Mesmo com chuva evento foi realizado e competição de skate foi mantida. Foto: André Redlich |
Ana Paula Soares
Mesmo sob chuva, Niterói SK8 Downhill – Festival de Cultura Urbana, foi realizado. Além de praticantes de esporte, evento contou com participação de DJ’s e batalha de MC’s
Mesmo debaixo de uma chuva fina e constante, aconteceu neste domingo, na Boa Viagem, em Niterói, a 3ª edição do “Niterói SK8 Downhill – Festival de Cultura Urbana”. A iniciativa faz parte do calendário de eventos da cidade e está inserida na Slide Liga Brazil, tendo o presidente da Liga, Kauê Mesaque, como um de seus três juízes (o que faz essa etapa ser válida para o campeonato nacional). O encontro esportivo e cultural aconteceu na rampa e no pátio do Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC). Foram disponibilizadas 115 vagas e o evento, até o momento do fechamento desta matéria, contava com 90 atletas inscritos.
“A previsão do tempo já não era animadora e tivemos muita dificuldade com isso, pois era uma decisão complicada porque a maioria dos atletas já tinha comprado passagem e feito reservas para ficar em Niterói. Decidimos, então, manter o evento, preservando sempre a segurança dos atletas e, se a chuva apertasse, teríamos a bateria suspensa até diminuir. Se não houvesse condição de retomá-la, ela seria cancelada. Esse tempo pode inibir o público, mas os atletas conseguem praticar e exibir o seu desempenho”, afirmou George Balboa, um dos idealizadores por trás do evento.
A Cidade Sorriso é a quinta etapa entre sete que acontecem em municípios espalhados pelo Brasil e atingiu essa credibilidade por uma série de requisitos, como cenografia, os responsáveis técnicos do campeonato, os apoiadores e o número de atletas amadores ou profissionais inscritos. Dividido em duas modalidades: downhill longboard (com skates maiores) e downhill slide; as categorias são: iniciante, amador, master e feminino.
“Niterói foi parar no circuito nacional através de um projeto, feito com a união de várias forças, e é um orgulho para a gente fazer parte da Slide Liga Brazil, um circuito referência, com as melhores modalidades, nas quais, agora, Niterói está inserida. Nossa etapa já é privilegiada pela localização, com essa vista incrível. Fazemos tudo sem visar lucro e estamos felizes com o resultado”, falou George.
A categoria principal do dia é a amadora, porém era a iniciante que tinha mais inscritos: 35 skatitas.
“Os critérios de julgamentos são bem simples: estilo, grau de dificuldade da manobra, aproveitamento de pista e velocidade. Conforme o tempo passa, está mais difícil de julgar. Os atletas estão ficando melhores e mais desafiadores”, avaliou um dos juízes do campeonato e campeão brasileiro de 2012, o atleta profissional de downhill longboard Diego Polito.
Uma grande inspiração para os jovens da competição é o pentacampeão mundial de downhill, Sergio Yuppie, que já esteve na cidade competido e, ano passado, julgando os atletas.
“Sempre que eu posso venho a Niterói. Já estive aqui competindo em um campeonato brasileiro e para mim é sempre uma honra. Ainda bem que o evento aconteceu, estou adorando. Continuo viajando dentro e fora do Brasil para divulgar e incentivar o esporte. O nível está alto, com cada vez mais estilo, sem contar no número de mulheres que vem aumentando. O skate é o segundo esporte mais praticado no país e isso é um orgulho para mim”, enfatiza Sergio, que há quatro anos parou de competir, mas pratica por hobby.
A programação do “Niterói SK8 Downhill – Festival de Cultura Urbana” foi extensa e incluiu a Batalha do Conhecimento, idealizada por MC Marechal como alternativa ao modelo tradicional das batalhas de MC´s; a Família Conjuntivite, com a participação da SSM, Oriente, Caixa Baixa, Chakras, DJ RK e os MC's LC e LM; e animação com vinil durante os intervalos com o coletivo Vitrolinha (DJ's Tata Ogan e Liz Tibau). Um dos destaques foi a exposição da fotógrafa Clarissa Mattos (“Urbanidades”, série de imagens de Street Art iniciada em Nova Iorque), além do grafite feito ao vivo em esculturas que irão compor o cenário, criadas especialmente para o evento com Andréa Paula AP, Justin Phame e Marcelo Melo.
“A gente tentou reunir o trabalho de artistas independentes de Niterói e dar a eles o destaque que eles merecem. Niterói é uma cidade com uma potência artística muito forte, principalmente no meio da cultura urbana. É importantíssimo a gente valorizá-los os artistas), pois muitos são da cidade e estão fazendo muito sucesso fora dela”, avalia a diretora da Doces Produções (que realizou o evento) e idealizadora do evento, Thayza de Oliveira Gomes.
Fonte: O Fluminense
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