quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Sistema ONU no Brasil comemora avanços na recuperação da camada de ozônio


Organização Meteorológica Mundial lança estudo mostrando avanços positivos na preservação da camada de ozônio. Foto: Flickr/Jussi Mononen (Creative Commons)

Para comemorar o Dia Internacional de Preservação da Camada de Ozônio, um CineDebate foi promovido nesta terça-feira (16) pela ONU Verde, grupo especial do Sistema ONU no Brasil liderado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), que visa a ajudar na criação de uma nova cultura de consciência ambiental dentro dos escritórios da ONU.

Durante a abertura do evento, o representante residente do PNUD e coordenador do Sistema ONU no Brasil, Jorge Chediek, disse que os funcionários das Nações Unidas devem se engajar com as causas ambientais não somente no âmbito profissional, mas também no âmbito pessoal.

A gerente de Proteção da Camada de Ozônio da Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente (SMCQ/MMA), Magna Luduvice, afirmou durante o debate que “o Ministério vem tentando fazer com que as empresas mudem as substâncias com que trabalham para diminuir os efeitos na camada de ozônio, e que isso vai ser uma mudança constante”.

O Brasil conseguiu eliminar o consumo e produção de gases CFC, contribuindo para a redução de 9.276 toneladas de gases e agora luta para eliminar o HCFC. Saiba mais.

Sobre o Protocolo de Montreal

Assista abaixo o vídeo da diretora da Unidade do Protocolo de Montreal no PNUD em Nova York, Suely Carvalho, sobre o Protocolo de Montreal e as ações no Brasil:





Os esforços dos países para mudar a tendência de destruição da camada de ozônio se iniciou com a assinatura do Protocolo de Montreal em 1987. Esse tratado institucionalizou a proibição, entre os países signatários, da emissão de substâncias destruidoras da camada de ozônio, como os gases CFC, existentes em produtos químicos como sprays ou usados nos sistemas de refrigeração de geladeiras, e HCFC presentes, por exemplo, em espumas.

O subsecretário-geral da ONU e diretor geral do Programa da Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), Achim Steiner, disse que há indicações positivas de que até 2050 a camada de ozônio atinja os níveis que tinha em 1980. Sem o Protocolo de Montreal e acordos associados, os níveis atmosféricos de substâncias que destroem o ozônio poderia ter aumentado em dez vezes até 2050, mas a ação internacional concertada conseguiu reverter tais tendências.

A proteção contra os raios ultravioleta é essencial para uma vida saudável na Terra, pois evita câncer de pele, problemas oculares e no sistema imunológico humano, além de contribuir à proteção da vida selvagem e da agricultura.

“O Protocolo também tem contribuído significativamente para a luta contra as mudanças climáticas, já que muitas das substâncias que empobrecem a camada de ozônio são também poderosos gases de efeito estufa”, disse Ban Ki-Moon, secretário-geral da ONU.

O secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial (OMM), Michel Jarraud, declarou que “a ação internacional na camada de ozônio é uma grande história de urgência e unidade para lidar com o desafio ainda maior da mudança climática”.

O sucesso das medidas do Protocolo de Montreal deve servir de inspiração para a luta contra as alterações climáticas, pois o protocolo mostrou que a comunidade internacional e o setor privado podem obter transformações positivas para o bem de todos.

Fonte: ONU no Brasil






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