quarta-feira, 12 de julho de 2023

12 de julho - Dia do Engenheiro Florestal: uma profissão alinhada ao futuro da humanidade


Doze de julho é sempre uma data muito especial para mim, porque marca o Dia do Engenheiro Florestal, profissão da qual me orgulho muito! Quando garoto, eu costumava dizer que seria advogado. Mais tarde, já próximo à época do vestibular, para surpresa da família, me encantei com a engenharia florestal e escolhi seguir na profissão. Me formei em 1983, há exatos 40 anos, no Instituto de Florestas (IF), da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - UFRuRJ.

No Viveiro da Clin, antes de subir o Morro do Boa Vista.
Foto: Alex Ramos

A engenharia florestal faz parte de quem sou, porque além do caminho profissional, ela conduziu minha trajetória na militância ambientalista e segue pautando até hoje meu trabalho como gestor público. Lembro com carinho da articulação que liderei, por exemplo, no movimento social pela criação do Parque Estadual da Serra da Tiririca (PESET), em 1991. Quando a lei que viabilizou o parque foi aprovada, eu já era o presidente da Fundação Instituto Estadual de Florestas - IEF-RJ e pude coordenar ações efetivas na sua implementação. Em 2013, quando fui eleito Vice-Prefeito de Niterói, na chapa com o prefeito Rodrigo Neves, abracei a missão de colocar a cidade como uma referência nacional de sustentabilidade urbana. Estava - e sigo! - determinado a aliar minha experiência como engenheiro florestal, minha luta como ambientalista e meu trabalho na gestão pública para fazer avançar a agenda ambiental em nossa cidade.

No Morro do Boa Vista, vistoriando ação de reflorestamento.
Foto: Alex Ramos

Uma década depois, me orgulho de morar e ser prefeito da cidade com um dos maiores índices de áreas verdes por habitante da América Latina! Mais de 56% do nosso território é composto por áreas protegidas (são mais de 22 milhões de metros quadrados protegidos pelo Decreto 11.744/2014) e o município executa o Niterói Mais Verde, um dos melhores programas de gestão de áreas verdes do País. No Morro Boa Vista, que fica na região central da cidade, por exemplo, a Prefeitura desenvolveu um belíssimo trabalho reflorestando mais de 10 hectares degradados. Financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Projeto de Restauração Ecológica e Inclusão Social, por sua vez, está reflorestando 203,1 hectares da Mata Atlântica nas praias de Camboinhas, Itacoatiara, Itaipu e Charitas, além do entorno da Lagoa de Itaipu e do Parque Natural Municipal de Niterói (Parnit).

No Horto do Fonseca, com uma muda que plantei com a turma do Niterói Jovem EcoSocial.
Foto: Flavia Abranches

Contabilizamos mais de 70 mil mudas plantadas na cidade desde 2013 e seguimos avançando. Até 2024, devem ser mais 8 mil. Não à toa, este ano nos tornamos o segundo município brasileiro a receber o selo “Cidade Amiga das Árvores”, oferecido pela Sociedade Brasileira de Arborização (SBAU).

O fundamental é que Niterói, além de plantar árvores, se encarrega de cuidar das áreas verdes. A cidade conta, atualmente, com oito unidades de conservação municipais e duas estaduais, que passam por ações constantes de manejo, sinalização e reflorestamento. Nos últimos três anos, criamos três novas unidades de conservação de proteção integral: o Parque Natural Municipal da Água Escondida, Parque Natural Municipal Floresta do Baldeador e o Parque Natural Municipal do Morro do Morcego Dora Hees de Negreiro, em 2020, 2021 e 2022, respectivamente.

Com Alexandre Hees, filho de Dora Hees de Negreiros, no 
Parque Natural Municipal do Morro do Morcego Dora Hees de Negreiro


Tudo isso é muito importante também quando pensamos em emergência climática e a urgente necessidade de iniciativas para frear o aquecimento global. Estudos apontam que o planeta precisaria de mais de 1 trilhão de árvores para “reduzir drasticamente o excesso de dióxido de carbono na atmosfera”. O Brasil tem enorme potencial de ajudar nesta missão! O País se comprometeu, no Acordo de Paris, a restaurar 12 milhões de hectares até 2030. Os números recentes não são favoráveis, mas ainda há tempo de mudar o rumo que estamos tomando.

Defendo firmemente que as florestas são o caminho para o futuro da humanidade! E nesse futuro, os engenheiros florestais são fundamentais na missão de restaurar os ecossistemas. Como prefeito de Niterói e como engenheiro florestal, sigo em minha missão de promover sustentabilidade com justiça social.

Axel Grael
Prefeito de Niterói


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