quinta-feira, 23 de outubro de 2025

Planeta está muito distante das metas do clima combinadas há 10 anos no Acordo de Paris, aponta estudo


Planeta está muito distante das metas combinadas há 10 anos no Acordo de Paris, aponta estudo — Foto: Jornal Nacional/ Reprodução

Ao falar do Brasil, o texto destaca que a situação melhorou na Amazônia recentemente, mas que nos últimos dez anos o país foi um dos que mais contribuíram para o desmatamento.

Por Jornal Nacional

Um relatório sobre mudanças climáticas divulgado nesta quarta-feira (22) mostra que o mundo está muito longe de cumprir as metas firmadas há dez anos em Paris.

Praticamente não tem notícia boa. O planeta está fora da rota em todos os 45 parâmetros analisados. O relatório da organização independente WRI, Estado da Ação Climática, afirma que o uso de carvão bateu recorde em 2024 - logo o maior poluente entre os combustíveis fósseis. Também em 2024, no mundo todo, o desmatamento foi equivalente a quase 22 campos de futebol por minuto.

Ao falar do Brasil, o texto destaca que a situação melhorou na Amazônia recentemente, mas que nos últimos dez anos o país foi um dos que mais contribuíram para o desmatamento.

Outro problema é que o financiamento climático - o dinheiro que os países ricos repassariam para os mais pobres se adaptarem - ainda está muito abaixo do necessário. A solução é correr. Para o planeta entrar no caminho certo até 2030, é preciso acelerar, por exemplo:
  • o uso de transportes como VLT e metrô em cinco vezes;
  • diminuir o desmatamento nove vezes mais rápido;
  • e o uso de carvão dez vezes mais.
De bom no relatório, o crescimento da produção de energia limpa, principalmente eólica e solar. Mas ainda precisa mais do que dobrar nos próximos cinco anos. Os poucos progressos são insuficientes para o mundo atingir o objetivo lá de Paris, dez anos atrás: limitar o aquecimento do planeta a 1,5ºC em relação ao período pré-industrial.

A Conferência do Clima em Belém do Pará, a COP30, é daqui a menos de 20 dias. O relatório desta quarta-feira (22) coloca mais pressão nos governos. As pesquisadoras Clea Schumer e Sophia Boehm falaram com o Jornal Nacional.

"Estamos ansiosas pela COP no Brasil. Nós já sabemos o que precisa ser feito para combater a crise climática: ampliar o uso de energia solar e eólica, de veículos elétricos, interromper o desmatamento e eliminar os subsídios aos combustíveis fósseis”, afirma Sophia Boehm.

“Nossa esperança é que os países transformem os compromissos em ações reais e que acelerem a mudança para fontes renováveis de energia”, diz Clea Schumer.

Fonte: G1


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