terça-feira, 18 de junho de 2013
"Por que temer o novo?", artigo de Fabiano Gonçalves
Desde nossa infância, temos a triste mania de temer o novo, o desconhecido, as coisas que acontecerão, sem motivos muitas das vezes. Pela simples crença de que o novo pode ser pior, assumimos essa visão distorcida da vida. Não que seja uma regra, contudo está longe de ser uma exceção. Nós, do setor produtivo, temos por premissa acreditar no novo, nas inovações, nas mudanças para melhor, nas novas práticas, pois são essas novidades, inovações, novos modelos, que fazem a vida melhorar. Senão, ainda teríamos até hoje os “videocassete 32 cabeças”, o “rádio a pilha 8 unidades palitos”, enfim, um “aperfeiçoamento” de produtos que não seriam substituídos por novas tecnologias... foi assim com carro, computador, telefonia, etc... da mesma sorte, na questão do comércio e serviços acontece de igual forma: o novo comércio, a nova modalidade de serviço, as mudanças de uma concepção de bairro, isso tudo pode ser muito benéfico para a sociedade.
Por que digo isso? Pelo simples fato de estarmos com uma mudança significativa da região central da cidade de Niterói, e tenho sido muito questionado pelos comerciantes do Centro sobre esse novo momento. Falo para eles o seguinte: do jeito que está pior não dá para ficar! Nossas ruas degradadas, com várias lojas fechando; uma confusão de fiação aparente que inibe toda a beleza das fachadas dos prédios belíssimos que temos; a população frequentando pouco o centro; poucos moradores; uma área desabitada à noite, onde não temos como manter abertas nossas lojas após as 19h. Então pergunto: porque o novo poderá piorar o que temos hoje?
Como Presidente da CDL de Niterói acredito que o Centro é vital para a cidade e deve ser tratado com tal relevância, pois uma cidade forte é uma cidade com comércio forte. Um comércio forte tem um centro comercial forte. E um centro comercial forte somente acontece quando as pessoas circulam, moram, visitam, compram, participam diuturnamente da região. É isso que esperamos do Centro de Niterói! Que seja uma região de fato valorizada, reurbanizada, com novos lançamentos de moradia, para todas as classes sociais. Como está sendo publicado pela imprensa, acho muito bem-vindo para nossa região esses investimentos que estão sendo propagados, pois nas regiões onde ocorreram, como o Porto Maravilha, na cidade do Rio de Janeiro, ouve criação de novos estabelecimentos comerciais, restaurantes, bares, geração de empregos, diretos e indiretos, e a região está recebendo um fluxo de turistas que até então não tinha. Dinheiro novo entrando na cidade. Isso é o que queremos para Niterói, que venha atrair turistas, pelo novo contexto proposto, e principalmente com a visitação do Caminho Niemeyer, que estará inserido num novo contexto de bairro, sendo o grande atrativo da Região.
Vamos em frente pois “Juntos Somos Fortes”.
Fabiano Gonçalves, presidente da Câmara dos Dirigente Lojistas de Niterói
Fonte: O Fluminense
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Eu acredito que a população não tem medo do desenvolvimento urbano sustentável,teme sim a especulação imobiliária que este desenvolvimento pode trazer.E algumas questões de grande relevância para o desenvolvimento sustentável para a cidade sequer saiu do papel.A Cidade precisa antes de pensar em desenvolvimento Urbano criar instrumentos que venham a viabilizar este desenvolvimento dentre os quais .A revisão do Plano Diretor da Cidade,Plano Urbanístico[PUR] e a própia Lei Orgânica do Município.Como é de conhecimento de todos ,são estes instrumentos que vão nortear as políticas Urbana da Cidade.Fico por aqui,não sou especialista na área.Quanto ao companheiro grael e outros especialistas sabem o que falo.Embora leigo no assunto
ResponderExcluirAchei lindo o artigo. Só acho difícil essa revitalização de fato acontecer em niteroi. Trabalho na região e todos os dias me deparo com mendigos, crianças abandonadas, ruas esburacadas, prédios hororrosos, etc... Os recursos nao estão sendo bem empregados na cidade. Talvez tenham ido parar nos bolsos do antigo prefeito, quem sabe ?
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