COMENTÁRIO:
O filme "Aumenta que é Rock 'n Roll", sobre a Rádio Fluminense FM - "A Maldita" - a primeira rádio no Brasil que só tocava rock, que marcou época em Niterói, na Região Metropolitana e em todo o Brasil. Conta uma história marcante: a rádio lançou uma geração de bandas, muitas ainda muito ativas hoje.
Além de ouvinte assíduo, eu me relacionei com a Maldita de várias outras formas. Com dois diretores da Rádio, Luiz Antônio Mello e Hilário Alencar, fundei em 1980, o Movimento de Resistência Ecológica - MORE, uma organização ambientalista pioneira na cidade. Desenvolvemos campanhas contra a poluição da Baía de Guanabara (foco nas fábricas de sardinha de Jurujuba), em defesa das lagoas de Piratininga e Itaipu e pela criação do Parque Estadual da Serra da Tiririca.
Através da rádio, divulgávamos as nossas campanhas em pequenas inserções de 30 segundos, ao longo da programação. Além das campanhas do MORE, já falávamos de temas como desmatamento da Mata Atlântica, Amazônia, biodiversidade e extinção de espécies, mudanças climáticas, desertificação, ciclovias, poluição, agrotóxicos e questões urbanas.
Também nos relacionamos com a Maldita devido à banda Paralamas do Sucesso. Quando cursei engenharia florestal na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - UFRuRJ, dividi alojamento com Bi Ribeiro (cursava Zootecnia), o baixista dos Paralamas e tínhamos o Herbert Viana nos visitando eventualmente. Barone morava em outro alojamento.
Amigo da banda, por volta de 1982, acompanhei os primeiros passos, me lembro da escolha do nome da banda e da gravação da música Vital e sua moto para mandar para a Fluminense FM para ver se emplacava.
Muitas outras bandas do Brasil fizeram o mesmo e foram alçadas ao sucesso pela Maldita.
Gostei muito do que vi no trailer do filme. Vai bombar!!!
Axel Grael
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08/07/2019 - Niterói reviveu, na manhã desta segunda-feira (8), parte do sucesso da rádio Fluminense FM, que ficou conhecida como Maldita. Um trecho promocional do filme "Aumenta que é rock 'n Roll" foi apresentado em uma das salas da rede de cinemas Planet, no shopping Multicenter, na Região Oceânica. A trajetória da rádio niteroiense, que por mais de três décadas foi a predileta dos amantes do rock, está sendo contada no filme dirigido por Tomás Portella e produzido por Cacá Diegues e Renata Almeida Magalhães.
O cineasta Cacá Diegues foi recebido pelo prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, e secretários, para a sessão especial, que contou ainda com a participação de locutores da rádio, atores do filme, e do autor do livro "A onda maldita", Luiz Antônio Mello, que inspirou a produção do longa.
Rodrigo Neves destacou os investimentos realizados pela gestão municipal para o desenvolvimento do setor audiovisual em Niterói, como a redução de alíquotas e o lançamento de um edital de fomento. O prefeito lembrou também que a cidade tem maior quantidade de salas de cinema por habitante do Brasil.
“O programa do audiovisual tem como objetivo consolidar Niterói como referência neste segmento. Sancionamos a lei que reduz a alíquota do ISS do setor audiovisual de 5% para 2%. A medida faz parte do pacote de ações para tornar a cidade um polo de referência para o setor. Niterói teve a primeira faculdade de Cinema, criada por Nelson Pereira dos Santos, na Universidade Federal Fluminense (UFF). O município também reúne belezas naturais incríveis e nosso patrimônio histórico, tudo isso precisa ser conhecido pelo Brasil e pelo mundo”, afirmou Neves.
O prefeito ressaltou, ainda, que as iniciativas já vêm apresentando resultados e que, nos últimos dois anos, foi registrado um aumento de 65% do número de produtoras de audiovisual com alvará em Niterói.
“No edital de fomento com a Ancine, uma das exigências é que parte das produções seja filmada em Niterói. Hoje, temos 19 produções entre curta, média e longa-metragem sendo feitas na cidade e serão lançadas ao longo dos próximos anos. É muito importante que a gente defenda o cinema nacional, que mostra a história do Brasil para o mundo. E o Cacá Diegues tem essa virtude extraordinária, apresentando um cinema de extrema qualidade. Esse filme sobre a rádio niteroiense vai ser um sucesso. A história da Maldita é a história de Niterói, é a história do rock brasileiro”, reforçou Rodrigo Neves.
Cacá Diegues fez questão de agradecer a todo o apoio que vem recebendo do Município não só para a realização desta produção, como para o desenvolvimento do setor audiovisual na cidade.
“Tudo que está acontecendo com o cinema em Niterói me deixa muito feliz e orgulhoso. A cidade está se transformando numa cidade cinematográfica muito importante. Esse filme é sobre a rádio que mudou a cultura brasileira, e o prefeito Rodrigo Neves transformou Niterói na capital do cinema”, comentou Diegues.
O diretor do longa, Tomás Portella, destacou que, assim como a Maldita fez história e mudou o comportamento de uma geração, ele acredita que o mesmo poderá acontecer quando o filme chegar às telas no próximo verão.
“Chegamos à história do filme após ler o livro do Luiz Antônio Mello, “A onda maldita”, e vimos o quanto a rádio foi importante, e como essa história merecia ir para as telas. A rádio marcou um comportamento e fez história. Esperamos que isso aconteça com o filme. Quem viveu aquela época poderá se identificar, e as novas gerações entenderão a trajetória do rock e a importância das bandas e artistas que continuam até hoje”, observou.
Eram 6 horas do dia 1º de março de 1982 quando a rádio Fluminense FM entrou no ar, abalando as estruturas do dial. O longa, que traz o ator Jhonny Massaro no papel do jornalista Luiz Antônio Mello, criador da Maldita, teve o roteiro adaptado por L.G. Bayão. E os 15 minutos da “demo” foram suficientes para emocionar Mello.
“Foi uma emoção muito grande assistir a parte da história que vivemos na rádio. As imagens estão incríveis e me transportaram para aqueles momentos em que trabalhávamos para mostrar o que o que era o rock e seus cantores. Quando vimos, já estávamos saindo de Niterói e abrindo espaço para o Brasil. E estar aqui hoje com pessoas tão queridas e que marcaram essa época é demais”, disse Mello, emocionado. “Esse filme irá resgatar não só a história da Maldita, mas da própria cidade, que ganhou destaque no cenário nacional na década de 80 por sediar a rádio responsável por lançar inúmeras bandas de rock”, acrescentou.
Entre os locutores da Maldita que assistiram a sessão especial estava a jornalista e niteroiense Mylena Ciribelli, que durante anos foi a voz oficial da rádio.
“Muito incrível tudo isso que estamos vivendo aqui. Tive a impressão de que eu estava lá novamente no estúdio, com os móveis, as pessoas... Tínhamos muitas dificuldades, mas o trabalho final era sempre muito bom. Lançamos e marcamos época”, comemorou Mylena.
Fonte: Prefeitura de Niterói
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