sábado, 16 de agosto de 2014

"O BRASIL NÃO MERECIA. Eduardo Campos, uma perda irreparável". Texto de Lars Grael




O BRASIL NÃO MERECIA

Eduardo Campos, uma perda irreparável.

Como brasileiro, sinto-me profundamente consternado com a perda do Candidato a Presidente da República e ex-Governador do Estado de Pernambuco, Eduardo Campos.

Uma fatalidade para um Brasil carente de novas lideranças políticas, que via surgir uma nova 3ª Via da candidatura presidencial de um político jovem, alegre, sedutor e muito bem aprovado pelo povo de seu Pernambuco.

Perde Pernambuco, um dos nomes mais ilustres da sua história política recente. Pernambuco produziu grandes nomes na política como Miguel Arraes (avô de Eduardo Campos), o Vice Presidente da República Marco Maciel e o Senador Jarbas Vasconcellos. Eduardo passou a representar uma envergadura ainda maior que ultrapassou a todos estes ilustres políticos.

Perde o Nordeste que viu pela segunda vez uma grande liderança política forjada para presidir o Brasil, fatalmente falecer ceifando esta trajetória ao poder. O primeiro foi o Deputado Baiano Luis Eduardo Magalhães.

Conheci Eduardo há anos quando fui ao Recife proferir palestra para evento nacional da Construtora Odebrecht. O Governador Eduardo Campos estava na abertura do evento e disse-me que assistiria a abertura da minha palestra. Acabou por assistir ela inteira e após minha apresentação, sentamos na mesma mesa de jantar. Naquele momento, conheci o jovem idealista que brilhava seus olhos ao debater o futuro da Nação. Chegamos a tentar combinar uma visita junta a Fernando de Noronha que nunca se consumou, dado as nossas agendas distintas, porém intensas.
 
"Perde o Brasil, uma liderança alternativa à escolha de continuar o que já temos, ou voltar, ao que tivemos".


Voltamos a nos encontrar em Ouro Preto/MG, quando juntos recebemos das mãos do então Governador de Minas Gerais Aécio Neves, a medalha da Inconfidência Mineira.

Perde o Brasil, uma liderança alternativa à escolha de continuar o que já temos, ou voltar, ao que tivemos. Eduardo não representava exatamente uma ruptura, uma vez que seu PSB foi parceiro do projeto político de poder do PT. Eduardo foi Ministro do Governo Lula. Por outro lado, percebeu a necessidade de apresentar uma corrente alternativa ao populismo e ao declínio econômico que o Brasil amarga nos últimos anos. Suas ideias mais liberais que as do antigo socialismo, o aproximou de outras lideranças e até mesmo do PSDB. Sua amizade pessoal com Aécio Neves, indicava um apoio mútuo no segundo turno das próximas eleições, independente de qual deles lá estaria.

Esta equação eleitoral mudará, no sentido que o PSB deve apresentar a candidatura de Marina Silva, cujas ideias e estilo, diferem de Eduardo Campos.

Eduardo estava marcado para conduzir o Brasil, seja nos resultados da eleição vindoura, quanto seguramente nas próximas tentativas. Quem sabe, sua partida precoce não influenciará fundamentalmente os desígnios do Brasil?

Uma fatalidade. O Brasil não merecia isto!

Minhas condolências com sua família.

Lars Grael



Fonte: www.larsgrael.com.br




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