Niterói Open: Disputas abertas nas quadras do Itaquá Soccer

Na véspera de completar 30 anos de vida, Aline Cabral, de Brasília, celebrou sua segunda participação no torneio. Foto: André Redlich

Patrick Monteiro

Torneio de tênis em cadeira de rodas teve início ontem, em Itaipu, com a participação dos 44 inscritos. Evento contou com a participação de presenças ilustres

Os 44 postulantes aos títulos do 16° Niterói Open foram às quadras do Itaquá Soccer ontem, pelo primeiro dos quatro dias de competição. Além do caneco, os atletas paralímpicos buscavam também melhorar seus posicionamentos no ranking internacional. E, para isso, era essencial passar pela rodada inicial do torneio.

O evento contou com a participação de presenças ilustres, como José Carlos Morais, um dos principais responsáveis pela chegada do tênis em cadeira de rodas ao Brasil há 30 anos. Considerando se tratar de uma comemoração dupla, ele destacou os pontos fortes do certame.

“São duas festas: a décima sexta edição e os trinta anos do esporte aqui. Temos que comemorar, não só pela qualidade dos atletas que vieram. Uma coisa importantíssima é que, entre os brasileiros, estão os quatro melhores do País, e eles, hoje, estão entre os cinquenta melhores do mundo. Então, é um torneio que tem esse diferencial, que o engrandece”, disse José Carlos.

Fotos Axel Grael.

Perto de uma das quadras, era possível notar a aflição de pessoas ligadas aos competidores. Caso da mineira Hadassa Lins, 25, que treina a conterrânea Natiele Ribeiro. Enquanto instruía e torcia pela comandada, ela fazia um resumo da importância de um resultado positivo na Cidade Sorriso.

“A Natiele precisa de pontos, principalmente na categoria júnior. Dependendo da pontuação, se ficar entre as quatro primeiras no ranking, ela disputará o Master da França. Então, quanto mais rodadas ela avançar, melhor. Ela treina de segunda a sexta, em torno de uma hora e meia a duas horas”, explicou Hadassa.

Em quadra, Natiele - que disputa em duas categorias - não decepcionou e venceu a argentina Antonella por 2 sets a 0 (6/3 e 6/1) na adulto. Dessa forma, garantiu seu lugar na semifinal de hoje e aumentou as chances de embarcar para a Europa.

“Tenho todas as possibilidades de chegar ao torneio da França, só preciso demonstrar isso dentro de quadra”, declarou Natiele, de 16 anos.

Derrotada, Antonella avaliou a qualidade da competição: “Vejo o Niterói Open como um bom torneio e importante para somar pontos no ranking. Já joguei nos Estados Unidos e na Colômbia. Hoje, creio que me faltou mais atitude no jogo”.

Quem também não teve sorte foi a brasiliense Aline Cabral, que perdeu para Mika Ishikawa (Canadá). Mas nem por isso ela ficou sem motivos para comemorar.

“Amanhã (hoje), eu completo trinta anos. Já joguei em outros lugares, mas aqui tem uma vantagem, pois está chovendo e a quadra é coberta. Isso nos dá condições de jogar. E nós estamos no Rio de Janeiro, é maravilhoso estar aqui. Por isso, eu estou muito feliz”.

O Niterói Open segue suas atividades até domingo. O evento tem o apoio da Secretaria de Esporte e Lazer de Niterói e a entrada é gratuita.

Fonte: O Fluminense