cristophe Najdovski, vice-prefeito de Paris e presidente da ECF, na capital francesa, o número de ciclistas aumentou 13% no ano passado. E o volume de tráfego de veículos (hoje, 600 mil por dia) vem diminuindo 4,5% a cada ano:
— Não é só uma questão de dinheiro, mas de como você quer que a sua cidade seja. Em grandes avenidas de Paris, transformamos faixas de veículos em faixas para bicicleta, para que as pessoas passem a pedalar.
Fonte: O Globo
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