sábado, 25 de junho de 2011

REDD: instrumento valoriza as florestas em pé e Brasil poderá ser grande beneficiado

As queimadas representam 75% das emissões de gases de efeito estufa do Brasil

Rumo a uma nova economia florestal


O Brasil, que abriga a maior floresta tropical do planeta, tem 75% das suas emissões de gases de efeito estufa provenientes do desmatamento. Nesse cenário, são crescentes as expectativas em torno da definição, durante as negociações internacionais sobre clima, do mecanismo de Redução das Emissões oriundas de Desmatamento e Degradação (REDD), que deve regular o uso das florestas e financie alternativas ao desmatamento, valorizando a floresta em pé.

Embora na COP-15, em Copenhague, não se tenha chegado a um acordo legalmente obrigatório sobre as emissões produzidas pelo homem, alguns avanços aconteceram em relação ao REDD, especialmente no que diz respeito ao financiamento de projetos nesse sentido. Foram destinados 3,5 bilhões de dólares para serem aplicados em iniciativas nesse sentido – já existem projetos que utilizam esse conceito sendo executados em diversos países, inclusive no Brasil.

No final de maio de 2010, 58 países reunidos em Oslo, na Noruega, acordaram um esquema não obrigatório para canalizar a ajuda prometida pelo mundo rico e criar padrões de monitoramento para garantir que o dinheiro doado seja baseado em resultados sólidos.

Contudo, é indispensável definir o funcionamento do REDD dentro do regime internacional sobre clima. E especialistas acreceditam que a iniciativa paralela à Convenção do Clima pode fornecer as diretrizes para a inserção do mecanismo em um novo acordo global.

Estimativas indicam que um programa de financiamento global para REDD em países em desenvolvimento custaria algo entre 12 e 40 bilhões de dólares. Porém, a grande questão é de onde virá o recurso para isso? As três as principais propostas para responder a esse questionamento levam em conta os Mecanismos de mercado, os fundos de cooperação e uma solução mista.

Especialistas também apontam a urgência de regularizar a situação fundiária na Amazônia para que não haja comprometimento de futuros projetos de REDD. Além disso, a sociedade civil cobra coerência do governo brasileiro sobre as políticas internas e aquelas que leva às negociações internacionais. Essa é uma referência a recentes medidas provisórias aprovadas que flexibilização a legislação ambiental brasileira.

Fonte: site Mudanças Climáticas - Informa;cões e reflexões para um jornalismo contextualizado

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