Museu de Arte Contemporânea de Niterói inicia amanhã a programação de aniversário, com maratona de eventos. Foto: Divulgação |
Marina Assumpção
Criado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, o MAC completa 18 anos no dia 2 de setembro, mas as comemorações de uma das principais atrações de Niterói, começam amanhã
Inaugurado em 2 de setembro de 1996, o Museu de Arte Contemporânea de Niterói, no Mirante da Boa Viagem, vai comemorar a maioridade em grande estilo a partir de amanhã. O museu, que para muitos lembra um disco voador, foi criado pelo arquiteto Oscar Niemeyer e é uma das principais atrações da cidade.
“O MAC é um marco de virada cultural para a cidade de Niterói. Sua inauguração significou mais do que a abertura de um museu, mas um acontecimento catalisador de mudanças culturais locais, nacionais e internacionais, que envolve toda as esferas de gestão pública como a política, a produção cultural, museologia social, curadoria e práticas artísticas e pedagógicas contemporâneas”, diz Luiz Guilherme Vergara, diretor e curador do MAC.
Amanhã, das 10h às 21h, e no domingo, das 10h às 18h, acontecerá a 4ª edição do projeto MAC como Obra de Arte, com ocupações, performances, projeções de filmes, dança, mostras, lançamentos de publicações, entre outras atividades.
O programa MAC como Obra de Arte tem a proposta de transformar o museu em um laboratório de experiências da criação artística participativa e aberta, ao mesmo tempo em que ocupa o intervalo entre exposições temporárias de pinturas ou esculturas. O objetivo é abrir seus espaços para vivências de diferentes formas artísticas.
“O MAC é um lugar de paradoxos, primeiramente é fora “do centro do Rio” e ao mesmo tempo, pela potência internacional, traz para si um outra centralidade não focada na história brasileira. Seu estatuto de contemporâneo é justamente esta condição simultânea de reversibilidade dos opostos, como o centro e a periferia”, conta o diretor.
Luiz Guilherme fala ainda sobre os planos futuros do museu.
“Nossa meta é formar bolsas para artistas, curadores, educadores e pesquisadores residentes de tal forma que o próprio museu seja entendido como laboratório sem paredes. A Reserva Técnica Compartilhada já é um projeto em andamento com horizontes de médio a longo prazo que darão ao MAC um papel nacional de entendimento como laboratório de estudos curatoriais, museais, artísticos, pedagógicos e de agenciamentos transversais com saúde, meio ambiente”, relacionou Vergara.
Integram o projeto MAC Como Obra de Arte, o programa AtivAções do Coletivo Conectores Platônicos, formado pela equipe de artistas e educadores do MAC de Niterói, o lançamento do livro Sudário, de Carlos Vergara, baseado na exposição de mesmo nome, que ficou em cartaz de dezembro de 2013 a fevereiro deste ano, a instalação do Projeto Rede, do artista João Modé, a oficina Latifúndios de Papel, com o artista Raimundo Rodriguez, o Programa de Projeções e intervenções, com Cineclube Cineolho e com o Coletivo Plus Ultra + Alexandre Gwaz, intervenções com artistas da exposição Espaços Deslocados – Futuros Suspensos: Repensando Oscar Niemeyer, e a instalação da mostra “Banho de Chuva - Projeto Som da Maré”, todas as exposições abertas para visitação a partir deste sábado, e, ainda no domingo, o lançamento do folder da exposição Fique à vontade, uma mostra colaborativa com a participação de 429 artistas.
A programação festiva prossegue em setembro, mês de aniversário do museu. Lygia Clark, homenageada nos 10 anos do MAC com a exposição Abrigo Poético: diálogos com Lygia Clark, volta nessa celebração, com obras na mostra “Lygia Clark : Tudo que é concreto se desmancha no ar, obras da coleção João Sattamini - MAC de Niterói”, cuja abertura será no dia 6 de setembro. A curadoria é de Luiz Guilherme Vergara, Lula Wanderley e Gina Ferreira.
Neste mesmo dia, será também aberta a mostra Espaços Deslocados – Futuros Suspensos: Repensando Oscar Niemeyer, uma colaboração internacional do coletivo Suspended Spaces, com a participação de artistas franceses, libaneses e brasileiros; e no dia 13 de setembro, acontece a inauguração da mostra Latifúndios, do artista visual Raimundo Rodriguez, também com curadoria de Luiz Guilherme Vergara.
“O coletivo Espaços Deslocados traz um diálogo entre diferentes cidades com obras de Niemeyer. O projeto reúne também os artistas brasileiros André Parente, Luiza Baldan, Analu Cunha, João Modé, e Luciano Vinhosa. Nesta proposta também iniciamos uma colaboração internacional que envolve artistas e acadêmicos em situações ambientais, urbanas e sociais. A arquitetura de Niemeyer, emblemática de uma utopia modernista, é territorializada como campo de passagens para as experiências de outros espaços e experiências contemporâneas”, explica Vergara, convidando os niteroienses a comemorar o aniversário do MAC.
Fonte: O Fluminense
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