Emissões globais aumentaram na última década/Foto: Kibae Park/UN |
Ainda há tempo para manter o aumento da temperatura mundial abaixo do limite de 2°C adotado pela comunidade internacional, mas desde que o nível de emissões de gases causadores do efeito estufa diminua para 44 gigatoneladas de CO2 equivalente até 2020, em relação as 48 gigatoneladas emitidas em 2010 (redução de 8,5%).
A conclusão consta no estudo Emission pathways consistent with a 2 °C global temperature limit, desenvolvido por pesquisadores do Instituto de Ciência Atmosférica e Climática de Zurique e da Universidade de Melbourne. O trabalho analisou dois cenários de emissões de dióxido de carbono (CO2), nos quais foi constatada a necessidade da redução de emissões já mencionada para que a temperatura mundial deixe de superar o limite de 2ºC, o que evitaria mais escassez de recursos naturais, insegurança alimentar e migrações forçadas, por exemplo.
De acordo com o estudo, caso a redução de 8,5% das emissões fosse alcançada, a probabilidade da temperatura se manter abaixo do aumento de dois graus seria maior do que 66%. O trabalho pondera, entretanto, que manter o clima em um nível aceitável depende dos países, no que diz respeito ao cumprimento de metas de cortes dos gases.
O estudo alerta que os governos dos países demonstram um esforço insuficiente nesse sentido, uma vez que as emissões de CO2 aumentaram na última década. Os cientistas enfatizam que sem um compromisso firme para colocar em prática ações de mitigação das mudanças climáticas há um grande risco de que a temperatura mundial ultrapasse a média de 2ºC nas próximas décadas, o que resultaria em consequências devastadoras.
Entre o final de novembro e o início de dezembro, será realizada a 17ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre o Clima (COP-17), em Durban (África do Sul). Durante a cúpula, os representantes dos países deverão discutir a possibilidade de elaboração de uma nova fase do Protocolo de Kyoto, que expira em 2012. No entanto, o que foi negociado até o momento indica que a chance de um acordo nesse sentido é pequena, uma vez que os governos das nações que mais poluem o mundo (China e EUA) se recusam a aderir a um novo tratado.
- Conheça o estudo sobre o aquecimento global na íntegra (em inglês)
Com informações de agências internacionais.
Fonte: Ecodesenvolvimento
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