quarta-feira, 24 de julho de 2019

Ranking do saneamento básico no Brasil aponta que cinco cidades do RJ estão entre as piores do país



Levantamento considerou as 100 maiores cidades do país. Nova Iguaçu (82º), São João de Meriti (89º), Duque de Caxias (91º), São Gonçalo (92º) e Belford Roxo (95º) estão entre as piores. Niterói entre as 10 primeiras.

Por André Trigueiro, RJ2

Cidades da Baixada Fluminense estão entre as piores do Brasil no esgoto sem tratamento. Assista à reportagem da Globo.


Cinco municípios da região da Baixada Fluminense estão entre os piores do país na qualidade dos serviços de água e esgoto. São eles: Belford Roxo; São Gonçalo; Duque de Caxias; São João de Meriti; e Nova Iguaçu.

A avaliação foi divulgada nesta terça-feira (23), no ranking do saneamento básico no Brasil, levantamento feito pelo Instituto Trata Brasil, que mediu a qualidade dos serviços de água e esgoto entre as 100 maiores cidades do país.

Primeiras no ranking

Niterói foi a única cidade do Estado que ficou entre as 10 primeiras do ranking. Outros destaques positivos do RJ foram Petrópolis (39º) e Campos dos Goytacazes (40º).

O estudo mostra também que nas três cidades bem avaliadas do Rio de Janeiro os serviços de água e esgoto foram concedidos à iniciativa privada.

Em Niterói, 100% da população é atendida com água tratada e 95% dos moradores do município contam com coleta e tratamento de esgoto – hoje a cargo da concessionária Águas de Niterói.

"Quando o município entrega o serviço para o setor privado normalmente ele é bem mais cobrado, então ele não tem outra opção a não ser investir. E aí, os números vão melhorando. Não significa que a empresa pública não seja boa, não é isso. Muitas cidades são muito bem operadas por empresas públicas no Brasil também", opinou Édson Carlos, presidente do Instituto Trata Brasil.

Cedae atende os 5 piores

Na ponta inferior da tabela, estão Nova Iguaçu (82º), São João de Meriti (89º), Duque de Caxias (91º), São Gonçalo (92º) e Belford Roxo (95º).

Todos esses municípios estão sob os cuidados da Cedae, que consegue levar água tratada para a maioria absoluta da população. Contudo, quando o assunto é o tratamento de esgoto, o resultado não agrada.

Segundo o levantamento, todo o esgoto que não é tratado nessas cidades acaba na Baía de Guanabara.

As cidades de Nova Iguaçu e São João de Meriti, na Baixada Fluminense, praticamente não tratam seus esgotos. Belford Roxo e Duque de Caxias, também na Baixada, tratam 5% e 6%, respectivamente, dos seus rejeitos.

Já São Gonçalo, na Região Metropolitana, trata 15% de seu esgoto.

De acordo com os especialistas, são milhões de litros de esgoto in natura poluindo todos os dias os rios das próprias cidades e depois, um dos mais conhecidos cartões postais do país, a Baía de Guanabara.

"[Tratar o esgoto] é o básico. É o mínimo que nossos governantes poderiam investir. Poderiam suprir essa necessidade. Isso evitaria muitas doenças", disse Daise Lucy, bacharel em direito.

Capital aparece no meio da tabela

A capital do Estado se encontra na parte intermediária do ranking, na posição 51º. A Cedae administra a maior parte dos serviços da cidade, onde a água tratada chega para quase 100% dos moradores (99,16%).

Mas quado o assunto é o esgoto, apenas 46% dos cariocas recebem algum tipo de tratamento.

"Há um histórico de pouco tratamento de esgoto pela Cedae em vários municípios. São poucos eles que o esgoto tratado melhorou. Um deles é a capital. No caso da Cedae durante muitos anos, o esgoto não foi uma prioridade da empresa operadora. Isso cria esse déficit grande que agora ela precisa correr atrás para poder cumprir com a sua obrigação que é fornecer água para o cidadão, mas também tirar o esgoto, tratar para que essa água seja devolvida corretamente para natureza", disse Édson Carlos.


Fonte: G1










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