Em 2014, mundo produziu cerca de 42 milhões de toneladas de lixo eletrônico. O Brasil é um dos poucos países da região a possuir legislação para lidar com o descarte de forma apropriada.
O acúmulo do lixo eletrônico no mundo cresce rapidamente, alcançando cerca de 42 milhões de toneladas em 2014. Este problema é ainda pior em países em desenvolvimento, onde muitas vezes não há recursos adequados para lidar com um descarte apropriado, causando danos ao meio ambiente e à saúde.
Para entender esse fenômeno, várias agências da ONU realizaram um estudo sobre a gestão do lixo eletrônico na Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Uruguai e Venezuela. Os marcos regulatórios desses países foram analisados para orientar sobre a gestão sustentável deste tipo de lixo na região da América Latina como um todo, em médio e longo prazo.
No continente latino-americano, afirma o documento intitulado Gestão Sustentável de Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Eletrônicos na América Latina, o Brasil perde a liderança na quantidade de resíduos de aparelhos econômicos e eletrônicos apenas para os Estados Unidos, produzindo em 2014 a quantia de 1,4 milhão de toneladas. Dos 10 países analisados pelo estudo, apenas Colômbia, Peru, Brasil e Equador possuem marcos regulatórios para o descarte e tratamento adequado desses resíduos.
Além dos benefícios para a saúde e meio ambiente, o documento ressalta que uma melhor gestão pode gerar oportunidades econômicas, principalmente tendo em conta os minérios e materiais valiosos que podem ser recuperados desses resíduos, como ouro, prata e cobre. Para isso, propõe a capacitação dos países para lidar com o lixo eletrônico, a adoção de legislação específica, a sensibilização e participação popular sobre o descarte responsável e o incentivo a estratégias de reciclagem e aproveitamento de resíduos eletroeletrônicos.
O relatório, divulgado nesta terça-feira (19) foi elaborado pela Organização da ONU para a Educação, a Ciência e a Comunicação (UNESCO), a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), a Organização da ONU para o Desenvolvimento Industrial (ONUDI), a Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI), a União Internacional de Telecomunicações (UIT), a Convenção de Basel e o Centro Regional Basileia para América do Sul (CRBAS).
Fonte: ONU no Brasil
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